Fanfic: Era la musica - Portiñon/AyD | Tema: Rebelde, Lesbico
Dame una oportunidad
Dame solo una señal
Dame tu soledad
Dame tu libertad
Dame todo lo que tengas
Dáme, Carlos Lara
Eu a beijei. Eu beijei minha melhor amiga. Beijei e foi maravilhoso. Meu cérebro ainda não tinha processado tudo. Eu continuava parada na mesma posição que Dulce me deixou. Meus dedos passavam por meus lábios. Eu ainda podia senti-la. O sentimento que eu tinha era de: Como eu pude achar que já fui apaixonada por outra pessoa?
- Any? – Guido perguntou me olhando. Ele foi chegando perto como se eu tivesse contaminada com alguma coisa, talvez tenha sido o modo que a Dulce saiu. Suspirei tentando recobrar minha consciência. O efeito da bebida já não era tão forte. – Vocês brigaram?
Brigamos? Não sabia responder. Provavelmente ela deve estar me odiando. Eu não poderia ter feito, nunca. Não poderia ter posto tudo a perder por uma simples vontade. Isso estava bastante claro, mas talvez seja por isso que eu não estava chateada, afinal, não foi vontade foi... Amor? Paixão? Não sei definir eu só... Daria tudo por ter esse momento de novo.
- Eu não sei Guido – sentia que minha voz saia meio grogue – Eu acho que sim – disse sincera. Sorri triste sabendo que isso jamais voltaria a acontecer.
Fui para meu quarto após ajudar Guido colocar todo mundo na cama. Eu ria com os resmungos alheios, mas meu coração ficava a cada minuto mais apertado. Como seria amanhã? Estava confusa se deveríamos conversar sobre isso, eu tinha certeza que Dulce negaria até a morte. Ela era hetero e assim seria para sempre. Seu modo conservador as vezes me irritava. O que eu ia fazer? Como conseguiria amar alguém às escuras? Como eu poderia ser tão egoísta sabendo que eu poderia fazê-la feliz, afinal, eu a amava certo? O que eu sentia dentro do meu peito não poderia ser comparado, ninguém poderia amá-la assim. Eu tenho certeza.
Deitei na minha cama e tudo estava rodando. Eu não conseguia dormir, apesar de todo cansaço. Estava com raiva, feliz, chateada, irradiante. Minha cabeça girava e as vozes que me aconselhavam estava começando a me enjoar. Respirei fundo tentando controlar a ânsia que subia, mas foi difícil evitar. Apaguei após várias idas ao banheiro sentindo a falta do corpo de Dulce colado ao meu.
[...]
Acordei no dia seguinte com meu telefone tocando. Sentia meu corpo doendo, minha cabeça explodindo e meus olhos ardendo. Eu havia chorado?
- Alo? – Minha voz saiu tão rouca que mal pude reconhece-la.
- Anahí, princesa. Tudo bem? – Ouvi a voz de Juan e fechei os olhos com força. Não precisava disso agora.
- Hm... Estou um pouco indisposta – disse seca. Eu estava irritada com ele, comigo e com a ressaca. – Podemos nos falar depois? – Ele concordou meio chateado, não liguei.
Aproveitei que Juan me acordou e fui me arrumar para descer. Apesar de saber que meu estômago, muito provavelmente, recusaria comida eu tinha que comer. Desci quase me arrastando, não era tão cedo, e algumas pessoas já se encontravam lá. Procurei com os olhos Dulce e a vi com Christian. Quase ri ao lembrar que tinha ciúmes dele e, inclusive, que era equivocado, ao final: Meus ciúmes não tinham nada a ver com amizade e a aproximação deles não tinha nada a ver com romance. Irônico, não? O questionamento me fez pensar: A quanto tempo eu a amava? Será que era sempre? Isso facilitaria muitas questões.
Dulce sempre foi meu porto seguro e eu sempre a quis. Talvez tentasse mentir para mim mesma. Neguei com a cabeça, afinal, que tipo de pessoa é tão fria ao ponto de esconder um sentimento tão lindo?
- hm? – Disse após ouvir Ucker dizer alguma coisa. Só então percebi que estava parada na porta do restaurante olhando fixamente para Dulce. Ela desviou os olhos abaixando a cabeça, mexia no canudo do seu suco como se fosse a coisa mais importante do mundo. É... Havíamos brigado.
- Vai entrar? – Ele disse apontando – você ta meio que tampando a entrada
Sai da frente dele sorrindo ou pelo menos tentando. Eu poderia fingir que não estava me importando para o que aconteceu, foi uma coisa do momento, de amigas. Pronto. Passou. Porém, isso dificultaria todo o processo. Eu a amava, droga. Deveria esconder?
