Fanfic: Era la musica - Portiñon/AyD | Tema: Rebelde, Lesbico

Necesito verte donde quiera que estés 
Te quiero, te quiero, te quiero 
Y no hago otra cosa que pensar en ti 
Solo vivo y respiro para ti 

Te quiero, Hombres G 

Ama... Ama...Ela me ama... Me... Ama...  Nós estavámos sentadas na mesa novamente só porque demoramos tempo demais no banheiro. Minha vontade era de agarrar Dulce e carregar ela até sua casa. Nós tinhamos que conversar... Nós tinhamos que....

Deus. Eu não sabia o que pensar. Confesso que meus lábios já estavam doendo de tanto que eu estava sorrindo. Ela me ama...

Aos poucos as pessoas foram se despedindo e o restaurante foi ficando menos cheio. Eu e Dulce trocavamos olhares intensos, mas nenhuma palavra entre nós foi dita. Eu estava ansiosa, muito ansiosa. Queria muito conversar com Dul, queria ficar perto dela... Comecei a bater meu pé no chão claramente ansiosa

- Nossa o que aconteceu naquele banheiro? – Derrick chegou por trás de mim segurando meus ombros. Eu dei um pulo de susto e escutei uma risada baixa vindo de Dulce. A ruiva negou com a cabeça disfarçadamente dando um pequeno gole na sua bebida – Vocês demoraram um século. Brigou com o namorado, Any?

A ruiva começou a conversar com Fuzz sobre qualquer coisa apenas ignorando o que ouviu e meu olhar foi diretamente para Derrick. Senti a mão de Dulce tocando as minhas por debaixo da mesa e deu uma leve apertada, suas maos caminharam para minhas coxas descobertas pelo tecido e eu senti meus pelos arrepiarem. O movimento de minhas pernas pararam instantaneamente: “Calma”, era o que o movimento queria dizer – Any... – Derrick prosseguiu chamando minha atenção novamente – O pessoal está marcando uma boate depois daqui... Vamos? Dul? Fuzz – Ele desviava o olhar para nós três, deixando bem claro que só chamou Dul e Fuzz para ver se eu iria. Olhei para Dulce desesperada. A última coisa que eu queria era sair com eles.

- Eu não vou Derrick – Dulce disse olhando seriamente para ele – E Anahí marcou de ir comigo, então... não poderá contar conosco – ela sorriu e pude notar o sorriso de modo irônico. Como se tivesse tido uma ideia ela elevou a sobrancelha animada – Ei... Porque não leve a Fuzz? Ela adoraria ir.

Fuzz olhou para Dulce meio irritada meio risonha. Eu não entendi, mas não me preocupei com isso, afinal, só queria sair dali.

- Sim, verdade – disse o olhando – sinto muito De -disse sorrindo simpatica. Levantei aproveitando a deixa – Vamos Dul?

Ela concordou com a cabeça e, com uma pressa fora do comum, nos despedimos de todos sob olhares de Chris e May. Não me importei, nem um pouco, a única coisa que eu queria era ter Dulce me meus braços.

Chegamos ao seu carro e estávamos assustadoramente caladas. Dulce olhava fixamente para frente e eu não conseguia pensar em nada inteligente para falar. Mordia meus lábios tentando buscar no fundo do meu cérebro algo, mas a única coisa que ele conseguia reproduzir era Dulce falando que me amava. Era tão surreal. Até que, de repente, me dei conta de algo

- Ei, como assim tanto tempo? – Chamei sua atenção (na verdade foi quase um susto)

- Que? – Ela me olhou rapidamente assustada – Quanto tempo o que?

- Você disse que me amava tem muito tempo e esperou anos para dizer isso – Ela voltou o seu olhar para a estrada e seu sorriso iluminou todo o ambiente. Meu coração palpitou mais forte e eu quase me perdi

- Ah isso... É... Amo – Ela disse sorrindo ainda mais.  Parou num semáforo e me olhou – Eu posso te explicar exatamente tudo, mas tem que prometer que não vai ficar chateada

 Eu ainda estava avoada por conta da sua última frase. Ela confirmou mesmo que me amava. Isso era tão surreal.

- Tentarei – eu disse voltando a mim.

- Quando chegarmos nos conversaremos... Mas antes eu quero te encher de beijos – Sua atenção voltou ao trânsito e eu bom... Não sabia o que estava fazendo.

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Esperei pacientemente Dulce abrir a porta da casa, mas assim que vi uma fresta a empurrei para dentro e colei meus lábios nos seus. Seu corpo ficou contra a parede enquanto eu o prendia com o meu. O beijo foi recheado de desejo, paixão e... Amor. Suspirei quando senti sua língua roçar na minha e a apertei contra meu corpo.

- Any, calma – ela disse sorrindo quando meus lábios já desciam pelo seu pescoço. Minhas mãos prenderam sua cintura com mais força e Dul suspirou – Any –

- Ok – suspirei – Ok... – larguei seu corpo, mas a enchi de beijos por todo o rosto. Uma risada gostosa preencheu todo o ambiente. Dulce laçou minha cintura com um braço me dando um abraço carinhoso – Então... – Novamente fiquei sem saber o que falar. Eu tinha muito o que fazer, era verdade, mas parece que as letras haviam sumido de meu cérebro.

