Fanfic: Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy [Adaptada]
Acontecera em uma bonita tarde de outono, o que não me parecia justo.
Estávamos dançando sob a sombra do cedro onde a estrada faz a curva, sua máquina do tempo fornecendo a música. A mesma canção que Dulce cantara para mim logo depois que fizemos amor pela primeira vez.
Ela tentava me ensinar a dançar de acordo com seus costumes, e fiz o melhor que pude, apesar de perturbado com a presença daquela máquina misteriosa.
— Agora, um de cada vez — instruiu ela, começando a balançar. A lateral de sua testa descansou em minha bochecha, seu corpo se colou ao meu de alto a baixo.
Eu sentia tudo e ao mesmo tempo não sentia nada abaixo do pescoço. Como se meu corpo estivesse ligado ao dela.
— Gosto desta dança — sussurrei em seus cabelos. — Gosto muito, realmente.
O sol se punha no horizonte, tingindo o céu de rosa, laranja e lilás, pássaros cantavam na copa da árvore e até mesmo Storm se aquietara. Eu a segurei com mais força, e Dulce deixou escapar um resmungo que era mais um suspiro contente que uma censura. Não poderia haver momento mais certo que aquele.
Então endireitei os ombros, respirei fundo e me coloquei na beirada do precipício.
— Dulce, tenho que falar com você. Pretendia ter essa conversa depois que o baile terminasse, mas as coisas não saíram como eu esperava.
— Tudo bem. Tem algo errado?
— Sim... e não. — Eu me fartara de seu corpo como um refugiado no deserto noites antes, mas seu dedo ainda permanecia nu. Esse era o problema.
— Não entendi, Christopher.
— Você sabe como me sinto, não sabe? Com relação a você?
— Acho que sei. — Mas não parecia estar certa disso.
— Eu a amo, Dulce. Vou amá-la para sempre. Não tenho mais escolha. Mas acho que você deixou bem claro que me odeia — tentei brincar.
Depois de fugir do baile, eu a tinha encontrado encharcada e fria naquele mesmo local. Ela brigara comigo, mandara-me embora, afirmara me odiar por eu não ter acreditado que ela tinha vindo do futuro.
— Você sabe que eu te amo. Loucamente. Desesperadamente. — E seu olhar também me dizia isso.
Fechei os olhos, saboreando as palavras, e deixei minha testa se colar à dela. Meu coração batia rápido, cavalgava, zumbindo em meus ouvidos tão alto que eu já não conseguia ouvir a canção que nos embalava.
— Então... — Tomei coragem. — Vamos imaginar por um momento que você possa ficar aqui, se quiser.
— Tudo bem.
— E que quisesse viver aqui para sempre... — Ah, diabos, aquele não era o jeito certo de lhe oferecer minha mão. Que belo pateta eu me mostrava.
— Não entendo aonde você quer chegar.
Tomei fôlego.
— Imaginando que isso fosse possível, você poder e querer ficar aqui, e desconsiderando o fato de que me conhece há pouco mais de dez dias, você...
— Eu...?
Não estávamos mais dançando, e ela me encarava com evidente ansiedade.
— Dulce, acredita que eu possa fazê-la feliz?
— Muito feliz. A garota mais feliz do mundo! — O sorriso que esticou seus lábios aqueceu meu peito. — A garota mais feliz de qualquer século!
— Poderia ser feliz aqui? Pensei que detestasse este lugar. — Sobretudo depois que descobri sua origem.
— Detestava. Mas minha perspectiva mudou muito depois que te conheci melhor.
Não é mais tão ruim assim...
O retumbar em meus ouvidos agora era tão alto que eu tinha de me esforçar para ouvi-la. Faça a pergunta! Faça a maldita pergunta!
— Então, se pudesse ficar comigo, se pudesse ser minha... por toda a vida. Se...
— Sim — ela respondeu antes que eu concluísse. Seus olhos brilharam úmidos com as lágrimas que subitamente lhe brotaram. — Se eu pudesse, seria sim.
Eu a beijei. Foi inevitável. Eu explodiria se não a beijasse. Tudo o que estava represado dentro de mim por tanto tempo extravasou em um beijo que beirou a violência. Dulce retribuiu com doçura, paixão e algo mais. Ela desejava ficar.
Não partiria, se tivesse escolha. E, diabos, eu encontraria um modo de fazer com
que tivesse essa escolha, mesmo que fosse a última coisa que eu fizesse na vida.
