Fanfic: Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy [Adaptada]
— Eles já estão lá dentro há tanto tempo — queixou-se Dulce, mordiscando a unha do polegar.
Alcancei o relógio no bolso para verificar as horas. Ao vislumbrar a peça, perdi a linha de raciocínio. Era muito bonito, moderno — bem, talvez eu devesse reconsiderar esse conceito, depois de tudo o que já vira naquele dia —, e reluzia como novo. Mas não era meu. Eu o examinei por todos os ângulos e acabei encontrando uma inscrição dentro da caixa. Uma inscrição assinada por Dulce.
Ela me dera aquilo.
Mais uma vez tentei transpor o muro que me separava de minhas lembranças.
Teria sido mais fácil ensinar Storm a dançar.
Acariciei o mostrador, descobrindo a sensação de seu toque, sentindo seu peso em minha mão. Era perfeito, encaixava-se tão bem em minha palma, como se tivesse sido feito para mim. Assim como a mulher a meu lado, ponderei, admirando seu perfil. E eu teria de redescobri-la também, agora não apenas como a mulher que me roubara o coração e os pensamentos, mas como minha esposa.
Eu a fitei demoradamente. De fato, os cabelos de Dulce pareciam mais longos do que eu me lembrava, e seu corpo ainda era magro, mas de alguma forma parecia mais feminino, um pouco mais arredondado no busto e nos quadris.
Estava ainda mais linda.
E muito preocupada com o amigo, percebi. Eu também estava. Embora não conhecesse Rafael — ou não me lembrasse disso —, Dulce o adorava, e isso era motivo mais que bastante para me fazer temer pelo rapaz. Poucos tinham a sorte de sobreviver a uma pneumonia.
Tão logo eu mostrara o lenço a Dulce, ela entendera a gravidade do que poderia estar causando o mal-estar de seu amigo. E ele, naturalmente, protestara contra a ideia de se consultar com um médico. Eu não tinha mostrado nem a ele nem a Nina o que me alarmara tanto, apenas argumentara que, já que tínhamos de ir até o hospital, não custava nada dar um pouco de paz de espírito a sua mulher. A contragosto, ele acabara cedendo, mas passara toda a viagem carrancudo, como um menino de quatro anos que tivesse perdido uma de suas bolas de gude em uma disputa.
Então ali estávamos nós, esperando, naquele frio corredor de luz branca e desconfortável, por alguma notícia.
— Faz apenas um quarto de hora que eles entraram. Logo devem sair. — Guardei o relógio no bolso.
— Você acha mesmo que pode ser pneumonia?
— Não sei, Dulce. Mas espero ter me equivocado, e que os vestígios de sangue em meu lenço sejam apenas uma infeliz coincidência. — Do contrário, significaria que a doença estava avançando a galope e seria muito difícil detê-la.
— Não fica assim, Christopher. A medicina avançou muito. Hoje em dia a pneumonia não é mais tão grave como antigamente. — Ela entrelaçou a mão na minha. — Foi assim com o seu pai?
Assenti uma vez.
— E foi assim que o doutor Almeida soube que toda aquela febre e prostração não eram causadas por um forte resfriado. Sempre que alguém apresenta os sintomas de um resfriado, fico apavorado. Como quando você esteve doente, depois de ter tomado chuva. Passei pelo inferno, Dulce.
— Ah, Christopher. — Ela deitou a cabeça em meu ombro, os dedos apertando os meus.
A porta do consultório médico se abriu. Eu e Sofia ficamos de pé. Rafael e Nina saíram. Ele tinha as faces afogueadas, provavelmente em decorrência da febre.
A expressão de Nina estava sombria.
— E então? — perguntei a eles.
— O Rafa tá com pneumonia.
Deus do céu.
— Caramba, Rafa! — exclamou Dulce.
— Não é nada — ele rebateu de imediato, lutando para parecer menos abatido do que realmente estava. Nina o fuzilou com os olhos. — Não precisa fazer essa cara.