Fui com Ucker pegar um suco de morango. Sentei com ele mesmo, conhecendo Dulce não adiantaria eu conversar com ela agora e eu preferia ter mais privacidade para tal conversa. Poucas palavras foram ditas no nosso café, eu estava submersa em pensamentos e ele parecia não conseguir pronunciar muitas frases. Tudo entre nós se resumia a “sim, não, uhm, ok”. Eu estava de costas para Dulce e, por isso, não conseguia saber se ela ainda fugia de meus olhares. Mas a conversa seria difícil, isso eu tinha certeza.
- Então vocês brigaram mesmo? – May disse chegando por trás de mim, após um tempo depois– Guido me contou
- Ah... Nada demais – disse simplesmente enquanto acompanhava Dulce ir para fora do restaurante. Dei de ombros fingindo que não estava me importante, mas aquilo estava me deixando confusa. Se ela tinha essa atitude só com um beijo, enquanto estávamos bêbadas, imagina se eu conto que estou apaixonada? Não sabia qual atitude seria certa, afinal, eu preferia ter Dulce como amiga sem ela saber meus sentimentos ou não ter ela mais de jeito nenhum?
Meu telefone voltou a tocar e vi que era Juan. Já estava mais tranquila para lembrar que nós estávamos saindo e, era normal ele me ligar. Ele não tinha culpa de não ser correspondido. Me levantei e fui em direção a um local mais silencioso.
- Oi, desculpa estava tomando café – disse me explicando. O resto da frase ficou presa. Não tinha notado, mas fui para o mesmo local que Dulce. Ela estava encostada no parapeito olhando para frente. Não precisava ser um gênio para saber que fumava, pois, a fumaça e o cheiro eram perceptíveis. Tive vontade de brigar com ela de imediato, afinal, foi um sacrifício faze-la parar de fumar e ela sabia de seus problemas respiratórios.
- Anahí? – Ouvi a voz de Juan me chamando. Não podia ignorá-lo, mesmo estando com vontade de matar a ruiva a minha frente.
- Oi. Tudo bem? Como foi o dia? – Perguntei rápido na esperança de que ele começasse a falar sobre ele e o seu mundo imperfeito. Vi Dulce apagando o cigarro e se afastando um pouco. Ela não me olhou em nenhum momento, mas, ao julgar pelo cigarro, estava incomodada. Segurei seu braço irritada quando ela ia passar por mim, minha mão fazia uma pressão deixando seu braço um pouco avermelhado. Dulce me olhou assustada e um pouco irritada.
- Me solta – Ela disse com raiva.
- Quero falar com você.
- Anahí? – Ouvi a voz de Juan ao telefone. Eu não sabia o que queria falar com ela e sabia que ali não era o lugar para isso, mas eu estava cansada de vê-la se machucando. Só me deixava ainda pior. Foi só um beijo, droga. E ela correspondeu, certo? Não podia me culpar 100%.
Ao ouvir a voz de Juan ela se soltou da minha mão com um puxão e eu suspirei. A olhei saindo e pisando o pé irritada. É, seria mais difícil do que eu pensei.
Passamos o dia todo sem trocar uma palavra e ao final do dia eu já estava deveras irritada. Essa falta de comunicação de Dulce me matava. Perceber que eu a amava e não podia fazer nada para mudar também.
Passamos o dia dando algumas entrevistas para jornais e programas locais. A mudança entre e mim e Dulce era notória para todos que nos acompanhávamos. Várias vezes os meninos vieram me perguntar o que havia ocorrido, eu apenas neguei dizendo a verdade: Não sabia. O único que poderia me ajudar era Christian, pois eu suspeitava que ele era o único que sabia o que estava se passando dentro da mente daquela maluca.
Subimos na van ainda sem trocar nenhuma palavra e, para mim, aquela situação já estava insuportável. Estava decidido, iria fingir que não foi nada demais e pronto. Precisava acabar com aquilo, ter Dulce assim era impensável. Conversaria com alguém sobre o que estava se passando comigo, tomaria minha decisão e veria se contaria a ela. Sentei ao lado dela de proposito, mas ela me ignorou olhando para o vidro. Respirei fundo, estava começando a ficar irritada com tal atitude. Dulce nunca foi do tipo muito dramática e isso já estava sendo angustiante. Éramos amigas, droga, poderíamos resolver qualquer coisa, certo?
