Fanfic: Era la musica - Portiñon/AyD | Tema: Rebelde, Lesbico

Muerde mi labio
Amame
Jálame el pelo
Amame

Amame hasta con los dientes, Timbiriche

Sai de perto de Dulce  e me arrependi na mesma hora. Todo meu corpo implorou pelo dela e meu corpo todo estava mole. Minhas pernas bambeavam toda vez que minha mente imaginava onde teríamos parado se meu celular não tivesse tocado. O peguei dentro da bolsa, totalmente arrependida de ter trago.

- Não vai atender? – A voz de Dulce saiu rouca e me fez arrepiar, mesmo que ela estivesse quase do outro lado da sala. Virei para ela de imediato e olhei confusa em direção a ela e para o celular. Era o Juan e eu não sabia se era melhor atender ou não. Queria desligar e continuar grudada em Dul, mas algo me dizia que era melhor atender.

- Alo? – Voltei a ficar de costas só pelo fato de não conseguir a olhar nos olhos. Eu estava “””namorando””” com ele, mas meu sentimento era de que eu estava traindo Dulce.

- Posso falar agora, meu amor – respirei fundo com essa expressão.

- Eu... – Vi Dulce passar por minha frente e sentar de pernas cruzadas na cadeira exatamente oposta a mim. Ela me olhava roendo unha, como se quisesse ver minha resposta ou minha expressão. Sorri sem graça para ela, mas ela não retribuiu. Ótimo – Queria que fosse pessoalmente. É um assunto sério e creio que não possa ser resolvido assim – Coloquei minha melhor voz profissional em jogo. Não queria deixar margens de dúvidas sobre meu intreresse nele.

- Nossa – ouvi sua risada forçada – precisamos de um advogado?

Dulce se ajeitou parecendo totalmente desconfortavel. Desviou os olhos dos meus e continuou roendo unha

- Pode ser amanhã? Na hora do almoço? – Ele concordou ficando sério assim como eu. Desliguei o telefone rapidamente e suspirei sentindo o clima de antes desaparecendo. Cocei a nuca meio desconfortavel e não sabia se deveria ou não tocar no assunto  - Me desculpe por isso – mostrei o celular com a cabeça

- Ah, o telefonema? Não, não... Tudo bem Any, não se preocupe – Ela disse ainda sem me olhar. Eu tentei segurar o riso, mas não consegui. Conhecia Dul bem demais pra saber o que era aquilo.

Me aproximei da cadeira que ela estava, me ajoelhei na sua frente e a olhei rindo

- “não, não tudo bem” – A imitei rindo mais e ela me deu um tapa fraco –

- Idiota

- Linda

Ela me olhou sem reação e eu sorri mais. Me levantei a olhando, segurei suas mãos e a puxei para mais perto de mim. Respirei fundo, tentando fazer meu corpo se acalmar com a proximidade. Eu ainda não sabia os sentimentos de Dulce e achava melhor ir devagar, por mais que ela tivesse correspondido.

- O que? – Ela me olhou tímida e eu ri. Nunca tinha visto ela assim e me deixava ainda mais encatanda. O amor deve fazer isso com as pessoas, pois eu jamais me imaginei tendo tanta atitude.

- Nada vai mudar né? – perguntei séria enquanto ela concordava com a cabeça – Nós. Hmm – Disse sem saber como pronunciar isso. Era estranho falar “Dulce nós nos beijamos” e era mais estranho para mim ter que tomar as atitudes, afinal, eu era tão nova nisso quanto ela. – Nos beijamos duas vezes

- Eu sei – ela disse rindo – eu estava lá. Isso te incomda?

- Não. Nem um pouco. Só é estranho – passei meus braços ao redor do seu pescoço e a puxei para mais perto – nos conhecemos a tanto tempo e se eu soubesse que era tão bom ficar assim contigo talvez não tivesse perdido tanto tempo

Ela sorriu triste e ergueu os ombros de leve

- Não vamos pensar nisso, ok? – Concordei somente porque a proximidade de seu corpo fez o meu se acender. Nossa voz já se tornaram um sussurro e nossas testas estavam coladas – podemos hm – rocei nossos lábios de leve e Dul fechou os olhos entregue – podemos continuar – mordi seu lábio inferior com um pouco de força e ela interrompeu sua fala novamente – nos beijando

Voltamos a nos beijar e perdi as horas de quanto tempo ficamos grudadas, abraçadas, nos beijando, brincando, conversando, vendo filme. Realmente nada tinha mudado, até então. Era eu e Dulce e alguns beijos, o que tornava tudo muito melhor. Esquecemos o assunto Juan e não conversamos mais sobre isso o resto da noite. Sai de sua casa muito mais tarde do que previsto e só saí de lá, pois não consiguiria me controlar nem mais um minuto. Nós duas não erámos virgens e muito menos inocentes, mas causar qualquer desconforto em nossa amizade estava fora de questão. Apesar de eu querer muito mais, deveria ir devagar.

Acordei muito bem no dia seguinte. O cansaço de ter dormido tarde estava longe de me pegar, a minha felicidade era muito maior. Me arrumei rápido, cantando, ouvindo música alto. O dia pela frente só seria ainda melhor porque eu sei que veria Dulce boa parte do tempo. As cenas entre Roberta e Mia vieram bem a calhar, estaríamos muito próximas assim como as personagens.