— O que podemos fazer para ajudar? — ofereci, embora soubesse muito bem que não havia quase nada a fazer.
— Obrigada, Christopher — Nina respondeu. — Tudo o que ele precisa é repousar e tomar os antibióticos. O médico até me deu uma amostra. Vou levá-lo direto para casa.
— Antibióticos? — minha testa encrespou.
— Para combater a infecção — explicou Sofia em um murmúrio. — É um remédio.
— Eficaz?
— Normalmente. — Ela ergueu os ombros.
— Vou levá-lo para casa. — Nina acomodou a bolsa no ombro. — Desculpem por não podermos ajudar na busca hoje.
— De modo algum — objetei. — Apenas cuide para que ele siga as recomendações médicas.
— Traíra — resmungou Rafael, me lançando um olhar enviesado que me fez rir.
Eles partiram logo depois, e, mesmo que Dulce tenha me explicado sobre os tais antibióticos (e eu pouco tenha entendido), não pude deixar de me preocupar com aquele rapaz. Nós o visitaríamos mais tarde, e eu esperava encontrá-lo mais disposto.
Então Dulce e eu saímos à procura de Natália. Infelizmente ela não estava, pois era o horário de seu almoço.
— Que droga! Vamos ter que esperar — resmungou Dulce, diante da porta de entrada. — Não aguento mais isso, Christopher. Quero a Maite aqui comigo! Quero acordar deste pesadelo e voltar para casa! — E levou os dedos ao cordão que trazia no pescoço, ao pequeno relicário.
Sem perceber o que fazia, eu o toquei também. Dulce prendeu a respiração enquanto eu o abria. Meu coração perdeu o ritmo enquanto eu admirava o minúsculo retrato que ele abrigava, então desatou a bater feito louco enquanto eu sentia como se caísse em um abismo de grandes olhos castanhos. Um eco, como uma canção tocada ao longe, tentou submergir em meu cérebro, mas não conseguiu perfurar a espessa camada de confusão. Tudo o que eu sabia era que meu coração batia por aquela menina no retrato.
— Quem é ela? — Mas eu sabia, não é? Os traços familiares, os cachos negros, aqueles olhos profundos...
Era minha. Aquela garotinha era minha.
— Ela é a pessoa mais importante do mundo para mim e para você. Marina.
— Nina — murmurei.
Os olhos dela se acenderam.
— Você se lembra?
Meu dedo percorreu o retrato como se eu tentasse acarinhar o bebê, como se com o gesto eu pudesse recuperar tudo o que havia perdido. O som de sua risada, a maneira como se encaixava em meus braços, a primeira vez em que a vi. Por alguma razão, eu estava perdendo tudo o que me era mais caro. Por quê? Por que todas as lembranças mais preciosas tinham ido embora?
Lentamente, sabendo que machucaria Dulce — e me odiando por isso —, afastei a mão do relicário e balancei a cabeça.
— Não me lembro dela, mas você me contou sobre sua amiga Marina. Imaginei que o apelido de nossa filha fosse o mesmo.
— Ah. — E, como eu sabia que aconteceria, o brilho em seu rosto se apagou.
— Por que não deixamos uma mensagem para a senhorita Natália? — sugeri, louco para apagar aquela tristeza de seu olhar. — Assim poderíamos sair e procurar Maite.
— E quem vai entregar o bilhete? Aquela recepcionista que mal se dignou a nos dizer que a Natália tinha saído pra almoçar?
— Não custa nada arriscar. Espere um momento.
Deixei-a na entrada e me aproximei do balcão no canto direito. A jovem atrás do vidro não me dirigiu o olhar.
— Por gentileza, senhorita, poderia me arranjar papel e caneta?
— Aqui não é papelaria. Santa Casa, bom dia?
— Bom dia. Mas, senhorita, eu gostaria de deixar um recado para a senhorita
Natália, que trabalha na enfermaria.