Algo interrompeu nosso beijo. Storm subitamente se alvoroçou, relinchando feito
louco, sapateando na grama com raiva. Sofia relanceou sua bolsa de couro e só
então percebi que a música havia cessado.
— Acho que isto o assustou. — Indiquei a máquina do tempo, que agora zumbia.
Ela olhou para o agitado Storm e depois para mim. Estremeceu em meus braços.
— Melhor ver o que é de uma vez. Ele vai continuar vibrando até que eu leia o que está escrito.
Apesar de minha resistência, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela tocou meu rosto e me beijou a boca, soltando-se de meu abraço.
E então aconteceu.
Dulce caminhou até a bolsa e pegou a caixinha, examinando-a. Ergueu os olhos repletos do mais puro terror e gritou. Eu me precipitei em sua direção no mesmo instante.
— Dulce!
O urro de Storm foi gutural.
Eu estava a um passo dela quando a luz ofuscante me deixou cego. Continuei em frente, os braços estendidos, tateando sem ver. Meus dedos encontraram a casca fria do cedro.
— Não. Não. Não. — Ela não podia desaparecer assim, como mágica, não podia
me deixar quando não queria mais. — Dulce!
Acabei tropeçando em sua bolsa e caí, batendo forte contra o solo. O ar foi expulso de meus pulmões. Rolei para o lado, tentando respirar, mas sufocava, e não estava certo se era devido à queda. A explosão de luz me deixou cego, e eu me arrastei pela grama, buscando-a, o braço ainda esticado.
— Dulce...
Mesmo que eu ainda visse tudo borrado, ainda que esticasse o braço até quase desprendê-lo do corpo, mesmo que pudesse gritar até os pulmões estourarem, sabia que não encontraria nada. Sabia disso porque meu peito havia silenciado minutos atrás.
Ela voltaria. Tinha de voltar! Por isso me recusei a deixar aquele lugar. Juntei seus pertences e fiquei ali, esperando por ela, até que a noite caiu. O clima tinha mudado, e o vento forte fazia as folhas caídas a meus pés alcançarem voo e se prenderem em minhas roupas. Não demorou muito para que a chuva desabasse, como lágrimas vindas do céu.
Dulce tinha...
Não. Não. Não!
Lutei contra a compreensão, contra qualquer lógica, contra a dor que ameaçava fincar suas garras e dentes no local onde meu coração costumava estar.
Eu não podia pensar. Não podia me permitir sentir.
Encharcado até as botas, eu tremia às convulsões quando Storm encostou o focinho em minhas costas, me empurrando para a frente. Vamos para casa, parecia me dizer.
— Me deixe em paz — cuspi, afastando-me dele.
O cavalo se aproximou de novo, cabeça abaixada, resfolegando de leve. Em nada parecia o demônio selvagem que eu adquirira meses antes. Ele me cutucou novamente, dessa vez em minha cintura.
— Me deixa em paz, ca*ralho!
O animal abaixou a cabeçorra, como se também sofresse.
Fechei os olhos, levando um punho cerrado à cabeça, tentando lutar contra todos aqueles sentimentos que guerreavam dentro de mim, procurando libertação.
Trincando o maxilar, joguei a bolsa de Dulce no lombo de Storm, alcancei as rédeas e o montei. Cutuquei suas costelas com as solas das botas e gritei um comando. Storm saiu em disparada, lembrando-me do motivo pelo qual eu o escolhera. Nenhum outro era mais veloz que aquele demônio de quatro patas.
Encurtei as rédeas, inclinando-me para a frente e segurando firme a bolsa de Dulce. Storm acelerou ainda mais, até que senti que voávamos. As gotas de chuva se tornaram afiadas agulhas em minha pele, mas não importava. Cavalgamos feito loucos, tentando deixar a dor para trás, pulando cercas quando atravessávamos os limites de uma propriedade ou outra. Mesmo assim, eu começava a sentir.
Mais rápido, precisávamos ir mais rápido.
O céu se transformou em uma tela negra sem vida, alguns relâmpagos aqui e ali anunciando o fim do mundo. Do meu, ao menos.
Aticei o corcel, seu grande tórax se expandindo em busca de ar conforme ele acelerava mais. Diabos, eu acabaria matando-o naquele ritmo. Afrouxei as rédeas e o animal levou um tempo até perceber que deveria diminuir a velocidade.
— Pare.
Mas ele não parou. Continuou em frente, ainda que o ritmo agora fosse apenas um galope. Puxei as rédeas, tentando detê-lo. Storm não obedeceu.
— Pare, maldito cavalo dos infernos!
