Fanfics Brasil - Capítulo 8A: Anahí Era la musica - Portiñon/AyD

Fanfic: Era la musica - Portiñon/AyD | Tema: Rebelde, Lesbico


Capítulo: Capítulo 8A: Anahí

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Te digo que no es tan difícil como crees.
Tan solo es solo es cuestión de hacer el bien.
A pesar de la hipocresía, de las mentiras.
Yo sigo en pie Yo soy así, ¿qué puedo hacer?
Tengo un pacto conmigo no cambiar de camino.
Yo no rendiré, aunque me cueste la piel


Sinceridad, RBD


 


- Você ficou louco? – Gritei com Juan enquanto ele dirigia para minha casa. O olhar decepcionado de Dulce estava gravado em mim. Isso queria dizer alguma coisa e eu iria descobrir o que.


- Any, eu entendo que tenha pego você de surpresa...


- Não. Você não entende – eu estava furiosa. Quem ele pesava que era? Eu não consegui minha liberdade tão cedo para não ter opinião sobre meus próprios relacionamentos.


Ele ficou sem nada a dizer e eu também. Tentava me acalmar e me manter sã, pois eu odiava discutir com alguém. Tinha que resolver isso com calma e paciência, porém minha preocupação com Dulce estava me consumindo. Eu tinha que conversar com ela, explicar, não sei...


Senti o carro parando lentamente e só então percebi que havíamos chegado em frente à minha casa. Meu carro já se encontrava bem estacionado ali, coisa de Poncho que me fez o favor. Respirei fundo prevendo que uma conversa desnecessariamente séria estava por vim. Eu estava cansada, droga. Fiquei em silêncio e sentei em posição de índio esperando Juan explicar sua súbita dificuldade de entender o significado da palavra “a dois”.


- Anahí – ele me olhou profundamente. Seu tom de voz era calmo, como se estivesse explicando para uma criança de dois anos o que aquilo significava – eu... – Tentei identificar o que aquele olhar queria dizer. Conhecia aquele olhar, eu sabia, mas no momento minha cabeça estava muito cheia para interpretar – Eu amo você.


Engoli seco diante a sua afirmação. Amava? Amor é uma palavra tão forte. Era algo que transparecia normalmente. Vinha de dentro e tomava conta de todos os outros sentimentos. Falar eu te amo transbordava felicidade, paixão, ternura. E aquele olhar não me transmitia amor.


- Ama? – Falei confusa. A pergunta havia sido mais para mim do que para ele. Se ele me amava mesmo, eu perceberia, não? Eu conseguiria notar. Amor é algo sublime e qualquer demonstração de afeto se torna importante. Amor é perguntar como foi o dia, se está tudo bem. É fazer suas vontades, te apoiar, te mimar. É saber quando você está triste, sem nem perguntar, é ser seu porto seguro quando tudo desaba, é ser amigo quando necessita, é estar junto sem olhar para trás.


 Não... Ele não me amava. Aquele olhar queria me dizer alguma outra coisa. Algum um misto de ambição com luxúria, não sei explicar. Ele me desejava, isso eu não poderia negar, pois seu corpo me mostrou muito bem após as madrugadas que dormimos juntos. Aquilo não era amor. Eu conhecia o olhar de quem amava, pois....


- Meu Deus – me sentei ereta de repente. Juan chegou para trás, meio assustado. Era como se ele tivesse esperando uma reação mais positiva.


Eu conhecia o olhar de quem se ama, pois era exatamente o olhar que Dulce tinha para mim. Eu sabia que aquilo não era amor, pois ele nunca me olhou como Dulce me olhava. Tinha certeza que aquele olhar apagado não transmitia, nunca, metade do amor que ela tinha ao me olhar.


 Ela me ama, eu tenho certeza.


- Ela me ama – sussurrei tão inaudível que acho que ele não ouviu. Ainda bem.


- Que? –


Minha respiração ficou descompassada e eu precisei me acalmar. Me sentia levemente tonta, minha cabeça girava e tudo parecia fora de órbita. Ela não sabia ou não me contou? Ela podia não saber, mas ela me amava. Eu só precisava mostrar a ela...