Ela bufou, mas pegou uma folha e a passou por uma estreita abertura entre o vidro e a bancada. Seus olhos se encontraram brevemente com os meus antes de retornarem para uma máquina. No entanto, ela se deteve, sem soltar o papel, e voltou a me contemplar.
— Uau.
Dei um suave puxão para libertar o papel e, assim que ela me entregou uma caneta, apressei-me em escrever o recado. Peguei o documento dentro do bolso e sobrepus a mensagem, então os dobrei. Gostaria de ter cera e um sinete à mão para lacrá-lo, mas tive de me contentar com as dobras. Rabisquei o nome de Natália nas costas da carta.
Quando terminei, percebi que era alvo do interesse da jovem. Ela havia puxado para o lado aquela parte do adorno de cabeça que lhe cobria a boca e me analisava de alto a baixo.
— Que jeito mais maneiro de dobrar o papel — comentou. — Nem precisa de envelope.
Sorri para ela.
— Poderia, por favor, entregar a Natália quando ela retornar? — Passei a carta a ela.
— Você por acaso é namorado da Naty ? — Ela pegou o envelope e o colocou na mesa.
— Não, senhorita, eu não sou. — Que pergunta mais descabida.
— Peguete? Ficante?
— Perdoe-me, como disse?
Ela inclinou a cabeça para o lado.
— Você é hétero?
— O quê?
— Deve ser, sim. — Seu sorriso cresceu. — Você trabalha em quê?
— Eu preciso responder a tudo isso para que a senhorita possa entregar minha carta à senhorita Natália?
— Não! — Ela riu, batendo as unhas nervosamente no canto do balcão. — Mas, pra eu decidir se você será o pai dos meus futuros filhos, sim.
Ah.
— Eu fico... — Tive de pigarrear. — ... lisonjeado. Mas já sou casado, senhorita.
— Ah. É claro. — Ela suspirou com desânimo. — Se não é gay, nem desempregado, nem viciado em alguma porcaria, é casado. Onde eu estava com a cabeça para achar que um homem feito você ficaria dando bobeira no mercado por muito tempo?
— Eu... hum... agradeço pela ajuda com a carta.
Ela fez uma dispensa com mão.
— De nada. — Então ajeitou a alça do adorno novamente perto da boca e voltou a olhar para a máquina. — Santa Casa, bom dia?
— Bom dia, senhorita. — E me afastei do balcão.
Dulce veio ao meu encontro, uma expressão abismada no rosto.
— Você conseguiu que ela ficasse com a carta! — Sim, e também consegui ser pedido em casamento. — Assim não precisamos correr o risco de acabar presos.
Uma carta anônima! Isso foi sensacional, Christopher!
Ela estava tão contente e aliviada que não tive coragem de lhe contar que eu havia assinado a carta.
Então sorri, oferecendo o braço a ela, e a levei para fora daquele lugar, disposto a vasculhar cada canto da cidade até encontrar minha irmã.
* * *
Dulce e eu perambulamos por horas e horas, visitamos cada rua, entramos em cada comércio, perguntando por Elisa e distribuindo folhetos com seu retrato.
Não obtivemos nenhuma notícia dela.
A noite havia caído fazia muito tempo quando, cansados, frustrados, demos as buscas por encerradas. Seguimos direto para a casa dos amigos de Dulce, e rezei durante todo o trajeto para que Rafael tivesse melhorado, mesmo que apenas um pouquinho.
— Como ele tá? — Dulce perguntou tão logo Nina abriu a porta, um pano de prato jogado sobre o ombro.
— Com fome. — Ela revirou os olhos. — Nem parece que ardeu de febre o dia todo.
— Isso é bom sinal. — Dulce a beijou e foi entrando.
— E você, Christopher, ainda não consegue se lembrar das coisas?
Apenas neguei com a cabeça.
— Que saco. Entra. — Ela me puxou para dentro.
Encontrei Rafael no sofá. Sofia estava ao lado dele, alisando seu antebraço.
— Estou preparando o jantar. Estão com fome? — Nina secou as mãos no pano de prato. — Estou fazendo sopa. Tem bastante para todo mundo.