Dulce sorriu e colou nossos lábios novamente. Já tiveram a sensação de que seu corpo não é mais seu? Eu sentia, nesse momento, que perdi minha alma para Dulce. Ela me olhou intensamente, sem piscar e eu retribui o olhar. Sua mão acariciou meu rosto e eu suspirei. Meu coração ainda palpitava descompassado e a única coisa inteligente que eu consegui dizer foi

- Eu amo você – Seus olhos piscaram numa onda de prazer imensa e eu sorri adorando o que minhas palavras eram capaz de proporcionar a ela – Eu sabia que ele não me amava, pois amor é o que eu vejo em seu olhar – Ela novamente me deu um selinho carinhoso e continuava a sorrir – Sinto muito ter perdido tanto tempo

- A culpa foi minha – ela disse sorrindo triste. Se afastou de mim e me puxou pela mão para sentar com ela no sofá. Eu sorri maliciosa com a lembrança da noite de ontem e suspirei. Calma Anahí, vocês tem que conversar.

- Any... Eu queria ter dito a você a tanto tempo, sabe? – A olhei prestando atenção – Eu percebi que te amava a uns... Não sei... Dois anos?

- E porque não me disse nada, Dul?

- Tive medo – Ela abaixou a cabeça. Temos muita coisa envolvida Any. Tem a banda, a novela, os meninos... Eu não queria por tudo a perder - Ela começava a falar rápido e ela só fazia isso quando estava agoniada. Segurei sua mão, tentando transmitir confiança, apesar de sentir meu coração apertar com essa confissão – Era... É o nosso sonho. Você é minha melhor amiga. Eu... Não sei

- Teve medo da minha reação? Achou que eu iria te expor? – A olhei meio magoada – Dul, eu jamais magoaria você. Eu sou – pensei melhor – Era? – Tive dúvida – sua melhor amiga e você mentiu para mim – desviei nossos olhares. Eu não conseguia imaginar o que era prender um sentimento tão lindo por tanto tempo

Dulce rapidamente se ajoelhou no sofá e segurou meu rosto com força. Seus olhos estavam molhados e eu tive vontade de aperta-la.

- Any... Não – Ela me olhava nos olhos e acariciava meu rosto com a ponta dos dedos – Nunca pensei mal nenhum de você – ela riu nervosa – você é uma Deusa para mim. Você não tem ideia. O medo era meu, é infantilidade minha – Suspirou – Eu só não consegui entende? Não pude suportar – Concordei com a cabeça tentando imaginar a dor. Devia ser sufocante

- Você deveria ter confiado em mim, Dul – Abaixei a cabeça fugindo de suas mãos. Quanto mal eu causei a ela? – Você sempre disse que era minha melhor amiga, mas não confiava em mim para dizer isso – Subi meu olhar e respirei fundo. Olhei par ao teto meio desesperada –

- Anabelle disse isso – Dulce falou, mas cortou a frase no meio do caminho como se “Anabelle” fosse um nome proibido. Meu olhar logo foi para ela e eu senti o monstro crescendo dentro de mim. – Digo... Quando ela soube... Eu... Quer dizer

- Ela sabia? – Levantei do sofá agitada – Ela sabia e eu não?

- Any, por favor – ela veio atrás de mim, mas minha raiva já era muito grande para qualquer coisa

- Por favor digo eu, Dulce. Você conheceu a menina agora e ela sabia de seus sentimentos e eu não – Bufei – Eu era sua melhor amiga, não? O sentimento referia-se a mim. Eu deveria saber... Mas não a sua amiguinha com quem você troca beijos soube primeiro

- Foi só um, tecnicamente – ela disse baixo e eu bufei ainda mais. Fui indo em direção a cozinha. E essa agora? – Any....

Dulce segurou meus braços, mas eu estava muito irritada. Virei para ela com meus olhos pegando fogo. Dulce me soltou assim que viu meu olhar e cruzou os braços.

- Você prometeu que não ia ficar chateada

Respirei fundo tentando me acalmar. Ela se aproximou de mim com aquela carinha arrependida que me fazia derreter. Respirei fundo novamente. Dulce já estava colada em mim. Suspirei. Dulce beijou meus lábios sorrindo

- Você fica tão linda assim com ciúmes – Acariciou meu rosto e eu já nem lembrava por que estava chateada. Dulce me conhecia bem demais e agora que estávamos assim seus truques cresceram. Eu já não tinha armas contra ela. Ela beijou meu rosto e continuou dizendo em voz leve –

- Eu não estou com ciúmes – Falei fingindo uma chateação que não mais existia.

- A culpa não foi sua Any – ela me disse me olhando – Foi escolha minha. Aquele dia da sua externa foi quando o Christian descobriu e abriu meus olhos, mas eu ainda assim fui teimosa. Não quis acreditar que isso...  Que nós seriamos possível. Depois aconteceu com Anabelle – Ela me olhou receosa. Mordi minha bochecha só para me controlar – E ela logo percebeu que eu não estava lá. Foi depois do nosso primeiro beijo. Eu estava perdida, estava receosa... Ela foi muito importante. Me fez ver o quanto estava sendo injusta com você e comigo.

- Ual. Vamos agradecer a ela – eu disse irônica e ela riu

- Me perdoa por ter mentido por todo esse tempo – Ela me pediu com uma carinha arrependida

- Me magoa saber que você estava sofrendo e eu não pude de ajudar, Dul. Era para eu cuidar de você. Eu poderia ter feito isso... Eu...

- Xiiu – ela disse roçando nossos lábios de uma maneira gostosa – Estamos aqui agora, Any. E aqui é onde eu sempre quero estar. Eu estou muito feliz. Quero aproveitar você sendo minha agora por inteiro – Mordeu meus lábios de uma maneira muito convidativa – Eu amo você e ninguém mudará isso... Estamos aqui agora

Concordei com a cabeça perdida. Eu não estava acostumada com Dulce dando os primeiros passos e aquilo só aumentava ainda mais o meu desejo. Pela primeira vez via Dul sem nenhuma barreira e aquilo era maravilhoso

- Também amo você – Sua língua logo se encontrou com a minha e mergulhamos num beijo profundo.