Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

Estar com Alfonso tem sido realmente um sonho. Em poucos dias ele me mostrou um lado dele, que eu nunca imaginei que ele escondia dentro de si. Ele era divertido, mas seu humor era um pouco mais clássico e ácido. Sua gentileza não era novidade, mas ele estava se mostrando cada vez mais amoroso e romântico. Sua falecida esposa realmente teve muita sorte em ter tido uma vida do lado dele e eu pedia com todas as minhas forças, para que pudesse ter uma oportunidade dessa também.

Agora ficava cada vez mais fácil admitir para mim mesma que eu o amava, de todo coração. Eu não podia dizer isso a ele, não enquanto ele não falasse para mim primeiro. Ele poderia surtar em ouvir que a babá da filha dele havia se apaixonado por ele. Ainda queria uma vida ao lado dele e da Faith e cada vez mais me arrependia de ter dito tudo aquilo no telefone para Dulce. Paguei com a minha língua e se arrependimento matasse estaria morta e enterrada.

Na vigem, quando ele pediu que eu comesse alguma coisa eu precisei disfarçar totalmente. Ele colocou um prato na minha frente com ovos, bacon, panquecas, croissant. Meus olhos quase me denunciaram, pois me bateu um tremendo desespero de ter que comer aquilo tudo. Fui salva pelo gongo quando seu telefone tocou e ele foi para a sacada atender. Quem quer que fosse, que Deus o abençoasse. Eu corri e joguei a comida do meu prato no lixo do banheiro e para disfarçar, coloquei vários pedaços de papel higiênico. Meu coração deu uma pontada de dor em pensar desperdiçar toda aquela comida, mas eu não comeria para agradar ninguém. Nem mesmo ele. Eu me foquei em pensar que tinha jogado fora milhões de calorias, carboidratos e gordura saturada e que agora, nenhum deles iria estacionar nos meus quadris ou nas minhas coxas. Deixei algumas migalhas no meu prato para fingir e sorri quando Alfonso voltou para a mesa.

Naquele primeiro dia, tomamos nosso café da manhã entre beijos e carinhos. Eu nunca pensei que poderia ser mais feliz. Estava enganada.

Fiquei radiante quando recebi a mensagem do Poncho dizendo que nós íamos sair hoje. Havíamos voltado há dois dias e sempre quando ele estava em casa, não nos desgrudávamos. Ele sempre me levava para o meu quarto e fazíamos amor por toda noite na minha cama. Nunca o questionei o porquê não íamos para o dele, mas penso que ele ainda sente um pouco de culpa por causa da esposa falecida. Logo, logo eu estaria mandando naquela casa e as memórias dela seriam somente isso, memórias.

Ele dormia do meu lado, mas acordava cedo para ir trabalhar. Então eu tinha toda minha rotina com Faith e a noite ficávamos os três juntos, até que ela dormisse. Mas hoje seria diferente. Havia colocado ela para dormir e fui me aprontar. Tomei um banho demorado, lavei e sequei meus cabelos. Quase me afoguei dentro do hidratante, mas queria estar maravilhosa para ele. Alfonso era um bilionário, era lindo e sedutor. Qualquer mulher gostaria de estar no meu lugar e ter essa oportunidade com ele. Tenho que ser melhor que a concorrência e obter meu lugar ao seu lado. Eu seria a única.

Depois de pronta, ouvi as batidas na porta do meu quarto e me apressei a abrir. O olhar em seu rosto não deixou dúvidas de que ele tinha aprovado meu visual.

- Você está maravilhosa, querida. – Ele falou com carinho e eu me derreti.

- Obrigada Poncho. Senti sua falta e Faith também. Hoje ela conversou pra caramba... – Eu sorri, pois era inevitável não fazer isso quando eu falava de Faith. Ela já era um pedaço de mim, mesmo que eu não a tivesse gerado. Era estranho pensar nisso, pois eu nunca pensei que esse trabalho me traria uma conexão tão forte com uma criança. Eu sempre sonhei em ter minha própria família, meus filhos e marido. Mas parecia um sonho tão distante, que eu me recusei a criar esperanças. Eu amava Faith e amava o pai dela também. Era mais fácil admitir, agora.

- Aposto que sim. – Ele mordeu meus lábios e eu suspirei. Amava quando ele fazia qualquer gesto para me tocar. - Vou me despedir dela e poderemos ir.

Eu assenti com a cabeça e esperei no corredor. Estava nervosa, seria a primeira vez em público com ele. O que será que as pessoas iriam falar quando descobrissem minha antiga e minha atual profissão? Certamente irão insinuar que eu quero dar um golpe em Alfonso. Bem...não é exatamente um golpe, já que eu quero ficar com ele também. As palmas das minhas mãos estavam suadas e eu rapidamente esfreguei no vestido bordô que estava usando. Ele tinha um decote discreto e alças largas drapeadas. Media um pouco acima dos joelhos e era justo, demonstrando todas as curvas nos lugares certos que eu possuía.