— Humm... Comida lavada, que delícia. — Rafael fez uma careta.
— Vou te ajudar — Dulce se prontificou.
— Hã... Obrigada, Dulce. Mas, sem querer ofender, eu nunca vi alguém tão incapaz na cozinha feito você.
— Ei! Picar coisas não tem segredo, Nina, e até eu sei fazer isso! — E a empurrou para a cozinha.
Eu me sentei ao lado de Rafael.
— Tem alguma coisa que eu possa fazer? — ofereci.
— Depende. Tem alguma chance de ter algo bem gorduroso no seu bolso?
Tateei a camisa sem bolsos e sorri.
— Sem sorte desta vez.
— Não custava nada tentar. — Ele inspirou fundo, como se sofresse. Uma respiração áspera, ruidosa.
— Como você está se sentindo de verdade, Rafael?
Ele deixou a cabeça pender no sofá, os olhos ligeiramente enevoados.
— Um pouco cansado e dolorido, só isso. O remédio já começou a fazer efeito.
— Apontou para uma caixinha bordô sobre a mesa de centro, que trazia um nome estranho e uma tarjeta branca onde se lia “amostra grátis”. — Amanhã estarei novo.
Era o que parecia. Sua cor estava melhor, e seu apetite era indício de alguma melhora. Soltei um longo suspiro, parte alívio, parte frustração. Estava contente com a melhora de Rafael, mas não consegui deixar de pensar que aquela caixinha bordô poderia ter salvado meu pai, se aquele tipo de antídoto estivesse disponível na minha época.
Ele voltou seu olhar para uma tela imensa. Nela, imagens reais de homens em largas vestimentas e capacetes deslizavam no gelo segurando bastões.
— O que é isso?
— Hóquei. Os Red Wings estão ganhando.
Olhei para o aparelho — o que quer que aquilo fosse — e tentei acompanhar o que estava acontecendo. Havia um pequeno disco em disputa. Homens de vermelho digladiavam com os de branco para conseguir o disco. Era ágil, brutal, e eu queria saber mais sobre aquilo.
— Nada da sua irmã ainda? — Rafael perguntou.
Balancei a cabeça, afundando no sofá.
— É como se ela fosse um fantasma, Rafael. Ninguém a viu, ninguém sabe dela, ninguém dá notícias. Estou perdendo o juízo com essa espera. — E com aquele mundo. Seria por causa dele que minha cabeça parecia ter um parafuso solto?
Seria aquele mundo a causa da amnésia? Ou o jovem médico tinha razão e tudo era culpa do estresse causado pelo desaparecimento de Maite?
Diabos! Dulce não se mostrara tão confusa quando caíra em minhas terras, em meu tempo.
Remexi-me no sofá absurdamente mole e esbarrei em alguma coisa. Olhei a tempo de ver o objeto atingir o chão e se despedaçar em três.
Abaixei-me e peguei os pedaços.
— Sinto muito, Rafael. Vou comprar outro... hã... celular para substituir este.
Ele me olhou com a testa franzida.
— Isso é o controle da TV, Christopher — e apontou com o queixo o aparelho sobre a estante, onde dois jogadores retiravam as luvas e as mandavam longe, para então se lançar em uma disputa de socos.
— Ah. — Como eu poderia saber? — Vou ressarci-lo.
— Só desencaixou. Me dá isso aqui. — Ele pegou os pedaços e começou a montar. Ouviu-se um clique quando ele colocou os dois cilindros dourados dentro do retângulo maior e em seguida um pequeno pedaço chanfrado. — Agora esquece isso. Tá novinho em folha, como se nunca tivesse caído.
Ele me devolveu o controle e eu o peguei automaticamente, distraído por suas palavras. Elas se encaixaram de maneira desordenada em meu cérebro.
Esquece isso. Como se nunca tivesse caído.
