Fanfics Brasil - 3 - O Vampiro Unbroken Road

Fanfic: Unbroken Road | Tema: The Elder Scrolls - V Skyrim


Capítulo: 3 - O Vampiro

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Os Nords tem resistência a baixas temperaturas, e mesmo assim estava sendo difícil para os dois lidar com a nevasca que dura desde a noite anterior, andando cambaleantes por afundarem seus pés na neve eles seguem  se esgueirando na parede da montanha fria, bem a frente de Kvulsin está Aalis que consegue se mover melhor por sua armadura ser mais leve, tudo o que ele vê é branco, o pouco do céu é cinza e o borrão preto que é Aalis. A cada 30 minutos ele ouve o estrondo de Aalis pronunciando seu Thu’um.


—LOK-VAH-KOOR ! (Clear Skies).


O que reduz a nevasca por uns minutos, mas o grito da dragonborn não está sendo mais forte do que a nevasca. Umas duas horas de caminhada eles finalmente chegam à entrada da caverna. Ele para ao lado de Aalis que parece estar olhando com cara feia a podridão que está a frente, cabeças de ratos e lobos degoladas, sangue e ossos espalhados, alguns símbolos de magia negra entalhados nas rochas  e outros feitos com sangue.


— Eles não querem visitantes. Diz Aalis como se estivesse avisando Kvulsin, e logo em seguida entra na caverna escura e gélida.


 Assim que passam pela entrada, eles percorrem um corredor estreito, de terra e rochas mal cavadas. O cheiro de carcaça é forte, e quanto mais longe da entrada, mais escuro fica. Aalis faz uma magia que libera uma luz e continua andando silenciosamente e sem olhar para Kvulsin ela sussurra.


— Estou a procura de um vampiro, muito cuidado pois deve haver muitos servos... E também vim à procura de um livro muito raro que deve estar com esse ser.


— E você espera para me dizer sobre isso logo aqui dentro! Pois bem, vamos em frente eu não tenho medo. Sussurra Kvulsin em resposta para Aalis que desconfia da confiança em sua voz.


Kvulsin sente-se desconfortável ao saber que Aalis não é la de se conversar e ainda parece não ter confiança nenhuma nele. “–Paciência, paciência.” Ele diz para si mesmo enquanto vê Aalis colando as costas na parede da caverna, apagando a magia de luz (Magelight), e sacando o arco. Kvulsin a acompanha ficando na retaguarda para dar cobertura, Aalis espera o silencio absoluto e com sua audição aguçada escuta vozes saindo do próximo salão da caverna.


Três necromantes que conversam sobre algo de seu mestre, Aalis faz um sinal para que Kvulsin fique parado onde está e com seus passos imperceptíveis segue para a abertura do corredor onde já consegue ver claramente uma mulher sentada comendo pão, a sua frente um jovem rapaz e um em pé ao lado da fogueira aquecendo as mãos um homem mais velho, todos com seus mantos escuros e o desenho da caveira na região do tórax.


Há pouca luz, mas acertar a flecha no meio da testa do necromante mais velho não seria problema, nunca foi, mas Aalis não está mais sozinha e não pode ser descuidada, não pode arriscar matar um dos três e o outro lançar uma estaca de gelo ou uma bola de fogo bem na cabeça de Kvulsin. Ela procura na aljava uma das três flechas daédricas que trouxe, posiciona o arco esticando ao máximo, e ao fazer a mira ela inspira fundo e consegue ver os movimentos em câmera lenta, quando solta o ar a flecha vai junto atravessando o crânio do necromante mais jovem e fixando-se na testa da mulher sentada a sua frente. Com o susto o necromante mais velho começa a soltar chamas pelas mãos da direção da abertura do salão. Aalis recua para não se queimar, prepara agora uma flecha élfica, mas o necromante se esconde atrás de um pilar.


Ao ver que Kvulsin saca o escudo e se adianta para avançar no necromante, Aalis rapidamente pronuncia o Thu’um.


— Wuld - Na! (Whirlwind Sprint)


Com apenas duas palavras do shout ela percorre o salão da caverna ficando ao lado do pilar onde o necromante se escondia, sem tempo de desembainhar sua espada antes que as chamas do necromante a queimasse, ela conjura um machado que aparece rapidamente em sua mão e degola a cabeça do necromante.


Enquanto o corpo sem vida cai no chão o machado roxo some no ar, Aalis se ajeita e olha para Kvulsin, que está com uma expressão indecifrável para ela, já que ele mesmo tenta entender o que aconteceu. Na verdade ele entende muito bem.


— Muito bem Dragonborn, impressionante as suas habilidades. Ele indaga em tom de voz um pouco alta, mas quase que sarcasticamente.


— Fale baixo, há mais deles por ai. Ela diz em tom de autoridade enquanto retira a flecha daédrica ainda inteira da testa do necromante.


Enquanto guarda a flecha em sua aljava Aalis pensa e se obriga a relaxar, ela não sabe o que, mas há algo em Kvulsin que ela gosta, e o fato de já haver muito sangue em suas mãos a faz ter arrepios só de pensar que algo possa acontecer com ele. Ela se obriga a relaxar e deixa Kvulsin tomar a frente enquanto ela vai à retaguarda distraída pensando nas mortes que aconteceram por sua causa e a atormentam até hoje. Malborn, Alvor, Lydia foram companheiros e amigos que ela não conseguiu salvar, que morreram enquanto a estavam ajudando por problemas dela e não deles. Enquanto andava perdida em seus pensamentos mal percebe que Kvulsin estava travando uma batalha com uma necromante que soltava cargas elétricas ferozmente, Kvulsin as impedia com seu escudo. Aalis saca sua espada e se prepara para avançar, o que não é necessário já que Kvulsin rapidamente atira uma adaga que se aloja no pescoço da necromante a fazendo cair no chão sufocando sem ar. Ele olha para Aalis como se dissesse que ele pode cuidar de si mesmo, mesmo que de sua boca não saia nada.


