Fanfic: Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot
- Será que podemos conversar em um local com mais privacidade? – Perguntei timidamente, com medo de que ela fugisse de novo. Ela assentiu e eu segurei sua mão.
Eu ainda respirava com dificuldade e meu coração permanecia acelerado. A descarga de adrenalina que Anahí me proporcionava era inacreditável. A olhando aqui, bem na minha frente, parece que já se passaram séculos desde que eu a conheci. Minhas mãos coçavam para tocá-la novamente, mas ela permanecia quase encolhida no mesmo lugar. Olhei ao redor, dando graças a Deus por ninguém ter presenciado a cena de agora. Era algo que eu queria guardar entre nós dois.
Agora que toda euforia estava passando, enquanto eu a puxava pelos corredores em busca de algum quarto vazio e de respostas, eu pude reparar o quão fraca Anahí estava fisicamente. A culpa estava latejando dentro de mim com força. Eu havia causado isso com ela. Mas afinal, onde ela estava que nem mesmo repararam que ela estava assim? Dulce havia dito que ela estava bem, porra!
- Então, como ela está? – Ela perguntou em um tom ansioso, enquanto eu fechava a porta atrás de nós. Eu me sentei na cama arrumada e a convidei. Anahí veio, receosa, mas se sentou mesmo assim. Interiormente, eu vibrei. Era bom senti-la do meu lado novamente.
- Ela teve uma crise de asma, foi a primeira vez, então estávamos despreparados. Graças a Deus a Blair foi rápida e a trouxe pra cá. – Suspirei e apertei os olhos com os dedos. Minha vontade era que tudo aquilo, fosse a droga de um pesadelo.
- Mas agora ela está bem, não está? – Perguntou Anahí, esperançosa. – Afinal, uma crise de asma pode ser controlada mais fácil. – Ela me encarou e meus olhos se encheram de lágrimas. Ela percebeu e ficou confusa. Colocou sua mão sobre a minha, em um gesto de solidariedade.
Ela estava tão magra, parecia tão menor e mais frágil, de que quando partiu. Seu rosto, tão abatido. Meu Deus, o que eu fiz com essa mulher? A mulher que eu amo...Eu segurei seu rosto com uma mão, acariciando sua bochecha com leveza. Inevitavelmente, duas lágrimas grossas escorreram pelo meu rosto.
- Alfonso, vai ficar tudo bem. Não vai? – Perguntou de novo e eu não queria machucá-la mais, mas não queria mentir tampouco.
- Os médicos descobriram outro problema em Faith e ela terá de ser operada pela manhã. – Me levantei e dei as costas para Anahí. Apoiei minhas mãos na parede, não querendo que Anahí visse o quanto eu estava quebrado. Eu amava minha filha e por Deus, se algo acontecesse a Faith...
- Oh, meu Deus. – Anahí falou com a voz trêmula. Senti quando ela parou atrás de mim e me abraçou pela cintura. Fechei os olhos, quando seus pequenos braços me rodearam. Eu precisava tanto dela. Coloquei minhas mãos sobre as suas e adorei a sensação dela se aninhando a mim. Ela chorava baixinho, mas ainda estava ali. E dessa vez, eu sabia que era por mim. Contei pra ela tudo que o médico havia me dito sobre a operação, os riscos e como seria sua recuperação. Me senti um pouco mais leve de poder compartilhar tudo aquilo com ela.
Ela não precisava estar ali, conversando comigo. Muito menos me abraçando e me dando força, depois do que eu fiz. Mas ela estava mesmo assim... Apesar de sempre ter tido os pensamentos de vingança, meu amor por ela aflorou de uma tal forma que se enraizou dentro de mim. Era ódio e amor andando lado a lado em uma corda bamba. Hoje, eu vejo que nunca irei amar ninguém como a amo e que toda devoção cega que eu tinha por Valentine, era só isso. Era culpa também...primeiro por ter me achado um marido negligente à medida que a empresa crescia e depois culpa, pois eu estava perdidamente apaixonado por Anahí e ela havia falecido a pouco tempo. Me perguntava que tipo de marido se deixava apaixonar por outra, enquanto sua esposa morta nem mesmo havia esfriado no caixão? O do tipo que não a amava de verdade, essa era a resposta que eu encontrei pra tal explicação. Eu penso que cheguei a amá-la algum dia, mas depois virou carinho, acomodação.
