Fanfics Brasil - Capítulo 21 Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA]

Fanfic: Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 21

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Os brincos de turquesa, apesar de pequenos, pareciam dominar toda a vitrine, apagando o brilho das outras peças. Meu olhar se encontrou com o de Dulce, e um misto de esperança e apreensão dominou a nós dois.
Voltei-me para Breno, que havia se levantado e se aproximava do mostrador, interessado.
— Onde conseguiu estes brincos? — perguntei a ele.
— Qual deles? — Ele me entregou o envelope cheio de notas antes de examinar a vitrine.
— Os de turquesa.
— Ah! Uma garota vendeu para mim agora há pouco. Querem que eu tire daí para vocês darem uma olhada?
Maite estivera ali?! Naquele mesmo dia?!
— Como era a garota? — exigi saber.
— Humm... morena, estatura mediana, e tinha os olhos azuis mais impressionantes que eu já vi. Parecia uma boneca.
— Se parecia com essa jovem? — peguei um dos cartazes debaixo do braço e dei a ele.
Depois de uma rápida olhada, Breno assentiu.
— É ela, sim. O cabelo estava diferente, mas é ela. Tenho certeza.
— Ai, meu Deus! — Dulce exclamou.
— Senhor Breno, sabe como podemos encontrá-la? Ela disse onde estava hospedada?
— Por que querem saber? — Ele olhou de Dulce para mim algumas vezes, sua expressão se tornando cautelosa.
— Porque esta jovem é minha irmã. — Indiquei o retrato. — Maite está desaparecida desde ontem. Estamos procurando por ela, mas tudo o que conseguimos descobrir até agora é que ela passou mal, foi levada para o hospital e tirada de lá por alguém que mentiu ser da família.
— Nossa, que coisa horrível, cara.
— Sim, é. Estou doente de preocupação. Seria de muita ajuda se o senhor pudesse nos dizer tudo o que conseguir se lembrar sobre a moça que lhe vendeu este par de brincos.
— Está certo. — Ele concordou com a cabeça. — Mas ela não deixou nenhum contato. Apenas me vendeu os brincos e foi embora.
— Sozinha? — indaguei.
— É.
— E como ela estava? — Dulce quis saber. — Parecia triste?
Ele coçou a cabeça.
— Bom, deixa eu ver... Ela foi educada como eu nunca vi igual. Um português tão correto que fiquei até com medo de dizer alguma besteira perto dela. Não parecia triste, não. Parecia... uma princesa.
— E estava vestida como uma princesa? — indagou Dulce.
— Mais ou menos. Ela usava jeans e uma camiseta preta do AC/DC. Estava bem bonita. Com todo o respeito — ele adicionou, dirigindo-se a mim.
— Isso eu queria ter visto. — Uma risada um tanto histérica escapou dos lábios de Dulcee enquanto eu me perguntava que diabos poderia ser AC/DC.
— Notou se minha irmã parecia assustada ou coagida? Por que ela lhe vendeu os brincos? — eu quis saber.
— Não sei, cara. Não pergunto por que as pessoas estão vendendo suas antiguidades, apenas compro. E ela parecia um pouco assustada, sim, mas um tanto deslumbrada também.
Diabos, aquilo não estava nos levando a lugar algum.
— Maite parecia bem? — questionei, por fim.
— Parecia, sim. Um pouco deslocada, mas não parecia estar sendo maltratada.
Soltei uma pesada expiração. Isso era tudo o que importava.
— Senhor Breno, teria a bondade de nos avisar caso ela retorne? Pode usar estes números — apontei para o conjunto no rodapé do retrato. Ele devia saber o que fazer com eles.
— Sim, claro. É uma pena que não tenham chegado aqui meia hora antes.
Teriam cruzado com ela. Mas pode deixar. Se ela voltar, eu ligo pra vocês.
— Obrigado. Quero comprar estes brincos.
Dulce não ficou nem um pouco surpresa, o oposto de Breno, mas ele separou os brincos sem fazer perguntas. Depois de pagar pela compra, levei ao peito o envelope com o dinheiro para então lembrar que não usava paletó. Guardei-o no bolso da calça apertada, com os brincos, e guiei Dulce para fora da loja, apressado.
Diabos, Maite estivera ali havia pouco. Estivera perto o suficiente para que pudéssemos encontrá-la. Talvez ainda estivesse.
— Não acredito nisso! A gente quase a encontrou, Ian! — disse Sofia ao pisar na calçada. — Por que ela vendeu os brincos?
— Não sei, meu amor. Talvez pela mesma razão por que eu vendi as moedas.
Mas isso não importa agora. Se ela esteve no antiquário faz menos de meia hora, ainda pode estar por perto.
Dulce arregalou os olhos, procurando em volta.
— Ai, meu Deus! Estamos perdendo tempo! Vamos perguntar por aí!
Dulce usou o celular para contar a Nina o que havíamos descoberto. Ela e o marido se dirigiram para as redondezas para nos ajudar a procurar.
E nós procuramos. Andamos por todas as ruas próximas ao antiquário, questionando todas as pessoas que se dispuseram a parar por um minuto e ouvir o que tínhamos a dizer. Não, ninguém tinha passado por Maite, mesmo que Dulce tenha descrito suas roupas como se realmente a tivesse visto.
— Acho que ela já deve ter ido embora — Dulce comentou, desanimada.
— Não vamos desistir agora. Podemos pensar em uma alternativa.
— Tipo o quê?
Um panfleto colado ao poste capturou meus olhos. “Trago a pessoa amada em três dias.”
— Já tentamos isto? — apontei para o cartaz.
Dulce o examinou e me puxou para o outro lado.
