Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

Blair e Chuck me encaravam, esperando alguma reação da minha parte. A verdade é que só o título do documento deixou meu coração acelerado, praticamente na boca. Será que teria coragem de ler o que estava ali até o fim?

- Alfonso? – Ergui meus olhos perante a voz de Blair, totalmente paralisado. – Você precisa ler até o fim Poncho, por favor. – Ela pediu delicadamente. Movi meus olhos para o Chuck, que afirmou com a cabeça, enquanto rodava um anel de ouro pelo dedo mindinho.

Engoli em seco quando reli o nome de Valentine novamente. Era o seu dossiê.

Meus olhos percorreram as diversas linhas que contavam sobre sua vida, detalhe por detalhe. Aquilo eu já sabia, só não sabia onde Blair queria chegar com aquilo.

- Blair... – Soltei um suspiro.

- Por favor Poncho, continue. – Insistiu. – Vire à página.

Fiz o que me pediu e me deparei com diversas fotos de Valentine, sorrindo. Mas ao invés de mim, era outro cara que ela abraçava, beijava, transava.

- Blair se isso for brincadeira, é de muito mal gosto. Que porra é essa? – Respirei com dificuldade, não querendo acreditar que a minha amada e falecida esposa, tinha um amante por tantos anos.

Ela continuou calada, séria e me observando. Podia sentir os dois pares de olhos sobre mim, enquanto tudo que eu pensava ter sido verdadeiro desabava sobre mim.

A raiva possuiu todo meu corpo, quando eu li o nome do infeliz. Robert Mongomery. Valentine e ele haviam namorado antes de mim, terminaram e logo após o nosso casamento, me parece que se entediou, pois reataram o que eles tinham. Às minhas custas. Apoiei meus cotovelos em cima da mesa e minhas mãos seguraram minha cabeça. Eu estava totalmente desolado, mas por fim um peso estava sendo tirado de cima das minhas costas.

A culpa que eu sentia por amar Anahí mais do que eu já amei alguém me corroía todos os dias e agora eu podia ser livre com a mulher que eu amava. Só precisava confirmar se as palavras de Blair eram reais, que Anahí realmente me amava.

Não posso negar que era difícil saber que a mulher que você namorou, que esteve presente ao seu lado em tantos momentos difíceis e compartilhava a mesma cama, também andava enrolada em outros lençóis.

Foquei meu olhar novamente sobre o nome do vagabundo que traçava minha mulher enquanto eu trabalhava.

- Pera aí, eu conheço esse nome. – Bati com meu punho sobre a mesa e me levantei. O filho da puta era um dos seguranças da minha boate.

Na época eu nem me importei de ter a ajuda de Valentine quando abri o local e ela acabou por ficar encarregada de várias coisas, como por exemplo, a contratação de vários funcionários. Ela tinha estado tão empolgada, que lhe dei carta livre para fazer o que quisesse. Pelo visto fez mais do que deveria.

- Sim, é o seu ex funcionário...- Chuck explicou. – Fique tranquilo Alfonso, já tomei conta do problema, quer dizer, parte do problema. – Limpou a garganta e eu me levantei cadeira.

- Como assim parte do problema? – Franzi o cenho, confuso.

- Ainda tem mais Poncho e creio que essa parte será a mais difícil pra você. – Exalou um suspiro e eu pude ver pena em seus olhos.

- Não, não, não, NÃO! – Gritei assim que li o relatório.

Reli o exame que dizia que que Faith, minha menininha, na verdade, não era minha filha.

Joguei aquela maldita pasta para o lado e de repente me senti sem chão. Sem ar. Estava difícil respirar. Estava difícil acreditar naquela mais recente verdade. Cai no chão, ajoelhado. Meus soluços se intensificaram e senti Blair e Chuck ao meu lado, me levantando.

- Maldita, simplesmente maldita! – Falei exasperado em meio as lágrimas. Eu sabia que o verdadeiro pai de Faith iria querer sua custódia assim que soubesse a verdade. – Como ela teve coragem de mentir tanto assim pra mim? – Balancei a cabeça, fungando. – Você está mentindo, não é Blair? DIZ QUE VOCÊ ESTÁ MENTINDO, POR FAVOR! – Exigi aos prantos.