— Pode me fazer um favor? — Rafa voltou a se recostar no travesseiro. — Pode pegar minha carteira? Tá ali naquela gaveta. — E apontou para a estante baixa sob a TV.
Fiz o que ele pediu e lhe entreguei a carteira de couro preto. Ele a abriu com dificuldade e de lá retirou um envelope azul-anil.
— Quero que fique com isso, Christopher. Eu ia levar a Nina hoje à noite, mas pelo visto o mais longe que eu vou é até o banheiro.
— O que é isso? — Peguei o envelope.
— Entradas para um show de rock. Leve a Dulce. Ela gosta dessa banda.
Humm... Sofia me falara disso uma vez. Ela adorava esse tal show de rock. Não que eu tivesse entendido o que era, naturalmente. Mas, como ela o mencionara em uma conversa sobre ópera e música, eu sabia que estava relacionado a algo do gênero.
Devolvi o envelope a ele.
— Rafael, não posso aceitar.
— Pode sim. Considere isso um presente de casamento atrasado.
— Eu agradeço, mas não posso ir a um concerto quando...
— Por que não? — ele me interrompeu. — Ficar aqui não vai fazer sua irmã aparecer, não. Você tá com cara de acabado, cara. Descanse a mente por umas horas. — Comecei a sacudir a cabeça, mas ele prosseguiu: — E isso vai te ajudar com a Dulce! Você reclamou que não aguenta mais magoá-la sem querer. Aí tá a sua chance de fazer ela esquecer tudo isso por algumas horas. Aproveite. E faça todas as coisas que ela gosta. Sei lá, fica grudadinho nela, canta no ouvido, diz que ela é muito gostosa...
— O quê?
— As mulheres adoram essas coisas. — Ele ergueu os ombros.
Eu estava pronto para argumentar. Estava disposto a lhe devolver o envelope. No entanto, o que Rafael disse me fez reconsiderar. Magoar Dulce inadvertidamente estava me matando. Se havia uma chance de fazer com que ela sorrisse, então eu não pretendia desperdiçá-la.
Dobrei o envelope e o guardei no bolso.
— Eu agradeço, Rafael.
Ele assentiu uma vez, parecendo satisfeito.
— Sabe, também estou com um problemão. — Coçou a nuca.
— Além de ter contraído uma doença com baixíssimo índice de sobrevivência, suponho — brinquei.
— É, além disso. — Ele deu risada. — Quebrei uma maquiagem da Nina sem querer, dois dias atrás. Era uma daquelas de marca famosa, e eu não disse nada pra ela ainda. Acho que vou aproveitar que estou doente e contar. Tem alguma dica para que eu consiga sair dessa com as minhas bolas intactas?
Acabei rindo também. Eu gostava daquele rapaz. Gostava mesmo.
— Desconfio que seu estado debilitado ajudará. E seja franco com ela, se desculpe. Pelo que vi nos olhos de Nina, ela o ama e vai perdoá-lo.
— É melhor você estar certo, ou vou ter que pedir asilo na sua casa.
— Será sempre bem-vindo, Rafael. — Mas relanceei a TV e o tal jogo de hóquei. Como eu voltaria para casa se ela estava a quase dois séculos de distância?
— Christopher?
Voltei a atenção para ele.
— Você sabe como chegar ao local do show? — Rafael perguntou com as sobrancelhas franzidas.
— Não faço a mais remota ideia.
— Eu suspeitei. — Ele se inclinou para a frente. — Faz o seguinte...
Nina e Dulce retornaram no instante em que ele terminava as instruções.
— Aqui, meu amor. — Sua mulher lhe entregou a bandeja com o prato de sopa, sapecando um beijo em sua testa. Ele gemeu. — Ah, pobrezinho, tem alguma coisa que você queira?
Ele a fitou por entre as pestanas baixas.
— Não quero te dar mais trabalho.
— Não é trabalho nenhum, Rafa. Que tal um chazinho?
— Acho que eu preferia um suco. De caju...?