Um, três, dois, cinco, todos esses grupos de necromantes mortos, uma verdadeira carnificina da qual Aalis já está cansada e irritada o suficiente para querer arrancar a cabeça do Vampiro com as próprias mãos, o que não estava muito longe de acontecer já que o mesmo acabara de entrar pela porta enquanto Aalis limpava seus olhos sujos de sangue.


— HAHAHA ! Incrível Dragonborn, estava a sua espera, já que esse meros mercenários podres não alimentaram minha sede, quem dirá meu poder, agora espero mais de você grandiosa Dragonborn ! HAHAHA. Diz o vampiro enquanto entra pela porta e chutando os corpos espalhados por seu caminho.


Aalis presta atenção ao redor e repara nos corpos mutilados jogados ao chão, provavelmente dos mercenários que antes tentaram conseguir a cabeça do Vampiro que valia uma boa quantia de recompensa. Com a fúria crescente dentro de si ela decide que deverá acabar com isso o mais breve possível.


— Seu miserável, vou arrancar sua cabeça com minhas próprias mãos!


O vampiro não espera Aalis terminar de se pronunciar e já lança uma magia onde todos os corpos mortos agora se levantam, não com vida, mas como se fossem zumbis e eles atacam Aalis e Kvulsin, ela sabe que os zumbis cairão facilmente se seu mestre cair então decide deixar Kvulsin lutando contra os zumbis e parte para cima do vampiro.


— IISS-SLEN-NUS ! (Ice form)


Ela usa o shout na esperança de paralisar o vampiro, mas ele desvia o que dá tempo para que ela se aproxime do vampiro que agora não está mais rindo, e sente a baforada de ódio de Aalis, o vampiro suga a vitalidade de Aalis, mas ela ri debochadamente do vampiro.


— Diga-me o quanto de vida e força você acha que tenho?


Já percebendo sua morte o vampiro insiste em tirar vitalidade da dragonborn esperando que ela caia sob fraqueza, mas isso não acontece.


— Esperava que você fosse forte, mas é algo além de minha compreensão, ninguém até hoje agüentou ser sugado por tanto tempo, você deve ter um gosto maravilho... huh !


As palavras do vampiro são interrompidas, pois uma das mãos que tentavam sugar a vitalidade de Aalis caem no chão, o vampiro olha sua mão caída e o sangue que não para de escorrer, então sua outra mão também cortada cai e mais sangue cobre o chão, ele olha perplexo para Aalis que com expressão de ódio solta sua espada e enfia sua mão direita no peito do vampiro arrancando seu coração, o corpo imóvel do vampiro cai e todos os zumbis restantes também caem ao mesmo tempo.


Aalis tenta se recompor e briga consigo mesma para evitar deixar a raiva dominá-la, ela sente-se incomodada com a carnificina que acabara de acontecer ali, e é trazida de volta de seus pensamentos quando Kvulsin todo ofegante lhe dá um tapinha os ombros, pegando a espada de Aalis caída no chão e se dirigindo ao corpo do vampiro.


— É só levar a cabeça agora... não é? Aalis acente com a cabeça e tenta se recompor.


***


Eles continuam na caverna agora mais a fundo, o silencio é tão presente que eles ouvem os próprios passos ecoando pelas paredes. Tumbas e corpos em decomposição encontram-se por todos os lados, Aalis sabe bem que significara estes sinais.


— Finalmente!


Aalis diz e se encaminha para a cripta onde encontra um baú que contem o livro que o velho Uraggro-Shub a pedira meses atrás.


— O velho deve estar cansado de tanto esperar. Ela comenta.


Ao terminar a frase e olhar para Kvulsin ela percebe que ele está de costas para o trono onde um Draugr que agora está erguendo o braço silenciosamente para degolar Kvulsin com seu machado.  Aalis arregala os olhos e o tempo é curto demais para que ela o alerte e simplesmente pronuncia.


— Wuld Na Kest! – O shout de velocidade completo que impulsiona Aalis de forma que ao esbarrar em Kvulsin o joga para longe assim tomando o lugar dele, mas o curto intervalo de tempo não deixa Aalis se proteger e nem sequer pensar em usar outro shout pois o braço do Draugr desce em disparada e acerta o machado o cravando na costela de Aalis.


O machado do Draugr crava-se tão fundo no corpo de Aalis que o próprio tem dificuldades para tirá-lo de lá, o que dá tempo para que Aalis possa conjurar seu próprio machado e acabar com o Draugr, mas ela não o consegue devido a perca de sangue e dor que sente, ela fecha os olhos para se concentrar e tentar mais uma vez já que a dor não a permite fazer o movimento necessário para desembainhar sua espada. De repente não sente mais o peso do Draugr sobre seu corpo, ela abre os olhos e vê que Ksulvin enfiara sua espada pelas costas do Draugr atravessando seu peito, o corpo do zumbi cai no chão e Aalis também.



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Autor(a): xkuran

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Aalis acorda sentindo dor extrema ela passa a mão sobre o ferimento e percebe que foi coberto, mas que continua a sair muito sangue. Olha em volta até onde a luz da fogueira a deixa ver e percebe que está na floresta, ela se questiona em como foi parar ali, com certeza esta muito distante da caverna e se pergunta onde está Kvulsin, que não ...


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