- Juan, eu...Preciso ir. – Estava confusa. Muito confusa. Precisava conversar com alguém. Precisava, de algum modo, me extravasar.


- Anahí, vamos ser sensatos. Somos adultos e – Balancei a cabeça negativamente. Agora não. Agora não.


- Eu só fiquei assustada com sua declaração, nos conhecemos o que? Uma semana –  ele me interrompeu


- Isso não vem ao caso


- Juan – quase implorei a ele. Ele me olhou, com raiva (tinha certeza) e deu um soco no volante que me assustou. Sua expressão de príncipe encantado desapareceu e o que eu vi refletido em seus olhos me deixou acanhada. Seus cabelos caíram nos olhos após o movimento brusco e ele ajeitou com violência. Passou a mão no rosto e respirou fundo.


- Ok – ele disse mais tranquilo, apesar de seus olhos me dizerem quanta raiva havia contida.


- Conversamos depois. Eu prometo – disse tentando parecer carinhosa, como se fosse uma princesa que tivesse que pensar em todo processo. Ele concordou com a cabeça e abriu a porta do carro, a expressão de príncipe voltando aos poucos


- Me desculpe por isso – Concordei com a cabeça apenas para não dar margem para outra explosão. Sorri calma, mas os sentimentos borbulhavam dentro de mim. Eu precisava correr. Rápido. –


- Te ligo depois, ok? – Ele concordou e eu sai do carro com um sorriso estampado. Ouvi alguns clics, mas não me importei. Me controlei para não correr até o carro, somente para não levantar suspeitas. Vi seu carro passar por mim, sorri e acenei, ele retribuiu, ainda com a cara fechada. O que tinha ocorrido aqui?


[...]


-Mari – disse a minha irmã assim que ela atendeu o telefone. Eu estava meio ofegante e agitada. Minha irmã era a única pessoa em que eu confiava para contar sobre meus sentimentos. Nesses momentos eu sempre recorria a ruiva, mas imagina “Oi, o que você faria se estivesse apaixonada pela sua melhor amiga e suspeitava que ela também te ama? Aliás, a melhor amiga é você! Surpresa”


- Any? O que houve? Você está bem?


Eu dirigia enquanto falava com ela pelo viva voz. Não estava me importar muito com as leis de transito, devo confessar, estava no máximo de velocidade permitido. Os pensamentos de poucas horas atrás me atormentando. A atitude de Juan, minha teoria sobre o amor de Dulce, sobre o meu amor, o cansaço do show, o beijo, as preocupações com contratos e novela e tudo... Eu iria explodir.


- Preciso conversar. Urgente. Está na casa da mamãe?


- Sim, mas... Any? O que houve? Você não...


Claro. Anorexia seria a primeira preocupação dela e eu deveria saber. A atenção extra sempre ficou guardada após esses acontecimentos, eu não me importava muito, era só preocupação de algo que poderia voltar, mas já estava estressada demais para ter que ouvir esse tipo de coisa


- Claro que não droga. Preciso conversar. Onde você está?


- Está dirigindo? Anahí você não está bem, pare esse carro agora que eu vou...


- Droga – gritei exasperada – Está ou não na casa de mamãe? Eu estou bem só preciso conversar


- Estou – ela disse meio acanhada – Te espero aqui. Venha com calma.


Desliguei sem ao menos responder enquanto seguia com o carro. Era meio longe de minha casa, mas não estava preocupada com isso no momento. O cansaço e a fome estavam evidentes (meu corpo já tremia pela falta de comida) me mantive forte, eu precisava disso. Continuei guiando o carro desesperada por conforto.


