Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

Anahí suspirava placidamente em meus braços. Estávamos os dois deitados no tapete felpudo cor de creme que havia no chão, depois de termos feito sexo mais duas vezes. Retirei meu braço, que estava de baixo de sua cabeça, e coloquei um travesseiro no lugar. Ela dormia tranquilamente, mas mesmo em seu sono se aninhou a mim.

Coloquei o braço atrás da minha cabeça e fixei meu olhar no teto, pensando em como eu era estúpido por ter me apaixonado por aquela mulher cruel. Desde que Valentine faleceu, eu não havia dormido ao lado de outra mulher. Não que eu estivesse dormindo agora, mas para mim contava da mesma forma estar junto a ela depois do que fizemos.

Eu me sentia culpado por mais de uma razão. Primeiro, por ter traído a minha esposa dessa forma e ter gostado, muito. Eu nunca havia sentido esse tipo de conexão física com ninguém e emocional também, nem com a minha esposa. Ter Anahí em meus braços foi quase perfeito, algo inexplicável. Só teria sido perfeito, se eu soubesse que ela estava ali, não só de corpo, mas de alma e coração também. Me envergonha ter que admitir isso, mas é a verdade. Segundo, porque mesmo que Anahí estivesse tramando por trás, eu não deixava de ser um canalha por ter agido dessa forma com ela. Eu nunca fui o tipo de homem que precisa levar uma mulher para a cama e provar um ponto.

Mas quer saber? Que se foda. Ela mesma disse que nunca iria me amar, então se ela me quer e quer o meu dinheiro, era isso que ela iria ter. Um plano, cruel, diga-se de passagem, estava se formando em minha cabeça. Me levantei e vesti minha cueca, deixando-a dormir em paz. Pois paz, era algo que ela não teria por um longo tempo a partir de agora. Não em minhas mãos. A admirei por alguns minutos e minha mão se fechou em punhos ao lado do meu corpo. Eu queria tocá-la, adorá-la, ser o homem que ela precisava e fazer ela feliz. Só que agora tudo que ela teria de mim seria o que eu quisesse dar de boa vontade. Me lembrei dos hematomas que ela trazia no rosto delicado quando veio trabalhar para mim. Parece que foram anos atrás, mas nem um mês se passou completamente. Eu poderia protegê-la disso e de todos que quisessem atingi-la. Só que agora ela vai precisar de alguém para protegê-la de mim e não estou certo de que ela possa encontrar essa pessoa, que seja tão forte ao ponto de me confrontar.

Procuro meu celular entre as roupas espalhadas no chão e começo a responder alguns e-mails. Verifico Faith dormindo no berço e não resisto a beijar sua cabeça novamente. Ela já estava com dentinhos para nascer e eu tinha lido alguns livros sobre o assunto, assim como estava animada para engatinhar. Começaria os preparativos para preparar o apartamento enquanto estivéssemos fora, pois queria que ela pudesse andar por tudo sem se machucar.

- Alfonso? – Ouvi a voz rouca da Anahí me chamar e fui ao seu encontro.

Ela estava com a cara amassada de sono, os cabelos despenteados e incrivelmente sexy com aquela cara de quem acabou de ser bem fodida. E sem querer ser arrogante, ela foi.

- Porque você não dorme um pouco mais? Está quase amanhecendo e você tem um dia cheio com Faith. – sugeri em um tom amável.

Ela sentou-se e a coberta deslizou para o seu colo, me dando uma visão privilegiada dos seus seios redondos e rosados. Agora eles possuíam algumas marcas vermelhas causas pela minha boca durante aquela madrugada. Anahí me olhou sem nenhum pudor e eu me ajoelhei entre suas pernas, ao mesmo tempo que acariciava um dos seus seios perfeitos com a palma da minha mão. Sua cabeça pendeu para trás e ela soltou um lamento e disse algo que não consegui escutar. Sem resistir, prendi entre meus dentes seu bico e o chupei em seguida. Senti suas mãos envolvendo meu cabelo e logo subi meus beijos do seu colo até seu queixo. Explorei aquela pele quente e macia, e nunca quis mais nada no mundo naquele instante do que tê-la em minhas mãos. Senti ela se derreter sob meu toque, suspirando e gemendo baixinho.

