Fanfic: Unbroken Road | Tema: The Elder Scrolls - V Skyrim
Aalis finalmente chega em casa após dias de viagem atrás de um elmo encomendado por Ulfrick Stormcloack, ela se despediu de Galmar alegando ter que passar por outros lugares, mas a verdade é que sabe que ao entregar o elmo para Ulfrick, ela terá tomado partido na guerra, o que não quer, não agora onde não há nada que a irá beneficiar, em seu pensamento até ousa cogitar em ficar com o elmo para si.
Com a armadura suja de sangue e lama sujando o piso de sua casa, ela deixa suas armas e o elmo pesado feito de ossos de dragão jogadas no hall e volta para fora, o ar frio da manhã da floresta deixa suas bochechas geladas, ela pega uma bacia de madeira grande a amarra na corda e a joga no fundo poço, enquanto puxa a corda de volta lembra-se de alimentar seus animais e sua égua Lucy, que há tempos não a acompanha em suas jornadas, lembra-se que também há um jardim em sua casa, e quando olha para ele se dá conta de que suas flores e plantas estão todas mortas por falta de cuidado, ela ri de si mesma pela ironia de tentar ter uma casa com afazeres comuns quando se é a Dragonborn, a guerreira que absorve a alma dos dragões, os seres que ela mais temia em sua infância quando ouvia as histórias que sua mãe contava, a pessoa que presta favores aos Jarls das cidades e que a vêem como uma heroína. Dentre tantas jornadas e aventuras, neste breve momento de sanidade em sua simples cabana inacabada no meio da floresta ela percebe o que se tornou, percebe que após o incidente ocorrido naquele dia de tragédia e logo depois ter acordado em uma carroça a caminho da morte por ter sido confundida com uma rebelde, percebe que foi um simples incidente do acaso.
Já com os afazeres prontos, ela finalmente se joga em sua cama e agradece por não estar dormindo em algum canto de uma floresta ou caverna qualquer.
Na manha seguinte após comer um mexido de ovos e alho, Aalis lembra-se de que tem uma entrega a fazer, uma espada de nome estranho que havia resgatado em algum lugar, olhando ao redor também se recorda de que necessita de dinheiro. Ela veste-se com um vestido azul claro que estava todo amarrotado em um baú, faz duas tranças finas em seu cabelo branco e as prende na parte de trás da cabeça, pendura a espada em Lucy que ficou alegre por ver que vai sair hoje.
— Vamos à cidade hoje Lucy.
***
O caminho para Whiterun é tranquilo e Aalis faz Lucy correr com tanta velocidade que chega a cidade no fim da tarde enquanto o céu está banhado pelo brilho alaranjado do sol. Ela deixa Lucy no estábulo e segue pela cidade, cumprimentado todos os conhecidos. Entrega a espada para o dono e segue para Dragonsreach receber o dinheiro pela morte de um gigante que matara há alguns dias. Ela recebe elogios de Balgruuf o jarl e algumas conversas burocráticas e mais pedidos de favores mais tarde ela finalmente está livre por hoje e então se encaminha para o The bannered mare.
— Aalis que bom ver você por aqui, já faz uns meses que você não vinha. Diz Hulda de trás do balcão com entusiasmo.
— Ah sabe como é... Complicado.
— O mesmo de sempre?
— Sim claro.
Aalis agradece com um aceno de cabeça e pega sua caneca de hidro mel, senta-se próxima a lareira ouvindo os companheiros cantando “The dragonborn Comes” em celebração a sua companhia. Mesmo ela tendo uma aparência rara e muito bonita os homens que já a conhecem não se atrevem a falar algo mais do que simples elogios, pois conhecem sua personalidade difícil. O que realmente acontece é que por dores do passado ela usa essa aparência dura e sua rispidez com quem tenta se aproximar para defender-se, nunca contou nada para ninguém sobre seu passado e encara a vida que leva hoje como um recomeço errante e desagradável, não queria carregar todo esse peso de herói nas costas, mas já que o assumiu tenta levá-lo sozinha com sua amargura.
Já na quinta rodada de hidro mel Aalis sente seu rosto quente e já não enxerga com tanta clareza, ri de tudo que ouve mesmo não entendendo muita coisa, Aalis levanta-se e pede água para dar um intervalo na tontura, ela percebe que uma sombra corta a luminosidade da fogueira e quando olha ao lado vê a figura de um cara alto, robusto com armadura nórdica a encarando. Suas bochechas ficam vermelhas, mas volta a beber sua água e age como se ninguém estivesse ali.
— Dragonborn. Ele diz a encarando.
— Aalis. Ela responde e bate a caneca no balcão cambaleia para o lado e procura sentar-se o mais rápido para evitar uma queda.
— Você está bem? Ele pergunta.
