Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

- Obrigada por ter me convidado, foi muito gentil da sua parte me trazer nesse lugar. É lindo! – Ela disse deslumbrada, enquanto eu puxava a cadeira para que se sentasse.

Para o meu estilo de vida, era um local comum. Levei Valentine milhares de vezes em restaurantes assim e ela nunca teve a mesma reação que Anahí. Talvez em seu trabalho, ela tenha frequentado lugares caros iguais ou até mais que este. Mas segundo seu dossiê, ela não teve um namorado desde a adolescência e duvido que ele teria tido condições de leva-la em um jantar romântico como esse.

- Eu não gostaria de estar com mais ninguém além de você, Any. – Puxei suas mãos em cima da mesa e as acariciei.

Era totalmente verdade. Não havia mais ninguém no mundo que eu queria que pagasse tanto quanto ela. Infelizmente, ela levou minhas palavras para o lado errado. Bom, ponto para mim.

- Poncho, parece que eu estou vivendo um sonho ao seu lado. Nunca pensei que você fosse romântico dessa forma... – Ela tentou se mostrar tímida e aquilo só me deu mais raiva. Como uma pessoa pode ser tão dissimulada dessa forma? Jesus... tive que me segurar para não a desmascarar antes do tempo. Foquei no meu plano e finalmente coloquei um sorriso falso em meus lábios.

Chamei o garçom e pedi uma garrafa de champanhe. Quando o rapaz se retirou, Anahí se pronunciou novamente.

- Hm.... o que estamos comemorando hoje? – Perguntou confusa.

- Você ter entrado em minha vida e na vida de Faith. Eu nunca pensei que conheceria uma pessoa como você, Any. – Nunca mesmo, o que eu fiz para merecer alguém tão falso em minha vida? - Mas a vida é cheia de surpresas, não é? – Falei irônico, mas mais uma vez, ela não percebeu. - Hoje é uma data que nós nunca esqueceremos, hoje é quando o nosso futuro começa, meu amor. – Debochei e sorri.

Batemos nossas taças e eu tomei um gole da bebida gelada. As pequenas bolhas dançaram em minha língua e eu deixei o líquido descer pela minha garganta. Não era um grande fã dessa bebida, mas hoje a noite era especial. E não em um bom sentido, pelo menos para Anahí.

Anahí estava linda, realmente maravilhosa. Seus olhos eram tristes quando falava da infância e da família, mas brilhavam quando citava sua melhor amiga, Dulce. Ela deixou de fora detalhes importantíssimos da sua vida, principalmente para alguém que quer começar uma relação com outra pessoa.

Mais uma vez ela estava mentindo para mim. Eu sabia tudo que havia se passado na vida dela, desde a infância até o momento em que ela entrou na minha sala. Só que ela estava tentando me fazer de imbecil, novamente.

Ela me pareceu interessada em meu trabalho na empresa, então compartilhei os novos aplicativos que estávamos lançando, comentei sobre as pesquisas de mercado e como eu prezava dar oportunidades a jovens com potencial. Falei também sobre a expansão que estávamos fazendo em outros países da Europa e América do Sul. Até me atrevi a mostrar em meu celular alguns dos que eu mesmo tinha projetado. Anahí me ouvia com um olhar brilhante, sempre fazendo perguntas na hora certa. De repente, nossa conversa tomou um outro rumo. Me senti à vontade como a muito tempo não acontecia perto de uma mulher. Ela falava sobre Faith e suas gracinhas, e eu contava várias histórias de quando ela era uma recém-nascida e como eu me atrapalhei durante semanas, até me acostumar com um bebê em casa.

Esse jantar era uma prova máxima para o meu autocontrole e assim eu pude saber que conseguiria enfrentar os próximos dias sem colocar tudo a perder. A maldita arrancava olhares onde passava e isso me deixou com raiva. Raiva por sentir ciúmes dessa pequena e linda mentirosa. Anahí seria minha, por bem ou por mal. Mas com os objetivos que ela tinha em mente, creio que não precisaria de muito esforço para logo ter ela sob o meu domínio. Se eu mesmo não tivesse ouvido todas aquelas palavras frias e cruéis saindo de sua boca nunca teria acreditado que esta mulher, sentada bem na minha frente, com um enorme sorriso na boca, estava mentindo descaradamente para mim.