— Não dessa vez. Confie em mim, não funciona. Eu tentei da outra vez e tudo o que consegui foi perder cinquenta paus. Nenhuma dessas supostas videntes é...
— Dulce, é você? — alguém chamou.
Ela se virou. Um jovem trajando uma roupa respeitável a fitava, embasbacado.
— Bruno! — Dulce falou, surpresa, porém não muito contente.
— Caramba, não te vejo faz um tempão! Nunca mais soube de você desde que terminou a faculdade e começou a trabalhar. Como é que tão as coisas? Tem visto o pessoal da faculdade?
Dulce sorriu. Um sorriso que poucas vezes eu vira em seu rosto, exceto quando ela falava com a senhora Albuquerque. Ela não apreciava a companhia do sujeito. Isso era bom; me pouparia o trabalho de ter de me desculpar, pois, se ele não parasse de olhar para ela como se tivesse acabado de encontrar o Santo Graal, eu lhe sovaria a cara como uma massa de pão.
— Hã... Não, não vi ninguém. Eu não moro mais aqui, estou só de passagem.
Foi... hummm... uma surpresa te ver. Tchau, Bruno.
— Ah, minha linda, mas nós nem trocamos duas palavras ainda... — Ele esticou o braço para tocar no ombro dela.
— Creio que ainda não fomos apresentados — eu me adiantei, interpondo-me entre eles, e o encarei. O rapaz recuou um passo, a mão estendida caindo ao lado do corpo.
— Ah... Não sabia que vocês estavam juntos. Achei que só estivessem de papo.
— Você se enganou. — Esse é o meu marido, Christopher. Christopher, esse é... um colega dos tempos de faculdade.
Escuta, Bruno, será que você viu essa menina? — Dulce pegou um dos retratos que eu carregava e mostrou ao rapaz, mas ele mal olhou.
— Você tá casada, Dulce? Sério? Que coisa mais antiquada.
— Você viu essa garota? — ela perguntou, impaciente.
Ele franziu a testa e se dignou a olhar o retrato.
— Não vi, não. Uma pena, porque ela é lindinha, hein? Quem é?
Dulce revirou os olhos e me pegou pela mão.
— Tchau, Bruno.
Começamos a nos afastar, andando meio sem rumo. Quando já estávamos longe o suficiente, a curiosidade me venceu.
— Quem era ele?
— Um ex-namorado. — Ela soltou um suspiro pesaroso.
Olhei por sobre o ombro, medindo o homem de paletó e gravata. Bruno se vestia adequadamente. Mas não era nem baixo nem alto, o cabelo tinha aquela cor de pelo de rato e a cara não era muito melhor. Um sujeitinho esquecível, eu diria.
E na verdade era melhor que eu me esquecesse dele mesmo, ou ficaria tentado a desferir alguns bons murros em sua cara de camundongo. Eu estava ciente de que Dulce tinha um passado. Praticamente desde o primeiro instante ela tinha deixado isso claro, e eu estaria mentindo se dissesse que saber que outros homens a tocaram não me deixava louco. Toda vez que eu pensava nisso, a ideia de pegar minha pistola e sair à caça desses bastardos se tornava mais e mais atraente. E por essa razão eu fazia todo o possível para não pensar no assunto. Nunca!
No entanto, um homem pode ficar tentado quando deixa de imaginar os rostos que gostaria de amassar e os vê bem a sua frente, em carne e osso.
A risada de Dulce me trouxe de volta.
— O que é tão engraçado? — eu quis saber.
— Bem, estamos aqui procurando a Maite e o mais perto que chegamos foi encontrar os brincos dela. Agora, um ex aparecer bem na minha frente numa cidade desse tamanho? Supernormal... — Ela sacudiu a cabeça.
— A ironia também não me escapou.
Subitamente, uma terrível dor de cabeça, como se eu tivesse levado uma paulada, me fez ver estrelas. Tateei às cegas, buscando apoio.
— Christopher! — Dulce me segurou, passando os braços ao redor de minha cintura.
— Estou bem. — Mas algo sacudiu meu cérebro, um coice que me fez cambalear.
— Você não está bem!
Forcei-me a sorrir. Diabos, minha cabeça parecia prestes a explodir.
— Estou, sim, Dulce. Não há nada errado comigo.
No entanto, enquanto eu olhava para ela, um reluzir dourado incidiu em meus olhos, fazendo-me trincar os dentes. Do outro lado da rua, um cavalheiro conferia as horas em um relógio de bolso de ouro. Seu traje era tão comum para mim quanto as roupas que eu vestia agora eram para Dulce. Aquele homem não combinava mais do que eu com aquela cidade.
Subitamente, como se sentisse que era observado, ele ergueu o rosto, o olhar me encontrando. Uma larga cicatriz próxima à testa ficou evidente sob a aba do chapéu. Seu queixo subiu alguns centímetros, como se me cumprimentasse.
Devolvi o gesto, pois, pela maneira como ele me estudava, parecia me conhecer.
Então esticou o braço, como se apontasse para mim.
O ruído afiado me fez desviar os olhos dele. Um daqueles carros coletivos — ônibus, se eu não estivesse confundindo o nome — parado junto à calçada começou a se movimentar lentamente. Era inacreditável. Enquanto uma diligência transportava sete ou oito adultos no máximo, aquele veículo podia facilmente acomodar trinta pessoas sentadas, e outras tantas em pé.
O sujeito tocou a aba do chapéu em um cumprimento, antes de desaparecer dentro do ônibus. Eu o procurei no interior do veículo, mas isso se tornou impossível, pois havia muitas pessoas em pé. Uma delas, porém, com a cabeleira negra como carvão, atraiu meus olhos. Eu não podia vê-la por completo, mas tive acesso a seu perfil e ao inconfundível nariz arrebitado que herdara de Alexandra Uckermann.
— Maite?