— Muito bem.
— Posso ajudá-la em algo?
— Você pode me dizer o quer logo e cair fora.
— Muito bem. Constrangido com o tratamento ele se retira.
Com as pálpebras cansadas Aalis tenta resistir à sonolência olha ao redor e percebe que o mesmo rapaz a está observando do outro lado da taberna e então ela percebe o quão ignorante foi com ele que provavelmente não a conhece.
Aalis apesar de ser conhecida por todos e ser forte entre outras coisas, no fundo é uma mulher e tem lá suas fraquezas emocionais e paranoias. Ela também o encara e vê que o rapaz provavelmente é Nord assim como ela e que tem cabelo negro que chega até seu ombro, barba mal feita e torta, quando percebe o que está fazendo seu rosto fica vermelho e ela desvia o olhar porque não consegue esconder sua expressão envergonhada. Ela nota que ele a faz lembra um pouco Farkas, seu antigo companheiro de aventuras por qual ela se sentia um pouco atraída, mas seus esforços em demonstrar algum sentimento não foram correspondidos, talvez esse seja um dos motivos pelo qual ela seja tão amargurada atualmente.
“Hora de ir pra casa” Aalis pensa e quando levanta sente-se um pouco tonta e vai cambaleando até a saída da taberna, subitamente vê tudo preto e antes que seu corpo atinja o chão ele sente-se sendo erguida, faz um esforço para levantar as pálpebras e vê que o rapaz a está carregando, tonta ela começa a dizer coisas sem pensar.
— Não... Precisa eu estou bem...
Ela envolve o braço esquerdo no pescoço dele e com a mão direita toca a barba do rapaz que sorri vendo o estado dela.
— Pra onde você vai me levar?
— Você não vai conseguir voltar pra casa assim... Vai?
Aalis fica em silencio. Já passando pelo poço central de Whiterun um guarda se aproxima e diante da situação pergunta se está tudo bem para Aalis.
— Sim seu guarda tudo bem, ele esta me aju... -Dito isso ela simplesmente desmaia no colo de Kvulsin.
O guarda se aproxima para ajuda-lo, mas Kvulsin o assegura de que está tudo bem e a leva para sua casinha simples fora dos portões de Whiterun.
De manhã quando Aalis acorda e estranha este pequeno cômodo com uma cama simples a alguns fenos jogados ao redor, ela desce a escada e dá-se de cara com Kvulsin que está comendo pão com queijo e chá quente, ele a encara e com um gesto a convida para sentar-se com ele, hesitante ela senta-se e não rejeita a comida.
— O que foi? Ela indaga quando percebe que Kvulsin a encara com certa graça.
— Damas deveriam arrumar seus cabelos antes de saírem das camas.
Com uma careta ela o ignora e continua comendo.
— Aliás, obrigada por ontem, e... ainda não sei o seu nome?
— Então se lembra de tudo? Meu nome é Kvulsin.
— Sim... – Ela faz uma pausa até engolir a comida e pensativa o confronta. – O que exatamente espera agora? Meio que você me ajudou então...?
— Eu gostaria de ser seu companheiro. Ele responde sinceramente.
Ela o olha com certo espanto, esperava qualquer tipo de resposta menos essa, ela reflete sobre o que ele disse por alguns segundos, se lembra de seus antigos companheiros e finalmente fala algo.
— Você sabe o que sou certo? Não acho que seja uma aventureira comum, as coisas das quais eu tenho que enfrentar...?
— Sei exatamente, afinal quem não sabe? Quem nunca ouviu alguma história ou rumores sobre você? Estou disposto a correr os riscos, gosto de aventuras e riquezas, mas não sozinho, é um risco que quero correr, se você me permitir é claro.
Aalis o analisa por alguns minutos, ela gosta da astúcia e coragem do rapaz, mas uma vez ela o encara e ele a faz lembrar-se de Farkas, exceto pelos olhos azuis e brilhantes que estão a sua frente.
— Tudo bem, você pode carregar algumas coisas para mim, será um peso a menos.
Ele faz a mala com seus pertences mais necessários e ela insiste para que ele traga uma bolsa com toda a comida possível na dispensa do rapaz, que se resumia a carne de lebre, algumas frutas, legumes e queijos, isso seria o jantar deles mais tarde já que levaria o dia inteiro viajando em velocidade normal a cavalo. Com os cavalos prontos eles partem para a ainda em construção cabana de Aalis.
Autor(a): xkuran
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Durante a viagem Kvulsin fala mais sobre si para Aalis que ouve calada o tempo todo. - Morei naquela cabana minha vida toda eu acho, aprendi com meu pai a caçar e lutar, eles morreram na noite em que um gigante atacou as plantações, e vivo sozinho desde então. Aalis o olha por uns insta ...
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