Fanfic: Era la musica - Portiñon/AyD | Tema: Rebelde, Lesbico

Meninas, devo agradecer novamente aos comentários. Sério. Me da uma felicidade imensa vê-los aqui. Como disse: Tenho ainda mais animo para prosseguir com a história. Adoro vocês, obrigadão <3

Uma perguntinha que, se puderem responder, eu agradeço. O que vocês preferem: Vários capítulos em um dia somente ou um por dia como está sendo? Agora começou o fator dificultador que é a faculdade e como estou no último ano e faço biologia (tem que ir a campo, fazer pesquisa, ajeitar projeto, conciliar estágio, inglês e blabla) tenho pouco tempo de vida hahaha. Se escolherem a primeira opção postarei uma vez por semana e caso escolham a segunda opção serão posts mais curtinhos como esses. 

Espero que continuem gostando e comentando. Obrigada mais uma vez e apressiem: Vai começar a ficar intenso.

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Desesperadamente sola con mi locura enloquecida

Con mi tristeza entristecida vacía y sin tí todas las horas del día

Desesperadamente Sola, Anahí

Estava em casa. Ouvia na televisão alguns comentários desnecessários enquanto tentava gravar o texto de amanhã. Me sentia demasiadamente cansada e todo esse pensamento em Dulce estava me matando. Afinal, o que eu tinha feito? Eu e Dulce nunca havíamos brigado e, por mais que ela negasse, eu sabia que tinha algo errado comigo.

Joguei as folhas impressas no sofá e respirei fundo. Não ia conseguir me concentrar assim. Eu precisava saber o que estava acontecendo com ela. Ela era minha melhor amiga, certo? Peguei meu celular para discar seu número, mas ele tocou na minha mão. Atendi sem ver quem era

- Oi – disse um pouco desesperada. Queria acreditar que era Dulce, mas eu sabia que ela não era tão ligada a celulares.

- Any! – Ouvi a voz de Juan do outro lado. Respirei meio decepcionada e acho que ele percebeu – mal hora? –

- Não... Não – tentei afastar meus pensamentos – Eu só... Estava ensaiando – ri sem graça

- Só liguei para saber se não quer mesmo ir jantar, Any. Ainda da tempo, sabe? Desfrutar uma boa companhia e um bom vinho...

-Não Juan, realmente estou cansada – fingi um bocejo. Deus, para que tanta insistência? – Acho até que já vou deitar.

- ah sim... Me desculpe Any. Sonha comigo, beijos – me despedi com a impressão de que fui meio ignorante, mas não estava num dia muito bom

Levantei e fiz um café. Já eram 22:30 e apesar de sentir um cansaço absurdo eu não conseguia dormir. A visão de Dul com os olhos vermelhos me olhando desesperada estava me atormentando e saber que ela preferiu o Chris do que a mim nesse momento me deixava demasiadamente chateada. Não sou ciumenta, mas...Talvez um pouco? Tento me recordar de como era com o Ucker e, sinceramente, parece que foi em outra vida.

- A cantora e atriz Dulce Maria é flagrada saindo de uma lanchonete com o também ator e cantor Christian Chavez. Eles foram vistos trocando carícias suspeitas, mas afirmam que são só bons amigos.

Ouvi um programa qualquer de fofoca fazendo essa chamada e senti meu coração se apertar. Tudo bem que eles sempre foram superamigos, tudo bem que eu sabia que nem a apresentadora acreditava no que ela estava passando e eu tinha certeza de que nada rolaria ali, mas o que eu senti não foi racional. Desliguei a tv rapidamente sentindo minha cabeça latejar. Precisava descansar, mas agora o sono não dava nenhum resquício de existir. Droga.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para ela, mesmo correndo o risco dela nem ler.