Não gosto de comparar o que eu tinha com Valentine com o que eu tenho...tive...com Anahí.
Ela é, sempre foi e sempre será, muito mais.
- Ela vai ficar bem, tenho certeza. Esse é o melhor hospital de Nova York, não se preocupe. – Murmurou com confiança e eu finalmente a olhei nos olhos novamente.
- Eu sei que não há mais volta pra nós dois, depois do que eu fiz você passar. – Coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, a encarando. Passei o polegar pelas olheiras fundas e lamentei mais uma vez comigo mesmo pela minha canalhisse. – Mas mesmo assim, não quero que haja segredos entre nós, Anahí.
Ela se manteve calada e não conseguia entender o que se passava por detrás dos seus olhos azuis.
- Tudo bem. – Ela concordou sem demora. Eu tomei uma respiração profunda, não era fácil falar sobre aquele assunto, mesmo que fosse com Anahí.
- Faith, não é minha filha... – Comecei e ela arregalou os olhos e tampou a boca, em total surpresa.
- Co-como? Como assim, Poncho? Valentine mentiu pra você? Quem é o pai dela então? Quer dizer, o biológico... – Corrigiu ela, rapidamente. Passei a mão pelo cabelo, pela milésima vez naquela noite.
- Eu não sei Any. E tem outro problema... – Ela continuava a me olhar, perplexa. – Faith também não é filha de Valentine. – A encarei, sentindo dor em cada palavra pronunciada.
Toda vez que me lembrava do que Valentine fez, meu sangue fervia e eu me sentia capaz de desmontar um tanque com as próprias mãos. O detetive disse que estava atrás de algumas pistas que havia conseguido e em breve me traria informações, mas eu não queria me preocupar com essa merda agora. Eu queria minha filha sã e saudável.
- O que? Isso é sério? – Perguntou, ainda sem acreditar. Eu também demorei muito a aceitar esses fatos.
- Um dia antes do nosso casamento, Blair e Chuck foram até a empresa e me entregaram uma pasta com os papéis da investigação que mandaram fazer por si só, juntamente com os exames de DNA. Blair sempre desconfiou que Valentine estava envolvida em alguma coisa, só não sabia o que era. Ela não gostava de toda...adoração...que eu dava para Valentine, mesmo depois de morta. Então tomou as próprias providencias. – Enfiei as mãos no bolso da calça, pra conter a vontade de abraça-la e me encolher no seu colo como um garoto de dez anos. – Aquilo acabou comigo de uma tal forma que você não imagina...Saber que eu não era o pai biológico da minha filha, me matou um pouco por dentro. E saber que Valentine havia comprado ou roubado a filha de outra pessoa, também me deixou perplexo. Eu ainda não sei onde a minha verdadeira filha está enterrada e isso dói. Também não sei quem são os pais biológicos de Faith... – Funguei e respirei fundo. Anahí chorava baixinho, com a mão na boca para conter os soluços. Ela sofria por mim, eu podia ver. Eu não era tolo, sabia que ela ainda me amava. Mas ela ainda não conseguia me perdoar e estava certa, afinal de contas. – Naquele mesmo dia, eu fui até a boate e fiquei bêbado no escritório do Christian, o gerente. Christopher me trouxe pra casa e ai eu cheguei e te vi...
- Alfonso... – Ela sussurrou, como um lamento. Os olhos inchados com as lágrimas brilhantes e grossas eram demais pra mim. - Jesus, isso é muito louco... - Eu a puxei para os meus braços, aconchegando-a. Eu não precisava explicar o que havia acontecido depois, ela estava lá.
