Fanfics Brasil - Capítulo 24 Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA]

Fanfic: Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 24

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Tum-tum-tum.
— Senhor Uckermann, o senhor precisa sair deste quarto — resmungou minha governanta, pela décima vez na última hora. — Preciso arrumá-lo. O senhor está enfurnado aí dentro há três dias! Não ficarei surpresa se encontrar ratazanas roendo suas botas! — Tum-tum-tum! — Senhor Uckermann!
Levei o copo à boca, mas estava vazio outra vez. Alcancei a garrafa de conhaque e notei com amargura que estava quase seca também. Era apropriado. Tudo estava vazio desde que Dulce se fora.
Eu teria de mandar algum criado trazer mais bebida. Podia aproveitar que a senhora Madalena parecia disposta a colocar a porta abaixo e lhe pedir esse favor. Mas rapidamente descartei a ideia. Se a deixasse entrar, seria obrigado a suportar seu tagarelar incessante sobre meu mau comportamento nos últimos tempos e quanto isso magoava Maite. E Madalena não precisava se dar esse trabalho — eu estava muito ciente de tudo isso. No entanto, permitir que minha irmã caçula assistisse à minha degradação não serviria de nada além de deixá-la ainda mais preocupada. Já bastava o susto que ela levara no mês passado, ao ir até a cidade me buscar na sede da guarda e me encontrar atrás das grades, com as roupas rasgadas, ainda bêbado e com um olho roxo e inchado como uma batata-doce. Por conta da expressão que vi em seu rosto — inquietação, repulsa, pena —, decidi que não passaria mais as noites me embebedando fora de casa.
Eu podia fazer isso ali mesmo, no conforto de minha casa, sem me meter em confusão. Mas era imprescindível que fosse longe dos olhos de Maite. Se não podia poupá-la, ao menos a manteria na ignorância.
— Mas que praga de homem teimoso o senhor me saiu! Ainda bem que sua mãe não está aqui para vê-lo agora. A coitadinha não o criou para se tornar um bêbado sem...
Esvaziei o restante do líquido ambarino dentro do copo enquanto me desligava do falatório, parando em frente ao retrato de Dulce. Sacudi a cabeça. Eu a havia retratado de maneira tão medíocre. Tão imperfeita. Não tinha conseguido captar o brilho selvagem em seu olhar, muito menos a aura contagiante de seu sorriso.
O retrato era patético.
E era tudo que me restava dela.
Ela saíra de minha vida poucos dias depois de ter entrado nela, desaparecera da mesma maneira como surgira: rápida e inexplicavelmente. Desde então, eu buscava um modo de me juntar a ela. Nos últimos dois meses, eu tinha dedicado meus dias a pesquisas que nunca me levavam a nada, e as noites ao bom e velho conhaque, em uma tentativa de amortecer a dor em meu peito. Nenhuma das duas coisas tinha funcionado.
Admirei os olhos sem vida naquele retrato, e mais uma vez, como de costume, não me diziam nada, longe da profundidade dos originais. Ainda assim, também como de costume, não consegui me afastar da tela. Percorri com o olhar cada um de seus traços delicados, de novo e de novo e de novo. Nada me apavorava mais do que a possibilidade de um dia vir a esquecê-la. Causava-me náuseas a ideia de que o tempo pudesse apagá-la de minha memória, desbotar a maneira como seus olhos brilhavam quando sorria ou me impedir de invocar a imagem de seus lábios se abrindo naquele sorriso atrevido e encantador, que tinha o poder de fazer um homem se sentir consumido pelo fogo e ainda ser grato por isso.
Ora, mas que inferno! Era inconcebível que eu me esquecesse das curvas selvagens de seus cabelos ou do tom petulante que lhe dominava a voz sempre que me desafiava ou ficava furiosa. Então eu passava horas — dias, semanas, quem se importava! — naquele quarto que fora dela e que jamais pertenceria a outra pessoa. Ele ainda guardava seu cheiro.
Por quê? Por que ela tinha de ser levada para tão longe justo quando eu finalmente conseguira alcançar seu coração?
Virei o conhaque e deixei o copo ao lado da garrafa quase vazia. A bebida desceu queimando minha garganta e esôfago. Puxei a cadeira e joguei minha carcaça cansada sobre ela. Àquela altura a dor devia diminuir, todos me diziam. Mas estavam errados. Tão errados. Não havia alívio, exceto aquele artificial trazido pelo álcool ardendo minha goela e dissolvendo meu cérebro.
Ela estaria feliz?, eu me perguntava. Ainda que não quisesse partir, estaria feliz em seu mundo?
Eu não podia acreditar que estivesse enterrada na mesma agonia na qual eu me encontrava, então rezava. Rezava em silêncio, implorando que ela não sofresse, que tivesse me esquecido e seguido em frente. Eu teria dado minha vida em troca disso se tivesse escolha.
A forte batida na porta me arrancou de meus pensamentos. Diabos, Madalena não desistiria nunca?
— Vá embora.
As batidas se tornaram mais intensas. Tentei ignorá-las, mas eram insistentes e faziam minha cabeça latejar. O que um homem precisava fazer para ter um pouco de paz em sua própria casa?
— Já pedi para me deixar em paz!
As marteladas continuaram até que me irritei o bastante para atender a porta.
— Eu já disse para ir embora!
Mais linda do que eu poderia imaginar possível, com os cabelos repletos de cachos e um sorriso enorme nos lábios, Dulce sorria para mim.
Diabos, eu devia ter parado com a bebida. Agora estava tendo visões.
Se bem que, se isso a trouxe para mim, mesmo que apenas uma miragem, valera a pena. Minha Dulce imaginária parecia tão real que eu podia sentir seu perfume invadindo e anestesiando meu cérebro. Muito mais eficiente que todo aquele conhaque, de fato.
— Tem certeza? — ela sorriu. — Eu vim de tão longe! Mas se quiser que eu vá emb...
Levei menos de um segundo para agarrá-la. Ainda que fosse apenas uma alucinação, eu não a deixaria ir outra vez. Minha boca procurou a sua com desespero, como se eu estivesse morrendo e ela fosse o antídoto para minha agonia. E então, em meio à embriaguez causada pela combinação de conhaque e seu perfume, notei que a mulher em meus braços era substancial demais, quente demais, macia demais para existir apenas em minha imaginação.
Assim que senti sua boca pressionada contra a minha, o calor de seu corpo inflamando o meu, tudo dentro de mim voltou a funcionar. Em meu peito oco, algo que eu já dera por morto pulsou, estremeceu e por fim disparou, ensandecido.
Ela estava ali. Era real.
Dulce tinha voltado para mim.
— Você está aqui — falei, segurando seu rosto entre as mãos, temendo que ela pudesse ser levada para longe outra vez.
— Estou! Desculpe ter demorado tanto. Mas acreditaria se eu te dissesse que levei dois séculos para conseguir voltar?
— Como? — foi só o que pude perguntar. Embora não importasse realmente. Ela estava ali e isso era tudo o que eu precisava saber.