- As coisas irão mudar entre nós, Anahí. Você sabe, não sabe? – Sussurrei em seu ouvido, mordiscando o lóbulo da sua orelha em seguida.

Ela não me respondeu e eu estava por perder o controle da situação, enquanto ela se esfregava em mim como uma gatinha manhosa. Segurei-a pela nuca e ela abriu os grandes olhos azuis para mim. Olhos que transmitiam desejo, paixão e luxúria. Havia uma pitada de tristeza e algo mais que eu não soube identificar, mas que desapareceu tão rápido que pensei ter imaginado.

- Mudar? – Perguntou com a voz rouca. Eu já estava duro por tê-la em minhas mãos novamente, mas eu nunca permitiria que ela me controlasse com seu corpo. Nunca.

- Sim, mudar. Você é minha agora, entende isso, não é? - Meu tom de voz saiu possessivo pra caralho, mas eu não me importava. Talvez ela estivesse pensando que eu estava tão malditamente apaixonado, que sentiria ciúmes dela.

Sim, eu estava apaixonado por aquela traidora. Mas admitir isso, era outra história. Queria que ela pensasse que eu estava aos seus pés e aí sim, daria minha jogada final. Seria cruel? Sim, seria. Só que pessoas como Anahí, ambiciosas e egoístas, só aprendiam a lição do modo mais difícil. Não me importa o quanto ela teve que trabalhar para ajudar os pais ou o serviço degradante que ela teve que aceitar. Eu também tive uma infância difícil e abri meus próprios caminhos. Lutei minhas lutas com dignidade e honestidade. Diferente dela, que queria subir na vida do modo mais fácil. Mulheres como ela, existiam aos montes e foram as que eu sempre evitei. O problema foi ela ter cruzado meu caminho e tentar me passar para trás, uma lição teria que ser aprendida.

Pois Alfonso Herrera, só existia um e infelizmente ela brincou com o perigo.

- Sim Alfonso, eu sou sua. – Ela respondeu com os olhos brilhando. Sua voz parecia ser sincera, mas eu não acreditei. Afinal, ela tinha sido uma boa atriz todas essas semanas. Eu dei meu melhor sorriso e beijei seus lábios descaradamente, soltando-a em seguida.

- Pois bem, você precisa se alimentar. – Peguei seu pijama e joguei em seus braços. – Por favor coma, já me sinto muito culpado em ter deixado você sem janta ontem à noite. – Essa parte era totalmente verdade, não queria que ela colocasse sua saúde em risco, apesar de tudo.

Era um mixto de sentimentos muito grande. Ao mesmo tempo que estava apaixonado e queria ela nos meus braços o tempo todo, formar uma família.... Eu a odiava profundamente. Odiava o fato dela ter me enganado desde o princípio, odiava querê-la. Odiava me importar com ela também. Será que ela se importava comigo, nem que fosse um pouco? No fundo eu era carente de sua atenção, de seus carinhos, de seus sorrisos e acabava comigo toda vez que eu lembrava de suas palavras no telefone.

- Sim, é verdade. Não quero que você se preocupe com isso... – Ela corou e se levantou, vestindo rapidamente seu pijama – Obrigada por se importar comigo tanto assim. Espero que você tenha gostado tanto quanto eu da nossa noite. – Ela selou meus lábios, um pouco indecisa se era a atitude correta. Eu a segurei pela cintura e passei a mão pelo seu rosto. Meu olhar gelado fez Anahí travar em meus braços, mas logo acariciei seus braços com afagos e ela relaxou instantaneamente.

- Ontem à noite foi... a melhor noite da minha vida. – Disse com relutância. Era a mais pura verdade, mas não queria que ela soubesse que tinha algum poder sobre mim.

Seu olhar parecia verdadeiro, suas palavras soavam verdadeiras, mas minha mente e meu coração se recusavam a acreditar nisso.