Cheguei na Televisa mais cedo que a maioria das pessoas, encontrei alguns reporteres no caminho, mas ignorei todos seguindo a risca as exigêcias de Pedro. Ele brigou, gritou e reclamou, mas assim que expliquei a situação ele se acalmou. Hoje, essa questão, seria uma questão a menos. Fui ao camarim, me arrumei, ensaiei algumas cenas e só depois Dulce chegou, milagrosamente, primeiro que May.

-Ual – olhei no relógio – madrugou, Maria? – ela sorriu dando língua

- É, tinha uma loira importuna as duas da manhã na minha casa – ela levantou duas sacolas me mostrando que tinha trago comida. Eu sorri espantada

- Como? – Fui até ela deixando os papéis de lado. Não havia comido hoje de manhã

- Imaginei... Foi dormir tarde, dormiu 5 minutos a mais, ficou com medo de chegar atrasada e não comeu – Abri o conteúdo colocando os pãezinhos doce em cima da mesa. Segurei seu rosto e rapidamente depositei um beijo rápido em seus lábios. A atitude foi sem pensar e fiquei com vergonha do que ela iria pensar

- Desculpe – me virei pegando um pão. Não a olhei, mas ela pareceu não se importar

- Tudo bem – ela disse colocando a bolsa em cima da cadeira – Pode me beijar se quiser – ela fingiu não se importar - Eu deixo

Eu ri e selei nosso lábios, mais uma vez, rapidamente. A porta aberta não me dava tranquilidade suficiente. Eu comi alguns pedaços enquanto Dul se arrumava, em seguida, ensaiamos nossas cenas juntas enquanto trocavámos beijos rápidos entre risadas.

Uns minutos mais tarde segurei suas mãos rapidamente quando ouvi a porta se abrindo no meio de um beijo. Ela me olhou sem entender e eu disse baixo

- Vai que você me empurra

Ela gargalhou se levantando chamando atenção de todas as meninas que entravam. Joguei os papeis fora e fomos em direção a nossas cenas.

[...]

Estava sentada num restaurante perto da Televisa esperando Juan chegar. Achei melhor marcar lá uma vez que estaria um pouco mais afastados. Bebericava um pouco de suco e olhava a hora no relógio

- Boa tarde, princesa – Juan sorriu galanteador e beijou minhas mãos. Tratei de disfarçar minha repulsa uma vez que não queria chamar atenção. Sorri para ele, forçada, e lhe ofereci o cardápio.

Conversamos algumas coisas amenas antes da comida chegar, nada voltado para nós e nem para a situação, como sempre tudo se tratava “dele”. Deixei ele falar aguardando a melhor oportunidade para começar o assunto. Com imaginei, ele começou a falar de como era cantado e de como tinha que avisar a todas que agora estava namorando e feliz

- Juan eu não quero namorar com você – disse rapidamente antes que ele começasse a falar de mais alguma outra coisa. Ele me olhou com raiva, mas se conteve por estarmos em público

- o que? – disse apreensivo e eu repeti – Anahí, você ficou louca? Como fica minha reputação perante a isso? Hm? Você não pode não namorar comigo. Você está maluca se acredita que vou deixar você me prejudicar assim – Olhei para ele sem acreditar no que ouvia. Respirei fundo e me acalmei. Eu não poderia me estressar

- Prejudicar? Você deu uma declaração a imprensa sobre isso sem me consultar. EU que fui prejudicada nessa história. Você nem me consultou. Você deu sorte de não negar esse namoro e sustentar essa ideia absurda – elevei um pouco mais meu tom de voz e ele pareceu se preocupar. Claro, ele não queria que ouvissem ele levando um fora. Bebi um gole do suco apenas para me acalmar, mas não resolveu muito.

Ficamos um minuto em silêncio e o ar galanteado dele sumiu. Novamente, a imagem que eu via a minha frente era de um homem descontrolado ao ouvir a palavra não.

- Você não pode fazer isso – ele disse controlado, mas seu olhar faiscava.

- Quer que eu sustente essa história? Não vou ficar com alguém que não quero só por causa da impressa

- Anahí – ele disse mais alto chamando atenção de algumas pessoas. Em seguida, sorriu para mim de maneira amigavél e pegou em minhas mãos, claramente, para disfaçar qualquer fofoca. – Você não pode me prejudicar. A imprensa vai cair em cima de mim. Você tem a sua bandinha pra sustentar sua fama com um monte de pirralho querendo atenção. Eu trabalho duro para conseguir meus papéis

Respirei fundo e tirei minhas mãos em contato com a dele. Tentava abstrair o que saia de sua boca, mas a cada minuto minha paciência ia acabando. Sentia minhas mãos tremendo e percebi que nada de bom sairia dessa conversa.

- Ok – ele disse mais calmo e com uma voz passiva – Me de mais uma semana, ok? Inventamos uma briga e fim. Nunca mais nos vemos –

Peguei minha bolsa e me levantei apressada, irritada e com nojo.

- Quero isso resolvido para ontem, Juan. Te dou mais dois dias para “limpar sua imagem”.

Sai do restaurante pisando fundo e encontrei alguns reporteres na porta. Fugi de todos rapidamente me segurando para não dizer ‘a novidade” a eles. Entrei no meu carro apressada e segui para a televisa.

Ei meninas! Tudo bom? Obrigada por esses comentários. Nunca me cansarei de dizer o quanto me animam a continuar escrevendo.

Me desculpem se esqueci de responder alguém na última leva, mas me embolei um pouco com toda a confusão.

Amanhã respondo a todos <3 Se quiserem bater algum papo é só chamar.

Beijão