Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

Eu podia sentir os olhos de Anahí enquanto abria a porta do quarto, me sentia aquecido com aquele olhar. Mas antes que nós pudéssemos conversar, percebi que ela queria cuidar da minha filha. Não deveria ter ficado tocado com aquele gesto, pois era seu trabalho. Mas fiquei. Eu estava tentando arduamente não me apaixonar por ela, mas era uma tarefa que até mesmo um homem distante emocionalmente, como eu, falharia.

Sugeri que ela desse banho em Faith e depois a deixasse comigo, para que ela pudesse cuidar de si mesma e eu aproveitasse para colocar minha pequena para dormir. Amava momentos como aqueles. Ela estava crescendo muito rápido, já querendo engatinhar por toda casa avidamente.

Antes que eu possa ir tomar meu banho, Anahí traz Faith enrolada em uma toalha. Ela tinha uma carinha de choro e eu já sabia o porquê. Ela adorava ficar na água o máximo que conseguia, mas seus olhinhos estavam pregados de sono. Vesti minha filha e a alimentei, em dois tempos ela dormia em meus braços. Beijei sua testa e acariciei seus cabelos. Meu coração ia explodir de tanto amor por aquela pequena, única herança que Valentine me deixou e eu ia cuidar dela até que eu morresse. Coloquei Faith no berço e tomei uma ducha rápida, pois não queria perder nenhum momento com Anahí.

Só de imaginá-la nua naquele banheiro, meu membro ficava duro. Vesti minha calça de moletom e fiquei sem camisa. Queria que ela babasse um pouco, afinal, a noite seria difícil ao lado daquele corpo perfeito dela. Fecho meus olhos e consigo relembrar a noite na boate, como ela pôde ter esquecido? Estava tão bêbada assim? Não iria força-la a se lembrar, entretanto. Eu ainda era o seu patrão e se ela não quisesse nada comigo, não iria deixa-la constrangida a ponto de fazê-la correr de mim, deixando Faith para trás. Minha filha a amava e precisava dela.

Queria conhecer Anahí mais, mostrar para ela que poderíamos ir devagar. Que talvez poderíamos dar certo. Queria que ela pudesse se apaixonar por mim assim como eu já estava apaixonado por ela. Se ela quisesse, construiríamos um futuro juntos, como uma família. Então, pensei que para dar o primeiro passo, poderíamos ter um jantar íntimo. Me aproximei da porta do banheiro com a intenção de perguntar o que ela gostaria de comer. Isso era uma das pequenas coisas que gostaria de mudar entre nós. Gostaria de saber seus gostos, sua comida favorita, o local que ela mais amava visitar na cidade, seus hobbies. Tudo. Tudo sobre ela me parecia cada dia mais atrativo. Seu passado já não importava, pois agora eu a olhava através dos meus olhos apaixonados.

Animado, levantei a mão para bater na porta, mas ouvi que ela estava no telefone. Não queria ser intrometido, mas fiquei curioso para saber com quem ela conversava.

- Eu não quero trabalhar em jornal Dul, sem ofensa, mas não é minha praia. Quantas vezes tenho que dizer não, para que você pare de me oferecer esse emprego? Eu quero e eu vou me casar com Alfonso, custe o que custar. Quero ter dinheiro para viajar, entrar em uma loja e comprar tudo que eu quiser. Quero ser rica! E ter Alfonso todas as noites na minha cama e cuidar de Faith é só um bônus. Você não vai me fazer desistir...

Que? Mas que porra...

Eu congelei minha mão no ar e segurei minha respiração. Aquela não soava como a minha Anahí. Aquela era uma mulher interesseira, cruel e que queria subir na vida da maneira mais fácil. Encostei minha testa na porta gelada, tentando retomar o rumo dos meus pensamentos enquanto escutava o resto da conversa.

- Não tente usar esse argumento contra mim, Dulce Maria. Você sabe que amo Faith como se fosse minha...

Santa Dulce Maria, querendo colocar um pouco de juízo na cabeça dessa mulher desnaturada! Sua voz soou chateada quando falou sobre Faith, pelo menos uma parte do coração dessa mulher ainda funcionava. Mas o fato de que ela estava me enganando para colocar uma aliança em meu dedo não mudava nada.

- O que aconteceria se Alfonso arrumasse outra mulher, alguém que fosse má para ela e que não a quisesse só porque ela nasceu da ex-esposa dele, hein? Alguma mulher que a mandasse para o colégio interno quando ela crescesse, que não desse amor ou atenção? Ela me afastaria da Faith em um instante e Alfonso permitiria, porque afinal, seria sua futura companheira. Então não diga que não estou pensando na minha menina, porque eu estou.

Justamente por isso que eu me afastei das mulheres depois que minha esposa faleceu. Eu conseguia cheirar interesseiras a um km de distância, mas com Anahí não funcionou. Talvez seja pela sua beleza e seu carinho com minha filha, mas agora não mais.

- Não vai dar errado, eu te garanto amiga. Alfonso já está caidinho por mim, quase tenho certeza que está apaixonado por mim.

Meu Deus, como eu poderia estar TÃO cego? Passo minha mão pelo rosto e cerro meus punhos, contendo a enorme vontade de socar algo ou alguém. Eu fui tão estúpido, idiota. Todo esse tempo, fingindo ser inocente e amável. Algo ainda me diz que com Faith não é assim, só comigo. Eu aqui, apaixonando e pensando nela e em nosso futuro juntos, enquanto ela ri de mim. Ri de quão rápido caí de amores por ela.

- Isso não vai acontecer Dulce, eu nunca vou amar Alfonso Herrera.

Isso doeu. Isso doeu mais do que todas as coisas que ela falou até agora. Meu coração se aperta e eu passo a mão por cima do peito, para tentar conter essa dor.

Eu nunca fui um homem vingativo e até agora estávamos jogando um jogo de gato e rato, no qual eu não sabia, mas eu era o rato.

O jogo acabou de virar e Anahí agora, viraria uma ratinha em minhas mãos. Não a afastaria de Faith, seria cruel de mais com a minha filha.

Encaro a porta do banheiro, meu maxilar estava tão cerrado que eu poderia quebrar um dente.

- Nunca te disseram para ter cuidado com o que deseja, pequena ratinha? – Me afasto e paro ao lado do berço da minha filha.

Minutos depois, Anahí abri a porta do banheiro sorridente. Seus olhos brilham quando me vê e ela segura a respiração enquanto analisa meu corpo. Dou-lhe um sorriso perverso e enigmático, enquanto a encaro. Meu rosto não demonstra o quanto eu aprecio o que ela está vestindo, o desejo ainda está lá e a paixão também. Mas tudo isso fica em segundo plano quando lembro das suas palavras ecoando em minha mente outra e outra vez.

" ... eu nunca vou amar Alfonso Herrera. "

Melhor correr para a toca, ratinha.

- Vamos jantar? – Ofereço e ela aceita, enquanto eu pego o telefone, sem deixar de observá-la.