Fanfics Brasil - Capítulo 7B: Anahí Era la musica - Portiñon/AyD

Fanfic: Era la musica - Portiñon/AyD | Tema: Rebelde, Lesbico


Capítulo: Capítulo 7B: Anahí

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Y me pongo a temblar
Me muero de las ganas de abrazarte
Y el corazón es quien te llama
Mi amor


Dos enamorados, Carlos Lara


 


O dia transcorreu dentro da normalidade para todos. O assunto de ontem parece não ter ocorrido, aliás, para nós, pois alguns músicos da banda olhavam Christian de uma maneira diferente, porém, nada demais. Os RBD’s permaneciam unidos, como se fossem anjos protetores. Nós fazíamos uma barreira ao lado de Chris e a deixava impenetrável.


Tomamos café da manhã juntos, ensaiamos a manhã juntos e almoçamos juntos. Ucker ainda permanecia meio calado e, volta e meia, via o olhar de Christian para ele meio magoado. Eu percebia a diferença, mas cada um tem um jeito de reagir uma notícia.


 O dia foi deverás corrido, eu quase não tinha tempo para respirar. Cansada? Sim, mas feliz, pois não tive tempo para pensar. Dulce se tornou personagem dos meus insanos sonhos, meus constantes pensamentos e das minhas repentinas alucinações. Quais eram? Não queria pensar nisso. Ao entardecer recebi uma ligação de Juan, parece que ele havia me perdoado (pelo o que? Não sei). Eu atendi feliz, afinal, ele poderia ser minha válvula de escape desses pensamentos constantes.


- Ei, Juan. Você me ligou – disse rapidamente – Eu... – pensei no que dizer. Eu percebi que ele estava mais... A frente na relação comigo e não queria dar margens para uma relação mais séria. Eu gostava de sair com ele, de estar com ele, mas tinha quase certeza que não era com ele que eu queria viver. – Almejava sua ligação


- Bem... Queria desejar um bom show – minhas palavras surgiram um efeito momentâneo, sua voz se tornou doce e o ar galanteador voltou – Bom show, minha linda, sei que vai brilhar. Você é a melhor dessa banda – ele tinha um ar prepotente ao dizer essa banda. Mordi a parte interna da minha boca e senti vontade de manda-lo a merda, mas segurei, afinal, ouvir sua voz me fazia cair na realidade. Soltei um riso fraco e mudei de assunto apenas para não me estressar


Ele me contou do seu dia de gravação, de como foi assediado por fãs na saída da televisa, de como a atriz que contracenava com ele era ruim, de como o diretor de sua novela não sabia fazer o trabalho. Eu revirava os olhos a cada frase dele, ria falso quando achava que ele queria ouvir uma risada. Quando ele me perguntou do meu dia fiquei até assustada, porém, tudo sempre deveria voltar ao “Juan”. Ainda bem que ele era bonito, certo? Desliguei o telefone e os pensamentos em Dulce não estava mais lá, sorri: Havia funcionado.


Assim que desliguei o telefone ouvi batidas fracas em minha porta. Dulce já não estava mais comigo, deveria estar em seu quarto tomando seu banho. Era engraçado, pois cada um de nós tínhamos um ritual antes do show e o de Dulce era ficar embaixo do chuveiro por horas até se sentir “pronta”, por esse motivo, não acreditava que fosse ela. Abri a porta e vi Poncho do outro lado. Estava sem camisa e a toalha pendurada no ombro


- Já vamos sair para o local – ele sorriu carinhoso – Chama a Dulce? – Apontou para a toalha e eu concordei com a cabeça.


Arrumei minhas coisas que faltavam e fui até o quarto dela. Dei duas batidinhas de leve e a ouvi gritar um “entra”. Entrei e ela estava enrolada na toalha, molhada e falando ao celular. Algumas gotas escorriam por seu colo e entravam no vão que a toalha fazia em seus seios, minha boca ficou seca e eu quase não reparei no que ela falava ao telefone. Dulce virou de costas e pude ver as sardas que cobriam boa parte de seu ombro. Tive vontade de tocá-la, porém, além da voz em minha consciência dizendo para não o fazer, sua conversa ao celular me tirou do devaneio


-  Bom Ana – podia sentir o sorriso somente com a sua fala. Ana? Eu não conhecia nenhuma Ana. – Podemos marcar de nos ver quando eu voltar – gargalhou – Claro. Prometo que te dedico o meu precioso tempo – Dul virou para mim, sorriu e começou a separar uma roupa. Eu ainda estava na mesma posição de quando pisei no quarto, tinha medo de perder alguma parte da conversa caso me mexesse. – Tenho que ir agora – senti um penar em sua voz – sim, dedicarei uma música a ti – gargalhou novamente. Senti meu coração se apertar e uma raiva esquentar meu rosto.


- É para ir logo – disse rude. Mesmo sabendo que se tratava de uma mulher e, para Dulce, era impossível se relacionar com uma, os ciúmes que eu senti não era natural. Eu... estava confusa e isso só fazia minha raiva aumentar. Dulce me olhou assustada


- Aconteceu algo, loira? – Ela disse vestindo uma calcinha por cima da toalha. Tentei não reparar, mas foi impossível. Me sentia sufocada naquele quarto com Dulce. Era como se eu estivesse perdendo o controle de mim mesma. Eu precisava fazer algo, tomar alguma atitude, porém, eu não tinha a mínima ideia de qual e nem por que motivo.