Estacionei de qualquer jeito e quase corri em direção a parte interna da casa. Dei boa noite a todos, tentando parecer a calma que não existia. Fizeram uma fila para me abraçar. Fazia tempo que eu não aparecia em casa, era verdade. Mamãe foi a primeira:


- Boa noite meu amor, quanto tempo. Mari disse que você não estava bem, o que houve? –


- Ela é uma exagerada mamãe. Só preciso conversar


- Tem a ver com o namorado? – Meu pai disse erguendo uma sobrancelha enquanto tomava o lugar de mamãe em meus braços, era como se estivesse me desafiando. Por um momento havia me esquecido que aquele idiota havia declarado, revirei os olhos exasperada.


- Sim e não. Não estou namorando para mim, mas para ele e todo o México sim –


- Mas... – Minha mãe disse confusa.


- Mãe, eu preciso urgentemente conversar com minha irmã. Prometo que conto tudo – eles concordaram, talvez pela minha ignorância, ou talvez pelo desespero que estava evidente em minha voz.


Puxei Mari pelo braço que me olhava assustada. Ana ficou com um biquinho na sala, eu não dei atenção a ela. Quase  joguei minha irmã na cadeira de meu antigo quarto. Ao fundo conseguia ver algumas fotos antigas e, em uma delas, era eu e Dulce abraçadas. Nossos sorrisos eram espontâneos e o abraço era o mais sincero. Lembro-me de como Dulce me apertava em seus braços, era como se não queria que eu fugisse. Eu não fugiria, nunca fugiria.


- Vocês brigaram? – Mari perguntou enquanto me via olhando fixamente para a foto de Dulce em específico. Neguei com a cabeça e suspirei


- É bem mais confuso que isso. Preciso que me entenda e acima de tudo não me julgue – Pedi enquanto sentava na sua frente e segurava suas mãos. Voltei a respirar fundo. Eu não havia pensado nas consequências e nem mesmo se Mari me entenderia. Senti um medo extravasar meu corpo e um arrependimento tomar conta de mim. E se ela não entendesse? E se contasse para meus pais? O que achariam? Como seria? Eu teria forças para sustentar isso? Teria força para aguentar a negação das pessoas que eu mais amava em cima de mim?


- Any – Suas mãos cobriram a minha. Ela apertou me dando apoio. Seu olhar era calmo e sincero. Sempre fomos bem unidas e tudo isso aumentou quando Ana Pau nasceu. Ela sempre me apoiava em tudo, mas sustentaria isso? – Conte comigo. Estarei do seu lado.


E então eu contei tudo como aconteceu. Contei desde minhas dúvidas, minhas mudanças até quando me percebi apaixonada por Dulce. A expressão de minha irmã não se alterava em nenhum momento, ela era uma ótima ouvinte. Desabafei sobre Juan, seu modo, sua grosseria, o modo como ele agiu com a imprensa. Contei o que achava que Dulce sentia, contei de Christian. Enfim, contei de tudo e ela me ouviu pacientemente. Quando acabei ela se mantinha na mesma posição, me olhando e analisando. A olhei apreensiva e abaixei a cabeça esperando alguma palavra sair da sua boca. Ela só falou depois de uma eternidade, pelo menos foi o que pareceu para mim


- Quando passamos por tudo aquilo – ela começou com uma voz calma e serene. Acredito que ela falava a respeito da doença – vocês ainda não eram tão próximas, acredito. Acho que só se conheciam de vista, não sei – confirmei com a cabeça – Você vivia triste, solitária e acanhada. Tinha vergonha e medo. Melhorou quando começou a namorar Christopher – eu assenti – Mas você nunca se viu perto de Dulce, Any. Você não vê o que nós vemos – Ergui os olhos e a encarei. – Dulce te transmite uma força que só sua família consegue observar. Seus olhos brilham, seu sorriso é sincero. Você é feliz, minha irmã. Seus amigos, sua família e Dulce é seu ponto forte e se tu me dizes que a ama como mulher – ela deu de ombros e se silenciou por um momento – Quem sou eu para julgar? Dulce cuida de ti todos esses anos – eu sorri concordando – nós vemos o carinho que ela tem por ti e para mim isso é tudo que importa – seu olhar se voltou para a foto em que estávamos abraçadas. Eu sorri, acompanhando seu olhar.