Em resposta, ele empinou, e tive de me agarrar ao largo pescoço para não cair.
Storm voltou a ficar sobre as quatro patas, mas eu não tinha forças para me levantar. Permaneci agarrado a seu pescoço, o conteúdo da bolsa de Dulce pressionado entre a sela e meu abdome.
— Pare — gemi em sua crina desgrenhada. — Apenas faça parar.
Seu relincho foi alto, algo parecido com uma lamúria. Abraçado a ele, lutei com todas as forças para manter tudo afastado, concentrando-me na respiração longa e pesada do cavalo. Foi quando as gotas que escorriam por meu rosto se tornaram quentes.
Muitas delas.
Não percebi que nos movíamos até divisar as luzes nas janelas de minha casa, maculando a escuridão. Storm tinha me levado para casa. Ele parou em frente às escadas e esperou. Passando a perna, que parecia pesar uma tonelada, sobre sua cabeça, abracei-me à bolsa e saltei. Minhas botas guincharam.
A porta se abriu.
— Christopher! — exclamou Maite, juntando as saias nas mãos e vindo a meu encontro.
— Oh, meu Deus, eu estava tão preocupada com vocês. Esse temporal não pode ser bom para a saúde de... — Então parou, olhando em volta. — Onde está Dulce?
Maite se aproximou até estarmos separados por apenas dois degraus. Seu rosto estava marcado de preocupação e medo. Eu não fazia ideia do que o meu exibia.
— Meu irmão...?
— Ela... — O nó na garganta me impediu de continuar, e foi ali, nas escadas em frente à casa onde nasci e cresci, vendo-me refletido nas íris azuis da menina que se resumia a minha família, que minhas defesas entraram em colapso e ruíram.
Todas elas, pilar por pilar. Tudo dentro de mim foi sendo demolido até que o que me sustentava se tornou apenas uma espessa nuvem de poeira.
Meus joelhos encontraram o degrau molhado. A bolsa teve o mesmo destino.
Curvei-me para a frente, tentando deter o que estava por vir, mas não fui capaz.
Eu sentia. A dor, a ausência, tudo. Sentia de maneira tão visceral que me espantei que ainda continuasse a respirar.
— Christopher! — Elisa se abaixou, passando os braços ao meu redor, a mão buscando
meu rosto. — Christopher, por favor, me diga o que está acontecendo. Onde está Dulce? O que houve?
— Ela... se foi — consegui dizer em um sussurro. — Ela se foi, Maite... Nem ao menos teve a chance de... Eu não pude.... Não fui rápido o bastante...
A agonia me pegou e extravasou na forma de soluços. Afundei a cabeça nas mãos, os ombros se sacudindo com violência.
Dulce se fora.
— Oh, Christopher!
Maite não disse mais nada, apenas me abraçou com força. Remexendo-se no chão de pedra molhada até acabar sentada, ela aninhou minha cabeça em seu colo e começou a acariciar meus cabelos. As lágrimas que lhe escorriam pelas faces se misturavam às gotas da chuva e pingavam em meu rosto, enquanto o inferno finalmente me alcançava e engolia...
— O que quer dizer com “nem sempre a força dos braços basta”? — Rafael repetiu, arrancando-me daquele pesadelo.
Puxei uma grande quantidade de ar para me recompor. Maldição. De todas as lembranças que eu deveria esquecer, aquela era uma delas. E, naturalmente, era a que permanecia mais viva.
Sacudi a cabeça. Rafael não sabia nada sobre a viagem de Dulce. Se ela tivesse a intenção de que ele soubesse de algo, já teria lhe contado. Além disso, Rafael parecia ser um homem pragmático, jamais acreditaria em mim.
— Dulce foi arrancada da minha vida sem que eu tivesse sequer uma chance de impedir — acabei dizendo a ele. — O mais perto que consigo descrever é que, se meu coração tivesse sido arrancado daqui de dentro e jogado em uma fogueira, teria doído menos. Mas isso eu teria suportado. O que me dilacerava era pensar que ela também se sentia assim. Por muito tempo desejei estar errado, Rafael.
Desejei ter me enganado, e que o amor dela por mim não fosse tão grande, desse modo ela não estaria no mesmo inferno que eu.
— Acho que entendo o que você quer dizer. — Seus olhos vagaram para a aliança em seu dedo anular. — Minha vida sem a Nina seria um inferno... mas pensar nela sofrendo por minha causa seria... — Ele esfregou o rosto. — Ca*cete, não quero nem pensar nisso!