- Blair havia me ajudado a esquecer todo aquele plano de vingança, Any. Eu ia fazer tudo diferente, eu juro. Eu quis sim magoar você, não vou mentir. Mas fiz tudo isso, porque você disse que nunca me amaria de volta e disse com tanto descaso, que meu ego ficou ferido demais... Eu já estava mal, por tudo que Valentine havia feito, pela traição que ela havia cometido. Pela minha filha... – Enfiei meu rosto no seu pescoço, meus soluços sacudiam todo meu corpo. Anahí também chorava, mas estava abraçada a mim, acariciando minhas costas. – Me perdoa, por favor. Não se afaste de mim, eu não consigo ficar sem você. Esse mês foi uma tortura, pra mim e pra Faith.
Ela se afastou um pouco e limpou as lágrimas do meu rosto.
- Ei, eu estou aqui, não estou? Não sei se posso esquecer isso Alfonso, a ferida está muito recente ainda. – Ela colocou a mão sobre o peito, como se doesse – Eu sinto tanto por você ter passado por isso sozinho... Eu ficarei aqui, enquanto você e Faith precisarem de mim, mas com uma condição apenas. – Falou, determinada. Sua postura também mudara, ela estava mais decidida.
- Qualquer coisa que você quiser, baby. Diz e será seu. – Respondi, desesperado pra que ela ficasse.
- Quero meu emprego de babá de volta. – Pediu e eu assenti com rapidez.
- É seu.
- E...um aumento. – Sorriu de lado, como sempre fazia quando era pega com Faith fazendo algo errado.
- Tudo bem. – Tentei soar casual, mas minha felicidade me entregava.
- Você irá seguir com a sua vida Poncho e eu vou seguir com a minha, essa é a principal condição. – Completou no final e eu suspirei, concordando.
Eu ainda podia sentir que ela me amava, mas a mágoa estava lá também. Conseguiria contornar isso, mas não agora. Faith precisava de nós e ela sempre seria a prioridade.
- Mudando um pouco de assunto, o que aconteceu com você? Dulce me contou sobre seu problema... – Comecei ela se afastou, como se tivesse levado um choque.
- Ela é uma linguaruda, isso sim. – Falou com veemência, adorava vê-la com raiva daquela forma. Ela ficava linda bravinha.
- É mesmo, senhorita Dulce Maria Saviñon? – Perguntei sarcástico, apontando para o papel colado em seu peito. Ela revirou os olhos.
- Era a única forma de conseguir entrar aqui, meu nome não estava na recepção. – Explicou, como se estivesse tudo certo. Anahí tinha uma forma de descomplicar as coisas que me fascinava. Eu sorri.
- Eu vou me encarregar de deixar sua entrada livre lá em baixo, mas creio que você está mudando de assunto aqui. Aconteceu de novo não é? – Vi seu semblante mudar, a culpa estampada em seu rosto.
- Sim, mas eu irei melhorar, foi só... – Esfregou os braços, como se estivesse com frio. - Uma recaída. - Completou.
E você é culpado, seu merda! Meu subconsciente gritou de volta.
- Eu também tenho uma condição pra você voltar a trabalhar como babá de Faith. – Tive a ideia repentina e joguei um verde. Ela me olhou, com expectativa, creio que sabia o que estava por mim. – Você irá começar um tratamento, com os melhores médicos que Manhattan pode oferecer e irá aceitar sem reclamar, pois Faith merece uma babá saudável. – Determinei, com a voz firme.
Ela fez um beicinho que deu vontade de morder, mas aceitou.
- Tem razão, eu realmente preciso me curar disso. Não sei o que estava pensando em deixar essa doença tomar conta de mim. Farei isso por mim e principalmente por Faith, eu quero ser a melhor pra ela. – Falou suavemente e eu assenti, dando-lhe um beijo na testa. Senti Anahí dar uma leve tremida, mas não disse nada.
