Fanfics Brasil - Capítulo 8B: Dulce Era la musica - Portiñon/AyD

Fanfic: Era la musica - Portiñon/AyD | Tema: Rebelde, Lesbico


Capítulo: Capítulo 8B: Dulce

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Ya no quiero 
despertar un dia mas sintiendo miedo 
ajustando cuentas con mi soledad


Lagrimas Perdidas, Dulce María


 


Eu andava de um lado para outro na frente de Chris totalmente alucinada. Não consegui tirar o fato de que Anahí havia escondido isso de mim. Ontem passei o dia todo evitando qualquer meio de comunicação, pois no México só se falava nisso. Estavámos na casa dele, no nosso dia de folga e ninguém tinha notícias de Anahí. Fiquei sabendo por alto que Pedro estava mega furioso, já que o seu telefone não parava de tocar para marcarem entrevistas uma vez que não conseguiam contatar Anahí. A especulação era de que ela estava “Aproveirando o namoro”.


Eu não tentei ligar, eu não queria ouvir que ela estava bem, com Juan e e que não queria ser incomodada nesse dia. Eu estava chateada, mesmo. Ela me enganou, certo? Ela que deveria me dar explicações. Eu não podia conseguir creer que ela não havia me contato. Coisa de melhor amiga, sabe? É natural ela me contar.


- Se você conseguir ficar quieta um minuto – Chris disse tirando os olhos da revista. A capa era o beijo entre Anahí e o principe encantado.


Eu gostava tanto da época em que ninguem sabia sobre meus desejos. Não tinha com quem desabafar e por isso criar uma barreira contra esse tipo de sentimento era fundamental e, ao fim, eu não sentia.  Não costumava ficar com raiva dela por esse tipo de motivo e todo sentimento negativo era depositado em mim. Eu tinha raiva de mim, da situação e de não conseguir me controlar. Anahí era como uma Deusa inatingível, tudo que eu faria nunca poderia alcançá-la. Mas o beijo, conversar sobre isso com o Chris e ter assumido para outra pessoa que a amo me deixou pensar de que isso um dia seria possível. Isso me fez ficar em dúvida: Foi bom ter contado?


- Se você parar de ler essa merda, me ajudaria – Ele me olhou risonho negando com a cabeça. Em nenhum momento ele ficou com raiva das minhas crises. Só ria do meu desespero como se fosse engraçado, e, como eu estava muito desesperada, ele rir e discordar das minhas palavras estava se tornando muito comum. Chris era muito sonhador e otimista, cismou de que Anahí me amava e que ele, o sábio, conseguia ver isso. Ainda me chamava de cega, vê se pode?!


Chris fechou a revista, jogou no sofá e me olhou profundamente. Me senti uma criança.


- Quando tu parar de ter pena de si mesma, vai ver o que Anahí está tentando te dizer...


- Já vi. Ela quer me dizer que ta namorando – Interrompi quando vi do que se tratava. Ele revirou os olhos, acho que estava começando a perder a paciencia. Ótimo. Éramos dois.


- Deus, quando tu ficou tão burra assim? Esses anos trancafiando seu coração te fez ficar cega, só pode – Não disse?


Achei melhor  ignorar qualquer palavra dele. Eu estava desejando o bem de todos. Era quase como um sacrifício, isso não era obvio? Sentei no sofá chateada com tudo e liguei a TV apenas para abafar o som da risada dele.


- Anahí Portiila abalou as notícias na noite anterior. Após chegar de um show a loira foi surpreendida pelo Namorado Juan Martins. Ambos são atores e se apaixonaram ao se esbarrarem pelos corredores da Televisa. O galã deu diversas declarações de amor a respeito da amada que, surpreendida, não conseguia pronunciar uma só palavra. Não são fofos? – Várias cenas eram passadas dos dois. Sentia o ar ficando pesado. Chris estava colocando tanta abobrinha em minha cabeça que eu até pensei se estava perdendo alguma oportunidade – Ainda na noite de ontem os dois foram vistos juntos no carro do ator. Ele deixou a nova namorada em casa e se despediram ali mesmo. Nossos reporteres sentiram falta de um beijo de despedida, mas Anahí parece ser tímida, já que apenas acenou para o namorado- hm – eu disse cruzando os braços. Não há oportunidade perdida – ela não sabia, ne? Ah ta me conte outra – disse irrtada.


