Fanfic: Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy [Adaptada]
É inacreditável como as horas custam a passar dentro de um hospital, não importa em que século se esteja. É como se o tempo desacelerasse, prolongando a agonia, adiando o desfecho pelo maior tempo possível.
Dulce e eu não conseguimos ver Rafael, mas falamos com Nina, que havia parado de chorar e tinha sido levada para fazer exames também, pois, pelo fato de ter contato íntimo com o doente, poderia ter se contaminado. Já era tarde e o resultado só seria conhecido no dia seguinte. Ela tinha sido autorizada a entrar na tal UTI e passaria a noite ali, então não havia nada que pudéssemos fazer, de modo que acabei levando Dulce para casa. Aliás, foi ela quem me levou, naturalmente. Apesar de eu estar muito curioso e ansioso para dirigir um
daqueles carros, não podia negar que seria imprudente de minha parte.
Estávamos exaustos ao entrar em seu apartamento. Tranquei a porta enquanto via Dulce analisar aquele aparelho preto barulhento que me interrompera de manhã. Um segundo surgiu, mas esse era prateado. Seja lá o que ela esperava, não gostou do resultado.
— Nenhuma notícia de parte alguma. — Abandonou-os sobre uma mesa muito bagunçada. — Quer comer alguma coisa?
— Não. Mas um banho seria bom.
Ela assentiu e me levou para o banheiro. Não me demorei sob o tal chuveiro, embora os jatos massageassem minha musculatura tensa. Enrolei uma toalha ao redor da cintura e abri a porta. Dulce falava com alguém. Com aquela caixinha preta, percebi ao entrar na sala sem fazer barulho. Mas foi o tom melancólico de sua voz que me deteve sob o batente.
— Não, Nina. E daqui a pouco nós vamos para a cama e eu já estou apavorada.
Tem sido assim a cada vez que ele dorme.
Ela não era a única com medo ali. A julgar pelo esgotamento físico, eu vinha guerreando contra o sono. Pelo que eu havia entendido, era ali que minhas memórias se perdiam.
— É como se o cérebro dele reiniciasse, só que faltando várias informações.
Todas as que são relacionadas a mim. — Ela deixou escapar uma risada repleta de dor. — Eu meio que sonhei com isso, sabia? Com o Christopher me esquecendo, não sabendo o que eu significo pra ele. Dói demais. E ainda tem a Marina. É doloroso estar com os braços vazios, sobretudo a essa hora da noite. Nunca fiquei tanto tempo longe dela. Estou maluca de preocupação, Nina. E tem a Maite, que não dá sinal de vida... — Ela soprou o ar com força. — É, vou tentar. Você também. Me liga a qualquer hora, tá bem? Qualquer notícia que tiver. Manda um beijo pro Rafa. Até.
Meu coração se partiu ao vislumbrar o tamanho de sua aflição, vendo-a pressionar aquela caixinha falante até a luz se apagar, e então ficar encarando-a em suas mãos. Ela manteve um braço apertado sobre a cintura, como se tentasse não se partir ao meio, balançando-se levemente para a frente e para trás. Sua outra mão se fechou ao redor do delicado relicário que trazia no pescoço.
Lágrimas silenciosas lhe escorriam pelo rosto. Ela sussurrava uma canção que falou direto à minha alma:
— Não sei se o mundo é bom, mas ele ficou melhor quando você chegou e perguntou: “Tem lugar pra mim?”
O canto, aliado à visão de Dulce, tão frágil e indefesa, causou-me tanta angústia que cheguei a pensar que minha vida se extinguiria ali mesmo. A desolação e o medo nela eram tão evidentes que chegavam a ser quase uma presença na pequena sala.
Não me dei conta de que me movia até Dulce se virar. Como a garota corajosa e forte que era, ela tentou esconder os sentimentos, secando o rosto discretamente e esboçando um sorriso. Naquele instante, eu me apaixonei por ela novamente.