- Fico feliz que você pense assim. Eu darei a você tudo que você nunca teve, Any. – Sussurrei e esperava que ela tivesse entendido todos os significados que aquela frase abrangia. Eu daria tudo a ela, tudo que ela nunca teve e até mesmo o que ela nunca quis. Eu não falharia novamente.
Meu celular tocou e era uma mensagem do médico. Arrastei Anahí pra fora do quarto, conferindo os corredores, mas antes que pudéssemos sair, eu não resisti e a beijei de surpresa. Ela não reagiu de imediato, mas após alguns segundos suas mãos vieram até meus cabelos, acariciando. Eu gemi, quando ela arranhou de leve minha nuca e segurou com força os meus ombros. Antes que tivesse a chance de saboreá-la mais profundamente, ela me empurrou.
- Desculpe. Dá próxima vez que eu te beijar, será quando você pedir. – Murmurei, ainda sem ar pelo beijo.
- Não conte com isso. – Falou Anahí com a voz fria e saiu andando na minha frente. Eu sorri, vitorioso.
Ao chegarmos na sala de espera, Blair e Chuck conversavam aos sussurros em um canto, Dulce Maria me atirava facas com o olhar e um outro homem, que eu não sabia quem era, me encarava de uma forma não muito gentil.
- Anahí Giovanna, eu vou matar você! – Dulce murmurou com fúria, indo pra cima da Anahí. Por reflexo, eu apenas entrei na frente dela e Dulce dirigiu o olhar morta, pra mim. Eu sorri, já estava acostumado.
- Posso saber o que aconteceu? – Perguntei, tentando ficar a par do assunto. – Se for pelo crachá, fique tranquila. Ninguém irá te colocar em problema e Anahí será liberada pra vir a hora que quiser.
- Você é mesmo um tremendo irresponsável, não é mesmo? – Falou o homem, enquanto me encarava. Eu ergui uma sobrancelha, tentando entender quem ele pensava que era pra falar comigo daquela forma.
- E você é...? – Perguntei, com superioridade.
- Kit, por favor, fica fora disso. Aliás, o que você tá fazendo aqui? – Anahí perguntou, ainda atrás de mim. Dulce estava com os braços cruzados, os lábios formavam uma linha fina. Até que ela estava um pouco assustadora.
- Porque fez isso Any? Ficou maluca por um acaso? – Ele me ignorou e tentou se aproximar de Anahí.
- Ei, pra trás cara. Quem você pensa que é pra falar assim com ela? – Me aproximei, ficando cara a cara.
- Alfonso, por favor... – Senti Anahí puxar minha blusa por trás, mas eu não cedi. Aquele maricas não ia chegar falando assim com a minha mulher. Mesmo que ela não se considerasse minha mulher, ela ainda era.
- Eu sou o cara que estava dormindo com ela durante o mês inteiro, depois que você a enganou. – Disse com arrogância e eu vi tudo vermelho. Não importava se estávamos em uma sala de hospital. Ninguém falava da Anahí daquela forma na minha presença.
- Seu desgraçado... – Grunhi, enquanto o segurava pela camisa e o empurrava na parede.
- Jesus amado. – Ouvi Blair lamentar, mas não me importava.
- Herrera, solta o rapaz agora! – Mandou Chuck, enquanto tentava me puxar. O que me matava, era o sorriso debochado que o tal Kit ostentava no rosto, eu queria socar aquela cara arrogante até que ele ficasse irreconhecível.
- Poncho, larga ele! – Anahí pediu novamente e eu o soltei.
- Você vai defende-lo? Depois do que ele insinuou de você? Então é verdade...? – Perguntei, quase sem voz e olhei. Ela balançou a cabeça, negando.
- Eu não dormi com ele, dormi só na mesma casa que ele. Kit explicou errado, não foi? – Ela perguntou entredentes para ele e ele assentiu. Eu bufei. – Mas fico feliz por você achar que preciso de você pra limpar minha honra. – Falou com sarcasmo. Kit tinha um sorriso vitorioso no rosto e eu cerrei os punhos ao lado do corpo, contendo a vontade de soca-lo.