Christian me ignorou e desligou a televisão. Levantou-se arrumando as roupas e sorriu pomposo. A campainha anunciava a chegada de BJ. Marcamos um encontro com ele e Anabelle. Chris havia dito que sua compainha poderia me fazer bem. Concordei apenas para me distrair. Eu não queria ficar sozinha pensando no acontecimento e resolvi aceitar. Precisava me distrair.


- Ve se tira essa cara de amarga – ele disse sussurando – Anabelle não veio aqui pra ficar ouvindo lamentações – Eu o olhei e fiquei meio ereta. Eu sabia as intensões dela e, bom... Vai ver eu precisava disso de fato.


Os dois entraram já super animados e eu tentei sorrir. Mostravam as garrafas de bebidas e pulavam enquanto Chris ria. Eu acompanhei a garrafa com os olhos: Já tinha provado dessa combinação.


- Ual – Anabelle disse me olhando sem disfarçar – Achei que não viria. Estou surpreendida.


Dei de ombros sorrindo para ela. Ana sentou ao meu lado e apoiou as mãos em minha coxa. Senti um arrepio diferente percorrer meu corpo e sorri tímida. Desejo.


- Eu disse que ia vim. Te prometi, lembra? – Ela concordou com a cabeça, sua mão quente fazia minha pele queimar. Meu rosto se tornou quente com sua proximidade, não era excitação, era vergonha. Eu estava totalmente desconfortável.


- Te farei prometer mais coisas então -


Concordei mordendo os lábios. Eu estava com bastante vergonha, mas apesar disso percebi que nunca havia sido assediada por uma mulher antes e posso dizer que adorei. Era delicado sem ser rude. Me peguei pensando se todas as mulheres eram assim ou se somente ela. Apesar de todas as sensações que, não posso negar, eu estava sentindo apenas uma verdade era absoluta em meu coração: Aquilo não passava de ego. Sim, faziam dois anos em que eu não me permitia sair, faziam dois anos que eu não era tratada assim, faziam dois anos que eu não me sentia desejada. Tudo isso fazia meu corpo dar sinais, mesmo sabendo que um diabinho loiro jamais sairia da minha cabeça.


A noite transcorreu de maneira semi-agradavél. Volta e meia o assunto caia em banda/novela e eu voltava a me lembrar de Anahí. Ficava me perguntando se ela estava com ele e me indagando de o que ocorreu para nossa comunicação cair assim. Já eram quase meia noite e uma pequena angústia me incomodava. Eu nunca precisei ficar sem falar com Anahí, eu nunca me segurei para não falar com ela. Repensei sobre minhas atitudes.


Suspirei chamando atenção de deles, mas não me importei. Aquele sentimento já estava me incomodando. Fui até a varanda segurando meu celular pensando se deveria ligar ou não para ela. Talvez se eu ligasse o clima ficasse menos tenso e tudo poderia se resolver. Tenho certeza de que ela teria uma boa desculpa e eu poderia fingir acreditar e mais uma vez fingir que nada existe.


- Sabe, ainda não fizeram essa tecnologia. Ligar por olhar... Ou vocês famosos já possuem? – Eu sorri ainda sem me virar. Eu não sei quanto tempo estava ali, mas agradeci mentalmente por ela me tirar desses pensamentos.