Chuck enfiou na frente do meu rosto um copo com bebida e eu tomei sem pausa. Tentei me acalmar e limpei meus olhos. Meu rosto estava vermelho e inchado. Eu ainda não conseguia acreditar, parecia surreal.

- Oh Poncho, eu sinto muito. – Blair passou a mão pelas minhas costas, com a voz chorosa.

- Herrera, tudo o que está escrito ai é verdade. Minha noiva e eu sentimos muito por você descobrir dessa maneira. – Chuck se pronunciou com a voz séria.

- Como você descobriu tudo isso? Como...Como soube? – Perguntei, ainda trêmulo. Desfiz o nó da minha gravata e a joguei de lado.

- Eu sempre desconfiei que Valentine te traia, durante algum tempo coloquei um detetive particular na cola dela e consegui provas, mas ai ela morreu e eu não queria que você guardasse rancor dela, muito menos que criasse Faith dessa forma. Então eu conheci Anahí e você ainda parecia que idolatrava Valentine. – Ela se levantou e me encarou. A segui com os meus olhos, calado. – Minha prima nunca foi santa Alfonso, meus tios sempre foram contra o casamento de vocês, mas assim que você começou a ganhar milhões eles calaram o bico. Valentine sempre os enfrentou e eles nunca negariam nada a filhinha deles. – Falou com desdém, sacudindo a mão. – Enfim, eu precisava mostrar a você quem ela realmente era para que você conseguisse seguir em frente. Resolvi então pegar uma amostra da sua saliva no restaurante.

Quê? Essa mulher era realmente louca...

Minha cara de confusão fez Blair sorrir como se fosse inocente. Chuck seguia sentado e calado, admirando a noiva como se ela fosse uma boneca de porcelana cara e rara.

- Sim, eu subornei o garçom e comprei a taça. Levei direto para o laboratório junto com uma amostra de Faith, que eu também roubei quando a visitei em um dia desses... – Exibiu uma expressão culpada e eu revirei os olhos – O resultado saiu algumas horas atrás. Me perdoe Alfonso, mas eu sei que você nunca iria acreditar em nenhuma teoria minha. Muito menos faria o exame, seria como se estivesse desconfiando da sua própria esposa.

Eu confirmei com a cabeça. Eu tinha dinheiro, muito. Eu poderia comprar qualquer coisa que eu quisesse. Eu poderia me aposentar hoje mesmo e ainda assim não conseguiria gastar tudo que eu tenho mesmo se tivesse dez vidas. Mas mesmo assim, eu não era nada sem a minha filha.

Minha sim. Faith sempre seria. Vou até a janela do meu escritório e encosto a testa, aliviado com o frio do vidro sobre minha pele. Minha cabeça martelava, tantos pensamentos indo e vindo a todo momento. Eu estava perdido.

- Eu a crio... lhe dou banho, troco suas fraldas e a coloco para dormir. Ela arrota em meu colo, ri, brinca, balbucia coisas que só eu entendo. Eu lhe dou remédio para cólicas durante a madrugada, cuido quando tem febre e canto canções de ninar só para animá-la e roubar um simples sorriso. – Solucei e tampei minha boca com um punho. Ainda sem olhá-los, continuei. - Eu sei qual é o bichinho de pelúcia o qual ela não consegue dormir sem, ajudei a puta da mãe dela a decorar seu quartinho. – Minha voz soava rouca, quebrada. - Comprei livros sobre a paternidade e conversava com ela quando era somente um pequeno pontinho na barriga de Valentine. Algumas pessoas nunca saberão o que é isso, esse sentimento, essa loucura, esse amor...

Essa vontade de fazer tudo e um pouco mais para a pessoinha mais importante das nossas vidas era inexplicável e agora eu teria que entregar o meu bem mais precioso para um louco que eu nem sabia como vivia de verdade.