- Any, agora que o circo todo acabou, você pode me dizer porque você fugiu? Ficou maluca? – Perguntou Dulce, decepcionada. – Quando acordamos e não vimos você na cama, ficamos preocupados. E depois, você levou meu carro, vaca. – Olhei pra Any, pensando que ela estava ofendida, mas ela tinha um sorriso sapeca no rosto.
- Desculpe, mas quando fiquei sabendo de Faith tudo o que eu tinha na cabeça era vê-la o mais rápido possível. – Ela passou a mão pelos cabelos e eu podia ver o cansaço em seu rosto. Anahí trocou um olhar com Dulce e eu cerrei os olhos. Alguma coisa ela não estava me contando.
- Então é você o Alfonso Herrera, que partiu o coração da Anahí. – A voz do Kit soou atrás de mim e eu apenas me virei, com um soco certeiro em sua boca.
- Qual é o seu problema hoje? Jesus Cristo... – Blair perguntou abismada. Anahí e Dulce foram em direção ao Kit, que havia caído no chão. Sacudi minha mão, sentindo um pouco de dor. Foda-se esse cara. Ele não podia chegar aqui falando sobre mim e Anahí como se nos conhecesse.
- Cara, você precisa se controlar. Sua filha está internada, foco. – Chuck sussurrou perto de mim e eu assenti. Ele estava certo.
Recebi olhares maldosos de Anahí em minha direção, mas ela sabia que o bastardo merecia e que se o defendesse na minha, as coisas iriam ficar piores. Eu não o conhecia e nem queria.
- Melhor você tirar esse idiota daqui ou eu não respondo por mim. – Falei, com a voz fria.
- Ele fica. – Me virei pra olhar Anahí, que agora estava sentada do lado dele, limpando o filete de sangue que escorria pela boca com um lenço.
- Como é? – Perguntei incrédulo.
- Eu fico, se ele ficar. Ele é meu amigo e eu preciso que ele esteja aqui comigo. – Ela me deu um olhar, mas logo voltou a atenção ao Kit. – E tire esse sorriso debochado do rosto, se não eu mesmo vou me encarregar de tirá-lo, ouviu? – Ela disse a ele com raiva e ele obedeceu. Eu bufei.
Amigos? A tá. Ele queria me passar a perna, eu podia ver intenções em um homem a quilômetros de distância. Mas ele não iria conseguir.
A madrugada passou devagar e logo que amanheceu o médico voltou, com mais notícias. Ele não parecia tão cansado como nós, mas devia estar acostumado com o movimento. Não tinha uma cara animadora, entretanto. Eu gelei, sabia que eram notícias ruins. Quando acontecem essas coisas, a gente sente, sei lá. É puro instinto humano.
- Sr. Herrera, tenho mais informações sobre a cirurgia da sua filha. – Eu me levantei depressa, me aproximando dele. Logo senti a mão pequena de Anahí, tomando a minha. Me senti um pouco melhor, com ela ali. Ela era minha rocha.
- O que aconteceu? Ela piorou? Eu preciso vê-la doutor... – Implorei, tentando não soar desesperado, mas acho que falhei. Ele suspirou.
- Como lhe expliquei, a cirurgia da sua filha é bem simples, assim como a recuperação. Porém, nós precisamos de uma bolsa de sangue pra repor todo aquele que ela perdeu devido a anemia. Fora que também, podem haver imprevistos na cirurgia. – Ele começou e eu franzi o cenho. Hospital havia estoque de bolsas de sangue, eu mesmo doava sempre que podia.
- Sim, mas isso é simples, não? Vocês têm um banco de sangue pra isso. – Falei, como se fosse óbvio.