Anabelle se aproximou de mim, quase encostando seu corpo no meu por trás, meu corpo quis dar reações, mas acredito que eu estava chateada demais para excitação tomar conta. Suas mãos delicadas me viraram, lentamente, e me peguei olhando seus olhos. Eram negros, bem escuros. O contraste com os de Anahí me causaram nostalgia e saudades. Não era uma escuridão que eu procurava, era a luz. Ana me encarava como se quisesse enxergar minha vida e, novamente, fiquei acanhada.


- Deveria parar de pensar tanto, linda – eu sorri meio triste. Gostaria.


- Como? – Ela se aproximou mais um pouco. Seu corpo encostava no meu e, sem querer, meu cérebro a comparou com o corpo de Anahí. O corpo de Anabelle era mais forte e menos delicado. O cheiro, menos doce, o calor não me causava conforto, o olhar era de puro desejo... Tudo era muito distinto, tudo era muito distante do que eu realmente queria comigo. Ana tirou uma mexa do meu rosto, delicadamente, seus movimentos pareciam estar em câmera lenta de tão devagar que ela se mexia.


- Assim – Senti sua língua se encotrar com a minha de maneira delicada, mas exigente. A língua dela passava pela minha e me instigava, provocava, excitava, mas ainda não era o que eu desejava, eu sabia. Não posso negar que retribui o beijo, por longos minutos diga-se de passagem, mas apenas porque as comparações não acabavam. Meu corpo pedida e implorava pelo de Anahí e era ela o que eu imaginava. Se a intensão era fazer eu parar de pensar não funcionou muito bem.


Nos separamos e acho que meu sorriso ainda continuava o mesmo: Triste. Ela apertou minhas bochechas e eu achei a atitude estranha, afinal, tinhamos acabado de nos beijar. Ela depositou um beijo em minha testa, sorrindo, como se falasse “tudo bem, tudo bem”.


- Amigas então, hein? – Olhei para ela sem entender. Eu havia dito algo? – Não me leve a mal, mas eu sei quando alguém está me beijando – eu sorri com ainda mais vergonha do que estava antes – a chama do desejo passou bem longe daqui, né?


- Me desculpa, eu... – Ela negou com a cabeça, rindo do meu desespero.


- Dul, tu não me deve explicações. Calma. – Eu concordei sem saber o que fazer. Anabelle sentou e me chamou para sentar ao seu lado. Obedeci, sem ao menos saber por que – Me conta. Quem é?


- Quem é o que? – Ela riu da minha cara que, com certeza, não enganou ninguem


- Dulce você acaba de ficar comigo pensando em alguém e não tem coragem de me contar o motivo? Auch, essa doeu – ela colocou a mão no peito fingindo uma dor. Eu gargalhei alto e isso me acalmou, ela realmente estava sendo sincera.


A olhei avaliando, dei de ombros e contei minha sina com Anahí. Ela fazia umas caretas engraçadas no meio das histórias e alguns comentários engraçados. Ela era muito divertida, devo ser sincera. Seria uma boa amiga no fim das contas. Ao final ela me olhou avaliativamente e, pela primeira vez, a vi sem um sorriso estampado no rosto


- Desculpe Dul, mas eu não entendo – ela disse me olhando – Você diz que a ama, que ela é o amor da sua vida e que é sua melhor amiga, mesmo antes de tudo– a observei sem dizer nada – ela é tudo isso e você não consegue ser sincera com ela. Você não consegue contar a ela sobre todo esse amor e essa atitude por si só já é egoísta – abaixei o olhar. Egoísta? -  Eu até compreendo, por que o medo faz isso. Te prende, te faz desistir, te faz não seguir em frente. Mas tu lhe prometeu amizade, Dulce, amizade, mas não consegue lhe contar a verdade. Como você espera ser feliz assim? Como tu espera fazê-la feliz assim?


A olhei. Eu estava magoada, mas não com ela. Repensei sobre suas palavras e mordi os lábios. Ela estava certa, eu falava que Anahí era minha melhor amiga mas engano ela a dois anos.