Depois de alguns segundos de silêncio, resolvi que era a hora de dar a minha primeira jogada. A convidei para a pista de dança, o clima era propenso, as luzes baixas e o jazz deixavam o local demasiado romântico. Nenhuma mulher resistia a um pedido de casamento assim. Óbvio que eu sabia que não precisava fazer muito esforço com ela, então nem me dei ao trabalho de tê-la levado em algum lugar muito melhor, como fiz com Valentine. Anahí se contentava com qualquer coisa, pois pensava que eu já estava no papo e nunca havia tido um homem apaixonado aos seus pés de verdade.

Se fosse em outra situação, eu nunca a pediria em casamento dessa forma. Nunca me contentaria em lhe dar menos do que ela merece, se de fato ela merecesse algo bom. Mas como a realidade não condiz com a fantasia, ela terá o que lhe pertence. Não podia deixar Anahí sair intacta dessa história, meu orgulho não permitiria tal ato.

Segurei-a com uma mão na cintura e a outra envolvi sua pequena e delicada mão na minha. Ter o corpo dela quente ao meu, me fazia pensar em coisas pecaminosas, seda quente e nas noites que estávamos compartilhando. Mas eu nunca me esquecerei da primeira noite em que fizemos amor naquele chão de hotel. Quero lembrar daquela noite como se ela pudesse retribuir de forma verdadeira o que eu sinto por ela. Eu sei que isso não passa de somente um sonho de um homem apaixonado...

- Quando estamos assim, me sinto nas nuvens. Parece que nada poderá nos atingir. Amo estar em seus braços, Poncho. – Ela murmurou, me olhando nos olhos. Meu coração parou em uma batida naquele momento, queria tanto que isso fosse verdade. Que suas palavras fossem de verdade.

Então, naquele momento, eu apenas falei o que estava no fundo do meu coração. Sem rancor, sem ironia, sem deboche. Somente com amor.

- E eu amo ter você em meus braços. Nunca pensei que poderia me sentir assim por mais ninguém. Desde que perdi Valentine, meu mundo estava sem cor. Se não fosse pela Faith, não sei o que seria de mim. – Eu engoli o bolo que estava na minha garganta que me ameaçava sufocar. Eu nunca passei por uma experiência assim. Amar alguém que não me amava de volta. Os sentimentos pra mim sempre foram recíprocos. E dói ainda mais por sabe que Anahí nunca irá me amar também. 

Nunca foi assim, nunca senti algo tão forte por Valentine, apesar dos anos que vivemos juntos e da filha que tivemos.

Ela acariciou meu rosto e eu me deleitei com aquele pequeno gesto.

- Se depender de mim, você nunca estará sozinho novamente Poncho. – Falou suavemente.

Meu Deus, ela só estava fazendo tudo pior dizendo aquelas coisas que eu realmente queria ouvir. Mas em outro tempo, outra situação...

"Eu nunca vou amar Alfonso Herrera..."

Aquelas palavras irão me assombrar para o resto da minha vida. Cai na real e me lembrei do meu verdadeiro propósito. Precisava sair dessa bolha que Anahí insistia em nos puxar, insistia em me puxar.

- Tenho algo para te perguntar, talvez você ache que seja cedo demais. Talvez ache que eu seja louco, por querer te incluir em tamanha responsabilidade, mas você não estará sozinha. Você se dá tão bem com Faith, quando vejo vocês juntas, todas as minhas dúvidas evaporam. – Tentei soar o mais inocente e apaixonado possível, assim ficaria mais fácil. Não podia deixar o amor e aqueles olhos azuis maravilhosos tomarem conta de mim. – Você gostaria de se casar comigo, Anahí? – Perguntei e segurei seu rosto delicado em minhas mãos.