Fanfic: Era la musica - Portiñon/AyD | Tema: Rebelde, Lesbico

Pessoas! Agradeço muito aos comentários recebidos, fico muito feliz que estejam curtindo. Como eu disse, eu postarei uma ou duas vezes por semana (jájá começa a faculdade e como eu estou no último ano será uma correria que só). Mas como está no começo, e a história precisa de uma guinada, vou postando até acabar o que eu escrevi. Mas pra isso preciso da ajuda de vocês: Que dia vocês acham que fica melhor para postar? 

Obrigada a todas pelo apoio até então recebido, espero que possam curtir e apreciar! Sugestões são bem vindas!

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Me basta tu cálido abrazo al atardecer

para sentirme viva del cabello hasta los pies

- Dor de cabeça? – Sussurrei ao encontra-la de olhos fechados, com a testa franzida e massageando a têmpora. Não sei por qual motivo, mas suspeito ser culpa dos hormônios, minha voz estava bem mais grossa do que o normal. Acho que por esse motivo Dulce de um pulo assustada - Não quis assustá-la – completei a vendo com os olhos ainda arregalados.

Com a intenção de fazer a visível dor de cabeça sumir eu levei meus dedos para onde os dela se encontravam. Comecei uma massagem lenta e suave, odiava ver minha ruiva assim. Ela começou a gaguejar e eu sorri achando graça. Tadinha, devo tê-la assustado mesmo para ela ficar assim. Pressionei mais meus dedos quando ela confirmou a dor, vi seus olhos se fechando e uma expressão de prazer dar lugar ao incomodo. Sorri, adorava ver ela assim tão entregue. Era esses uns dos motivos de eu ir vê-la atuando, achava muito lindo quando ela se dedicava toda dando espaço a Roberta. As duas não eram nada parecidas, mas admito que Dul deve ter pego algumas características da personagem.

Seu rosto foi se tornando mais relaxado e meu coração se aquecendo ao vê-la melhorando por minha causa. Sorri mais ainda quando outro suspiro saiu de seus lábios. Me ajeitei, eu estava quase em seu colo, estava muito concentrada em deixa-la bem e nem percebi a posição que estávamos. Sentia seu calor exalando tamanho era nossa proximidade, Dulce era quente e isso me encantava. Eu podia me aconchegar naquele corpo e me sentir protegida, era ali o meu lugar preferido. Senti uma vontade absurda de acariciar seu rosto e percebi que minha massagem quase se tornava uma carícia. Eu sentia seu hálito se misturando ao meu e uma sensação estranha percorreu meu corpo. Então, der repente, Dulce se levantou num sobressalto anunciando que ia pegar comida. A confusão travada dentro de mim era tanta que nem respondi.

O que tinha acontecido? Sabe quando aquele clima de romance fica no ar? Fiquei mais uns três minutos parada e alguns pensamentos estranhos percorreram minha mente. Pensei em beijar a Dulce? Sentia meu rosto se contorcendo contra a minha vontade tamanha era minha confusão. Após esse breve momento quase tive uma crise de riso. Vou lembrar de marcar um endocrinologista, deve ter algo errado com esses hormônios. Me ajeitei no sofá respirando fundo. Beijar.... Pensei negando com a cabeça e soltando um riso leve.

Ainda tinha que contar a ela sobre Juan. Tínhamos trocado alguns beijos na televisa, em intervalos onde eu ficava sozinha. Ele me abordou um dia, tomamos um suco e bom... Rolou. Nada demais, mas melhor amiga sempre deve saber das coisas, não é? Imagina se alguém descobre antes dela, com toda certeza ela me mata.

Mas... E essa vontade que senti agora a pouco? Não Anahí. Confusão mental, lembra-se?

Escutei o barulho do micro-ondas e seus passos foram se tornando mais próximos. Suspirei tentando melhorar a minha cara. Ela era minha melhor amiga, mulher e super preconceituosa.

- Você está vermelha – Disse ao notar um rubor que ia de seu pescoço e tomava conta de todo seu rosto. Minha fala parece ter o feito aumentar.

Acho que minha cara confusa não passou despercebida por ela. Ela me conhecia bem demais. Ensaiei meu melhor sorriso e afastei esses pensamentos da cabeça. Endocrinologista, urgente.

Conversamos sobre tudo e minha atenção se tornou somente dela. Dulce era bem mais cativante de que esses filmes, aliás, pra que assistir filmes se minha estrela preferida estava ao meu lado? Eu estava deitada em seu colo quando achei a propícia hora para contar sobre Juan. O engraçado era que Dulce sempre tinha a mesma reação quando eu contava de algum caso: Seu rosto ficava completamente tenso, um semblante triste era visto em seu olhar, sua boca se abria diversas vezes, todo o seu brilho sumia. Parecia que uma tristeza arrebatadora atingia todo o seu ser, mas, do mesmo jeito que essa tristeza vinha ela ia embora dando lugar à:

- Sério Any? E você nem me contou antes. Que maravilha, parabéns

Preocupação de perder a amiga. Uma fofa. Sorri, mesmo sentindo meu rosto ficar vermelho. Sempre ficava meio receosa de contar essas coisas à Dulce. Eu nunca a vi apegada à alguém, não amorosamente falando e não depois de Poncho. Esse fato aumentava ainda mais minha teoria de que ela ainda gostava dele. O pensamento me fez sentir estranha.

- Bom... Me conte tudo sobre ele – Ela disse de forma robótica. Acho que ela não se interessava muito em romance, mas sempre ouvia os meus tão atentamente que parecia que não queria perder nenhum detalhe. Seus olhos não desgrudavam do meu, ela nem piscava e eu? Bom, ficava ainda mais admirada com ela tendo olhos só para mim.

Contei algumas poucas coisas que eu conhecia do Juan. Alto, moreno, com barba por fazer. Era ator de uma novela popular aqui no México e essas coisas.

- Any, está ficando tarde e amanhã temos gravação – disse ela olhando para o relógio. Estranhamente, seus olhos tinham se tornado opacos. – Acho que já vou indo.

- Indo? Você não ia dormir aqui? – Eu disse meio chateada. Não entendi essa súbita vontade de ir embora – É a noite das amigas – bufei – você sempre dorme aqui, Dul.

 Ela pareceu repensar na ideia, me deu um beijo na cabeça e se levantou. Novamente, fiquei sem entender. O que eu tinha dito?

- Preciso dige... – balançou a cabeça nervosamente – Preciso descansar para amanhã

- Descansa aqui – Disse antes dela terminar de falar – Prometo que não te incomodo – disse mais rápido – eu... eu durmo no quarto de hospedes – minha mente trabalhava a mil por horas – Deixo você dormir na minha cama, com meu Puddi... Sozinha – Me ajoelhei no sofá ficando de frente pra ela.

 Ela soltou uma gargalhada segurando meu rosto. Nossos rostos se aproximaram, ela olhava fixamente para mim. Seus olhos ora brilhavam ora se apagavam como se ela estivesse travando uma batalha dentro dela. Mas, novamente, tudo foi embora numa rapidez incrível. Ela soltou meu rosto e se afastou de mim

- Eu te dei o Puddi, bobinha – ela disse sorrindo – Pode ficar com a sua cam...

- Dulce, por favor. É – O -D-I-A D-A A-M-I-Z-A-D-E – eu disse chorosa.

- Eu durmo Nany. Calma – Ela disse sorrindo e eu suspirei aliviada. Era o dia da amizade e eu não podia dormir sozinha, poxa.

Pelo menos era isso que eu queria acreditar.