Quando voltou a me olhar suas mãos tocaram meus olhos limpando algumas lágrimas que caiam e eu nem havia percebido. Abracei minha irmã já soluçando enquanto ela afagava meus cabelos. Me acalmei algum tempo depois e ela voltou a me olhar. Ela sorriu e eu a acompanhei.


- Acho que, primeiro, deveria se resolver com esse Juan – ela disse revirando os olhos, pelo jeito, não havia gostado da peça – e bom – sorriu meio sem graça – não sei como funciona com mulheres, mas, vai para cima. Vocês já se beijaram, se ela não tivesse gostado não tinha retribuído se acha que o amor existe, conte a ela Any.


- Ela estava bêbada – tentei justificar o beijo, apenas para ouvir de mais alguém que eu não estava louca. Eu tinha chances, eu sabia.


- Eu fico bêbada e nem por isso agarro minhas melhores amigas – ela piscou se levantando, enquanto Ana Pau gritava por nós


Abracei minha amada sobrinha que pulou em meu colo assim que me virei. Meu coração estava mais tranquilo. Eu estava mais calma. Poderia resolver isso, certo? Estava tudo bem. Tudo ia se encaixar.


- Ei titi – disse beijando sua cabeça


- Cholou ti? – Eu balancei a cabeça afirmando. Suas mãozinhas vieram até meu rosto e fez um carinho gostoso. Eu amava essa menina


Resolvi ficar com minha família no meu dia de folga. Desliguei todos os meus aparelhos, pois precisava relaxar. Iria conversar com Juan na segunda, não estava afim de estresse por agora. Quanto a Dulce, decidi que eu não iria dizer nada ainda sobre meus sentimentos, poderia ser assustador, mas também não iria ficar me afastando dela, afinal, ela me amava e eu sabia disso. Iria conquista-la. Eu só esperava que ela percebesse logo.


O dia seguinte se passou tranquilamente para mim. Fiquei o dia todo brincando com Ana. Eu era a velha Anahí: Sem fama, sem fãs...somente eu e meus pais. Nadei, corri, pintei, fiz tudo o que me permitiu relaxar. Eu estava afastada do mundo (nem tv eu vi, não queria ver as fofocas que reinavam sobre meu “””””namoro””””” com Juan. Era o que eu precisava.


Porém, quando a noite chegou o nervosismo foi tomando conta. Amanhã eu veria ela e tudo seria distinto de antes


- Boa noite mana – Mari me disse com um sorriso provocante. Joguei uma almofada nela, mas isso foi insuficiente para me acalmar.


Amanhã seria o dia de resolver todos os problemas.


[...]


Entrei no carro pela manhã após me despedir de todos. Prometi que voltaria mais vezes, afinal, eles estavam certos, eu estava abandonando-os. A primeira coisa que fiz foi ligar o celular que até travou após notificar as 20 mil ligações de Juan. Ok, era exagero e eu estava sendo injusta com ele, afinal, nós estávamos saindo, certo? Ele merecia pelo menos um fim descente. Retornei a ligação que foi atendida rapidamente


- Anahí – ele disse parecendo sorri com a voz. Fiquei confusa, ele não estava bravo?


- Juan, tudo certo? – Mordi os lábios. Estava nervosa, sua atitude no carro me fez parecer que essa situação não seria simples. Ele concordou feliz demais para o meu gosto, mas tentei parecer normal. Marquei de conversar com ele depois das gravações ele concordou feliz. Senti pena, ele era um rapaz legal.


Vi uma ligação perdida de Poncho, umas mensagens de “amigos” dizendo parabéns pelo namoro, algumas ligações estranhas e até uma de Pedro. Porém, nenhuma delas me deixou feliz, afinal, a única ligação que eu esperava era de Dul.


Cheguei na televisa um pouco mais cedo que o habitual. Minhas roupas deviam estar estranhas, pois eu não as usava fazia um tempo. Todos me olhavam e cochichavam, fiquei em dúvida se era por causa do “”””namoro”””” ou por causa das roupas. Ignorei, de qualquer forma, esse povo adorava falar mesmo.


