Fanfic: S2 *ROSAS À MEIA NOITE* S2 vondy *( adptada)* terminada

Desta vez não se atreveria a falar, afinal de contas quem iria fazer a entrevista era ele. O melhor a fazer era não pensar no quanto queria, ou melhor, precisava, vencer aquele desafio. Por mais estranho que fossem seus pensamentos, eles retratavam a mais pura das verdades: estava se oferecendo para ser esposa do Conde de Uckermann e mãe de seu herdeiro.

Afastando o desconforto, Dulce não se intimidou com o olhar direto e manteve-se calada até Christopher decidir falar.

- Me fale um pouco sobre você, srta. Espinoza.

- Meu nome é Dulce Maria Espinoza – começou ela, preparada para responder questões daquele tipo – mas todos me chamam de Dulce desde pequena. Tenho vinte e dois anos. Nasci na Espanha, mas como meu pai fez carreira na marinha mercante nos mudamos para a Suécia quando eu tinha oito anos. Ele era o segundo filho de uma marquesa e construiu fortuna, por isso tivemos uma vida bastante confortável, mas sem grandes extravagâncias. Fui educada por uma governanta até os onze anos, quando...

- Por que continua solteira com vinte e dois anos? – interrompeu o Conde.

A questão pareceu a ela bem indelicada, mas na atual circunstância sabia que não havia espaço para gentilezas demais.

- Conheci vários homens nos bailes que freqüentava, mas nenhum mereceu minha atenção especial.

- Mas aposto como você mereceu a atenção deles, não? – de repente o conde se moveu, apoiando a mão nos joelhos para estudá-la melhor. Parecia um gato. Um gato analisando sua presa – Quantos pedidos de casamento já recebeu?

- Vários – respondeu ela.

- Vários significando dois, ou vários significando vinte?

Dulce olhou para o conde. Aquele olhar intenso tão forte quanto um abraço apertado começava a deixá-la sufocada.

- Recebi nove pedidos de casamento, milorde – respondeu ela, levantando o queixo.

- Meu Deus! – exclamou ele, mas Dulce notou o prazer que ele escondia por tê-la provocado – E nenhum lhe interessou?

- Não, milorde.

- Posso perguntar o motivo?

- Não, milorde, não pode – respondeu ela entre dentes cerrados. Ele já estava começando a irritá-la com aquele ar de quem se divertia muito com a situação.

- Foi apenas uma curiosidade. Agora me diga, srta. Espinoza... como tomou conhecimento do meu... apuro?

...............*continua*...................

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