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Autor(a): Fer Linhares

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— Quê...? — Dulce disse, desprendendo-se de mim.Não havia como confundi-la com outra pessoa. Eu acompanhara cada mudança em seu perfil nos últimos quinze anos. Dezessete, corrigi depressa.— Ali, Dulce! Maite! — gritei.Dulce se virou para onde eu apontava, os olhos arregalados, um sorriso abobalhado de início ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • tahhvondy Postado em 14/02/2017 - 17:51:28

    nossa simplismente amei!cada um dos livros maravilhosos essa historia e incrível que não tem como não ser apaixonar por ela o amor deles e lindo o Christopher e mt fofo vou sentir saudades dessas confussões deles

  • GrazihUckermann Postado em 13/02/2017 - 19:10:55

    Eu AMEI! não sei qual dos livros foi o melhor. obrigada por postar essa história incrível, essa história é muito linda. Christopher é muito fofo <3 O amor deles é incrível. Quando ele a esqueceu ele se apaixonou por ela de novo, e eu tive que me segurar pra não chorar nessa parte s2 Fiquei feliz com o final da Madelena e do Seu gomes. Espero que tenha outro Baby vondy no livro da Maite, dessa vez tem que ser menino kkjk e não terá um nome melhor que Alexander para dar ao menino neh?? Estarei na próxima fanfic com você, comentando em todos os capitulos. Tchau. um diaa eu volto para ler de novo. (Acho que não demora muito, por amei a história e quero muito ler de novo) s2

  • tahhvondy Postado em 13/02/2017 - 10:57:28

    ai já ta acabando que triste mas ainda bem q vx consequiu baixa o da Maite

  • GrazihUckermann Postado em 10/02/2017 - 20:35:51

    Continuaaaaaaaaaaaaa! s2

  • tahhvondy Postado em 09/02/2017 - 11:28:34

    chequei continua por favor

  • GrazihUckermann Postado em 09/02/2017 - 09:49:37

    Continuaaaaa! s2

  • GrazihUckermann Postado em 07/02/2017 - 16:32:39

    FINALMENTE! CONTINUAAAAAAAAAAAAAA s2

  • GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:08:32

    T-T

  • GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:02:21

    Caraca essa confusão me deixou confusa kkkjk quando ele esquecer ela, ele meio que vai sumir?? vai aparecer no século dezenove como se nada tivesse acontecido?? é isso? não entendi kkkjk Continue mulher, não me deixe ansiosa! s2

  • GrazihUckermann Postado em 05/02/2017 - 22:21:37

    ai me deus!!!! CONTINUAAAAAA T-T


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