“Dul. Ei. Quer passar aqui em casa depois que acabar com o Christian? Estou preocupada contigo”

Joguei o celular no sofá de qualquer jeito e me sentei com os braços cruzados. Irritadíssima. Cruzei e descruzei as pernas, mudei os canais da televisão, desliguei e liguei, bocejei, cocei a cabeça, cruzei as pernas de novo, desliguei a tv e tudo que eu fazia parecia que se passavam anos. Dulce não podia está na rua ainda, podia? Ela tinha me ignorado? O que estava acontecendo?

“Ei Any. Hoje não. Acabei de pisar em casa e estou meio cansada, você entende, não? Beijinhos”

Fiquei estática olhando para o celular. Acabou de chegar em casa? Disquei o número dela. Oras, eu estava preocupada com a minha amiga. Tinha esse direito não?  Ela atendeu no quarto toque o que me deixou um pouco decepcionada.

- Por que diabos está me evitando Maria? – Perguntei sem ao menos cumprimenta-la.

- Desde quando ficou possessiva assim Giovanna? – Ela disse com a voz meio mole. Suspeitei de que ela tivesse bebido algo.

- Você bebeu? Dul, o que está acontecendo?

- Só estava um pouco chateada com umas coisas Any. Nada demais – ela respondeu depois de um tempo em silêncio

- E estava chateada comigo? – Ela ficou mais um pouco em silêncio. Eu não sei se vocês sabem, mas a queridinha Dulce Maria abaladora do México é uma péssima mentirosa. Ótima atriz, é verdade, mas péssima mentirosa. Eu sempre sabia quando ela estava me enganando ou mentindo para mim. Ela sempre foi muito transparente, eu sempre sabia quando ela estava escondendo algo. – Era, não era?

- Any. Podemos conversar amanhã? Estou realmente cansada.

- Cansada para conversar com o Christian o dia todo não, né? – Disse exasperada. Que diabos! Que que tem conversar comigo?

- Anahí Giovanna, está com ciúmes? – Ela disse num tom implicante ouvi seu riso ao fundo, mas o que eu estava sentindo estava longe de ser graça. Repensei minha atitude. Eu estava com ciúmes de Dulce? Desde quando nos tornamos amigas ela nunca havia se distanciado de mim. Saber que posso perde-la é no mínimo desesperador. Nunca a vi com ninguém além de mim. Era comigo que ela passava seus intervalos, era comigo que ela sentava no avião e era até comigo que ela dormia nos hotéis, mesmo tendo seu quarto. Saber que posso perder essa exclusividade talvez me deixasse receosa mesmo. Isso explicaria esses apertos no peito quando pensava ela com o Christian. Claro. Amizade.

- Você passa o dia todo com o Christian. Ele sabe o que está acontecendo com você e eu não. Todos da novela sabiam que você estava passando mal. Você passou o dia grudado nele. Claro que estou com ciúmes. Era para mim que você tinha que ligar – disse quase cuspindo as palavras em tom acusador, confesso. Quando você aceita algo em seu peito, parece que esse algo cresce de maneira indefinível. Eu sentia um monstro crescendo em meu peito. Sentia vontade de gritar e achava um absurdo toda essa confusão. Não tinha o que pensar, não tinha o que perguntar. Ela era a minha amiga, deveria me contar as coisas, não é obvio? Era isso que eu sentia, apesar de saber que todo esse pensamento era egoísta e um pouco exagerado. Era o monstro do ciúme. – Você é minha melhor amiga Dulce. É normal eu ter ciúmes quando sou trocada por outro amigo, não?

- Você está sendo meio infantil, não? Se a sua preocupação é essa pode ter certeza que você nunca deixará de ser minha amiga, Anahí. Isso eu te garanto. – Sua voz saiu ríspida e logo em seguida ouvi o famoso “tu...tu...tu...”

- Dulce? Dulllce? – Disse mesmo sabendo que ela havia desligado na minha cara. Olhei para o celular ainda incrédula de que isso estava acontecendo.

Desisti de tentar entender o que se passava tarde da noite. Dormi mal, sem entender, sem minha amiga, com ciúmes e sem gravar o texto.