Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

Ver Anahí cantando pra Faith ascendeu algo dentro de mim. Durante todo o dia eu a observei com minha filha, era mais que claro sua falta de habilidades para com uma criança, mas o que ela havia dito era verdade, não faltava disposição para aprender.

Ela perguntava de tudo para María e quando estava sozinha com Faith eu a via lendo livros sobre cuidar de bebês. Parecia que eu havia feito a coisa certa ao contratá-la.

O que ainda me incomodava era o hematoma disfarçado em seu rosto, lamentavelmente meus homens não conseguiram achar nada sobre quem fez ou o porquê.

Eu a observava andar pelo cômodo, ela tinha graça e delicadeza de uma pluma. Se movia como se já morasse aqui há anos, como se pertencesse a essa casa.

- Sente-se e coma comigo Anahí. - ela me olhou, um pouco surpresa com meu pedido e balançou levemente a cabeça. Minha testa formou um vinco quando eu comecei a pensar o porquê dela recusar.

- Eu já jantei, obrigada senhor Alfonso. Quando terminar por favor me chame, que eu vou retirar a mesa. Com licença. - ela saiu tão depressa que não tive tempo de pensar em uma resposta.

Depois de jantar e recolher tudo, eu fui em direção ao meu quarto. Passando em frente ao quarto da Anahí eu a ouvi no telefone com alguém. Minha curiosidade falou mais alto e eu coloquei meu ouvido contra a porta.

- Foi tudo bem hoje. - pausa - Aham, eu amei. Ela é tão linda, acho que me apaixonei. - suspirou - Eu estou me saindo bem eu acho... - pausa - É muito complicado, ela é pequena. Mas eu tenho pesquisado tudo que eu posso, além do mais a governanta tem me ajudado. - eu a ouvi rir - Eu também sinto sua falta... - sua voz se tornou melosa - Quando eu tiver uma folga nós podemos nos encontrar e fazer algo legal, combinado? Eu também te amo, amanhã nos falamos mais. - com quem diabos ela está falando? Será que ela tem namorado? Não, não é possível. Meus homens não acharam nada. Minha cara fecha na hora com o pensamento de que ela possa ter alguém.

Eu a ouvi se movimentando dentro do quarto e rapidamente fui para o meu. Em baixo do chuveiro eu não conseguia tirar da cabeça quem era a pessoa que Any conversava no telefone. Mas porque isso está me incomodando? Ela é somente uma empregada... Só que se ela tiver um namorado não vai dar toda atenção que precisa a Faith...claro, não é por mim, é só pela Faith.

- Eu me preocupo se ela tem namorado, somente pela Faith. - repeti em voz alta afirmando com a cabeça.

Saindo do chuveiro com uma toalha enrolada na cintura, eu ouvi o choro da minha filha. Imediatamente eu fui até o quarto dela, já era tarde e era muito incomum ver Faith acordando no meio da noite tão agitada.

Assim que cheguei na porta, encontrei Anahí curto baby doll de seda rosa pálido com renda cinza nas bordas. Eu acho que perdi meu folego por um momento. Deusa...Ela estava absolutamente linda segurando minha filha nos braços e cantando baixinho. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo com algumas mexas caindo pelo seu rosto. Os soluços de Faith diminuíram enquanto Anahí conversava com ela.

- Tudo bem meu amor, eu estou aqui querida. Shiiii...isso ai. Vamos dormir... – Anahí a ninava docemente e eu encarava as duas. Tao lindas, pareciam mãe e filha.

Com aquele pensamento eu congelei e esbarrei na porta, fazendo a atenção de Anahí se desviar pra mim. Seu olhar foi subindo desde meus pés descalços, demorando um pouco mais no meu tórax desnudo, até o meu rosto. Eu vi que seu peito subia e descia mais rápido e ela engoliu como se tivesse um bolo na garganta. Então ela piscou e voltou sua atenção para minha filha. Eu me senti em chamas com seu olhar me avaliando, fechei os olhos pra tentar conter o desejo que eu estava sentindo e que me dominava por inteiro.

Não Alfonso, sua esposa nem mesmo esfriou no túmulo. Eu me repreendi por pensamento e nem reparei que Faith já voltara a dormir.

- Com licença senhor Alfonso... – Anahí sussurrou baixinho passando por mim e num impulso segurei seus braços e a puxei contra o meu peito.

Ela se assustou e me olhava com os olhos arregalados, o mar azul que eu encontrava em seu olhar aqueceu meu coração. Eu sentia sua respiração rápida contra mim e meu coração parecia que ia sair pela boca.

- Senhor Alfonso o que... – sem esperar o resto da sua frase eu simplesmente segurei o seu rosto em minhas mãos e a beijei profundamente. Quando nossas línguas se esbarraram eu senti ela estremecer em minhas mãos. Senti suas pequenas mãos ao redor do meu tórax, ela me apertava contra ela. Ela queria isso também! Sugava seu lábio, me deleitando com a sua suavidade. Ela sentiu minha excitação encostar em sua barriga, a única coisa que nos separava era aquele pedaço de pano que ela dormia e minha toalha. Cedo demais eu terminei nosso beijo selando nossos lábios e acariciei seu rosto com meu polegar, passando suavemente pela mancha em seu rosto. Ela fechou os olhos, mas a dor estava estampada em toda sua face.

- Que fez isso Anahí? – eu perguntei firmemente, eu queria saber quem a havia machucado. – Quem bateu em você? Foi seu namorado? – ela piscou rapidamente absorvendo minhas palavras e a confusão tomou seu rosto.

- Eu não tenho namorado senhor Alfonso e também não acho que isso deveria ter acontecido. Eu não quero ser despedida! – ela pediu com os olhos cheios de lágrimas. – Por favor senhor, não faça isso novamente. – ela mordeu os lábios apreensiva, eles estavam inchados e vermelhos, totalmente suculentos e no mesmo instante eu queria beijá-la novamente.

- Eu prometo não despedir você Anahí, se me contar quem fez isso com você. - ela se abraçou e desviou o olhar. Eu não poderia prometer não beijá-la novamente...

- Foi no meu último emprego senhor, ele só...passou dos limites. Eu preciso ir descansar, Faith acorda cedo amanhã. Boa noite senhor Alfonso. – então ela se afastou de mim e foi para o seu quarto, que era de frente pro meu e do lado do de Faith.

Fiquei parado escorado no batente da porta do quarto da minha filha a observando dormir e pensando. Meu olhar escureceu com o pensamento de alguém machucando Anahí. Ela disse que foi no trabalho, provavelmente algum cliente querendo tirar vantagem. Minhas mãos se fecharam e eu senti vontade de esmurrar alguém.

Me aproximei do berço de Faith e respirei fundo... ela parecia um pequeno anjo dormindo e senti minha raiva se dissipar instantaneamente. Me despedi da minha pequena e fui para o meu quarto. Adormeci pensando no que eu faria no dia seguinte pra descobrir o nome da pessoa que Anahí conversava no telefone e o nome do seu último cliente. O remorso atingiu meu peito como uma flecha. O que minha esposa pensaria de mim desejando e beijando outra mulher em tempo pouco tempo?! Com essa dúvida na cabeça eu adormeci...