Fanfic: S2 *ROSAS À MEIA NOITE* S2 vondy *( adptada)* terminada

Tentando afastar aqueles pensamentos, pegou a garrafa e encheu seu copo com mais uísque. Não podia pensar na morte ou perderia seu objetivo de vista, sua missão. Perderia a si mesmo... Olhando para os papéis em cima da mesa, empurrou-os para longe. Tudo foi ao chão, inclusive a bandeja com as louças e talheres, arruinando os documentos.

Dulce Maria Espinoza seria sua esposa. A espera para dar a ela uma resposta estava sendo apenas uma formalidade, e as entrevistas haviam chegado ao fim. Não faria a menor diferença se inúmeras mulheres pleiteassem a posição. Já estava decidido. Ainda que a mãe dela tivesse sido uma prostituta ou o pai um ladrão, Christopher a queria de qualquer jeito!

Impaciente, abriu vários botões da camisa. Começava a sentir calor. Talvez porque tivesse bebido demais ou talvez porque estivesse experimentando sensações perturbadoras. Ou talvez porque estivesse começando a ter uma nova crise...

Suas suspeitas se confirmaram quando passou a suar e sentir um nó no estômago, sabendo o que estava por vir. Era sempre assim que tudo começava. Seu pulso acelerava, como se o sangue não conseguisse mais circular livremente pelas veias. Parecia que seu coração ia explodir dentro do peito. Christopher levantou-se com dificuldade. Precisava chamar Peter. Estava mais perto da porta do que da campainha, por isso a abriu e deu alguns passos no corredor. Irritado por ter demorado tanto a pedir ajuda, tropeçou quando sentiu as pernas formigarem. Estava caindo. Procurando apoio, segurou em um pedestal de mármore, derrubando-o junto com o vaso chinês que sustentava. O estrondo foi suficiente para acordar a casa toda.

Uma jovem criada, Mayte, foi a primeira a chegar. Peter veio logo trás, ordenando que ela voltasse para dentro. O mordomo chamou dois empregados para carregarem o Conde. Com eficiência, eles levantaram Christopher e o levaram para seus aposentos.

- Peter... rápido! – murmurou Christopher com dificuldade.

Peter mandou os dois homens embora, abriu as janelas do quarto e trancou a porta. Em seguida, levou uma bacia de louça para o patrão, segurando-a enquanto vinham os violentos espasmos. Era uma crise das piores. Quanto mais teria de enfrentar? Quando estava bem nem parecia que sofria de uma doença desconhecida, mas nos momentos de tortura, como agora, sabia que não viveria por muito tempo.

Peter ministrou-lhe uma dose de láudano. O efeito foi quase imediato. Depois que o criado o ajudou a se despir, e Christopher adormeceu em seguida. Despertava quando tinha calafrios ou sentia vontade de vomitar. Colocaram compressas frias sobre a pele febril do Conde. Foi assim quase a noite toda e o dia seguinte. Nos momentos que acordava, pensava apenas na mulher que havia entrevistado no salão... e no pavor de jamais poder tê-la em seus braços e possuí-la para gerar um herdeiro que continuasse a linhagem dos Uckermann...

*fim do Capítulo Dois *