Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

Depois de uma noite mal dormida, revirando os lençóis de preocupação, eu me levantei e fiz minha higiene matinal. Me arrumei para ir para a empresa e fui ao quarto da minha pequena para alimentá-la. María já havia deixado a mamadeira de Faith na cômoda, eu a peguei no berço e sentei na poltrona que havia em seu quarto enquanto ela tomava seu café da manhã tranquilamente. Seus olhos azuis me observavam enquanto suas pequenas mãozinhas tentavam agarrar a mamadeira.

- Tem alguém que acordou com muita fome hoje! – eu ri e mesmo com a mamadeira na boca pude ver seu sorriso. Depois que ela mamou até a ultima gota, a fiz arrotar. E novamente ela pegou no sono. Menos mal, assim teria tempo de conversar com sua nova babá.

As câmeras já estavam ligadas, ninguém na casa tinha autorização pra falar sobre elas com Anahí. O primeiro mês seria de teste, queria ver como ela iria se virar. Eu tentava me convencer de que lhe concedi o emprego por pena, somente dar uma chance a uma pessoa que precisava e não porque a achei linda e encantadora. A pontinha de culpa me tomou novamente e eu afastei esses pensamentos da minha cabeça.

Ao olhar no relógio vi que essa hora ela já estaria lá em baixo, Ucker tinha ordens de deixar suas malas no quarto de hóspedes ao lado do de Faith. Queria que minha filha tivesse uma pessoa disponível o tempo todo, quando eu não pudesse estar lá por ela.

Desci as escadas silenciosamente e a observei olhar a vista do parque. Eu sempre perdia o fôlego quando olhava o Central Park. Nunca imaginei que um dia eu chegaria onde estou, mas nada vem sem o suor do próprio trabalho.

Admirei suas belas curvas escondidas em um vestido de verão, suas sandálias de salto baixo, seu cabelo hoje estava solto e caído pelas costas. Minha mão se fechou com a vontade de enfia-las dentro daquele emaranhado pra comprovar se eles eram tão sedosos quanto pareciam ser. Respirei fundo e a chamei. Ela se assustou e eu seguirei um sorriso. A chamei pra ir ao meu escritório afim de discutimos os últimos detalhes do seu contrato.

Quando abri a porta e me virei para dar passagem a ela, a safadinha estava olhando descaradamente pra minha bunda! Que porra é essa?! E ainda me deu um olhar como se não tivesse sido pega no flagra. Ela passou por mim e eu revirei os olhos.

- Por favor Anahí, sente-se. Eu vou ser direto com você, eu sei que não tem experiência mas preciso da sua total atenção para com a minha filha. Eu não tolero erros e pode ter certeza de que se algo acontecer a ela sua estadia em uma penitenciaria será longa! – continuei andando pelo escritório com as mãos no bolso, eu queria parecer bem ameaçador e segurei o riso quando ela arregalou os olhos na parte em que mencionei a penitenciária. Eu realmente a faria pagar caro se algo acontecesse a Faith.

- Senhor Alfonso, eu prometo que darei o melhor de mim para cuidar da Faith. – ela suspirou e seus delicados dedos mexiam na barra do vestido. – Apesar de não ter a experiência eu tenho muita força de vontade, não vou te decepcionar. – por um momento eu vi suas barreiras caindo e ela me deu um olhar sincero. Sempre me considerei um bom julgador de caráter e esperava que meu instinto mais uma vez não me decepcionasse.

Me aproximei e sentei na beirada da minha mesa.

- Bom, Anahí. – ela me interrompeu.

- Me chame de Any por favor senhor Alfonso. – seus olhos se fixaram nos meus, o azul e o verde se encando por uma fração de segundos... Era uma conexão que eu não estava disposto a ativar e então eu desviei meu olhar.

- Me chame de Alfonso então, vamos passar bastante tempo juntos e mesmo que você seja minha funcionária, as pessoas desta casa se tratam como uma família. – dei um meio sorriso e ela corou. – Esse é o cronograma da Faith – peguei um papel que estava em cima da minha mesa e a entreguei, nossas mãos se esbarraram. Sua pele era suave e me perguntei se todo resto do seu corpo seria assim também. Ela abaixou a cabeça fingindo ler o que estava escrito no papel. – O resto das regras da casa, María, minha governanta, vai te explicar. A regra principal é que eu não admito relacionamento entre os funcionários. – Ela levantou a cabeça e confirmou.

- Sim, muito claro. – deu um sorriso forçado.

- Esse é o seu contrato, você tem até amanhã para ler e assiná-lo. Vem, vou te levar ao quarto e te apresentar a minha filha. – eu sorri, eu amava minha filha muito mais do que tudo que eu possuía.

Chegando no quarto de Faith ela estava acordada novamente, me apoiei no berço e fiz sons com a boca que a fizeram soltar algo parecido como uma risada. Bolinhas de baba saiam de sua boca. Ela era a coisa mais linda desse mundo! 
E eu era um papai babão.

- Ela é linda! – Anahí sussurrou ao meu lado, eu havia esquecido de sua presença. – Posso? – disse indicando se poderia pegá-la e eu confirmei com a cabeça.

Com toda delicadeza, Any a pegou no colo, cheirando seus cabelos.

Faith balbuciou e se aconchegou nos braços de Anahí, bem à vontade.

Levantei minha sobrancelha, geralmente Faith não era muito receptiva com as pessoas, entretanto, eu nunca a deixei cercada de muita gente por muito tempo. Mas ela não desviava os olhos de Anahí, que continuava com um papo que atraiu sua atenção completamente. Pelo visto o que ela não tinha de experiência, compensava com o jeito natural.

Me pergunto porque ela não deixou a vida de acompanhante antes e o que lhe fez deixar de lado justamente agora. Saio do quarto e vou para o minha empresa, querendo deixar as duas se conhecendo à vontade, mas na verdade iria espiar pela câmera. Não estava orgulhoso disso, mas era pelo bem da minha filha.