Na porta da televisa encontrei alguns jornalistas querendo falar comigo, ignorei todos e tentei passar sem dar uma palavra. As perguntas eram as mesmas “você está namorando?” “É verdade que está grávida?” “mimimimimi?”. Resolvi não falar nada pelo simples fato de que achava injusto desmentir Juan assim, afinal, ele também era da mídia.


Assim que consegui entrar vi alguns conhecidos que me desejavam bom dia, outros mantinham uma cara fechada (principalmente mulheres do fã clube Juan). Fui direto ao camarim por minha roupa escolar e reler meu texto, tinha ensaiado o dia de hoje bem pouco, tanto que havia me esquecido que tinha uma cena com Dul. O pensamento fez eu sentir uma espécie de puxão no umbigo tão forte que fiquei enjoada. Respirei fundo e fiquei lendo o texto.


A cada minuto que passava eu ficava mais nervosa, pois a presença de Dulce era mais provável. Todo mundo ia chegando, menos ela. Ao final, já não conseguia me concentrar no texto. May chegou e, bem típico dela, já soltou a bomba;


- Que história é essa de namoro Anahí? – Ela me perguntou jogando a bolsa no sofá ao meu lado – Pedro está puto com você – já imaginava – e Dulce? Ela só faltou matar um. Ela é sua melhor amiga, como você esconde isso dela?


- Dulce? – Perguntei surpresa


- É Dulce. Sabe? Ruiva, baixinha, trabalha com você – ela disse irônica. Eu ignorei. A ideia de Dulce com raiva do meu suposto namoro me agradava. Seria ciúmes? – Faça-me o favor – ela entrou no banheiro quase batendo a porta e eu quase ri, achei engraçado a sua atitude. Esperei estar somente eu e ela no camarim, abri a porta do banheiro e ela gritou assustada.


- Primeiramente: Bom dia – eu disse irônica a olhando encostada na porta. Ela bufou, gente, quanto estresse. – Segundo: Não estou namorando – Ela me olhou assustada. Eu tinha fama de mentirosa por acaso?


- Há, essa é boa – Ouvi a voz de Dulce em minhas costas. Me virei lentamente como se eu estivesse me virando para levar um tiro. Só pela sua voz pude perceber do que Maite se referia. A única coisa que tenho a dizer é que: Se olhar matasse eu estaria morta. Engoli seco de tão nervosa que fiquei. Seus braços estavam cruzados e ela me olhava assustadoramente. Seus lábios formavam um bico lindo e eu tive vontade de agarrá-la. Por favor me diz que é ciúmes. Engoli seco, antes de conseguir expressar qualquer palavra. Minha mente se tornou um branco e eu podia quase ouvir meu cérebro trabalhando. Fale alguma coisa, idiota. Qualquer coisa.


- Não é nada disso que você está pensando – Assim que as palavras saíram da minha boca me arrependi. May saiu do banheiro e se juntou a Dulce. A escolha de palavras não foi muito bem colocada, afinal, já ouviram alguém sincero dizer isso?


- Não estou pensando nada – ela disse mais amargurada. May se juntou a ela no cruzar de braços, numa típica cena de filme. Achei graça, mas me assustei ao mesmo tempo. Poderia ser apenas uma chateação de amiga, né? Olhei as duas nos olhos e o que eu vi me acalmou. May estava chateada, mas eu podia ver um brilho de curiosidade em seus olhos. Já Dulce, bom, vi duas chamas que queriam me consumir –


- Explique-se, Giovanna – Foi a morena que quebrou o silêncio. Agradeci imensamente, acho que só assim para a ruiva me ouvir sem eu ter que ficar correndo atrás dela o dia todo.


- Resumindo: Ele queria fazer uma surpresa – eu disse olhando nos olhos de Dulce. Não desviei o olhar em nenhum momento, mesmo que ela quisesse me matar – Bom... Conseguiu, mas não do jeito que queria – eu tentei sorri, mas nenhuma das duas sequer esboçou uma reação. – Eu não tive nada a ver com isso, não quis e não quero namorá-lo.


