Fanfics Brasil - Capitulo 27 MiniWeb - Aqueles Olhos Verdes. (AyA) TERMINADA!

Fanfic: MiniWeb - Aqueles Olhos Verdes. (AyA) TERMINADA!


Capítulo: Capitulo 27

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—  Meu casamento com Beverly Chilton foi um arranjo, uma troca de interesses financeiros, e não teve nada a ver com amor. — Fez uma pausa e então continuou, com amargura: — Foi um inferno do começo ao fim. — Parou, sacudiu a cabeça, e levou a mão à têmpora ferida. — Deus,  estou tonto!  — Deu uma gargalhada inesperada. —  Como se alguém tivesse arrebentado a minha cabeça com uma chave de fenda.
—  Ou como se tivesse bebido quase uma garrafa inteira de vodca —  ela censurou. Mas ficou muito preocupada. E se ele estivesse mais ferido do que imaginavam? Atravessou a sala e tocou em seu braço. —  Alfonso, não é melhor pedirmos ajuda pelo rádio?
—  Não.
—  Mas pode estar muito machucado e não saber.
Ele estudou o rosto dela por alguns segundos e levantou-se.
— Vou me sentir ótimo depois de dormir um pouco.  Fique de olho nas âncoras, se o vento aumentar. O fundo do mar por aqui é de areia muito fina. Por isso, lancei duas âncoras, mas nunca se sabe. Só faltava agora ficarmos à deriva. Se perceber alguma coisa diferente, acorde-me.
Atravessou o corredor e Anahi ouviu que fechava a porta da cabine. Guardou a garrafa de vodca no armário e levou o copo para a cozinha. Alfonso tinha tirado a mesa e colocado a louça do café dentro da pia. Lavou tudo, secou e guardou. Quando terminou, subiu para o convés, para ver como estava o tempo.
Enquanto ficaram lá embaixo, o sol desaparecera, escondido por pesadas nuvens cinzentas. O mar, antes calmo como uma lagoa, começava a ficar escuro e agitado por ondas que jogavam o Albatroz de lado para o outro. Ventava bem mais forte, mas as âncoras pareciam firmes.
Entrou na cabine de cornando no exato momento em que grandes pingos de chuva começaram a cair. Estudou o mapa das ilhas e, aos poucos, começou a entender. Encontrou Nova Providência, onde ficava Long Cay. e depois o arquipélago de Exumas. Mas em qual das várias ilhotas estariam agora? Não fazia idéia, porque Alfonso não lhe dissera o nome e, apesar de ter traçado o roteiro no mapa, não havia nenhum ponto marcado.
Voltou sua atenção para o rádio VHF, com vários painéis e botões e um receptor parecido com um telefone. Gostaria tanto de saber manejar aquilo! Mas, mesmo que conseguisse entrar em contato com alguém e pedir ajuda, seria um esforço inútil, já que não podia dar sua localização.
Com um dar de ombros conformado, entrou na cabine principal. Faltavam quinze para as seis, mas já estava escuro, por causa do mau tempo. Pensou em preparar o jantar. Mas. . . como? Olhou desamparada para o fogão a querosene, sem fazer a mínima idéia de como acender aquilo e com medo de tentar e acabar incendiando o barco. Vasculhou os armários e sentiu-se quase triunfante ao encontrar biscoitinhos, pão, manteiga e salgadinhos. Havia também presunto. Cortou fatias e fez sanduíches. Preparou uma limonada e lanchou na sala, lendo um livro.
Estava tudo tão tranquilo! Só se ouvia o tique-taque do relógio e, de vez em quando, o ranger das correntes das âncoras, quando o iate balançava com um pouco mais de força. Mas, aos poucos, tanto silêncio começou a deixá-la inquieta. Era muito solitário ali, solitário demais. Largou o livro e levou o copo e o prato que usara para a cozinha. Lavou, guardou e, mais uma vez, subiu ao convés. Tudo estava mergulhado na escuridão.  Custou  alguns segundos para  acostumar  os olhos e poder distinguir a silhueta da ilha ao longe. Tinha parado de chover e  algumas  estrelas tímidas  apareciam  por entre  as nuvens pesadas.
Checou as âncoras novamente. Continuavam firmes. Na cabine de comando, tropeçou era alguma coisa. Abaixou-se: era a chave de fenda. Apanhou-a e guardou, rapidamente, na caixa de ferramentas. A visão daquela ponta de aço embrulhava seu estômago. Estava ansiosa. .. não, muito mais do que isso. . . estava terrivelmente preocupada com Alfonso e precisava desesperadamente ter certeza de que ele  passava bem.