- Acredito que – ela me olhou. Acho que pedindo permissão para falar. Ana não tinha medo de ferir sentimentos, mas não  porque ela fosse uma pessoa ruim, mas sim porque ela acreditava que quando se tinha amizade, as verdades deveriam ser ditas – Você assume esse discurso de que não quer ferir ninguém da banda e tudo mais, porém, na verdade, você não quer se machucar.


As palavras de Anabelle atingiram um lugar antes nunca habitado por mim. Arrependimento. A verdade finalmente fazendo sentido. Fiquei boquiaberta, sentindo algumas lágrimas descerem, eu não tinha medo de estragar as coisas, eu tinha medo da verdade.


Tinha medo de Any não querer nada, tinha medo dela negar, tinha medo de vê-la com outro. Segurei esse amor todos esses anos não pela banda ou pela novela, segurei porque eu era fraca e medrosa. Ela e Christian estavam certos: Eu era egoísta e cega.


Anabelle me abraçou forte, como se quisesse tirar a dor de mim. Eu chorei em seus ombros.


- Eu sei como é isso. Se assumir pela primeira vez. Sei os medos que você mesma cria para você, mas, Dul: Você não deve nada a ninguém.


Concordei com a cabeça, enxugando as lágrimas. Eu precisava dizer a Any. Precisava tirar esse sentimento de mim, precisava parar de me enganar. Precisava conquistar o que era meu.


Decidi ir embora mais cedo do que o previsto. Meus pensamentos não paravam um só minuto e eu estava ficando confusa. Eu estava nervosa, amanha iria encontrar Anahí e eu não sabia o que pensar. Eu contaria já? Deixaria passar um tempo? Ela tinha namorado agora.


[...]


Cheguei na televisa levemente atrasada e em todo lugar que eu passava não se falava em outra coisa além do namoro de Anahí. Mas que droga, não tinham outro assunto? Passei o caminho todo tentando abstrair desse fato e me concentrar só no que eu sentia por ela, mas estava dificil. Passei rapidamente por todos os jornalistas que tentaram me cercar: Pedro foi bem claro quanto a isso, ninguém daria uma palavra até Anahí se explicar.


Entrei no Camarim e a vi encostada na porta conversando com Maite. Meu coração parou por um momento, ela estava mais radiante hoje. Foi como se esses dias afastadas tivesse a transformado, ela estava mais leve. A ouvi falando que não estava namorando e não me segurei. Meu coração estava pesado e eu torcia internamente para que ela negasse mais uma vez e, que dessa vez, fosse olhando em meus olhos. Eu precisava saber.


Quase comemorei, mas me mantive firme. Tudo entre nós, apesar de toda essa confusão, estava fluindo muito melhor era como se todas as barreiras tivessem sido quebradas e isso era maravilhoso. Sentia que era a primeira vez que eu era sincera com ela, pois eu a olhava intensamente sem me importar em demonstrar algo. Eu não tinha mais medo e deixava meus sentimentos fluirem.


- Você está diferente – Any me disse colocando as pernas em cima da minha na lanchonete em nosso intervalo. Sua voz saiu despreocupada, não era uma cobrança, era uma afirmação. Eu sorri mordendo um pedaço da maça. Sim, eu estava. Não respondi, apenas pisquei para ela.


- Any – Poncho chegou, parecia meio preocupado. – Pedro quer te matar... Digo... Falar com você – Ela suspirou jogando a cabeça para trás. Eu fingi me preocupar com a maçã como se não tivesse escutado.


- Mas que droga – bufou – Isso ta começando a me irritar.


Ela saiu pisando forte irritada. Poncho teve que dar passagem a ela se não teria sido carregado pela fúria. Eu sorri, apesar de sentir o ciúmes batendo.