 


                                                                   * * *


 


Os raios de sol penetravam no quarto e incidiam sobre minhas pálpebras.
Apertei os olhos e me virei para o lado. Preparei-me para a dor de cabeça que inevitavelmente me atingia a cada manhã — cortesia do conhaque —, mas ela não veio. Curioso.
Tentei me lembrar do que fizera na noite anterior, mas não tive certeza se poderia confiar em meu cérebro. Eu judiava dele sem dó nos últimos tempos. Eu me lembrava de ter ido até a cidade, de ter me metido em uma das casas de jogos, e da bebedeira. O mesmo de sempre. Então, quando a madrugada já avançava, um jovem barão que perdia nas cartas me acusou de estar roubando.
Eu o acertei no nariz, como qualquer cavalheiro teria feito. Aí o caos se instaurou, e socos foram distribuídos a torto e a direito. Recordava-me de ter saído de lá aos tropeções, um dos olhos inchado, na companhia de um guarda.
Levei a mão ao olho esquerdo, encolhendo-me antecipadamente, porém tudo o que encontrei foi pele lisa. Experimentei abrir o olho. Como o inchaço havia cedido tão depressa?
Minhas memórias terminavam nesse ponto, e eu não me lembrava de ter colocado um cataplasma ou uma compressa sobre ele. Será que Gomes havia agido enquanto eu estava desmaiado? Diabos, eu não me lembrava nem mesmo de ter vindo para casa.
E como poderia me lembrar, pensei com amargura ao examinar o quarto estranho onde eu passara a noite, de algo que nunca aconteceu?
Apoiei-me nos cotovelos, surpreso que fosse capaz de fazê-lo, pois, se a ressaca me impedia de acessar as memórias da noite passada, presumi que minha cabeça deveria estar um pandemônio. Mas não estava. Uma ressaca indolor. Isso era novidade.
Deixei esse assunto de lado, tentando resolver o dilema mais iminente. Eu estava em uma pensão ou hospedaria de beira de estrada? O cômodo era pequeno, a mobília modesta, e havia um zumbido no ar que não me era familiar. O lençol escorregou por meu peito, revelando pele, pelos e nada mais. Eu estava completamente nu.
Como acabei aqui?, perguntei-me, trincando a mandíbula. E por que diabos estou sem roupa?
— Por*ra!
A conclusão a que cheguei me fez querer bater a cabeça na parede. Querer bater em alguém até moer todos os ossos da mão. Querer ser socado até perder a consciência. Querer me ajoelhar e chorar.
Naquele instante, jurei que nunca mais voltaria a colocar uma gota do maldito conhaque na boca.
Saltei da cama em busca de minhas roupas. Não as encontrei em parte alguma, porém achei uma calça de tecido grosso e estava lutando com o botão e uma coisa cheia de dentes quando me detive. Cheguei o nariz mais perto do bíceps. O aroma em minha pele era familiar. Dolorosamente familiar. Lembrava frutas e flores de primavera, e, se eu não soubesse que era impossível, teria jurado sobre o túmulo de meus pais que ele pertencia a...
— Dulce! — exclamei quando ela surgiu sob o batente da porta.
— Que bom que você já acord... Ei!
Lancei-me sobre ela com ímpeto, de modo que acabei nos desequilibrando. Dulce tentou me segurar, mas eu era pesado demais para ela e acabamos no chão. Por sorte, consegui fazer com que a maior parte de meu corpo se chocasse com o piso e não com seu corpo macio e delicado.
Minha mão tremia quando a levei a seu rosto tão amado. Percorri com o polegar a linha de seu maxilar, a bochecha, o nariz, o desenho perfeito de sua boca. Ela estava linda, os cabelos em desordem, os olhos brilhantes como topázios, a boca, cheia e rosada, entreaberta e surpresa.
— Estou sonhando? — Ouvi-me perguntar.
— Acho que não. — Ela fez uma careta. — Porque bati a bunda no chão e tá doendo pra cac...
Não esperei que ela terminasse. Abaixei a cabeça e tomei sua boca. Dulce pareceu surpresa. Como ela poderia parecer surpresa?
Entretanto, o espanto logo deu lugar a outra coisa, e o beijo se tornou feroz.
Naturalmente, a culpa foi minha. Eu transformei aquele beijo quase em um ataque. Mas o que eu podia ter feito? A boca de Dulce tinha gosto de sonho, saudade, lar. Um gemido escapou de minha garganta, parte alívio, parte desespero, e, quando notei que ela ficava sem fôlego, tive de me obrigar a permitir que respirasse.
— Eu estava com saudades também. — Ela afastou com os dedos uma mecha de cabelo que me caía nos olhos. — Preparei o café. Não é tão bom quanto o da Madalena. Tem gosto de meia suja... e tem o mesmo aspecto também.
Que se danasse o café.
— Como aconteceu? — Deslizei a ponta do polegar pela veia na lateral de seu pescoço delicado, sentindo sua pulsação descompassada. — Como conseguiu voltar? Como me encontrou?