— A febre do Rafa baixou um pouquinho. Ainda é cedo pra comemorar, mas já é alguma coisa. Ele até comeu um pouco.
— Isso é bom. — Continuei me aproximando.
— Quer comer alguma coisa? A Nina trouxe umas besteiras outro dia e... Você pode estar com...
Eu a abracei. Sua cabeça pendeu para a frente e encontrou refúgio em meu ombro. Passei o braço atrás de seus joelhos e a suspendi, sentando-me no sofá e a acomodando em meu colo. Seus ombros se sacudiram de leve. Gotas quentes molharam meu ombro. Eu a abracei ainda mais forte.
— Por favor, não chore. — Beijei seus cabelos. — Por favor, Dulce.
— Des-desculpa. Não consigo parar.
— Diga-me o que posso fazer para aliviá-la. Diga qualquer coisa!
— Só m-me abraça, Christopher. Bem forte, e nã-não...
— Não a soltarei nunca mais — completei, tendo a estranha sensação de já ter proferido aquele juramento antes.
Dulce se apertou mais contra mim. Seu pranto fazia meu peito latejar, mas eu a deixei extravasar a dor, segurando-a até seus soluços diminuírem e por fim cessarem. Sua respiração se tornou cadenciada ao se entregar à exaustão.
Temendo acordá-la ao me levantar para levá-la até a cama, mantive minha promessa, abraçando-a bem forte ao me esticar no sofá e aconchegá-la sobre mim.
Foi quando uma dor aguda atingiu meu cérebro. Era como se uma faca o estivesse atravessando, cravando-se em minha nuca.
* * *
Eu não podia acreditar no que tinha feito. Não podia acreditar que havia ido até aquela pensão à procura do tal homem que poderia ajudar Dulce a encontrar o caminho de casa. Ele podia ser o sujeito errado, alguém perigoso que eu estupidamente convidava a entrar em minha casa, colocando Maite também em perigo. Além de, é claro, existir a possibilidade de que o sujeito levasse Dulce para longe de mim. Mas ela queria se encontrar com o tal Santiago — e eu não tinha dúvidas de que se encontraria; Dulce não era de deixar um assunto de lado —, então que fosse sob as minhas condições: em um local onde eu pudesse protegê-la caso ele não fosse quem ela esperava.
Pelo pouco que ela tinha dito, eu não seria capaz de encontrar sozinho o lugar onde ela vivia, mesmo se tentasse. Então, enquanto atravessava a casa, peguei-me pensando em por que diabos eu estava ajudando a apressar sua partida.
Encontrei a dama em questão na sala de leitura, acompanhada de minha irmã e de Anahí. Um pequeno sorriso curvou a boca de Dulce quando lhe contei que Santiago viria para o jantar.
E ali estava a razão pela qual eu teria movido céus e Terra para ajudá-la. Ser merecedor de um daqueles sorrisos fazia meu peito doer de um jeito diferente, bom.
Deixei a sala o mais rápido que pude, pois me era completamente impossível afastar os olhos dela quando me sorria daquela maneira — e eu sabia que ela não gostaria de tanta atenção. Dulce evitava a todo custo manter-se próxima de mim, provavelmente por ter percebido quanto havia me cativado. Maite tinha sido a primeira a notar.
Aconteceu na mesma noite em que Dulce chegara a nossa casa.
Apesar de estar exausto devido à viagem, que me levara a cavalgar durante quase a madrugada toda, eu estava acordado, zanzando em meu quarto. Pouco antes de chegar em casa, tinha encontrado Dulce ferida e assustada, e dali em diante aquele dia se tornara uma verdadeira confusão.
Dulce não era parecida com nada que eu distinguisse, e ainda assim eu sentia como se a conhecesse havia anos. De suas maneiras ímpares ao modo de se expressar, tudo nela me intrigava e me fazia querer descobrir um pouco mais a seu respeito.
