Fanfic: S2 *ROSAS À MEIA NOITE* S2 vondy *( adptada)* terminada

- Acho isso um tanto perigoso – observou Bill, segurando o cálice que o conde lhe oferecia – As bebidas fortes são para as pessoas mais velhas.

- Mas há quem pense que um garoto deve aprender a beber logo cedo – falou Christopher, enquanto se servia de uma pequena dose de vinho.

- O senhor vai deixar seu filho beber antes de ele se tornar um homem? – Marcelino perguntou, preocupado.

Christopher se virou para o menino, e a expressão de preocupação no pequeno rosto o fez sentir uma ternura que não sabia dizer de onde vinha.

- De jeito nenhum! – respondeu - Não pretendo ser um pai irresponsável.

Marcelino soltou um suspiro de alívio, o que fez Bill rir.

De repente, Christopher teve uma idéia...

- Bill, se importa se eu e Marcelino sairmos para conversar um pouco lá fora?

O homem logo percebeu o que Christopher pretendia, então concordou com um aceno de cabeça.

- Fique à vontade, milorde.

- Por favor, me chame de Christopher! Já pedi isso antes, mas acho que você se esqueceu.

Bill sorriu amigavelmente.

- Avise às senhoras que não vamos demorar – pediu o conde, deixando seu próprio cálice de vinho esquecido sobre uma pequena mesa ao lado do bar.

Dirigindo-se à porta da sala, Christopher notou que Marcelino continuava parado no mesmo lugar.

- Pode ir, Marcelino – encorajou Bill – Sua mãe não vai se incomodar.

Só então o menino se moveu e seguiu o conde com passos inseguros até o hall de entrada da mansão, onde vestiram seus casacos antes de sair para o jardim. O tempo estava frio, e um vento leve os saudou assim que saíram pela porta.

Christopher deu alguns passos entrando no pequeno jardim que havia na frente da casa. Não havia flores, mas algumas plantas continuavam com a folhagem resistindo ao inverno.

...segue abaixo...

- É uma pena que não tenha flores agora... tem algumas muito bonitas neste canteiro – disse, apontando para um espaço onde havia apenas algumas folhas.

Marcelino observava o conde, como se tivesse um pouco de medo de se aproximar demais.

- O senhor gosta de plantas? – o menino perguntou.

- Sim, muito. Na Estância tenho um jardim bem maior e mais bonito do que este. Cuido pessoalmente dele.

Marcelino então o olhou com a testa franzida, como se tivesse acabado de descobrir algo inacreditável.

- O que foi? Não acredita que eu gosto de jardinagem? – perguntou ao menino, se divertindo com a expressão confusa do pequeno – Gosto de trabalhar na terra. É um ótimo exercício, sabia? Meu jardim na Estância é muito bonito. Você ia gostar de ver as rosas quando desabrocham na primavera.

- Dul gosta muito de rosas.

De repente, Christopher sorriu ao ver que o menino parecia começar a relaxar diante dele.

- Dul... – repetiu – Você também a chama assim, não é?

- Sim – respondeu o menino – Sempre a chamamos de Dul, eu e mamãe.

- Também gosto de Dul. Dulce é muito sério! – Christopher brincou.

- Ela tenta ser séria, mas não é – observou Marcelino.

- Não, não é mesmo – o conde concordou, sorrindo – Que tal andarmos um pouco lá fora? – e apontou a rua.

- Tudo bem – Marcelino concordou, acompanhando-o em seguida.

Haviam caminhado apenas alguns passos fora do portão, quando Marcelino cortou o silêncio:

- O senhor gosta dela?

Christopher parou, e sentiu o coração bater mais forte. Encarou o menino a seu lado, sentindo-se completamente desarmado diante daquele pequeno garoto.

- Sim, Marcelino. Eu gosto muito da sua irmã.

:)