- Vocês se resolveram então, ne? – Poncho disse sorrindo – Da pra ver pelo seu sorriso bobo – ele apertou minhas bochechas


- Conversamos. Ela disse que Juan apenas contou sem ao menos falar com ela – ele concordou bebendo o resto do suco de Any


- Nunca fui muito com a cara desse cara – sua vo abaixou como se ele me contasse um segredo – Parece que ele está com ela só para ser carregado, sabe? Como se procurasse fama. – Deu de ombros – não sei explicar. Sei que ele não parece ser o cara ideal pra minha Any


Senti um pedaço de maçã entalar na minha garganta. Como assim minha Any?


- Sua? – Perguntei ainda tossindo. Ele ainda deu alguns tapinhas em minhas costas


- Tudo isso é ciúmes? – Ele disse rindo – Minha ué... Sua... Do Ucker... Da May... De todos nós.


Quase suspirei aliviada. Ter o Poncho como concorrencia seria demais.


 


[...]


Gravávamos uma cena dentro da sala de aula e ríamos muito. O clima entre os personagens era de pura zoação e todos nós aproveitamos isso. Jogávamos bolinhas um no outro e implicávamos enquanto  a “aula” era dada. A cena transcorreu super bem, apenas alguns ajustes foram aplicados por Pedro.


Foi a última cena do dia e, apesar de divertida, fora deveras cansativa. Eu me arrastava para o carro suplicando por descanso. Meus ultimos dias foram pensativos e desgastantes, mas isso fazia parte do passado. Agora o dia transcorria bem, sem preocupações bobas e sem desvaneios. Ainda não havia decidido se contava ou não para Anahí, mas isso não fazia com que eu não pudesse aproveitar. Abracei, apertei, segurei nas mãos, fiz carinho... Tudo de maneira muito amigável, mas eram questões que antes eu me indagava se deveria ou não fazer.


- Boa noite Dul – Ucker gritou do seu carro e eu acenei. Poncho vinha logo atrás conversando com Christian e Anahí. Eu a olhei sorrindo. Seu olhar era cansado, mas sua beleza era inimaginavel.


- Ei minha ruiva preferida – dei língua para Poncho rindo. Ele não conhecia muitas ruivas. Ele se aproximou beijando minha testa e se despediu. Chris fez o mesmo, mas não sem antes me provocar:


- Agarra ela – e saiu rindo. Ao fim, eu me encontrava de frente para Anahí que ficou parada me olhando risonha


- Então... – Ela disse e se aproximou, eu sorri e a puxei para um abraço. Seus braços envolveram minha cintura e o seu peso me fez encostar no carro. Os meninos passaram buzinando


- Gostosas – Ouvi Chris gritar e ri. Escutei a risada de Anahí abafada em meus ombros. Já ficaram perto de alguém e sentiu o clima mudar? Seu coração acelera e a respiração fica descompasada. Senti minha bochecha esquentar e mordi os lábios institivamente


- Então... – Repeti sua fala e ela me olhou. Estavamos perto e eu, com medo dessa aproximidade, olhei para o lado apenas para fugir de seu olhar. Estavámos no estacionamento e tive medo da minha reação, não mais por medo do que ela iria pensar, mas sim porque, querendo ou não, ela ainda estava namorando


- Posso ir a sua casa hoje? – Ela falou tudo embolado, como se tivesse soltado tudo numa só respiração


- E desde quando você pede? – Ergui uma sobrancelha. Tentei parecer descontraida, mas a verdade é que meus pensamentos, ao longo do dia todo, foi questionando o verdadeiro sentimento da loira. Teria como ser só amizade? Ela estava diferente, me tratando diferente e isso estava bem claro. Depois do beijo Anahí se tornou mais... Provocativa? Ou isso tudo era só minha mente fazendo com que eu percebesse coisa que me fizesse sentir melhor. Afastei os pensamentos da minha cabeça. Não iria pensar.


Marcamos de jantarmos juntas e meu coração se aqueceu. Liguei uma música no carro e fui cantando animada. Pela primeira vez (essa frase está se tornando recorrente) eu me sentia esperançosa e acreditava que a chance de Anahí está retribuindo era grande. Eu precisava de um empurrãozinho ou eu nunca vi porque o medo me cegava a tal ponto?