Uma batida na porta me chamou a atenção. Era Maite, em sua camisola de dormir e de tranças, como se ainda tivesse oito anos.
— Imaginei que estivesse desmaiado a esta hora. — Entrou e fechou a porta.
Acabei sorrindo.
— Não imaginou, não. Ou não teria vindo me procurar.
Ela riu e se sentou ao pé da cama.
— Tivemos um dia muito agitado, não?
Fiz uma careta diante de seu eufemismo.
— Para dizer o mínimo. — Eu me sentei ao lado dela. — Este dia foi... humm... diferente.
— Anahí acha que a senhorita Dulce está tramando alguma coisa, e que pretende nos assaltar de madrugada. Eu disse a ela que estava enganada, mas sabe como é Anahí... — Ela revirou os olhos.
— Não imagino que ela planeje nos fazer mal, Maite. Jamais a teria acolhido se suspeitasse de que ela pudesse lhe trazer algum risco.
— Eu sei disso. E concordo com você. Acho a senhorita Dulce inofensiva. — Ela ergueu as pernas, fincando os calcanhares no colchão e abraçando os joelhos. — Eu gostei muito dela, na verdade.
— Eu também. — Muito mais do que deveria, eu quis acrescentar.
— Ah, eu percebi. Você não pôde evitar ficar olhando para a senhorita Dulce.
Sobretudo quando ela estava distraída!
— Não sei do que está falando. — Meu rosto esquentou. Rapidamente me levantei e fui até a janela.
— Sabe sim, Christopher. Eu sei que você tem se esforçado para encontrar uma jovem que dê uma boa esposa, por minha causa. Mas, meu irmão, eu cresci! Não preciso de alguém que cuide de mim. Preciso de alguém que faça você feliz, assim eu serei feliz também. Eu só queria que você soubesse que não quero que se sacrifique por minha causa.
Trinquei a mandíbula e continuei olhando para o lado de fora. Ouvi Maite se mover e seus passos se aproximando.
— Se não quer pensar em si mesmo, ao menos pondere sobre a culpa que vou sentir a cada vez que olhar para você e vir a infelicidade em seu rosto.
Permaneci calado, pois não havia muito que eu pudesse dizer a respeito. Parte de mim concordava com ela. Ainda assim, um homem tem de fazer o que precisa ser feito.
Maite pousou a mão em meu ombro e esperou. Colocando as emoções em seu devido lugar, inspirei fundo e me virei. Seu rosto demonstrava preocupação, mas, em vez de insistir no assunto, ela beijou minha bochecha.
— Boa noite, christopher.
— Durma bem, Maite.
Ela já estava na porta, a mão na maçaneta, quando se virou e sorriu.
— Sabe? Você não podia ter feito escolha melhor.
Corri a mão pelos cabelos e bufei.
— Maite, eu mal conheço a senhorita Dulce. Como poderia ao menos cogitar me casar com ela?
Seu sorriso se alargou.
— Eu não mencionei a senhorita Dulce. Foi você quem pensou nela. Suponho que seja porque ela não lhe sai dos pensamentos.
— Isso não é um assunto que eu queira discutir com ninguém, muito menos com a minha irmã de quinze anos!
— Já tenho quase dezesseis! — ela rebateu, erguendo o queixo. — E, se não quer que eu discuta esse assunto, devia se esforçar mais. Deus do céu, Christopher, até o senhor Gomes percebeu a maneira como você olha para a senhorita Dulce. E olhe que, como todo homem, ele não é de dar atenção a essas coisas. Acho pouco provável que você consiga permitir que a senhorita Dulce saia de sua vida, agora que a encontrou. — E então foi embora, fechando a porta depois de passar, sem fazer barulho ou esperar por uma réplica. Não que eu soubesse o que dizer a ela. Com sua pouca idade, Maite entendera muito antes de mim como eu me
sentia em relação a Dulce.