Ela piscou algumas vezes antes de perguntar, hesitante:
— Como eu consegui voltar para o quarto?
Sacudi a cabeça, rindo.
— Não, meu amor. Para o meu tempo. Para este século. — Peguei sua mão para levá-la aos lábios, mas me detive ao vislumbrar o brilho dourado da argola em seu dedo anular. Um anel fazia conjunto. Um nó se formou em minha garganta.
De todas as preces que fiz, entre todas as vezes que implorei por ajuda, por que justamente aquela deveria ter sido atendida? Certamente eu desejei que isso pudesse acontecer. Várias e várias vezes desejei que ela não estivesse sofrendo e encontrasse alguém em seu tempo para fazê-la feliz. Mas no fundo da alma eu sabia que o que sentia por Dulce era correspondido em igual intensidade, que aceitar outra pessoa em seu coração lhe era tão inconcebível quanto era para mim. Ao menos eu pensava que fosse.
— Você se casou. — Saí de cima dela no instante em que meu peito se calava.
— É, eu casei. — Dulce se apoiou nos cotovelos, me observando por um longo tempo, confusa. Ela vestia apenas uma camisa curta, que permitia vislumbrar seu umbigo, e uma minúscula calça rendada. Fiquei de pé e me virei, encarando a parede.
— Que... — Tive de pigarrear na tentativa de encontrar minha voz. — Que bom.
Saber que está feliz significa muito para mim. Fico... feliz por você.
— Fica feliz por mim? — Ela riu.
Olhei por sobre o ombro. Ela me estendeu o braço, pedindo apoio. Quando a ajudei a ficar de pé, ela chegou perto. Bem perto. Muito perto.
— Você não está falando coisa com coisa, Christopher. Vem tomar um pouco de café pra ver se acorda direito. — Ficou na ponta dos pés e me beijou.
Doeu. Deus, doeu demais ter de me afastar de seu toque.
— Acho melhor eu ir embora agora — murmurei, segurando-a pelos ombros.
Ela me fitou sem entender.
— Hã?
— Não quero lhe causar transtornos.
Mentiroso, gritou meu cérebro. Eu queria que ela fosse minha, e, se para isso tivesse de revirar seu mundo, então que fosse. Contudo, não era o que ela queria.
O nome naquela aliança em seu dedo não era o meu. Não importava o que tivesse acontecido na noite anterior — porque obviamente minha nudez e a dela deixavam claro que havia acontecido alguma coisa, uma despedida talvez —, ela jamais me pertenceria. E era realmente doloroso, pois eu jamais pertenceria a outro alguém, apenas a ela. O fato de ela ter se casado não mudava isso.
— Seu marido pode não gostar de saber que esteve a sós comigo neste quarto — continuei, já que ela me olhava com uma expressão sombria.
Dulce ergueu as mãos espalmadas, como se tentasse me deter, a boca se abrindo e fechando sem nada pronunciar. Ela precisou de algumas tentativas.
— Por favor, Christopher, diz que você tá brincando comigo.
— E por que eu brincaria com um assunto tão sério?
— Eu estou aqui me perguntando a mesma coisa.
Desviei o olhar do dela.
— Se me mostrar onde estão os meus pertences, deixarei este quarto o mais rápido possível.
Ela se aproximou outra vez, ficando na ponta dos pés, e eu não pude e não quis me distanciar. Seus dedos frios tocaram meu rosto. Meus olhos se fecharam por vontade própria. Eu tinha de sair dali antes que perdesse a cabeça e criasse um problema ainda maior. Ou a colocasse sobre o ombro e partisse.
— Christopher, olha pra mim — suplicou ela, em um murmúrio.
— Dulce, eu não posso. — Se fizesse isso, perderia a cabeça e o que me restava de dignidade.
— Por que não?
— Porque... — Minha cabeça tombou para a frente, encontrando a dela. Inspirei fundo o doce aroma de seus cabelos. E a verdade saiu em um fôlego só: — Porque, se eu fizer isso, não serei capaz de sair deste quarto. Eu vou lutar, Dulce.
Vou lutar por você e esta história certamente terminará ao amanhecer, comigo e seu marido em lados opostos. Não quero matar o homem que você ama. Eu a amo demais para isso. Por mais que meu coração esteja partido agora, tudo o que desejo é que você seja feliz e... — Sacudi a cabeça, desgostoso, e abri os olhos. Dulce estava pálida. — Diabos, não! Isso não é verdade. Estou tentando convencer a mim mesmo de que é isso o que eu desejo, mas não é. O que eu desejo é que você seja feliz comigo! E por essa razão devo partir imediatamente.
Antes que eu faça uma besteira que fará você me odiar pelo resto da vid... — Ela me impediu de continuar ao pousar um dedo fino sobre meus lábios.
— Mas, Christopher, você é o meu marido — murmurou com a voz entrecortada, pegando minha mão esquerda e praticamente a enfiando em minha cara. Havia um anel em meu anular. Não havia dúvida de que fazia par com o que ela usava.


