Fanfics Brasil - 2 - A primeira palavra de poder Unbroken Road

Fanfic: Unbroken Road | Tema: The Elder Scrolls - V Skyrim


Capítulo: 2 - A primeira palavra de poder

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     Durante a viagem Kvulsin fala mais sobre si para Aalis que ouve calada o tempo todo.


     - Morei naquela cabana minha vida toda eu acho, aprendi com meu pai a caçar e lutar, eles morreram na noite em que um gigante atacou as plantações, e vivo sozinho desde então.


     Aalis o olha por uns instantes se lembrando de que por acaso conheceu os companions os ajudando em um ataque de gigante nas plantações de whiterun, enquanto ela se recorda do ocorrido ele continua falando.


     - Após esse inciddernte eu saí por ai, conheci as terras geladas, algumas das grandes cidades, fui para cyrodiil, acabei vivenciando e conhecendo muita coisa até que voltei para Whiterun e sou um dos pricipais caçadores que fornecem comida para a cidade. Ele faz uma pausa respira fundo e continua. - Mas minha alma anseia por aventuras.


    - E acha que terá isso comigo? Pergunta Aalis.


    - Senão com a Dragonborn, com quem mais?


    Ao chegarem Kvulsin aloja os cavalos no pequeno estábulo recebe a tarefa de pegar água no poço para que Aalis prepare um cozido de lebre com legumes cortados.


    Ao anoitecer eles jantam na mesa perto da lareira juntos.


    — Uma casa muito legal, você a esta construindo sozinha?


    — Quando eu tenho tempo sim, já faz quase um ano que o material está parado. Ela diz e olha ao redor da casa.


    Kvulsin observa cada detalhe da construção e se admira ao pensar que ela tenha feito tudo sozinha.


    — Lendo.


    Aalis era muito inteligente, ela fazia questão de ler e estudar cada livro que encontrara ou ganhara de alguém. Em sua casa à centenas de livros jogados por todo lado. A casa é composta por um hall de entrada onde fica a lareira que aquece o ambiente, um quarto pequeno com uma cama de casal e um baú onde guarda armas dos mais variados tipos e formas, ao fundo o cômodo pequeno que utiliza como banheiro. Aalis continua:


    — Amanhã começaremos uma jornada, tenho alguns afazeres na costa leste.


    Kvulsin percebe pela cara de Aalis que ela não quer falar sobre o assunto então permanece em silencio. Eles terminam de comer o cozido em silencio, Aalis vai ao quarto e volta com uma pele de urso com cheiro de mofo e a entrega para ele, que se instala perto da lareira.


    Deitada ela observa as formas das costas largas de Kvulsin e como as chamas da lareira fazem um contraste de luz e sombra ressaltando os músculos dele que dorme apenas de calção. Ela fica o observando quase que hipnotizada até que ele faz um movimento e vira-se em sua direção, ela fecha os olhos e finge já estar dormindo para que ele não percebesse onde os olhos dela estavam.


    ***


    Desde o momento em que viu Aalis entrar no The Bannered Mare na noite passada, Kvulsin ficou impressionado com a beleza e aparência singular de Aalis, o que chamou a atenção dele não foi só a aparência, mas algo que ele não sabia ao certo identificar seria a aura raivosa que ela transmitia, ou seria o rosto delicado? (até que ela abrisse a boca ou fizesse alguma careta). Foram algumas horas observando ela se embebedar, distante vendo as altas gargalhadas que ela dava, ele queria saber com quem iria ter que lhe dar. Quando ela se aproximou do balcão e ficou distante dos outros beberrões ele viu o momento perfeito, mas ela o tratou com arrogância, algo que não está acostumado, pois as mulheres que ele encontra geralmente se jogam a seus pés. Ele estava ali para cumprir uma missão, e tinha que achar um jeito de cativá-la para que sua missão se concretizasse, como o bom mulherengo que sempre foi mesmo ela tendo o tratado com rispidez, ele soube a identificar e viu seu interior frágil, e era esse ponto que ele acertaria.Percebeu que Aalis o encarava do outro lado da fogueira minutos depois ela levanta e ele decide ir atrás dela, uma nova tentativa não custaria nada a ele, quando ela cai de bêbada perto da saída ele a segura e aproveita o momento certo para executar seu plano.


      Agora ele está aqui ao lado dela organizando flechas e afiando espadas, separando mantimentos enquanto ela coloca alguma armadura no outro cômodo da casa. Passado meia hora ela finalmente sai do cômodo com a Nightingale.


     —Nightingale? Ele pergunta.


     - Sim, e mais um monte de coisas. Ela não gostava de sair falando sobre si mesma, então para a frase por ai.


    Aalis coloca a mascara e o capuz negro, assim deixando apenas seus olhos castanhos a mostra, ela começa a caminhar tranquilamente enquanto ser equipa colocando o arco e aljava nas costas, no cinto prende uma espada mediana e a adaga, na pequena bolsa ela conta as poções e remédios que estavam ali e a prende no cinto, feito isso ela suspira e sem olhar para Kvulsin diz.


    — Vamos?


    Ele acena que sim e partem, ma se questiona por ela optar em não cavalgar então pergunta.


    — Algo contra os cavalos? Ainda sem olhar para ele ela o responde.


    — Em minhas viagens aparecem dragões, trolls, lobos, ursos enfim... Já cansei de enterrá-los.