— Vou fazer agora mesmo! Quer também, Christopher? — Ela ficou de pé, perdendo a piscadela que o marido me lançou. Ele tinha um plano.
— Ah... não, senhora Nina. Na verdade, eu e Dulce temos que ir agora. Mas voltaremos amanhã bem cedo, para ver como ele está.
— Poxa, que pena. — Então ela olhou em volta e, ao encontrar sua bolsa, abriu-a e começou a procurar alguma coisa ali dentro. — Então será que podem me fazer um favor? O Rafa vai precisar de mais antibióticos. O médico me deu uma amostra e eu estava com tanta pressa de começar a tratar o Rafa que pensei em ir até a farmácia mais tarde, mas não quero deixá-lo sozinho. Será que poderiam comprar pra mim e trazer amanhã?
— Será um prazer.
— É claro, Nina. — Dulce pegou o papel que a amiga estendia e guardou.
Partimos pouco depois. Acomodei-me a seu lado dentro do carro, os dedos tamborilando no joelho enquanto ela encaixava a chave que fazia o veículo funcionar.
— Poderia me levar a um lugar? — perguntei a ela.
— Pra onde? — A surpresa em seu rosto quase me fez rir.
Dei o endereço a ela.
— O que tem lá? É sobre a Maite? Você pensou em alguma coisa?
— Não, Dulce. Isso diz respeito apenas a nós dois.
A curiosidade se inflamou em seu lindo rosto.
— De que jeito?
Acabei sorrindo.
— Você logo vai descobrir.
GrazihUckermann: Continando linda kkk bjss S2
kaillany: O Rafa vai ficat bem ss, a Mai continua bem, e o Chistopher vai continuar na mesma vibe de antes kk bjss S2
tahhvondy: Vai demorar mais um pouquinho ainda, o Rafa vai ficar bem, quando encontrar a Maite kk bjss
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Autor(a): Fer Linhares
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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tahhvondy Postado em 14/02/2017 - 17:51:28
nossa simplismente amei!cada um dos livros maravilhosos essa historia e incrível que não tem como não ser apaixonar por ela o amor deles e lindo o Christopher e mt fofo vou sentir saudades dessas confussões deles
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GrazihUckermann Postado em 13/02/2017 - 19:10:55
Eu AMEI! não sei qual dos livros foi o melhor. obrigada por postar essa história incrível, essa história é muito linda. Christopher é muito fofo <3 O amor deles é incrível. Quando ele a esqueceu ele se apaixonou por ela de novo, e eu tive que me segurar pra não chorar nessa parte s2 Fiquei feliz com o final da Madelena e do Seu gomes. Espero que tenha outro Baby vondy no livro da Maite, dessa vez tem que ser menino kkjk e não terá um nome melhor que Alexander para dar ao menino neh?? Estarei na próxima fanfic com você, comentando em todos os capitulos. Tchau. um diaa eu volto para ler de novo. (Acho que não demora muito, por amei a história e quero muito ler de novo) s2
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tahhvondy Postado em 13/02/2017 - 10:57:28
ai já ta acabando que triste mas ainda bem q vx consequiu baixa o da Maite
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GrazihUckermann Postado em 10/02/2017 - 20:35:51
Continuaaaaaaaaaaaaa! s2
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tahhvondy Postado em 09/02/2017 - 11:28:34
chequei continua por favor
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GrazihUckermann Postado em 09/02/2017 - 09:49:37
Continuaaaaa! s2
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GrazihUckermann Postado em 07/02/2017 - 16:32:39
FINALMENTE! CONTINUAAAAAAAAAAAAAA s2
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GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:08:32
T-T
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GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:02:21
Caraca essa confusão me deixou confusa kkkjk quando ele esquecer ela, ele meio que vai sumir?? vai aparecer no século dezenove como se nada tivesse acontecido?? é isso? não entendi kkkjk Continue mulher, não me deixe ansiosa! s2
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GrazihUckermann Postado em 05/02/2017 - 22:21:37
ai me deus!!!! CONTINUAAAAAA T-T