Por isso, enquanto eu caminhava em direção à cozinha no intuito de avisar à governanta que colocasse mais um prato na mesa, perguntava-me o que estava fazendo ao trazer aquele sujeito para perto de Dulce.
Encontrei o senhor Gomes no caminho e pedi que desse o recado à senhora Madalena. Ele grunhiu ao receber a notícia.
— A senhora Madalena vai falar pelos cotovelos. Ela odeia ser avisada assim, em cima da hora.
— Eu sei, mas não tive opção. Diga a ela que não é necessário apresentar nada elaborado. O que ela já havia planejado deve servir. Não pretendo impressionar.
Não, o que eu queria eram respostas. Não que eu esperasse consegui-las por meio desse tal Santiago, mas poderia compreendê-las nos olhos de Dulce. Ela era clara como um cristal, todos os sentimentos e pensamentos transpareciam em seu olhar.
— Darei o recado. Pedirei a Sebastião que lhe prepare o banho.
— Fico grato, Gomes.
Segui para o quarto e me livrei do casaco e da gravata. Corri a mão pelo queixo e percebi que precisava me barbear se quisesse parecer apresentável. Abrindo a gaveta do toucador, encontrei a navalha e o pincel.
Sebastião apareceu quando eu estava finalizando o pescoço.
— Eu posso terminar para o senhor — ele ofereceu, esperançoso como sempre depois de terminar com a banheira.
— Não é necessário, Sebastião — respondi, como de costume. Um homem faz a própria barba, ainda que seja rico o bastante para que outros possam se ocupar com isso. — Apenas quero tomar um banho.
— Deseja que lhe separe algum traje especial?
— Eu mesmo encontro algo decente para vestir.
— Uma bebida para aliviar as preocupações, patrão?
— Não, obrigado. — Limpei a lâmina na toalha.
— Quer que eu lhe separe a correspondência, então?
— Já fiz isso, Sebastião.
Os ombros dele caíram.
— Bem, há alguma coisa que eu possa fazer pelo senhor?
Tive de conter a risada. Sebastião ainda era muito jovem e tentava impressionar.
E achava que para tanto deveria desempenhar mais do que sua função no estábulo, por isso vivia me atormentando em busca de pequenas tarefas.
Enxaguei o rosto e o sequei.
— Humm... Você poderia... hã... verificar a roda da carruagem. Maite reclamou de um barulho outro dia.
— Sim, claro. Imediatamente! — E, sorrindo, deixou o quarto em uma euforia só.
Terminei de me despir e entrei na banheira. Não me demorei muito. Estava ansioso em níveis tão diferentes que mal me reconhecia. Era assim que me sentia ao ficar longe de Dulce, agitado, inquieto, em guarda. Desse modo, vestime adequadamente e saí para procurar a mulher a quem meus pensamentos pertenciam nos últimos dias.
Encontrei-a deixando seu quarto. Usava o vestido rubro que eu comprara para ela no ateliê de madame Georgette, os cabelos soltos lhe caindo nos ombros como um véu de ouro. Ela me tirou o fôlego. Dulce seria o próprio pecado encarnado, não fosse pelo rubor que lhe coloriu as bochechas conforme eu a contemplava.
Tentei parar de olhá-la, mas me sentia atraído por ela da mesma maneira que um inseto pela chama da vela. Uma atração irresistível, prazerosa e fatal.
— Vejo que meu presente lhe caiu muito bem, senhorita.
— Obrigada. Já estou pronta. Estava indo agora mesmo procurar por você e Maite.
— E eu vim justamente saber se estava pronta! Está encantadora esta noite, senhorita Dulce.
— Obrigada, Christopher.
Toda vez que ela me chamava pelo nome, eu imaginava como seria beijá-la e, naturalmente, ouvi-la gemer meu nome de encontro a minha boca. Toda maldita vez.
— Posso acompanhá-la até a sala?