— Exatamente. — E ali estava eu outra vez, pensei com desgosto, fazendo-a sofrer por não me lembrar de nosso casamento.
— A Dulce nunca explicou o que aconteceu. E a Nina me disse que ela tinha tomado um pé na bunda, então eu... — Ele engasgou. A tosse o atacou, fazendo-o se curvar para a frente.
— É melhor cuidar desta tosse, Rafael.
— É, vou tomar alguma coisa quando chegar em casa.
A noite já tinha caído quando passamos pelo último ponto de ônibus e não encontramos nem sinal de Maite. Contemplei o céu, bufando, e juro que vi uma estrela — vermelha! — se mover. Acompanhei a estrela contornar um prédio alto e então lentamente baixar e sumir em seu telhado. Eu estava cansado demais. Devia ser isso.
Desanimados, começamos a voltar para o local onde tínhamos deixado Sofia e
Nina. No meio do caminho, porém, avistei um toco de madeira jogado na calçada ao passarmos por uma casa em obras. Abaixei-me e o peguei, girando-o nos dedos. Era pesado. Ia servir.
— Que foi? — Rafael me fitou com a testa franzida.
Estendi o toco a ele.
— Bata. — Se eu não podia encontrar Elisa naquela noite, ao menos me reencontraria com minhas memórias. — Com bastante força.
— Você ficou doido? — Rafael pegou o toco e o jogou em uma espécie de lata de lixo imensa. O som da madeira colidindo com o metal repercutiu como o badalar de um sino. — Não vou bater em você!
— Por que não? Você se ofereceu esta manhã.
— Porque eu não achei que você fosse me levar a sério! Além do mais, eu disse que faria isso caso a sua memória demorasse a voltar.
— E está demorando! Não quero voltar para Dulce sem me lembrar do que aconteceu no último ano e meio. Isso a está magoando, Rafael.
Ele esfregou o rosto.
— Christopher, cara, olha só, eu te entendo. Isso é uma bosta. Mas te acertar na cabeça não é a melhor saída agora. Talvez mais pra frente, se as coisas continuarem na mesma. Além do mais, se a gente voltar pra casa e a Dulce souber que eu arrebentei sua cabeça, ela vai arrancar meu coro e mandar fazer um abajur. E a Nina vai ajudar.
Desconfiei de que ele tivesse razão, mas estava ficando cansado de não lembrar.
Voltamos a andar, e, assim que nos aproximamos do ponto de encontro, avistei minha esposa parada ao lado de Nina. Maite não estava com elas.
Meus pés ganharam vida própria, acelerando. Os dela também, presumi, pois se pôs a correr tão logo me notou.
— Senti tanto a sua falta. — Ela se jogou em meus braços.
— Eu também. Mais do que você possa imaginar. — Eu a apertei com força até que seus pés deixassem o chão e afundei o rosto em seus cabelos, inalando seu perfume. Reviver aquelas lembranças sempre mexia comigo.
— Não conseguimos nada. Maite não voltou pra cá.
— Também não a encontramos.
Como já era tarde e estávamos fatigados, comemos em uma espécie de taberna, que Sofia chamou de boteco, mas não nos demoramos. Sobretudo porque Rafael começou a se sentir mal. Não que ele tivesse dito qualquer coisa. Mas não era necessário. Bastava olhar para ele.
— Estou bem, Nina. É só uma gripe chegando — disse à esposa após uma crise de tosse, puxando grandes quantidades de ar, como se encontrasse dificuldade para levá-lo até os pulmões.
— É melhor a gente ir pra casa. — Ela se levantou. — Vou te colocar na cama e preparar um chá de camomila, mel e laranja.
Ele reclamou que não precisava de nada, mas Nina não estava disposta a ouvir um não. Então Rafael e eu pagamos a conta — sob os protestos das respectivas esposas —, e eles nos levaram para casa.
Quando entramos no apartamento, Sofia suspirou.
— Estou exausta, mas preciso de um banho.
— Terei prazer em lhe ser útil.
Eu a levei para a miúda sala de banho. Ela se sentou no vaso sanitário enquanto eu afastava a cortina e girava o pequeno pendente, como fizera com a torneira mais cedo. Testei a temperatura da água.
— Você tá se saindo muito melhor do que eu — ela resmungou, carrancuda.
Acabei rindo ao me ajoelhar diante dela.
— Creio que seja mais fácil lidar com coisas que tornem a vida mais simples, e não o oposto. E você se saiu muito bem.
— Bom, se você levar em consideração que eu fiquei com o mocinho no final, então acho que me saí foi bem demais.