- É ai que chegamos a parte boa. – Chuck disse e eu ri sem humor. Ele estava sendo irônico, certo?

- Sim, parte boa Poncho. Faith não é filha de Valentine, tão pouco.

- O que? – Me virei, atordoado. – Como assim Blair?

- Eu tinha uma escova de cabelo dela na minha casa, havia me esquecido completamente dela. Mas revirando algumas caixas, consegui achar. Ainda tinha alguns fios, suficientes para fazer o exame.

Passei a mão pelo meu rosto, cansado. As coisas estavam ficando piores a cada minuto que se passava. Senti meu celular tocar em meu bolso e olhei no visor. Anahí. Suspirei. Não tinha condições de lidar com ela naquele momento, precisava me focar em Faith.

- Você tem certeza disso, Blair? Cem por cento de certeza? – Perguntei, querendo que tudo fosse mentira.

- Cem por cento de certeza Alfonso. Você pode refazer os exames se quiser, em um laboratório de sua confiança. – Blair foi até Chuck e sentou em seu colo.

- E quem são os pais de Faith, pelo amor de Deus? Eu vi a barriga dela, eu toquei. Eu senti Faith se mexer durante a gestação. Barriga falsa nenhuma no mundo tem essa tecnologia, pelo amor de Deus... - Falei atordoado. Eu estava tonto com tantas informações em tão pouco tempo. Nada fazia mais sentido.

- Nós ainda não sabemos. Entramos em contato com o detetive que trabalhou para mim naquela época e ele disse que está atrás de algumas pistas e em breve iria se comunicar. – Ela deu os ombros e eu assenti. - Temos uma teoria... 

- Que seria? - Insisti.

- Achamos que ela perdeu o bebê e roubou ou comprou de alguma outra mulher. - Blair murmurou. Eu arfei. Passei a mão pelo rosto, exausto psicologicamente.

- Isso é...uma puta loucura! Eu não sei nem descrever... Mas por favor, não hesite em me procurar se precisar de alguma coisa, dinheiro, o que quer que seja.

- Na verdade... – Ela trocou olhar com Chuck e retirou um cartão de sua bolsa – Acho melhor você estar no comando agora. Me desculpe por jogar essa bomba em cima de você, assim, um dia antes do seu casamento.

Eu peguei o cartão e dei os ombros. Não podia dizer que estava feliz com aquilo. Recolhi a pasta e a guardei dentro do meu paletó.

- E sobre Anahí? Tudo certo para o casamento? – Blair indagou e eu me senti culpado.

Resolvi contar tudo que eu tinha planejado para o casamento e só faltei ser jogado do último andar por aquela pequena abusada.

- Quer saber? Faça o que achar necessário, eu não quero mais falar sobre esse assunto, sobre Faith, sobre nada! – Cuspi, enquanto saia desolado da minha sala e entrava direto no elevador. Senti meu celular tocar novamente e quando vi, era Blair. Revirei os olhos e recusei a chamada.

"Se você acha que ela realmente me ama, me ajude com a besteira que fiz. Mas se você estiver errada, irei chutar sua bunda. " 

 E apertei enviar.

" Se eu estiver errada, você chuta minha bunda. Mas se eu tiver certa, você pagará nossa lua de mel. P.S.: sou cliente fiel de hotéis cinco estrelas. " 

Ela respondeu de volta.

Alguns minutos atrás eu teria rido dessa mensagem. Agora, eu só queria esquecer de tudo à minha volta e esse esquecimento estava bem no fundo de várias garrafas de vodca.

Segurei o choro novamente, ao pensar no risco que eu corria de perder Faith. Sabe a conhecida frase "Nada está tão ruim, que não possa piorar?" , então, eu estava prestes a descobrir quando voltasse para casa na manhã do meu casamento.

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Eita, que agora a merda ficou séria!!!! Quero saber a opinião de vocês meninas, não deixem de comentar, votar e torcer logo pro nosso casalzinho ficar junto logo. Que Deus tenha piedade de Faith no meio dessa putaria toda, né?

Com amor, Fran.