Fanfic: S2 *ROSAS À MEIA NOITE* S2 vondy *( adptada)* terminada

Nunca estivera em um lugar como aquele! Como se a missão que tinha a cumprir ali já não fosse o suficiente, deparar-se com tanta grandiosidade e luxo quase a reduziu a uma massa trêmula de ansiedade.

Torcendo para que o Conde não aparecesse tão depressa, ela caminhou até um espelho com moldura dourada para verificar sua aparência. O farfalhar de sua saia no chão parecia ecoar no amplo ambiente. Uma análise cuidadosa no espelho garantiu-lhe que tudo continuava na mais perfeita ordem. Passou as mãos pela cintura, depois ajeitou os seios, de modo que uma generosa parte de cada um ficasse discretamente à mostra. Não era um hábito muito elegante mostrar o colo àquela hora do dia, mas Dulce estava determinada a exibir o máximo de suas qualidades.

Além do mais, pensou ela enquanto ajeitava uma mecha ruiva, preciso me encaixar perfeitamente neste papel que me sujeitei a representar.

Viu o reflexo dos próprios olhos no espelho, duas esferas escuras e amendoadas, dominando uma expressão tensa e atormentada. A imagem que a olhava de volta era de um rosto pálido com um olhar abandonado e assustado. Mas logo raciocinou que o conde de Uckermann não tomaria como esposa uma jovem amedrontada e fraca. Portanto, tinha de se mostrar forte e decidida. A preocupação com Marcelino, estampada em seu rosto, a deixava mais adulta do que seus vinte e dois anos deviam aparentar. Respirou fundo e voltou os pensamentos para o pai. Era ele o principal culpado por Dulce estar sendo obrigada a passar por uma situação desagradável como aquela, oferecendo-se de maneira humilhante a um estranho. Na medida em que a amargura tomava conta de seu ser, ela observou o rosto se transformar. A expressão, antes frágil e abalada, agora estava fria e distante. Isso era bom... muito bom.

Satisfeita, voltou a atenção para o vestido. Este era um detalhe que, com certeza, lhe garantiria uma ótima apresentação. Comprara o modelo havia uma semana em uma elegante na loja da cidade. Estava junto com os vestidos encomendados por altas damas da sociedade e que jamais haviam saído da arara. O material era uma seda rosa, um tom que realçava ainda mais a cor de seus cabelos. Ela e a mãe haviam demorado horas e horas para escolher o traje mais apropriado para a ocasião. Este havia caído como uma luva no corpo perfeito de Dulce, mas ela não poderia engordar um só grama. Era um belo vestido e valera cada centavo gasto.

De repente, foi surpreendida por um peso na consciência. Tinha usado quase todo o dinheiro obtido com a venda do broche de sua avó. A tristeza da perda de uma recordação tão preciosa tinha ficado esquecida diante da quantia de dinheiro gasta neste esquema insano. Era um dinheiro que mais cedo ou mais tarde faria falta. Lembrando-se de que Marcelino era o motivo de todo aquele projeto, afastou o sentimento de remorso. Faria o sacrifício por ele.

Olhou-se no espelho pela última vez, decidindo que fizera a escolha certa. Então Dulce escutou alguém tossir, e virou-se no ato. Deparou-se com um homem alto, vestido de cinza, parado à porta do aposento. Ele a fitava com radiantes olhos castanhos que brilhavam intensamente. A julgar pelo corte elegante de seus trajes e pela expressão arrogante, Dulce supôs que não poderia ser outra pessoa senão Christopher Alexander, o Conde de Uckermann!

......................*Continua*......................

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