Eu ainda ria ao começar a despi-la. Ela suspirou quando a livrei da blusa, mas seus dedos se fecharam em torno do relicário dourado.
— Mais uma noite longe dela. Não sei por quanto tempo mais posso suportar, Christopher.
Eu também, eu quis dizer. Também sentia falta de minha irmã e não estava certo de por quanto tempo mais seria capaz de lidar com seu sumiço sem perder a cabeça.
Entrelacei nossas mãos, apertando seus dedos de leve.
— Esta será a última noite, meu amor. Amanhã estaremos com ela, em casa. Eu prometo.
Ela soltou o colar e afagou meus cabelos, então se inclinou para me beijar.
Percebendo sua exaustão, eu a ajudei a ficar de pé e a levei para baixo do jato de água. Lavei seus cabelos, deslizei os dedos ensaboados por todo o seu corpo, massageando-a por inteiro. Depois a sequei com muito cuidado, sentindo-a relaxar pouco a pouco sob meu toque.
Carreguei-a para a cama, e Dulce estava tão exausta que apagou antes mesmo que eu a cobrisse com o lençol. Já eu não tive tanta sorte. Ainda não conseguia acreditar naquele dia, em quão perto estivemos de encontrar Maite. E estava inconformado com as pessoas daquele século, que pareciam hipnotizadas por seus aparelhos tecnológicos e não notavam nada ao redor. Imaginei que, mesmo se um elefante surgisse no meio da rua, apenas uns poucos reparariam. Breno fora o único que vira Maite. Ou que prestara atenção nela, pelo menos. Era como se ela tivesse se tornado um fantasma.
Enquanto eu me deitava e abraçava Dulce, peguei-me pensando se Maite teria alguém para lhe secar as lágrimas. Para dar-lhe colo e consolo quando o medo a dominasse e ela não soubesse mais que rumo seguir. Um teto sobre sua cabeça já me aliviaria o coração.
Muitas perguntas pairavam em minha mente. Todas elas sem resposta. O sono tardou a chegar.
Comentem!!!
Autor(a): Fer Linhares
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Tum-tum-tum.— Senhor Uckermann, o senhor precisa sair deste quarto — resmungou minha governanta, pela décima vez na última hora. — Preciso arrumá-lo. O senhor está enfurnado aí dentro há três dias! Não ficarei surpresa se encontrar ratazanas roendo suas botas! — Tum-tum-tum! — ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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tahhvondy Postado em 14/02/2017 - 17:51:28
nossa simplismente amei!cada um dos livros maravilhosos essa historia e incrível que não tem como não ser apaixonar por ela o amor deles e lindo o Christopher e mt fofo vou sentir saudades dessas confussões deles
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GrazihUckermann Postado em 13/02/2017 - 19:10:55
Eu AMEI! não sei qual dos livros foi o melhor. obrigada por postar essa história incrível, essa história é muito linda. Christopher é muito fofo <3 O amor deles é incrível. Quando ele a esqueceu ele se apaixonou por ela de novo, e eu tive que me segurar pra não chorar nessa parte s2 Fiquei feliz com o final da Madelena e do Seu gomes. Espero que tenha outro Baby vondy no livro da Maite, dessa vez tem que ser menino kkjk e não terá um nome melhor que Alexander para dar ao menino neh?? Estarei na próxima fanfic com você, comentando em todos os capitulos. Tchau. um diaa eu volto para ler de novo. (Acho que não demora muito, por amei a história e quero muito ler de novo) s2
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tahhvondy Postado em 13/02/2017 - 10:57:28
ai já ta acabando que triste mas ainda bem q vx consequiu baixa o da Maite
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GrazihUckermann Postado em 10/02/2017 - 20:35:51
Continuaaaaaaaaaaaaa! s2
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tahhvondy Postado em 09/02/2017 - 11:28:34
chequei continua por favor
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GrazihUckermann Postado em 09/02/2017 - 09:49:37
Continuaaaaa! s2
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GrazihUckermann Postado em 07/02/2017 - 16:32:39
FINALMENTE! CONTINUAAAAAAAAAAAAAA s2
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GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:08:32
T-T
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GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:02:21
Caraca essa confusão me deixou confusa kkkjk quando ele esquecer ela, ele meio que vai sumir?? vai aparecer no século dezenove como se nada tivesse acontecido?? é isso? não entendi kkkjk Continue mulher, não me deixe ansiosa! s2
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GrazihUckermann Postado em 05/02/2017 - 22:21:37
ai me deus!!!! CONTINUAAAAAA T-T