Fanfic: S2 *ROSAS À MEIA NOITE* S2 vondy *( adptada)* terminada

Christopher era bom, ao contrário de Ricardo Espinoza... tinha capacidade de amar. Mas ainda que fosse possível o conde se apaixonar por ela, Dulce sabia que não merecia esse amor. Adorava os carinhos e a atenção que ele lhe dedicava, mas sempre o remorso acabava vindo à tona, relembrando que o havia enganado, traído a confiança dele... e por mais que quisesse esquecer, por mais que tentasse todos os dias se redimir dessa culpa, talvez descobrir que ele a amava fosse ainda pior... por mais estranho que parecesse, Dulce sentia como se o seu maior desejo fosse também sua pior punição... saber que era amada por Christopher tornaria sua culpa ainda maior? Se sentiria digna de receber um sentimento tão puro quando havia sido tão traiçoeira?

Deixando-se vencer pelo cansaço, ela se jogou sobre a cama, ao lado do belo e caro vestido que ele havia comprado, e chorou. Não queria mais pensar. Era melhor não saber se ele a amava ou não... Era melhor seguir com a dúvida... Era melhor ir amargando sua culpa em silêncio do que desiludir outra vez a vida de um homem tão maravilhoso... O homem que amava... que amava perdidamente como nunca havia imaginado amar alguém.

Três leves batidas na porta a pegaram de surpresa. Dulce se levantou da cama e passou as mãos pelo rosto, secando as lágrimas.

- Pode entrar!

A porta se abriu e Maite entrou, trazendo uma bandeja nas mãos.

- Trouxe um chá com biscoitos, madame. Ordens do conde – a criada sorriu.

- Ah! Pode deixar sobre a mesa, Maite. Obrigada.

Mas a meio caminho da mesa, a criada pareceu notar que havia algo de errado com a condessa.

- Está tudo bem, madame? – a moça perguntou, preocupada.

- Sim! Sim, está – Dulce se virou de costas para a criada, fingindo que apreciava a paisagem pela janela.

- Não vai comer agora? - a moça perguntou, deixando a bandeja sobre a mesa.

- Já vou. Pode se retirar, Maite.

Sem dizer mais nada, a criada pediu licença e se retirou. Dulce saudiu a cabeça, se esforçando para deixar de pensar em coisas dolorosas. Não podia se entregar à tristeza, Christopher queria vê-la bem e desejava que a noite deles fosse especial. E assim seria. Ela faria de tudo para que fosse. Havia prometido há algum tempo que, apesar de seu erro, o faria feliz. Esta era sua missão. Não podia esquecer.

Procurando se concentrar nessa idéia, sentou-se e se serviu de um pouco de chá. O líquido quente pareceu acalmar um pouco seus nervos. Tudo estava bem. Aqueles dias estavam sendo maravilhosos e Christopher estava feliz. E ela havia esquecido dos problemas diante dos carinhos do marido. Não havia razão para se desesperar agora. Tudo estava bem... Mas então por que uma parte de seu ser continuava inquieta e insegura?

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