Decidi parar de pensar e me concentrar em pedir (eu não sei cozinhar, acreditem se quiser) algo que Anahí goste. As batidas em meu coração me indicava que hoje a noite seria, quem sabe, inesquecível. Era engraçado ter essa sensação de segurança em mim, ela não era corriqueira. Os medos ainda estavama aqui querendo a todo minuto aparecer, mas eu os afastavas colocando o sorriso dos olhos azuis em seu lugar. Ele preenchia todo o espaço.


- Entra – Gritei sabendo que era Anahí. Eu havia tomado um banho rápido e colocado um short e uma blusa. Não estava arrumada, mas também não estava relaxada. Porém, me arrependi rapidamente da roupa que eu estava quando vi Anahí na minha frente. Ela vestia um vestido curto e uma sandalia numa estilo bem solto, mas ainda assim, MARAVILHOSA. Eu colocava comida na mesa, mas fiquei estática assim que a vi.


- hmmm comida japonesa – ela disse se aproximando de mim. Acho que não percebeu a minha cara, pois seu olhar ia diretamente para comida. Sorri, terminando de arrumar a mesa, não consegui pronunciar nenhuma palavra.


Comemos conversando amenidades a respeito da banda e do que ela estava achando do final da novela. Eu a olhava encantada, estupefata e admirada. Any me ajudou a colocar as coisa na cozinha  e o clima era como antigamente. Só eu e ela, conversando sobre qualquer coisa, em nossa intimidade.


- Você sabe como me conquistar – ela me disse enquanto eu colocava os pratos no lava-louças. A olhei de imediato e quase deixei o objeto cair. Ela sorriu, se aproximando lentamente. Seu andar se assemelhava um felino querendo pegar a presa, mas seu olhar era calmo. Ela pegou os copos de cima da pia e me ajudou a guardar.


- Por?


- Ah japones, me faz rir... – deu de ombros, sorrindo. Concordei com a cabeça apenas porque fiquei hipinotizada. Seu corpo exalava sensualidade e ela nem estava fazendo nada. O jeito de me olhar, de se mover... Era tão provocativo, mas tão delicado ao mesmo tempo.


Todas as células do meu corpo gritavam para eu beijá-la, mas meu cérebro não respondia ao meu comando. Uma batalha começou a ser travada e eu fiquei imóvel. Não vou beijá-la assim, vai que ela não quer. Ela quer você sabe que ela quer. Mas posso estar enganada e se ela não quiser? Nós já conversamos sobre isso. Vocês são amigas. Esse é o motivo de você ir em frente...


- Dul? – Quando percebi Any já estava perto demais. Seus braços seguravam os meus de maneira delicada. O sorriso resplandescente ainda estava em seu rosto


- Hm? – Ela mordeu os lábios e uma ruga de preocupação surgiu. Sua mão apertou com um pouco mais de força meu braço, mas em nenhum momento o brilho de seus olhos desapareceu.


- Posso fazer uma coisa? – Seu corpo se aproximou mais e o pequeno espaço entre nós duas desapareceu. Minha mente ainda batalhava entre beijá-la ou não e meu coração palpitou mais forte. Concordei com a cabeça sem conseguir pronunciar nenhuma palavra.


Senti os lábios de Anahí encostarem nos meus de forma delicada. Descruzei meus braços e envolvi sua cintura com eles. Suspirei junto com a loira quando nossas línguas se encostaram e pude jurar que ouvi um gemido escapar de seus lábios.