— Não precisa, Christopher. O caminho para a sala eu já conheço. Este é um dos únicos em que eu não me perco.
— Eu insisto. — Alcancei sua mão e a repousei na dobra do cotovelo, simplesmente porque precisava tocá-la de alguma maneira. — Uma dama tão encantadora deve ser conduzida por um cavalheiro. Sei que lhe desagrada que seja eu o cavalheiro em questão, mas sou o único presente no momento.
Ela refutou a ideia de imediato, tagarelando sobre estar habituada a um cotidiano repleto de agitação e encontrar dificuldade para se adaptar a épocas de calmaria.
Não pude evitar sorrir. Nunca tinha conhecido alguém mais impulsivo, petulante e agitado que Dulce.
— Já percebi isso — falei. — Mas não pode negar que hoje à tarde você fugiu de mim.
Eu a encontrara no estábulo, conversando com Storm. A cena parecia uma pintura, vista de longe. Os cabelos claros de Dulce se agitavam suavemente enquanto ela acariciava o pescoço do animal selvagem. Desejei ter uma tela e um grafite à mão e imortalizar aquele momento. Porém, tão logo me aproximei, ela se apressou em voltar para casa. Desconfiava que a tivesse ofendido, só não sabia de que maneira exatamente. Desconfiava, mas, em se tratando de Sofia,
não ousava afirmar nada.
— Não fugi, não! — Mas seu rosto ficou todo vermelho. — Eu realmente prometi me encontrar com Maite hoje à tarde. Não teve nada a ver com você.
Nada a ver mesmo!
— Não precisa se explicar. Eu compreendo. — Ou ao menos imaginava compreender. — Você não quer ficar sozinha comigo. Imagino que não queira que nos vejam juntos e tirem conclusões erradas. Entendo perfeitamente, não se preocupe.
— Não é nada disso! Sabe que não me importo com esse tipo de coisa. — Ela corou de novo, desviando o olhar. Como podia ser tão doce e atrevida ao mesmo tempo?
— E então por quê?
Eu podia ouvir a voz de Maite conforme nos aproximávamos da sala, por isso detive Dulce, colocando-me a sua frente para impedir que prosseguisse. Seus olhos encontraram os meus, e eu senti como se estivesse sendo sugado por eles.
— Porque... eu fico meio... inquieta quando você me olha do jeito que está olhando agora. E isso não é bom. Pra ninguém aqui!
— E por que não é bom?
Ela estremeceu com meu sussurro, e os pelos de minha nuca se eriçaram em resposta.
Desamparada, ela abriu os braços.
— Porque eu vou embora logo, Christopher. Não tem sentido me afeiçoar a ninguém aqui.
— Mas você está aqui agora. Por ora, este é seu lugar. — Levei a mão a seu ombro. Mesmo com o tecido, o calor de sua pele atingiu o centro de meus ossos e a quentura se espalhou feito um rastro de pólvora por todo o meu corpo. Quando suas mãos se apoiaram em meu tórax e ela deu um passo mais para perto, meu coração disparou, galopando no peito. Parecia música. Parecia dizer o nome dela.
Ela inclinou o rosto para cima, os olhos nos meus, os lábios se entreabrindo para mim. Enrosquei o braço em sua cintura, grudando-me a ela. Naquele instante, abraçado a Dulce, senti que meu mundo era perfeito, que tudo fazia sentido, afinal. Por causa daquela garota. Dela e apenas dela.
Curvei-me para ela, dizimando a distância entre nossa boca. Entretanto, antes que eu pudesse alcançá-la, Dulce sacudiu a cabeça e, como se acordasse de um sonho, arfou, empurrando-me de leve para se soltar.
A risada de Anahí me chegou com certo atraso, e só então me dei conta do que estava prestes a fazer.
Como podia ter tentado beijá-la no corredor, onde qualquer um seria capaz de nos surpreender? Como eu podia ser tão hipócrita, tentando protegê-la do tal Santiago, quando na verdade ela precisava de proteção contra mim, seu anfitrião? Diabos, eu devia deixá-la em paz!
