Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

SEGUNDA SEMANA

Eu não havia visto Anahí pelo resto da tarde, confesso que a teria beijado novamente, se ela não tivesse saído de perto. Eu não conseguia parar de pensar nela, no trabalho, em casa, em alguma reunião. Eu pensava nela, literalmente, o tempo todo. Fiquei curioso demais em saber pra onde ela ia essa noite ou com quem ela ia, mas achei melhor passar o tempo com a minha filha, já que durante a semana eu sempre chegava muito tarde.

Resolvi ver um filme com Faith, ela ainda não entendia nada, mas adorava ver Frozen. Ficamos vendo e revendo ele a tarde toda, mas acabamos pegando no sono no tapete da sala. Acordei com barulhos de salto descendo a escada, cuidadosamente tirei minha filha do meu peito e a coloquei sobre a manta estendida onde eu estava deitado antes, cercada com travesseiros.

Minha garganta ficou seca quando eu vi Anahí descendo as escadas. Inferno, só de vê-la fiquei duro. Ela estava linda, em um vestido roxo e preto, com um decote super discreto. O cumprimento deixou a desejar e eu fechei a cara. Qualquer um poderia tirar uma casquinha, aquele pedaço de pano mal cobria sua bunda! Seu cabelo estava solto, com ondas nas pontas, quase batendo na cintura. Seu perfume floral inundou meu nariz e eu queria mais. Queria afundar meu nariz em seu pescoço, até deixa-la louca. 

Mas o quase infarto veio quando ela virou de costas – estava indecisa se subia ou não, parecia que havia esquecido algo, mas logo deu os ombros e voltou a descer calmamente – seu vestido mostrava praticamente toda a extensão da suas costas, literalmente. Eu queria tocá-la, eu queria passar minha língua por aquele pedaço de pele desnudo. Queria vê-la se arrepiar ao meu toque, aos meus beijos... Mas ela sairia com outro essa noite, outro cara faria com ela tudo o que minha mente tinha imaginado e muito mais. Eu rosnei, mas saí fora do seu campo de visão quando ela atendeu o celular.

- Ei D! Sim, estou pronta. Um amigo meu vai me levar, não se preocupe. – riu, parecia muito animada para encontrar esse tal de "D". Será que era o mesmo com quem ela conversava quando chegou? - Ai, você é demais mesmo. Se chama Cielo certo? Ok. Te amo, até daqui a pouco.

Ela ia para a minha própria boate vestida desse jeito? O inferno iria congelar, antes que eu deixasse isso acontecer.

- Olá Anahí, está bonita. – ela se assustou e colocou a mão no peito.

- Sr. Herrera, não sabia que estava aqui em baixo. – ela sorriu – Obrigada, já estou de saída, não se preocupe.

- Espero que se divirta, Anahí. – falei em um tom frio. Se dependesse de mim, ela ficaria longe de tal de D a noite inteira. E bom, dependia de mim, é claro. Eu sorri malicioso e ela fez uma cara confusa, antes de sair.

Chamei Christopher e ele rapidamente apareceu, também era sua folga, mas eu precisava desse favor.

- Vai sair? Espero não estar atrapalhando... – já havia deixado Faith aos cuidados de Má, sentia uma pontada de culpa de deixar minha filha, mas ela já estava dormindo e seria fora de cogitação de levar um bebê para uma festa.

- Não Poncho, na verdade vou dar carona a Any. – respondeu sem graça. Pelo menos em Ucker eu confiava, ele a levaria em segurança.

- Ah, é mesmo? Bom, então tudo bem. Só te peço uma coisa, não a perca de vista ok? – ele assentiu e saiu logo em seguida, provavelmente ela já estava lá em baixo impaciente.

Tomei um banho rápido e me arrumei na velocidade da luz. Coloquei uma blusa branca e minha jaqueta de couro preta, com uma calça jeans simples. Gostava de me vestir casual quando eu saia, já bastavam os ternos todos os dias. Peguei a primeira chave de carro que vi na frente e desci para a garagem. Apertei o alarme e as luzes do meu Lexus ascenderam. Bom, eu gostava bastante desse carro.

Minha cabeça já estava criando mil teorias sobre o acompanhante de Anahí, acelerei o carro e finalmente cheguei. Estacionei em minha vaga particular e entrei pela entrada dos funcionários. Muitos se espantaram por me verem ali, afinal, eu raramente pisava em qualquer um dos meus negócios que não fosse a sede da HBA. Quando entrei na pista, Christian prontamente veio em minha direção. Ele era o gerente e óbvio que foi avisado que eu estava lá.

- Ora, ora, ora... o que te trouxe aqui meu bom homem? – eu ri e o cumprimentei com um meio abraço.

- Negócios, meu amigo. – fui sincero, afinal, Anahí era um negócio meu, ela era a minha babá. Quer dizer, babá da minha filha, e eu ficaria muito arrasado se algo acontecesse a ela. Por isso, vim cumprir o meu papel e vigiá-la.

Caralho, quem eu queria enganar com esse papo? Nem a madre teresa acreditaria nessa...  

Christian apertou os olhos, desconfiado e gargalhou. – Ah, até parece. Você sair assim, no meio da noite, deixando sua filha com a empregada? Corta essa Herrera, eu te conheço a muito tempo. – jogou na minha cara e eu ri. Não conseguia esconder esse tipo de coisa de Christian, então falei a verdade.

- Eu vim atrás da minha babá.

- Ela fugiu ou algo assim? – perguntou confuso.

- Não, nada disso. Hoje é a folga dela aliás, eu só... – não sabia como explicar e fiquei sem graça por estar ali perseguindo minha babá.

- Você está apaixonado por ela. – falou, enquanto me observava atentamente.

- Não, não estou. – rebati, olhando para a pista, em busca de Anahí.

- Isso não foi uma pergunta. – ergueu uma sobrancelha, questionando.

Eu bufei, ele não podia fazer aquela afirmação, porque eu mesmo não sabia o que sentia.

- Chris, para com isso. Você sabe que Valentine faleceu tem pouco tempo, e não posso...

- Falou certo, Valentine faleceu. Se foi Alfonso, ela não está mais aqui e você sim. – explicou e eu medi suas palavras, tudo tinha muito sentido, mas minha consciência ainda pesava apesar de tudo.

- Olha, só vim ver se ela está bem. Essa é sua primeira folga e eu fiquei preocupado. – dei uma desculpa bem esfarrapada e ele fingiu que engoliu.

- Está bem, você não quer admitir pra si mesmo. Se precisar de alguém pra conversar, sabe onde me procurar. – ele piscou e saiu, para atender um garçom que o chamava.

Christian deveria ser o único amigo, além dos meus funcionários de casa, que eu tinha. Eu havia conhecido ele na faculdade, também era pobre como eu e sempre foi meu amigo. Sua opção sexual nunca me incomodou, sempre nos respeitamos muito. Depois que fiz um monte de dinheiro com meu primeiro projeto, resolvi investir em várias baladas na cidade e o contratei como gerente principal. Ele amava o que fazia e eu não confiaria meus negócios na mão de mais ninguém. Passei o olho pela multidão novamente, estava escuro, as luzes brilhantes não eram o suficiente. Avistei Christopher no segundo andar e resolvi ir atrás, afinal, ele lhe disse para vigiar Anahí e ele sempre me atendia.