Fanfic: MiniWeb - Aqueles Olhos Verdes. (AyA) TERMINADA!
Anahi acordou sem saber onde estava e com uma sensação de formigamento no braço direito. Tentou virar-se, mas um peso em seu peito não deixou.
Abriu os olhos. O sol entrava pela escotilha e, pelo jeito como o iate balançava, devia estar ventando forte. Alfonso ainda dormia, com a cabeça em seu peito e o braço em sua cintura.
O iate jogou com mais força e ela sentiu o estômago embrulhar. Precisava se levantar, ou passaria mal. Bem devagar, para não acordá-lo, puxou o braço e escorregou o corpo para fora do beliche. Saiu da cabine na ponta dos pés e subiu para o convés.
Soprava um vento frio, que arrepiou sua pele e jogou o cabelo nos olhos, O céu estava carregado de nuvens, e o mar, de um azul profundo, quase violeta, e muito agitado.
Mas. . . onde estava a ilha? Correu para a popa e percebeu o que acontecera. Durante a noite, o vento devia ter mudado de direção, e o barco também. Agora, estava virado de popa para a entrada da baía, muito próximo das formações de coral. Aquilo só podia significar que...
Foi verificar as âncoras. Uma delas se soltara e balançava perigosamente, de um lado para o outro, batendo contra o casco do iate. E a outra não parecia muito firme.
Lembrando que Alfonso mandara chamá-lo, voltou à cabine. Precisou sacudi-lo pelos ombros.
— O que... o que foi? — perguntou, ainda meio adormecido.
— Você pediu para avisar, se o vento mudasse. E uma das âncoras está solta.
Ele franziu a testa e se apoiou num dos cotovelos, olhando em volta vagamente, como se não conseguisse focalizar direito as coisas. Levou a mão à cabeça e perguntou:
— Que horas são?
— Mais ou menos sete. Da manhã.
— Da manhã? O que aconteceu com a noite? — Então, seus dedos encontraram o curativo. — Lembro-me de ter verificado o tempo e de ter descido para cá... — Parou e encarou-a, — Devo ter desmaiado. Não me lembro de mais nada. — Saiu da cama. — Se o vento mudou, é melhor darmos o fora daqui, rápido.
Passou por ela e subiu para o convés. Pouco depois, Anahi ouviu o ronco do motor. Foi ao encontro dele, na cabine de comando. Assim que entrou, Alfonso a puxou pela mão.
— Pegue o leme e mantenha a proa na direção em que o vento está soprando, enquanto vou recolher as âncoras. Quando ouvir meu sinal, dê a partida. É SÓ empurrar esta alavanca e apertar este botão. Sempre segurando o leme firme, na mesma direção. Felizmente o barco está virado para a saída da baía. Não há perigo em frente, só atrás de nós.
Saiu da cabine, sem lhe dar tempo de responder nem perguntar se seria capaz de fazer o que mandava. Anahi agarrou o leme com mãos crispadas, sem coragem de olhar para trás, para as rochas ameaçadoras.
Da proa, Alfonso gritou alguma coisa e agitou o braço, apontando para o mar em frente. O iate estava solto e ela precisava agir rápido. Caso contrário, seria jogado de encontro às pedras. Como um autômato, empurrou a alavanca e apertou o botão. O motor roncou mais forte e imediatamente o barco seguiu em frente, furando as ondas altas. Com os olhos fixos na água escura e sentindo o vento zunir em seus ouvidos e gelar seus ombros nus, Anahi levou o Albatroz para fora da baía.
Alfonso voltou para a cabine. Estava molhado dos pés à cabeça e ela temeu que seu estado de saúde piorasse. Mas não disse nada: não era hora de se preocupar com aquilo. Precisavam, primeiro, ficar a salvo dos corais. Passou-lhe o leme. Ele manobrou, afastando o iate da ilha, mas sem seguir para leste, sua rota anterior.
— Vamos para noroeste — disse, apontando para a bússola. — Quero manter esta rota, veja: trezentos e trinta graus. Acha que pode ficar de olho, enquanto tomo um banho, faço outro curativo e mudo de roupa?