E teria deixado, se pudesse. Porém, toda vez que eu me aproximava de Dulce, ela me roubava os pensamentos, o pulso e o juízo. Cada pensamento era dela. Cada batimento cardíaco era para ela. E não havia nada que eu pudesse fazer, porque... porque eu... tinha perdido meu coração.
E, inferno, se eu não conseguisse fazer Dulce mudar de ideia, ela iria embora, levando-o consigo para onde quer que fosse e...
Subitamente a imagem mudou, tornou-se uma mancha escura que foi reduzindo de tamanho até virar um ponto miúdo e desaparecer. Algo suave tocou minha mão. Com algum custo, abri os olhos e imaginei ter visto Dulce pairando sobre mim.
— Desculpa, Christopher, mas vai ser melhor assim — pensei ter ouvido em meio à bruma sonolenta na qual eu me encontrava, enquanto ela deslizava um anel de meu dedo.
tahhvondy: Uma pessoa muito boa que resolveu ajudá-la kk bjss
GrazihUckermann: Vai, ela percebeu sim até falou com a Nina, não logo logo eles acham ela, sim vou publicar o livro narrado pela Maite quando eu conseguir baixar ele bjss
Comentem!!!
Autor(a): Fer Linhares
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Despertei com o corpo inteiro protestando, dolorido. Meu pescoço estava rígido, a coluna gritava, as costelas latejavam. Gemendo baixo, rolei para o lado na tentativa de me ajeitar na cama e acabei caindo no chão. Abri os olhos ao desalojar a cabeça de dentro de uma de minhas botas, perscrutando o quarto.Ora, mas que inferno! Aquilo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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tahhvondy Postado em 14/02/2017 - 17:51:28
nossa simplismente amei!cada um dos livros maravilhosos essa historia e incrível que não tem como não ser apaixonar por ela o amor deles e lindo o Christopher e mt fofo vou sentir saudades dessas confussões deles
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GrazihUckermann Postado em 13/02/2017 - 19:10:55
Eu AMEI! não sei qual dos livros foi o melhor. obrigada por postar essa história incrível, essa história é muito linda. Christopher é muito fofo <3 O amor deles é incrível. Quando ele a esqueceu ele se apaixonou por ela de novo, e eu tive que me segurar pra não chorar nessa parte s2 Fiquei feliz com o final da Madelena e do Seu gomes. Espero que tenha outro Baby vondy no livro da Maite, dessa vez tem que ser menino kkjk e não terá um nome melhor que Alexander para dar ao menino neh?? Estarei na próxima fanfic com você, comentando em todos os capitulos. Tchau. um diaa eu volto para ler de novo. (Acho que não demora muito, por amei a história e quero muito ler de novo) s2
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tahhvondy Postado em 13/02/2017 - 10:57:28
ai já ta acabando que triste mas ainda bem q vx consequiu baixa o da Maite
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GrazihUckermann Postado em 10/02/2017 - 20:35:51
Continuaaaaaaaaaaaaa! s2
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tahhvondy Postado em 09/02/2017 - 11:28:34
chequei continua por favor
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GrazihUckermann Postado em 09/02/2017 - 09:49:37
Continuaaaaa! s2
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GrazihUckermann Postado em 07/02/2017 - 16:32:39
FINALMENTE! CONTINUAAAAAAAAAAAAAA s2
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GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:08:32
T-T
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GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:02:21
Caraca essa confusão me deixou confusa kkkjk quando ele esquecer ela, ele meio que vai sumir?? vai aparecer no século dezenove como se nada tivesse acontecido?? é isso? não entendi kkkjk Continue mulher, não me deixe ansiosa! s2
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GrazihUckermann Postado em 05/02/2017 - 22:21:37
ai me deus!!!! CONTINUAAAAAA T-T