Fanfic: S2 *ROSAS À MEIA NOITE* S2 vondy *( adptada)* terminada

Os dois conversaram durante todo o passeio, e Christopher diminuía o ritmo da carruagem de vez em quando para mostrar algo interessante.

- Havia um castelo aqui... – ele parou a condução, apontando com a cabeça para as ruínas – Quem construiu foi esperto e canalizou o riacho que passava ao lado para ter sempre água fresca e escoar o esgoto. Mas se esqueceu de reforçar os alicerces... o que restou foram umas paredes desmoronadas. Mas se for boa de imaginação e conhecer um pouco de castelos dá para ter uma idéia de como ele era...

- Vamos lá ver! – ela se levantou, ergueu um pouco a saia e desceu da carruagem, correndo na direção das ruínas.

- Espera! – Christopher gritou, correndo e logo alcançando Dulce.

Ao se aproximar, Christopher ofereceu-lhe o braço, e os dois foram andando mais devagar.

- Seus ancestrais moraram aqui? – ela perguntou.

- Não, mas eu costumava vir aqui quando era criança brincar. Adorava subir nas pedras e ficava sonhando com dragões e cavaleiros... – a voz dele se tornava mais baixa na medida em que as lembranças iam voltando à memória.

Dulce imaginou como ele teria sido quando criança. Era difícil imaginar como teria sido aquele homem de rosto masculino e o corpo musculoso na infância... mas ainda existia nele alguma coisa de garoto...

O Conde mostrou todo seu conhecimento explicando onde costumavam ficar os estábulos e a muralha. Por fim, eles se sentaram em uma pedra onde um dia existira um grande salão.

- Impressionante... como sabe tanta coisa?

- Sou uma excelente fonte de informações – ele respondeu, sorrindo um pouco.

- Deve ter sido o orgulho dos seus professores... que universidade freqüentou?

- Oxford... na Inglaterra. Mas me pegaram fazendo arte no último ano... e fui expulso.

- E se arrepende?

- De que? De ter feito arte ou de ter sido pego?

- De não ter terminado a faculdade.

- Ás vezes... – ele admitiu; após um breve silêncio, continuou: - Mas valeu a pena. Tive um professor que era um perfeito i*diota... Gandía... tinha orgulho de um bigode horroroso que cultivava e ficava enrolando com os dedos durante a aula. Era um sujeito vaidoso, mas o pior era a alegria dele em humilhar os alunos. Um dia perseguiu um colega de quem eu gostava muito, e fez comentários nada agradáveis sobre a mãe dele, que tinha morrido uns meses antes...

- E qual foi a sua arte?

- Cortei os bigodes desse professor enquanto ele dormia... o problema é que fui pego colando os fios num retrato dele que ficava na sala de professores.

Dulce conteve a vontade de rir: - E seus pais?... ficaram muito chateados?

- Minha mãe não se importou muito. Acho que até ficou feliz por eu ter voltado para casa. Já o meu pai... ficou muito desapontado.

Alguma coisa transformou a expressão de Christopher ao dizer aquelas palavras. Ela quase não resistiu ao impulso de acariciar-lhe o rosto.

- Acho que já está na hora de voltar para encontrar sua mãe – ele disse e se levantou logo em seguida, dirigindo-se a carruagem. Nem tinha oferecido para ajudá-la a se levantar.

Dulce permaneceu sentada na pedra por mais alguns instantes, observando os movimentos dele enquanto caminhava em direção à carruagem. Ele era misterioso e cada dia se tornava mais... era um enigma para ela. Um enigma que ela, por algum motivo que ainda não sabia dizer, queria muito decifrar...

.....*Continua *....

:)

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