TERCEIRA SEMANA

Voltamos para casa a dois dias e Anahí sempre estava comigo a noite. Eu a levava sempre para o seu quarto, depois que colocávamos Faith para dormir e ela nunca disse nada a respeito de não levá-la para o meu próprio quarto. No meio da noite, eu voltava para os meus aposentos. Creio eu, que ela pensa que saio cedo para ir para o trabalho. Nós nunca conversamos muito e eu ainda não a levei para sair comigo, mas hoje já havia reservado uma mesa em um dos melhores restaurantes. A observei pela câmera dando banho em Faith e resolvi lhe passar uma mensagem.

"Esteja pronta para sair assim que eu chegar. AH"

Hoje seria um dia decisivo em nossas vidas, tudo dependia desse momento a sós com ela. Eu estava nervoso, afinal não mudaria só minha vida, mas a dela também. Eu estava agindo como um bastardo cretino, mas na minha mente só vinha outra e outra vez as palavras cruéis de Anahí no telefone. Soquei meu punho fechado sobre a mesa quando a raiva tentou se apossar de mim. Pela milésima vez no dia, baguncei meus cabelos. Subitamente, me senti sufocado com a minha decisão. Mas não voltaria atrás, jamais. Eu estava sendo louco? Irracional? Sim, talvez. Por trás disso tudo, só havia um desejo de vingança misturado com amor. Desatei o nó da minha gravata e a joguei no sofá que havia em minha sala. Com as mãos no bolso, observei a cidade de pedra que nunca dormia abaixo dos meus pés. Eu havia conquistado tanto, chegado tão longe. Pensei em minha filha, em tudo que poderia afetá-la com a minha decisão.

Me senti culpado por trazer uma verdadeira inocente para essa história, mas eu a protegeria. Por tudo que era mais sagrado no mundo.

Cheguei em casa e logo tomei um banho. Bati no quarto de Anahí e prendi o fôlego assim que eu a vi. Com razão a mulher gostava de coisas caras, ela ficava perfeita em um vestido caro e sapatos de salto alto. As joias só realçavam sua beleza natural. Ela não usava maquiagem no dia a dia e eu gostava disso, porém hoje ela havia usado um pouco dessas coisas de mulher. Eu não resisti e a peguei pela cintura, invadindo sua boca com a minha língua. Seu cheiro me ludibriava e nublava todos os meus pensamentos. Eu precisava manter o foco. Apertei sua cintura e sorri.

- Você está maravilhosa, querida. – Falei gentilmente, não era mentira. Passei a usar palavras carinhosas com ela na viagem e percebi que ela sempre se derretia. Ela poderia não me amar, mas que mulher que não gostava de um homem romântico aos seus pés?

- Obrigada Poncho. Senti sua falta e Faith também. Hoje ela conversou pra caramba... – Ela abriu um enorme sorriso e esse era mais que sincero, pois pelo menos em seu coração havia espaço para minha filha.

- Aposto que sim. – Mordisquei seus lábios, segurando um sorriso. Eu sabia que ela e Faith conversavam com o dia todo, pois não deixava de vê-las na câmera - Vou me despedir dela e poderemos ir.

Fui ao quarto da minha filha e María estava sentada na poltrona de amamentação fazendo crochê. Ela sorriu pra mim, tentando me tranquilizar.

- Podem ir em paz, niño. Se eu precisar, te ligo na mesma hora. – Beijei a testa de Faith e acariciei seus cabelos. Queria que ela estivesse acordada, mas se isso tivesse acontecido eu tenho certeza que nós não sairíamos hoje. María me enxotou do quarto rindo e eu saí lhe mandando beijos. Ela sempre me dava um olhar atravessado, mas sabia que era brincadeira.

Anahí me esperava no corredor, adorava quando ela me dava privacidade com a minha filha. Segurei sua mão e descemos as escadas, em direção ao elevador. Eu a olhei novamente, meu coração estava acelerado, sempre acontecia quando eu a olhava. Ela sorriu e eu quase me deixei levar.

Quase.

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Eita meninas, e agora? Que será que nosso Ponchito está aprontando hein? No próximo capítulo será revelado... Começou a Herrera's Revenge! kkkk

Com amor, Fran.