Fanfic: S2 *ROSAS À MEIA NOITE* S2 vondy *( adptada)* terminada

Mike Biaggio era uma das pessoas mais arrogantes que Christopher já havia conhecido. Acostumado a trapacear nos jogos e nos negócios, não suportava que alguém se saísse melhor do que ele, fosse no que fosse. Os dois haviam se conhecido há muito tempo, na época em que Christopher costumava viver na cidade, entre o clube e as festas. Mike nunca havia simpatizado com ele, e a antipatia se tornou rivalidade na noite em que o conde de Uckermann, aceitando o desafio, ganhou dele numa mesa de pôquer e ainda saiu acompanhado pela mulher na qual Mike estava interessado. Desde então o homem não fazia questão alguma de esconder o ódio que sentia por Christopher.

- Fique tranqüilo – disse o conde, apertando o copo de uísque na mão – Vai poder convidar toda a Suécia e comemorar bastante. Mas acho que ainda vai ter que esperar mais um pouco... ou pretende apressar a minha morte? – perguntou com um sorriso desafiador.

- Acho que posso esperar – Mike respondeu, erguendo o queixo, se negando a demonstrar qualquer sinal de intimidação.

- É um grande alívio! – Christopher respondeu, erguendo um pouco seu copo em sinal de brinde, se retirando e deixando o homem para trás.

Aquele encontro desagradável só servira para deixar a noite ainda pior. Caminhou para fora do teatro. A rua estava fria, e o vento lhe deu uma sensação de liberdade momentânea. Bebeu o uísque num gole só e limpou a boca na manga da camisa. Nada parecia acalmá-lo, nem mesmo o ar da noite, nem a bebida.

Para sua tortura logo teria que retornar ao camarote para o segundo ato, e ficar sentado ao lado de Dulce certamente não ia melhorar o que estava sentindo. Pelo contrário. A beleza dela o perturbava ainda mais. Ainda não sabia ao certo o que faria, mas a hora estava chegando... Precisava agir com calma, para não colocar tudo a perder. Não queria que Dulce desconfiasse que ele já sabia de tudo e ficasse em alerta. Queria pegá-la de surpresa, da mesma forma que ele havia sido surpreendido.

Respirou profundamente. Em seguida tornou a entrar no teatro. Deixou o copo vazio sobre o balcão do bar e, mais uma vez, desviando-se de todos que circulavam pela entrada, subiu a escadaria forrada de tapetes vermelhos. Rumou em direção ao camarote e, para sua surpresa, quando abriu a cortina que dava acesso ao lugar, encontrou um estranho sentado em sua poltrona, ao lado de sua mulher.

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