- Porque não negou? – Dulce me perguntou. Nesse momento May parecia estar em outro mundo. Me aproximei da ruiva, novamente a olhando nos olhos, queria mostrar total sinceridade


- Não queria deixa-lo sem graça – ela revirou os olhos. Por favor diz que é ciúmes, por favor. – Dul – toquei seus braços. Uma onda elétrica passou por mim, me arrepiei. Eu não tentei disfarçar, afinal, queria mostrar o que eu sentia. Dulce soltou os braços como quem estivesse saindo da posição, mas para mim ela apenas quebrou nosso contato – Dulce... Acredita mesmo que eu faria isso contigo? Que eu mentiria para você? Que eu te enganaria? Eu... Nunca precisei disso, você acredita mesmo que se eu estivesse namorando você não seria a primeira a saber? Acha mesmo que se eu amasse alguém eu não falaria contigo? – A intensidade do meu olhar aumentou. Queria que ela percebesse que eu estava dizendo para ela. Vi seus olhos brilharem e uma calmaria tomar conta das chamas, quase sorri agradecida.


- Bom para mim é o suficiente – May disse e riu. Me abraçou forte – Nunca mais faça isso – Concordei, mesmo que eu não tivesse feito nada.


Olhei para Dul sugestivamente.  Voltei a me aproximar dela meio sem graça. Ela suspirou e me puxou para um abraço apertado e meu mundo se perdeu e se achou em questão de segundos. Era ali que eu queria estar. Estávamos entregues e felizes, para mim, era uma gratificação enorme.


- Eu vou resolver isso, prometo – sussurrei em seu ouvido e a apertei mais em meus braços. Como um dia eu poderia trocar isso por algum outro abraço?


- Que? – A ouvi dizer e a olhei


- Que o que? – Não entendi do que ela falava


- Trocar o que por outro abraço?


Senti meu rosto queimar. Eu havia dito isso em voz alta?


Foto pedurada na parede de meu quarto. Eu a achava linda <3




 


Ei meninas! Desculpem pela ausência de ontem, mas foi um problema técnico hahah


O post de hoje está bem grande para recompensar isso. 


Obrigada pelos comentários <3



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Autor(a): dulcegeovana01

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Ya no quiero despertar un dia mas sintiendo miedo ajustando cuentas con mi soledad Lagrimas Perdidas, Dulce María   Eu andava de um lado para outro na frente de Chris totalmente alucinada. Não consegui tirar o fato de que Anahí havia escondido isso de mim. Ontem passei o dia todo evitando qualquer meio de comunicação, pois ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 02/12/2022 - 21:00:37

    Continua, sua fic é linda

  • NoExistente Postado em 09/02/2019 - 17:20:00

    Ahhh meu senhor. Por favor, continua. Eu não posso morrer sem ver o final dessa história

  • ana_beatriz_rbd Postado em 25/02/2018 - 22:34:38

    Continuaaaaaaaaa pelo amor de Deus. Vou morrer de ansiedade!

  • ranna_vondy Postado em 20/01/2018 - 23:38:17

    Continuaaa por favor &#128536;

  • Emily Fernandes Postado em 31/08/2017 - 14:33:56

    Nossa é uma pena que vc parou de postar. É uma web, maravilha que merece ser finalizado.

  • siempreportinon Postado em 29/05/2017 - 00:26:47

    Ainda estou esperando novos capítulos. Continua!

  • siempreportinon Postado em 02/05/2017 - 12:51:22

    Cadê os capítulos novos??? Continua!!!!

  • ester_cardoso Postado em 19/04/2017 - 18:43:20

    Faz mais de um mês q vc não posta, decepcionada :'(

  • Kakimoto Postado em 18/03/2017 - 07:00:58

    Coitado do Ucker, só vejo ciumes hehehehe Continuaaaaa :D

  • luuhportinon Postado em 17/03/2017 - 14:09:58

    Portiñón está tão fofinho... Minha diabetes até aumentou Kkkkkkk O que será que o Ucker tem??


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