- Temos, mas o problema é que sua filha tem sangue O-, o mais raro de todos. Todo nosso estoque foi usado essa madrugada, já que tivemos que atender um acidente de ônibus com muitas pessoas. Estamos sem nada. Eu fiz o pedido pra outro hospital, mas vão demorar mais de cinco horas pra chegar. Precisamos disso agora. – Falou, tentando conter a urgência na voz.
- Eu não posso doar, eu...meu sangue é A+. – Me deixei cair na cadeira, desolado.
- Algum de vocês é O-? – Perguntou o médico, olhando ao redor.
- Eu sou, mas... – Olhei pra Any, com expectativa. – Eu estou com anemia, creio que não vou poder. – Joguei minha cabeça pra trás, já começando a me desesperar. Any apertou minha mão e eu limpei as lágrimas do meu rosto. Ela parecia culpada.
- Infelizmente não poderá mesmo. Alguém mais? – O médico olhou pra Blair e Chuck, ambos negaram. Assim como Dulce, até que...
- Eu posso doar. – Kit falou e eu fechei os olhos, com alívio. – Estou em excelentes condições físicas e em jejum a mais de oito horas. – Completou.
E assim o médico o levou, sem que eu pudesse ter tempo de agradece-lo. Ele estava tentando roubar minha mulher, mas iria salvar a vida minha filha. Eu não era idiota ao ponto de ignorar esse fato. Puxei Anahí pro meu colo e a abracei.
- Por favor, só deixa eu sentir você aqui...Eu preciso disso. – Sussurrei entre os seus cabelos e ela assentiu.
- Irei buscar um café pra todos. – Chuck falou e demos os nossos pedidos a ele.
- Traga algo que Anahí possa comer. – Pedi e ele assentiu, saindo em seguida.
Meia hora depois, estávamos com a barriga cheia e um pouco mais acordados. Fiz Anahí comer um croissant recheado com peito de peru e um muffin de banana. Ela fez careta, mas comeu até mesmo as migalhas com boa vontade. Dulce me jogava olhares atravessados, mas eu não me importava. Kit apareceu na sala de espera e se sentou. Blair gentilmente ofereceu um copo de café e alguns sanduíches que Chuck comprara pra ele.
Eu me levantei e ofereci minha mão. Kit olhou pra mim, sem entender, mas a apertou.
- Obrigado por salvar a vida minha filha. – Falei, sendo totalmente honesto. Ele se levantou e andou alguns passos pra longe de mim, olhando para os quadros da sala, como se fossem muito interessantes. - Tenho uma dívida com você.
- Eu não fiz por você. – Comentou, com a voz baixa. Os olhos das garotas estavam em nós, eu podia sentir. Talvez estavam pensando que iríamos brigar novamente.
- Fez por Anahí? Não importa também... – Disse, mas ele me interrompeu.
- Eu fiz por Faith. – Ele me olhou e eu franzi o cenho, confuso.
- Por Faith? Porque você faria isso por ela? Você nem mesmo a conhece. – Respondi, cauteloso.
- Eu fiz, porque ela é minha filha. – Ele disse lentamente e se virou, me encarando.
Eu ofeguei e no minuto seguinte, acho que desmaiei.
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Deixo pra vocês, essa reflexão de fim de semana! hahahaha
Muitas verdades reveladas nesse capítulo, mas ainda vem mais por ai. Nossa história essa quase no fim, já aviso logo (mas não sei quantos capítulos ainda). Teremos um epílogo, pra fechar com chave de ouro, com certeza. Não deixem de dar a opinião de vocês amoras.
Com amor, Fran.