Esperei alguns longos quilômetros para ver se ela, ao menos, me olhava. Seu corpo agora estava relaxado e ela olhava para frente, pelo menos. Ela havia me olhado algumas vezes, bem rapidamente, e a raiva parecia não estar mais presente. Eu via... Vergonha? Seu olhar basicamente implorava para eu falar com ela, o que era engraçado, pois Dulce sempre era a que resolvia nossos problemas. Mais uma para a lista “Rever antes de contar a Dulce que ama ela”.
- Podemos conversar agora? – Sussurrei para apenas ela ouvir. Ela me olhou assustada, acho que não estava esperando. Pareceu repensar se deveria ou não e eu revirei os olhos quase revoltada.
- Para de ser infantil, Maria. Só quero conversar com você – disse tentando parecer que não estava dando importância ao fato, apesar do meu coração já bater descompassado somente com aquele olhar.
- Pode ser depois? – Disse e eu simplesmente concordei. E eu tinha outra opção?
O clima pareceu melhorar entre eu e ela, mas tudo ainda estava muito silencioso. Chegamos ao avião e todo mundo estava calado, afinal, todos estavam morrendo de ressaca.
- Vamos? – Pedro disse gritando perto de Poncho. Eu suspeitei de que era por puro divertimento. Poncho fechou os olhos com força e levantou carregando suas malas.
- Nem precisava disso – ele resmungou indo para o avião e todos nós o seguimos. Pedro ainda ficou batendo palma, nos apressando sem nenhum motivo.
[...]
- Podemos conversar agora? – Perguntei sentando ao seu lado sem nem mesmo esperar sua resposta, ela apenas me olhou concordando com a cabeça, acho que por puro instinto.
Ficamos em silêncio um longo tempo. Apenas nos olhávamos tentando decifrar uma a outra. Eu esperava alguma reação, algo que pudesse me indicar meu próximo passo. Um sinal, só um sinal. Um mísero sinal de que não foi um erro.
- Pode falar Any – ela sorriu tímida e bebeu um copo de água. O apelido me fez derreter, nunca foi tão doce.
- Eu acho que deveríamos – pigarreei percebendo que não tinha ensaiado essa parte. Vamos Anahí, uma conversa qualquer... Mas se ela me mandasse apenas um sinal.
- Conversar? – Ela disse completando minha frase. Concordei com a cabeça. Coloquei minhas mãos dentro do bolso do casaco somente para que ela não percebesse minha tremedeira repentina. – Any – ela me chamou. A olhei com os olhos esperançosos. Um sinal Dulce. – Está tudo bem – ela sorriu, mas para mim não transmitia felicidade. – Sério. Podemos, sabe? Esquecer. – Sua voz se tornou mais baixa – Essas coisas acontecem, está tudo bem. Estávamos bêbadas, né? Só... Ta tudo bem. Foi só um pequeno desvio– ela voltou a dar aquele sorriso triste. Algo faltava, eu podia sentir. Só não sabia exatamente o que.
Meus ombros parecem que pesaram mais 2 toneladas ao ouvir essas palavras. Esse era o meu sinal.
- Sim – sorri do mesmo modo que ela: triste e sem nenhuma sinceridade. Estávamos interpretando? Eu tinha meu motivo, mas e ela? Ainda estava chateada? – Bom... Mas gostou? – Ela me olhou meio assustada. Eu queria tirar aquele clima pesado que restou, por isso, ri abertamente. Ela percebeu que era brincadeira e gargalhou comigo. Dulce era muito fácil de distrair, tão fácil que uma risada nós duas já erámos melhores amigas de novo.
Eu sei que meu coração nunca ficaria satisfeito com essa última afirmação, mas eu precisava dar um tempo para colocar tudo no lugar. Precisava de um tempo para mim, para ela e, principalmente, para me organizar com Juan. Não era justo eu ficar com alguém que eu sabia que não iria para frente. Jamais me permitiria a isso.
Quanto a Dul, bom.... Éramos melhores amigas de novo, mas por qual motivo eu tinha a sensação de que a estava perdendo pouco a pouco?
[...]
Chegamos ao aeroporto de noite. Amanhã tínhamos folga e, ainda bem, poderia por minha cabeça no lugar. Teria um tempo para pensar direito no que fazer, eu poderia até mesmo conversar com minha irmã. Eu precisava de alguém, não podia aguentar isso sozinha.
Pegamos nossas coisas e fomos descendo do avião. Eu e ela conversávamos amenidades com os outros. Ríamos da noite passada (mesmo que eu visse um rubor no rosto de Dulce quando ela escutava alguma coisa sobre “bebemos demais”)
- Vai comigo? – Perguntei lembrando que ela tinha vindo comigo e meu carro estava numa área reservada do aeroporto nos esperando. A vi concordar com a cabeça pensando como estava feliz por ela, pelo menos, ter parado de correr de mim...