Rapidamente peguei o dedo que ela ainda pressionava em meus lábios e virei sua mão. Olhando agora com atenção, o anel que ela usava com a aliança era o mesmo que eu desenhara e encomendara para ela, tantos meses antes.
Mas aquilo não fazia sentido. Eu me lembraria de ter dado o anel a ela. E, naturalmente, me lembraria de ter me casado com ela! Franzi a testa, sem compreender absolutamente nada. Retirei a aliança de seu dedo e fiz um pouco de pressão nas laterais. Ela se dividiu em duas, uma das metades revelando uma inscrição. Para toda a vida. Na outra estavam gravadas minhas iniciais e uma data.
Oito de maio de 1830.
Mas como seria possível se ainda estávamos em março?
— Eu... não entendo... — Sentei-me no colchão, o olhar fixo no anel.
Dulce se ajoelhou a minha frente, entre meus joelhos.
— Você não se lembra? Na capela da vila. O padre Antônio surtou geral porque eu não sei latim, e aí voc...
— Você não sabe lat... — Sacudi a cabeça. Isso não tinha a menor importância agora. — Dulce, você está tentando me dizer que conseguiu voltar para mim e então nós nos casamos?
Seu rosto tão adorado perdeu a cor.
— Ai, meu Deus, não!
— O que foi?
Dulce se levantou e começou a andar de um lado para o outro. Também fiquei de pé.
— Eu sabia! Eu sabia! — ela resmungou. — Sabia que devia ter te levado para o hospital. A pancada deve ter te deixado com uma concussão! Ai, meu Deus do céu, muito tempo se passou depois disso!
— Depois do quê?
Ela pegou minha mão, apertando-a entre as suas e contra seu coração, que batia descompassado.
— Me conta a última coisa que você lembra. Qual é a sua última memória?
Fiz o que ela pediu. Esforcei-me ao máximo para me lembrar do que acontecera na noite passada, mas tudo parecia borrado e indistinto.
— Eu não tenho certeza. Eu... acho que fui até a cidade e me embebedei, porque, desde que você desapareceu, eu... Não importa. Lembro que acabei arrumando confusão em um salão de jogos e... bem, é isso. Então eu acordei aqui.
Olhando em volta, dei-me conta de que não fazia a menor ideia de onde era ali.
— Mais nada? — ela perguntou, em pânico.
Balancei a cabeça.
Ela se deixou cair de encontro a meu peito.
— Meu Deus, Christopher.
— Dulce, o que está havendo? — Toquei a lateral de seu rosto e a obriguei a me olhar. Ela tentava deter as lágrimas que ameaçavam cair por seu rosto.
— Eu não sei, Christopher. De verdade, eu não sei. Só sei que você tá piorando e eu vou te levar para o hospital. Quer você goste ou não.
Em um instante ela estava no guarda-roupa, revirando as gavetas.
— Meu amor, eu não preciso de um médico. E, se vir a precisar, posso chamar o doutor Almeida. Isso é, se estivermos perto de casa.
Ela se deteve, o corpo enrijecendo, mas permaneceu de costas.
— Dulce, onde nós estamos?
Seus ombros caíram e ela abaixou a cabeça. Então se virou. Seu rosto estava sério quando disse:
— No meu mundo, Christopher.
Pisquei enquanto começava a juntar as coisas. Dulce não tinha voltado para mim.
Eu é que a tinha encontrado. Santo Deus, no futuro!