    Mesmo que ela seja forte, muitas vezes não consegue derrotar o inimigo antes que com apenas um golpe mate aquilo que está a sua volta, e é esse o medo que ela está sentindo agora, perdida em seus pensamentos, ela tem medo que esteja levando outra vida à beira de um precipício, ela tem medo de não conseguir chegar antes do inimigo para proteger Kvulsin, ela tem medo de perder mais alguém, mesmo que não seja alguém realmente próximo a ela, na verdade medo de sujar as mãos com sangue de inocentes.


     ***


    O caminho é longo e após milhares de quilômetros e horas andando eles estão longe de casa e cansados, a lua está alta e brilhante, eles resolvem parar para descansar e aproveitar que ainda estão em terreno tropical.


    Com o fogo acesso brilhando em meio à imensidão da escura floresta eles comem em silencio se atentando a qualquer som que não seja o da boca deles. Exaustos fazem turnos para descansarem, primeiro o caçador Kvulsin fica de guarda enquanto Aalis dorme tranquilamente. Com o pequeno brilho da fogueira o caçador observava  Aalis dormindo, a única coisas que conseguia pensar era em como ela é linda, seus cabelos brancos presos em um rabo de cavalo o que facilitava ver os detalhes de seu rosto, ele chega mais perto dela tomando cuidado para não acordá-la e percebe pela primeira vez as sardas espalhadas por todo o rosto dela, ele estava ali admirando os lábios fartos com a luz oscilante da fogueira e pensava sobre o tanto que queria realmente conhece-la, saber  quem é este ser tão forte, mas com essa aparência tão linda e frágil, ele volta para a arvore onde estava encostado quando lembra do verdadeiro motivo de estar ali.Aalis acorda o caçador quando vê o brilho alaranjado do nascer do sol no horizonte, eles desmontam o acampamento se equipam novamente e dão continuidade a caminhada longa.


     Pântano, Floresta e agora neve, eles tem dificuldade em andar pelas montanhas, principalmente o caçador que por ser mais pesado acaba afundando os pés na neve o tempo todo, Aalis para e pede silencio, ela houve um rugido fino que se aproxima “-Um troll?’ ela pensa “ – Não é algo mais rápido!” se atentando para saber de onde ele estaria vindo ela saca o arco e deixa a flecha na posição de disparo enquanto diz para Kvulsin:


     — Prepare-se.


     O tempo de Kvulsin sacar a espada e seu escudo foi suficiente para o Tigre dentes de Sabre saltar em direção a eles, mas é pego com uma flecha em seu pelo no meio do peito o que faz seu salto falhar e ele cai na neve quando levanta-se pronto para atacar novamente Aalis toma folego e solta na direção do Tigre:


     — FUS – RO – DAH!


     O tigre e uma boa parte da neve voam para longe com o grito e Kvulsin se impressiona ao ver um “grito de poder” pela primeira vez “Essa força toda vem de dentro dela?” ele pensa, mas já se prepara para um golpe no tigre que esta correndo na direção deles novamente. Aalis atira mais duas flechas, mas o tigre não para apesar de estar com sangramentos onde as flechas o atingiram, quando o tigre esta perto o suficiente para dar um salto e estraçalhar aquela que ainda atira flechas nele, Kvulsin se joga na frente de Aalis e com toda sua força enfia a espada no pescoço do tigre que rapidamente perde toda sua força e cai ao chão ainda com alguns espasmos de vida.


    Aalis acena com a cabeça como se o estivesse agradecendo e soltando um suspiro de tranquilidade e colocando seu arco nas costas, eles recolhem a carne do animal para se alimentarem mais tarde.


    Mais algumas horas de caminhada pela frente eles acham uma abertura de rochas em meio à neve, onde provavelmente deveria ser o esconderijo do tigre que eles mataram horas atrás. Aalis tira da bolsa que carregava pequenos gravetos e alguns bilhetes e cartas que sempre chegam a ela, cava um pouco a neve, faz um pequeno circulo com as pedras que encontra ao redor, joga os gravetos e papéis que tem no meio e rapidamente solta um pequeno jato de fogo com as mãos, Kvulsin olha atentamente enquanto se aproxima da fogueira para se esquentar e isso desperta ainda mais sua curiosidade.


    — Quantas magias você sabe aproximadamente?


    — Algumas.Aalis responde rapidamente.


    Não satisfeito o caçador desata a falar como uma criança entusiasmada.


    — Aquilo que você fez foi incrível, o tigre voou para longe e metade da neve também, só tinha ouvido histórias, mas ver com os próprios olhos, é impressionante.


    Ela tenta ignorá-lo e continua a fazer sua tarefa de assar a carne do tigre na fogueira, mas ela percebe o olhar insistente do caçador a fitando, ela solta um suspiro que mais parece uma lamentação.


    — Quer que eu solte em você?


    Kvulsin permanece em silencio a encarando, ela revira os olhos e continua.


    — Shout... É uma das coisas que eu ganho quando a alma do dragão “vem pra mim”, é “absorvida” “invade meu corpo”, ou como quiser chamar. Ela explica fazendo gestos irônicos com a mão.


    Ele percebe que ela não quer conversar, e apesar de continuar curioso em relação a tudo referente a ela, se contenta com o fato de que vai acabar descobrindo mais cedo ou mais tarde.



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Autor(a): xkuran

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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