- Surpresa minha princesa – Ouvi uma voz masculina nas minhas costas enquanto meus olhos eram tampados. Juan. Não tive reação, afinal, eu realmente não esperava ali, agora, nesse momento.
Ele me soltou e eu me virei meio atônita. Escutei uma movimentação e logo vi vários fotógrafos vindo em nossa direção e isso me deixou bem impressionada, afinal, nossa hora de chegada não havia sido divulgada. Seu corpo grande me agarrou num abraço exagerado e, em seguida, senti sua língua áspera em contato com a minha. Escutei vários “clics” enquanto era beijada, já que eu não correspondia. Estava assustada demais para qualquer coisa. Seu corpo me apertou mais contra o seu e só então me separei, quase o empurrando.
Me afastei de Juan muito sem graça e a primeira coisa que fiz, sem pensar, foi olhar para Dulce como se eu tivesse que lhe dar uma explicação. Vi Christian a puxando pela mão e ela com um olhar decepcionado. Eu? Estava com nojo, senti vontade de gritar com Juan ali, mas me controlei para não dar margens as fofocas.
- Anahí é verdade que estão a namorando?
- A quanto tempo?
- Você sentiu falta do seu amado?
Ainda estava atônita com tudo o que estava acontecendo. Os flashes, as vozes e o olhar de Dulce haviam me deixado sem reação. Decepção? Por que diacho ela estava decepcionada? Ciúmes? Podia ser que...? Não não... O dia de hoje deixou isso bem confirmado.
- Calmem, Calmem – Acordei com a voz pastosa de Juan. Seu braço segurava minha cintura. Busquei Dulce com o olhar novamente e a vi sendo afastada por Pedro do meio dos paparazzi. Para evitar uma confusão maior, fiz um sinal positivo para ele, pois sabia que ele viria aqui me tirar e o modo como Juan me segurava (como se fosse meu dono) só ia piorar as coisas. Só tem um jeito de afastar paparazzi, dando o que eles querem. Eu responderia algumas perguntas, diria que não estávamos namorando e fim, eles me deixariam em paz por hoje.
- Nã...
- Sim, estamos namorando – Senti a mão de Juan me virando e, novamente, me agarrou enfiando a língua na minha boca.
Quem tirou essa foto? :/
Gente, estou ficando com raiva dessa ruiva hein!!!
Complicadinho escrever esse capitulo! Eu tento ser o mais imparcial possível para dar "veracidade".
O que acham?
O capítulo está bem grande ou querem outro ainda hoje?
Um beijo :**
Autor(a): dulcegeovana01
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
La mente cuando baja la mareaMostrando la estructura del dolorActiva un mecanismo de defensaPara que no se ahogue el corazón Aire, Consuelo Arango O dia seguinte foi bem confuso. Eu acreditava que Anahí não ia me olhar nos olhos, mas ela que veio me procurar para conversar. Não sei se minha atitude estava sendo meio dramática, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 247
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tryciarg89 Postado em 02/12/2022 - 21:00:37
Continua, sua fic é linda
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NoExistente Postado em 09/02/2019 - 17:20:00
Ahhh meu senhor. Por favor, continua. Eu não posso morrer sem ver o final dessa história
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ana_beatriz_rbd Postado em 25/02/2018 - 22:34:38
Continuaaaaaaaaa pelo amor de Deus. Vou morrer de ansiedade!
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ranna_vondy Postado em 20/01/2018 - 23:38:17
Continuaaa por favor 😘
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Emily Fernandes Postado em 31/08/2017 - 14:33:56
Nossa é uma pena que vc parou de postar. É uma web, maravilha que merece ser finalizado.
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siempreportinon Postado em 29/05/2017 - 00:26:47
Ainda estou esperando novos capítulos. Continua!
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siempreportinon Postado em 02/05/2017 - 12:51:22
Cadê os capítulos novos??? Continua!!!!
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ester_cardoso Postado em 19/04/2017 - 18:43:20
Faz mais de um mês q vc não posta, decepcionada :'(
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Kakimoto Postado em 18/03/2017 - 07:00:58
Coitado do Ucker, só vejo ciumes hehehehe Continuaaaaa :D
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luuhportinon Postado em 17/03/2017 - 14:09:58
Portiñón está tão fofinho... Minha diabetes até aumentou Kkkkkkk O que será que o Ucker tem??