Foi até a cabine. Estava escuro demais e teve que acender a luz. Alfonso estava deitado de lado, vestindo apenas o calção e sem as cobertas, mas suava muito e sua palidez assustou-a. Um fio de sangue corria da têmpora ferida. Vendo-o tão fraco e vulnerável, sentiu uma inesperada ternura.
Naquele momento, não era o homem duro, insensível, desumano. Era carne e sangue igual a ela e podia sentir dor e infelicidade como qualquer outra pessoa. O jeito como falara de seu casamento tinha provado isso.
Num impulso, afastou o cabelo negro da testa suada. Sentiu que estava frio e ficou em pânico. Estaria inconsciente? Ou. . . morto? Inclinou-se, tentando ouvir-lhe o coração. E foi apanhada de surpresa: num movimento espantosamente rápido para alguém que parecia tão fraco, ele a segurou pelos pulsos.
—  Sabia que você acabaria vindo, mais cedo ou mais tarde. Bem-vinda à minha cama, Anahi.
—  Não. . . não foi por isso que vim aqui.
Tentou libertar-se, mas ele a puxou de encontro ao peito.
—  Você estava tão carinhosa ainda há pouco. Continue.
—  Só estava preocupada com você. — Agora, estava preocupada consigo mesma: com a fraqueza que sentia por estar nos braços dele. — Não sabia se estava inconsciente ou morto — explicou, e sua voz tremeu ao dizer a última palavra.
—  Uma linda história, mas não passa disso: de uma história. O que você queria era ficar comigo. E agora que está aqui — afastou-se para o lado, puxando-a para a cama —, vai ficar e dormir comigo.
—  Não!
—  Vai, sim. Estou doente, preciso do calor do seu corpo. É o mínimo que pode fazer, já que foi você quem me feriu.
—  Sinto muito. Já disse que não fiz de propósito.  Vou lhe dar mais algumas aspirinas.
—  Não quero mais aspirinas. Quero você — Alfonso murmurou e deitou a cabeça no peito dela, beijando a curva entre os seios.
Aquela intimidade, a ternura selvagem de seus lábios e, mais do que tudo, o fato de ele estar ferido e precisando de ajuda despertaram nela emoções que nem sabia possuir. Toda a hostilidade inicial havia desaparecido. Surpresa, descobriu que queria ficar ali com Alfonso. Timidamente, começou a acariciar-lhe os cabelos, o rosto e os ombros, até ele estremecer de prazer.
—  Você é quente e suave — ele sussurrou, numa voz tão fraca e insegura, que ela imaginou se não estaria delirando, — Tenho esperado por alguém assim por muito, muito tempo. . . — Parou de repente e abriu os olhos. — Eu estava falando?
—  Estava.
—  E o que foi que eu disse?
—  Nada demais. Coisas. . .   coisas sem sentido. Acho melhor eu ir embora e deixar que durma tranquilo. — Tentou afastá-lo, mas ele a segurou firme. Não com paixão, mas como alguém que se agarra a uma tábua de salvação.
—  Não vá. Fique esta noite. Durma comigo.
Seria fácil para Anaho se desvencilhar. Mas, por que não admitir a verdade? Não queria deixá-lo sozinho, assim tão fraco e tão rnal.
—  Por favor, Annie — pediu, e novamente seus lábios queimaram a pele sensível entre os seios dela. — Por favor, fique. Durma comigo. Só dormir, nada mais. . . só dormir.. .
Aconchegou a cabeça no peito de Anahi, feito uma criança indefesa e faminta de carinho. Ela abraçou-o e ficou acariciando o cabelo , até que Alfonso adormeceu. Só então. . .com cuidado, puxou a coberta sobre os dois. E dormiu também.



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Autor(a): thaythayna

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 153



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  • gabyzitah Postado em 15/04/2011 - 00:19:24

    Lindos!
    *-----------------*'
    AMEI!

  • kikaherrera Postado em 11/04/2010 - 00:50:26

    LINDOS AYA AMEIIIIIIIIIIIII A WEB.

  • kikaherrera Postado em 09/04/2010 - 23:14:34

    Nossa que pegada essa do Poncho.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • berryparadise Postado em 06/04/2010 - 13:24:30

    ai to mega curiosaaaaaaaa *_*

  • berryparadise Postado em 06/04/2010 - 13:24:16

    como sera o reencontro de los A's?? *_*

  • berryparadise Postado em 06/04/2010 - 13:23:50

    aaaaaaaaaaaaah posta mais por favor *_______*

  • rss Postado em 06/04/2010 - 01:24:28

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