Alfonso saiu do quarto e segurou minha mão, me levando em direção ao elevador. Ele me deu um olhar diferente e meu coração bateu mais forte. Na verdade, parecia que ele sempre se manifestava de maneiras diferentes quando eu estava perto dele. Meu estômago parecia ter sido invadido por milhares de borboletas e essa sensação eu nunca havia sentido antes, a não ser com Alfonso. Nos mantivemos calados até chegarmos no restaurante, mas sua mão sempre me tocava em algum lugar. Quando ele me dava seus sorrisos atravessados, enquanto dirigia, eu só faltava desmaiar. Quem no mundo resistiria a Alfonso Herrera? Eu com certeza não, nem a minha vagina, que pulsava a todo momento.

- Obrigada por ter me convidado, foi muito gentil da sua parte me trazer nesse lugar. É lindo! – Falei, enquanto admirava a vista do rio, que espelhava as luzes da cidade.

Era um restaurante no Brooklyn, as janelas eram enormes e nos davam uma vista maravilhosa do céu de Manhattan e da Brooklyn Bridge. Nossa mesa era em um local mais afastado e íntimo. As velas na mesa davam um toque ainda mais especial e fiquei feliz por ele ter pensado em me trazer nesse lugar. Uma banda de jazz tocava suavemente ao fundo e a melodia me deu vontade de dançar nos braços de Alfonso. Quem sabe eu mesma não o chamaria mais tarde?

- Eu não gostaria de estar com mais ninguém além de você, Any. – Ele puxou minhas mãos em cima da mesa e começou a acaricia-las em forma de círculos com o polegar. Eu tremi com o contato, apesar de ter me acostumado com a sua mania de me tocar, ainda era de arrepiar.

- Poncho, parece que eu estou vivendo um sonho ao seu lado. Nunca pensei que você fosse romântico dessa forma... – sorri tímida, ao ouvir suas palavras. Ele me pareceu fora de órbita, mas rapidamente voltou ao normal, sorrindo de volta.

O garçom nos interrompeu, trazendo uma garrafa de champanhe e nos serviu.

- Hm...o que estamos comemorando hoje? – Perguntei confusa, quando o rapaz se retirou.

- Você ter entrado em minha vida e na vida de Faith. Eu nunca pensei que conheceria uma pessoa como você, Any. Mas a vida é cheia de surpresas, não é? Hoje é uma data que nós nunca esqueceremos, hoje é quando o nosso futuro começa, meu amor. – Seu olhar brilhava e ele sorriu de uma forma enigmática.

Fiquei feliz com as palavras de Poncho, pois poderia significar que logo ele estaria se declarando para mim. Tocamos nossas taças no alto, ele bebeu o primeiro gole e eu o acompanhei. Ricos realmente gostam de jogar dinheiro fora, pois, comemorar só porque havia me conhecido? Era meio ridículo, chegava a ser engraçado. Mas eu como boa apaixonada que era, cedi mais um pouco do meu coração. Logo, não restaria poder nenhum pra mim sobre ele.

Jantamos entre olhares e carinhos, dispensei a sobremesa. Conversamos sobre nossas infâncias, eu omitia alguns detalhes deprimentes, mas a essência era verdadeira. Senti que ele estava sendo sincero e aberto, então tentei fazer om esmo. Falamos sobre o trabalho dele, algumas coisas não entendi, mas ele sempre fazia questão de me explicar. No fim, estávamos falando do nosso assunto favorito, que era sobre Faith. Ele me contou todas as histórias desde quando ela nasceu, até agora. 

Antes que pudesse convidá-lo, ele ofereceu sua mão e me tocou em seus braços, me levando para a pista de dança. Uma mão segurou em minha cintura e a outra entrelaçou seus dedos nos meus. Acariciei sua nuca carinhosamente e ele quase gemeu em meus braços.

- Quando estamos assim, me sinto nas nuvens. Parece que nada poderá nos atingir. Amo estar em seus braços, Poncho. – Falei baixinho, olhando em seus olhos. Ele rodopiou comigo pelo salão e grudou seu corpo no meu.

- E eu amo ter você em meus braços. Nunca pensei que poderia me sentir assim por mais ninguém. Desde que perdi Valentine, meu mundo estava sem cor. Se não fosse pela Faith, não sei o que seria de mim. – Ele engoliu o bolo na garganta e a limpou. Percebi que ficou emocionado ao falar da mulher. Acariciei sua barba por fazer e selei nossos lábios.

- Se depender de mim, você nunca estará sozinho novamente Poncho. – Segurei em minha garganta a vontade de dizer que o amava. Meu coração palpitava e fervia, querendo que eu dissesse essas três palavras. Ele encostou sua testa na minha e fechou os olhos.

- Tenho algo para te perguntar, talvez você ache que seja cedo demais. Talvez ache que eu seja louco, por querer te incluir em tamanha responsabilidade, mas você não estará sozinha. Você se dá tão bem com Faith, quando vejo vocês juntas, todas as minhas dúvidas evaporam. – Ele para de dançar e ficamos nos encarando no meio da pista. Ele respira fundo e segura minha mão. – Você gostaria de se casar comigo, Anahí? – Pergunta, segurando meu rosto com ambas as mãos.