— Acho que sim.
Entregou-lhe o leme novamente e ensinou o que fazer para corrigir o curso. Primeiro, ela virou demais; depois, muito pouco. Mas acabou conseguindo manter a agulha da bússola sempre apontada para o número trezentos e trinta.
— Ótimo — Alfonso disse, lacônico, e ela se sentiu orgulhosa por ter sua aprovação. Olhou-o rapidamente. Claros e intensos como o mar num dia calmo, seus olhos verdes encontraram os dela. Então, uma sombra passou por eles. Alfonso desviou o olhar e deixou-a sozinha na cabine.
Quando ele voltou, a ilha era um pontinho escuro na imensidão que haviam deixado para trás e outras começavam a aparecer a distância, brilhando como esmeraldas.
— Isto é tudo o que deve comer, esta manhã — disse Alfonso, entregando-lhe um prato com leite e cereais e uma xícara de café. — Tome. Eu cuido do leme, agora.
O iate jogava violentamente, mas apesar do desconforto e do frio, Anahi comeu tudo e tomou o café de um gole só.
— Como está o ferimento? — perguntou, contente por ver que a cor havia voltado ao rosto dele.
— Secou e está começando a cicatrizar. Vou içar as velas agora. — Sua voz era fria e impessoal como antes. — Acho melhor você vestir a calça que estava usando ontem e uma camiseta. Deixei a roupa em cima de um dos beliches. Ah, e leve essa louça, quando sair. Pode deixar dentro da pia.
Obedeceu, ressentida com o tom dele. Apanhou as roupas e entrou no banheiro. Como as coisas tinham mudado, desde a véspera. Na manhã anterior, só queria desafiá-lo e se recusara a vestir suas roupas. Naquela manhã, sentia-se contente de trocar o vestido pela calça e camiseta que Alfonso escolhera para ela. Na véspera, estava decidida a recusar tudo o que ele pedisse. Agora, obedecera várias ordens, sem pestanejar.
Ontem, odiava-o pelo que tinha feito na ilha. Hoje. . . Ficou parada diante do espelho, olhando para a própria imagem. Mas aquela mulher que sorria parecia uma outra Anahi, que zombava de seus sonhos românticos.
— Então, o que sente por ele? — perguntou a mulher do espelho.
— Não sei. Mas mudei, mudei muito.
— Por quê?
— Não sei.
— Não seria porque gostou, quando ele a beijou? Ou porque insistiu para que dormissem juntos, ontem à noite? Ou, ainda, porque Alfonso disse que tem esperado por alguém igual a você há muito, muito tempo? Cuidado, Anahi. Ele não sabia o que estava dizendo. Estava só delirando. E não se lembra de nada, agora. É melhor você também esquecer tudo sobre a noite passada. Tire isso da cabeça. Afaste-se dele. É perigoso começar a gostar dele tanto assim.
Autor(a): thaythayna
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— Ora, cale a boca! — Anahi disse em voz alta para a imagem no espelho e saiu do banheiro, fechando a porta.O motor tinha sido desligado e o iate balançava ao sabor do vento e das ondas. Pegou uma capa de plástico amarelo, vestiu, voltou ao convés e sentou-se numa espreguiçadeira. O mar continuava agitado, mas o sol voltara a brilhar. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 153
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gabyzitah Postado em 15/04/2011 - 00:19:24
Lindos!
*-----------------*'
AMEI! -
kikaherrera Postado em 11/04/2010 - 00:50:26
LINDOS AYA AMEIIIIIIIIIIIII A WEB.
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kikaherrera Postado em 09/04/2010 - 23:14:34
Nossa que pegada essa do Poncho.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
berryparadise Postado em 06/04/2010 - 13:24:30
ai to mega curiosaaaaaaaa *_*
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berryparadise Postado em 06/04/2010 - 13:24:16
como sera o reencontro de los A's?? *_*
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berryparadise Postado em 06/04/2010 - 13:23:50
aaaaaaaaaaaaah posta mais por favor *_______*
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rss Postado em 06/04/2010 - 01:24:28
gente
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