Girl : Continuando linda kkk bjss {#emotions_dlg.kiss} livros são viciosos kkk 


 


kaillany: Café? Ele já dormiu e esqueceu mais uma parte kkk bjss {#emotions_dlg.kiss} S2


 


GrazihUckermann: Pode ficar com medo ss viu kkk  bjss {#emotions_dlg.kiss} S2


 


 


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Autor(a): Fer Linhares

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Comentários da Fanfic 63



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  • tahhvondy Postado em 14/02/2017 - 17:51:28

    nossa simplismente amei!cada um dos livros maravilhosos essa historia e incrível que não tem como não ser apaixonar por ela o amor deles e lindo o Christopher e mt fofo vou sentir saudades dessas confussões deles

  • GrazihUckermann Postado em 13/02/2017 - 19:10:55

    Eu AMEI! não sei qual dos livros foi o melhor. obrigada por postar essa história incrível, essa história é muito linda. Christopher é muito fofo <3 O amor deles é incrível. Quando ele a esqueceu ele se apaixonou por ela de novo, e eu tive que me segurar pra não chorar nessa parte s2 Fiquei feliz com o final da Madelena e do Seu gomes. Espero que tenha outro Baby vondy no livro da Maite, dessa vez tem que ser menino kkjk e não terá um nome melhor que Alexander para dar ao menino neh?? Estarei na próxima fanfic com você, comentando em todos os capitulos. Tchau. um diaa eu volto para ler de novo. (Acho que não demora muito, por amei a história e quero muito ler de novo) s2

  • tahhvondy Postado em 13/02/2017 - 10:57:28

    ai já ta acabando que triste mas ainda bem q vx consequiu baixa o da Maite

  • GrazihUckermann Postado em 10/02/2017 - 20:35:51

    Continuaaaaaaaaaaaaa! s2

  • tahhvondy Postado em 09/02/2017 - 11:28:34

    chequei continua por favor

  • GrazihUckermann Postado em 09/02/2017 - 09:49:37

    Continuaaaaa! s2

  • GrazihUckermann Postado em 07/02/2017 - 16:32:39

    FINALMENTE! CONTINUAAAAAAAAAAAAAA s2

  • GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:08:32

    T-T

  • GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:02:21

    Caraca essa confusão me deixou confusa kkkjk quando ele esquecer ela, ele meio que vai sumir?? vai aparecer no século dezenove como se nada tivesse acontecido?? é isso? não entendi kkkjk Continue mulher, não me deixe ansiosa! s2

  • GrazihUckermann Postado em 05/02/2017 - 22:21:37

    ai me deus!!!! CONTINUAAAAAA T-T


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