- Não – balancei a cabeça em negativo – Vou pegar minhas coisas – Sai do quarto e respirei fundo. As gotas no corpo de Dulce pareciam tomar conta de mim, eu sentia ser elas, eu queria ser elas... deslizar por seu corpo, sentir seu calor, seu cheiro. Deus... Eu estava excitada?


Encostei na parede e olhei para cima desesperada. Isso não pode esta acontecendo.


- Vamos? – Ouvi May dizendo e na mesma hora Dulce saiu do quarto. Eu me afastei da parede e afastei meus pensamentos, depois pensava nisso, hoje tinha um show para fazer.


[...]


Entramos no palco e foi aquela gritaria que só. Todos gritando “RBD”, nossos nomes, palavras de amor. Era emocionante ver todo aquele carinho depositado em nós. Tinha gente de toda as idades e todas demonstravam um só sentimento: Gratidão por estarmos ali com eles. Era engraçado esse carinho que tinham por nós, se soubessem o quanto nós somos gratos a isso. Todos pensam que artista não liga para aqueles que nos admiram, artistas ruins até poderiam ser assim, mas eu era imensamente agradecida por todo aquele apoio.


Cantamos algumas músicas antigas, mas a maioria foi bem recente. Sorrimos, gritamos, cantamos, dançamos, suamos. Foi maravilhoso. Várias vezes eu e Dulce nos olhávamos e eu? Admirava aquela perfeição em show. Estava me sentindo como uma daquelas milhares de pessoas, ali vendo Dulce fazer seu espetáculo. Em diversas músicas nos duas estávamos mais unidas que o normal, teve até uma hora que ela se jogou em cima de mim no chão. Os seis estavam imensamente felizes e isso poderia se ver a milhares de quilômetros. Acho que era esse o motivo de nosso sucesso: Fazíamos com amor e felicidade.


Em cada um de nossos shows havia uma apresentação “solo”. Nesse, em específico, estávamos apresentando novos singles que ainda iriam ser lançados em CD. Dulce se preparava para fazer sua apresentação, enquanto o resto de nós bebíamos uma água na parte escura do palco. Ela sentou em um pequeno banco que colocaram e disse algumas sábias palavras. Dulce era muito boa em suas sentenças, conseguia transmitir tudo o que sentia. Você sabia exatamente o que ela estava dizendo. Eu, particularmente, não me assustaria se um dia ela publicasse um livro. Os acordes começaram, Dulce fechou os olhos, segurou o microfone com as duas mãos e se concentrou. No pares era uma música que mexia muito com ela, pois transmitia tudo que ela mais acreditava: Sonhos. Era uma música linda, que te prendia, te emocionava e encantava e só por ser ela a interprete desse som eu achava ainda mais belo. Dulce ajeitou os cabelos e começou a cantar.


Nadie puede pisotear tu libertad


Grita fuerte por si te quieren calar


Eu não sei transmitir tudo o que eu senti com ela cantado. Via cada uma de suas expressões, sua concentração, seus olhos fechados. Via seu amor pela música, sua entonação, sua emoção. Ela estava magnífica, perfeita. A luz fraca em cima dela só fazia tudo parecer mais angelical. Dulce, ali, naquele momento, era o maior anjo que poderia existir. 


No construyas muros en tu corazón


Lo que hagas siempre hazlo por amor


Pon las alas contra el viento, no hay nada que perder 


Eu não estava piscando, assim como todos naquele público. Senti vontade de sentar em sua frente e admira-la de mais perto. Senti vontade de abraça-la, beijá-la e ovacioná-la. Me emocionei quando os acordes foram acabando e sua voz acompanhando o fim da música. Minha respiração estava descompassada, minha mão estava trêmula, meu coração estava preenchido, feliz, saltitante e completo. Ali, naquele momento, olhando para Dulce agradecendo ao público eu compreendi tudo o que minha alma queria me explicar e eu evitava ver: Eu estava completamente apaixonada por Dulce.


Momentos antes de me descobrir apaixonada pelo anjo vermelho, show RBD.


 



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Autor(a): dulcegeovana01

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 02/12/2022 - 21:00:37

    Continua, sua fic é linda

  • NoExistente Postado em 09/02/2019 - 17:20:00

    Ahhh meu senhor. Por favor, continua. Eu não posso morrer sem ver o final dessa história

  • ana_beatriz_rbd Postado em 25/02/2018 - 22:34:38

    Continuaaaaaaaaa pelo amor de Deus. Vou morrer de ansiedade!

  • ranna_vondy Postado em 20/01/2018 - 23:38:17

    Continuaaa por favor 😘

  • Emily Fernandes Postado em 31/08/2017 - 14:33:56

    Nossa é uma pena que vc parou de postar. É uma web, maravilha que merece ser finalizado.

  • siempreportinon Postado em 29/05/2017 - 00:26:47

    Ainda estou esperando novos capítulos. Continua!

  • siempreportinon Postado em 02/05/2017 - 12:51:22

    Cadê os capítulos novos??? Continua!!!!

  • ester_cardoso Postado em 19/04/2017 - 18:43:20

    Faz mais de um mês q vc não posta, decepcionada :'(

  • Kakimoto Postado em 18/03/2017 - 07:00:58

    Coitado do Ucker, só vejo ciumes hehehehe Continuaaaaa :D

  • luuhportinon Postado em 17/03/2017 - 14:09:58

    Portiñón está tão fofinho... Minha diabetes até aumentou Kkkkkkk O que será que o Ucker tem??


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