Fanfic:  Uma Babá em Minha Vida - AyA | Tema: AyA Ponny CEO Romance Hot

Sabe aquela sensação que você tem que está correndo um perigo e dos grandes? Meu coração batia rápido, tanto que eu sentia meu sangue correndo pelas minhas veias, um calafrio correu pela minha espinha enquanto meu estomago embrulhou quando eu o ouvi.

- Então minha p*utinha, eu achei que fosse aguentar até te levar pra casa mas ao ver você indo ao banheiro rebolando em cima desses saltos eu não aguentei. Eu vou ter você aqui e agora! – reconheci a voz do nojento do Ricardo e não poderia sentir mais pavor, tentei gritar mas uma mão sua tampava minha boca e a outra começou a acariciar minhas coxas subindo até por dentro do vestido. Ele tocou minha intimidade eu gemi de pavor, o doente pensou que eu estava gostando.

O pânico tomou conta de mim, eu tentava me soltar mais o filho da puta era muito mais forte que eu, apesar dos seus 60 e tantos anos ele tinha um porte grande. Eu não percebi que estava chorando até que vi escorrer pela mão dele minhas lágrimas. Ele puxou meu cabelo e meu grito de dor saiu abafado, por favor Deus não deixa ele me estuprar...maldito bastardo!

- Eu sei que você está gostando, se não gostasse afinal não estaria trabalhando com isso né? Mas eu não vou te pagar mais nenhum centavo pelo servicinho extra ouviu, sua puta! – puxou novamente meu cabelo e eu tinha certeza que ele arrancou uma parte com essa gracinha. Ele passou aquela língua asquerosa pelo meu pescoço e o cheirou enquanto eu tentava inutilmente tirar sua mão da minha boca e pedir ajuda.

- Socorro! Por favor, alguém me ajude! – gritei assim que tive a oportunidade e levei um tapa na cara que acabou cortando meu lábio por conta do anel que ele usava. Coloquei a mão sobre meus lábios, eu tremia e precisava pensar com clareza se quisesse sair dali intacta.

- Cala boca sua vadia ou vou te arrebentar ainda mais! – ele gritava, estava fora de si. Suas pupilas estavam dilatadas, quando mais eu sentia medo mais ele gostava, se excitava. Doente!

Me lembrei da minha adolescência morando em um dos bairros mais perigosos de Nova York, das brigas de rua e principalmente das aulas de autodefesa que fiz junto com Dulce e quando ele tentou me agarrar por trás mais uma vez passando aquela mão horrenda pelos meus seios eu simplesmente o deixei pra atacar em seguida.

Para o meu primeiro movimento eu rezei rapidamente em silencio e juntei toda a força que eu tinha, pisei com meu pé direito em cima do pé dele. Ele gritou de dor e assim eu fui para o meu próximo golpe. Cotovelada na barriga. Outro. Puxão no saco. E a cada movimento eu ganhava mais confiança, senti minhas forças aumentarem, eu ia conseguir. Como eu estava mais alta por conta dos saltos eu estava na altura do seu rosto, e assim dei meu último golpe. Cabeçada contra o nariz. Assim que ele caiu urrando de dor no chão, seu nariz não parava de escorrer sangue e eu não me importava se eu também estava suja com sangue dele. Ouvi Ricardo xingando de tudo quanto é nome fosse possível e não perdi tempo pra tentar bater de novo, simplesmente peguei minha bolsa, tirei o spray de pimenta que Dulce havia me dado e espirrei no olho dele. Me afastei correndo, assim daria tempo de sobra pra fugir dali sem que ele fosse atrás.

Sai correndo do restaurante sem olhar pra trás, ouvi Maite gritando atrás de mim mas eu não parava de tremer e correr. Assim que eu entrei no táxi eu relaxei contra o banco, me abracei e chorei. Chorei tanto que não percebi que o táxi havia parado em frente ao meu prédio, entreguei o dinheiro e entrei correndo. Maldito Ricardo! Maldito mil vezes!

Tirando a chave da minha bolsa tentei encaixar na fechadura, deixei cair três vezes antes de conseguir e quando entrei encontrei Dulce assistindo tv no meu sofá. Minha maquiagem estava borrada, meu cabelo despenteado, meu lábio cortado e não havia percebido uma parte do meu vestido rasgado que quase mostrando meu seio e o sangue contrastando com o branco.

Dulce simplesmente se levantou com o rosto horrorizado e me puxou pra deitar com a cabeça no seu colo no sofá. Não consegui falar pra ela que um dos meus clientes quase me estuprou. Eu me sentia tão humilhada... Eu nunca me submeteria aquilo de novo.

- Por favor, eu quero tomar banho... – pedi baixinho pra minha amiga, eu não tinha condições de tomar nem um copo de água sozinha naquele momento.

Ela me acompanhou até o banheiro, me ajudou a tirar meus sapatos e meu vestido. Enquanto ela ajeitava a água, me sentei na tampa do vaso. Minhas lágrimas corriam silenciosas, Dulce me levou até o box. Lavou meus cabelos e me entregou o sabonete e a esponja. As lágrimas misturavam com a água do chuveiro e com o sangue que havia nas minhas mãos, eu me esfreguei tanto até a minha minha pele ficar quase em carne viva e super sensível. Dulce me olhava com piedade, compaixão e pena. Deixei o sabonete cair junto com a esponja, escorreguei pela parede até me sentar no chão do box.

Queria que a água lavasse meu corpo, mas principalmente minha alma. Suja, imunda... puta. Era isso que eu era, era isso que eu merecia. Óbvio que isso não ia acabar bem, onde que eu estava com a cabeça?! Abracei minhas pernas e apoiei minha cabeça em meus joelhos. Eu não podia mais continuar naquele emprego, amanhã eu iria procurar outra coisa. Qualquer coisa iria servir.

- Obrigada – sussurrei pra minha amiga encostada na porta do box.

Ela suspirou e continuou me observando. – Quando você pretende me contar o que aconteceu com você?

Mordi meu lábio, esqueci que havia sido machucado. – Amanhã, pode ser? Não quero me lembrar mais disso essa noite. – Levantei, terminei meu banho e me enrolei no roupão. Dulce saiu do banheiro e me senti grata por ter aquele momento sozinha. Limpei o vapor do espelho e olhei o estrago que o idiota tinha feito. Gemi quando vi meu lábio cortado e inchado, eu tinha um roxo na minha bochecha. Provavelmente do tapa que o desgraçado me deu. Passei a mão levemente, estremeci com a dor.

Sai do banheiro e Dul me esperava no quarto com um anti-inflamatório e um remédio pra dormir. Tomei os dois sem água mesmo, me sentei na minha cama e Dul penteou meus cabelos. O remédio começou a fazer efeito, agradeci pela rapidez. Eu não queria pensar, conversar, eu não queria muito menos sonhar com essa noite.

Adormeci com Dulce fazendo carinho em meus cabelos e graças a Deus não tive pesadelos. Amanhã seria um novo dia...