Autor(a): Lost Graphics
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Aquele dia estava ficando cada vez mais louco. Cada bomba que Alfonso me contou naquele dia, me deixou boquiaberta. Eu nunca poderia imaginar que ele estava passando por tudo aquilo, ainda por cima sozinho. Quer dizer, não tão sozinho, já que ele tinha a Blair e o Chuck, seus ‘primos’ emprestados de Valentine. Eu nunca poderia pensar que a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 210
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Angel_rebelde Postado em 11/04/2018 - 18:38:36
A fic vai continuar os caps no Whatpad agora ? Amooooooooooo essa fic *--* Por Angel_rebelde
Amando Ponny 👯 Postado em 12/04/2018 - 02:38:28
Simmmmmm..vou só postar lá agora :(
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Angel_rebelde Postado em 14/03/2018 - 22:14:17
Owwwwwwwwwwwwwn minha famíliaaaaa *--------* Anny vai finalmente entender q Ponchito na vida dela é indispensável e ficará com ele e Faith pra sempreeeeeeeeeeee o/ Achei linda a ideia das rosas durante 1 mês, é delicado e mostra td q ela significa pra ele. Cooooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
Amando Ponny 👯 Postado em 17/03/2018 - 13:07:00
Ela ficará um pouco confusa no inicio...mas é lindo mesmo *-*
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sahprado_ Postado em 14/03/2018 - 21:47:12
Ai meu Deus tomara que essa ideia do Poncho dê certo!
Amando Ponny 👯 Postado em 17/03/2018 - 13:06:08
Vamos torceeeeer
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Angel_rebelde Postado em 05/03/2018 - 22:12:19
Ooooooooooooowwwnnn que lindoooooooooooos / perfeitoooos / meeeus amoreeees <3333333 Anny cuidando da Faith como se nunca tivesse ficado longe dela durante o tempo que ficou internada <33 Poncho pedindo outra chance !! E a Anny disse SIM !! VIVAAAAAAAAAAAAAAAAAA !!!!!!!!!! Meu AyA está vivoooooooo <333333333333333333333 Coooooooooooooooooooooooonnntt Por Angel_rebelde
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ponnyyvida Postado em 05/03/2018 - 01:43:03
Aí que lindinhosss <3 A Any podia voltar com ele mesmo ;) Continuaaa
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sahprado_ Postado em 27/02/2018 - 13:15:08
Aaaahhh que lindos!! Ameii hahaha
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sahprado_ Postado em 11/02/2018 - 11:35:18
Mas essa fic tá tiro atrás de tiro. E a cirurgiaaa como foi? Socorro.
Amando Ponny 👯 Postado em 27/02/2018 - 08:10:13
Respondida no cap postado! Sorry pela demora. Voltei a estudar ;)
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sahprado_ Postado em 10/02/2018 - 21:12:02
COMO VOCÊ ME JOGA ESSA BOMBA E VAI EMBORA MULHER???
Amando Ponny 👯 Postado em 11/02/2018 - 00:13:54
Caaaaaalmaaaaa mulher, já está postado hahaha
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Angel_rebelde Postado em 10/02/2018 - 20:12:58
Paraaaaaaaa tudoooo !! COMO ASSIM o Kit é pai da Faith ??? :OOOOOOOOOOOOO em choqueeeeee !!! Poncho deu um soco em tanto no Kit kkkkkkkkkkkkkk mesmo assim ele doou sangue pra Faith <333 Anny chorando abraçada ao Ponchito <33 :') Essa história tem q ser esclarecida logo pq afinal de contas um pai teve a vida da filha tirada dele e quem sabe as mentiras q Valentine contou a ele. Coooooooooooooooooooonnntt Por Angel_rebelde
Amando Ponny 👯 Postado em 11/02/2018 - 00:10:46
O soco do poncho foi demais mesmo KKKKKKK Mas como sempre o coumes falpu maos alto. Ja postei o proximo cap ;)
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emily.ponny Postado em 10/02/2018 - 12:29:00
Hã ? Ei volte aqui agora !!!! Como vou curtir meu carnaval com essa bomba na minha cabeça ???? Eita Jesus isso foi forte !!!! Estou em choque
Amando Ponny 👯 Postado em 10/02/2018 - 12:43:29
Eitaaaa, não se preocupe, vou tentar postar mais um esse fds e assim você vai curtir seu carnaval de boa hahahaha Obg por acompanhar <3