Ficamos mais uns longos minutos num beijo calmo e delicado. Só aproveitávamos a presença uma da outra. Era como se estivéssemos nos conhecendo, saboreando o sabor do beijo, aproveitando ao máximo a sensação. Nossos corpos trocavam calor de maneira mútua, sincera e duradoura. Anahí segurou meu rosto, aprofundou o beijo e o que antes era calmo se tornou mais exigente. Minha mão desceu para sua coxa, pela parte da frente, e passei a unha de leve. Any gemeu fraco e enconstou a testa na minha, ofegante. Seus olhos estavam fechados e eu assumi que isso não era uma oposição. Voltei a beijá-la da mesma forma exigente e desejosa subindo minhas unhas pela sua pele. Ofegávamos entre o beijo e senti meu corpo sendo empurrado em direção a pia, sorri com a lembrança do banheiro do hotel. Ela também sorriu entre o beijo, acredito que pela mesma lembrança.


Sem pensar, minha mão escorregou para a região mais interna de sua perna e senti o calor ainda maior. Any ofegou e suas pernas se abriram quase nada, apenas dando espaço para minha mão deslizar com mais facilidade. Gememos juntas e desizei minha mão por toda região da parte interna da sua coxa.


 Um barulho extrindente soou pela casa e, num reflexo, empurrei Anahí para longe de mim. Ela me olhou assustada e ofegante. Acredito que estava da mesma forma. Seu batom estava borrado e seu cabelo levemente bagunçado.


- Deus – ela disse ofegante colocando a mão no peito assustada– que mania de me empurrar assim


Sorri envergonhada e me desculpei. O celular continou gritando


- Acho que é o seu – apontei ainda encostada na pia, acho que me segurava para que eu não caísse. Ela apontou para trás, me olhando, gaguejou algo como “vou atender” e eu concordei com a cabeça


Assim que ela saiu eu respirei fundo e abaixei a cabeça tentando recobrar a consciência. Agora não estávamos bebâdas e eu tinha a certeza de que fora Anahí que havia me beijado.




 


Eu sei, eu sei.. Eu sumi heuhe


Tive uns dias de desespero/inibição de criatividade/compromissos que resultaram nesse pequeno período sem post. Mas voltamos a programação normal.


Confesso que esse capítulo ainda não está como eu queria. Eu tinha outros planos, mas acabei mudando uma coisa que resultou na mudança de todas as outras. Mas então, o que acharam?



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Autor(a): dulcegeovana01

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Muerde mi labioAmameJálame el peloAmame Amame hasta con los dientes, Timbiriche   Sai de perto de Dulce  e me arrependi na mesma hora. Todo meu corpo implorou pelo dela e meu corpo todo estava mole. Minhas pernas bambeavam toda vez que minha mente imaginava onde teríamos parado se meu celular não tivesse tocado. O peguei dentro da bolsa, tot ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 02/12/2022 - 21:00:37

    Continua, sua fic é linda

  • NoExistente Postado em 09/02/2019 - 17:20:00

    Ahhh meu senhor. Por favor, continua. Eu não posso morrer sem ver o final dessa história

  • ana_beatriz_rbd Postado em 25/02/2018 - 22:34:38

    Continuaaaaaaaaa pelo amor de Deus. Vou morrer de ansiedade!

  • ranna_vondy Postado em 20/01/2018 - 23:38:17

    Continuaaa por favor 😘

  • Emily Fernandes Postado em 31/08/2017 - 14:33:56

    Nossa é uma pena que vc parou de postar. É uma web, maravilha que merece ser finalizado.

  • siempreportinon Postado em 29/05/2017 - 00:26:47

    Ainda estou esperando novos capítulos. Continua!

  • siempreportinon Postado em 02/05/2017 - 12:51:22

    Cadê os capítulos novos??? Continua!!!!

  • ester_cardoso Postado em 19/04/2017 - 18:43:20

    Faz mais de um mês q vc não posta, decepcionada :'(

  • Kakimoto Postado em 18/03/2017 - 07:00:58

    Coitado do Ucker, só vejo ciumes hehehehe Continuaaaaa :D

  • luuhportinon Postado em 17/03/2017 - 14:09:58

    Portiñón está tão fofinho... Minha diabetes até aumentou Kkkkkkk O que será que o Ucker tem??


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