Fanfics Brasil - Capítulo 44 Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA]

Fanfic: Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 44

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O pesadelo se repetia. Era exatamente como da outra vez. Uma febre, acompanhada de alguns espirros, depois a tosse carregada, a falta de ar. Um pouco de confusão. A prostração. A debilidade.
Dois dias antes, Dulce e eu fazíamos planos para aumentar a família. Agora?
William me dizia que Marina não teria a mãe por muito mais tempo.
— Não! Não é verdade! — Rebati a vontade de socá-lo. De socar qualquer coisa que fosse.
— Senhor Uckermann, eu quis conversar com o senhor porque estou convicto de que
não há mais nada que eu possa fazer por ela. — Seu olhar estava na porta atrás de mim, no largo corredor. Seu semblante era austero e, de alguma forma, compadecido também. O tipo de olhar que não se deseja ver no rosto do médico que cuida de sua esposa doente.
— Você não sabe o que está dizendo. Dulce não está morrendo! — Mas ela estava. A cada segundo, a cada volta do relógio, sua respiração se tornava mais sofrida, curta e rasa. — O doutor Almeida deve chegar em breve. Ele saberá como cuidar dela!
William abanou a cabeça.
— Gostaria que fosse verdade, senhor Uckermann. Se eu suspeitasse de que a piora da senhora Uckermann se devia à minha falta de capacidade, seria o primeiro a lhe sugerir que procurasse outro médico. Mas não é o caso, senhor. Os pulmões de Dulce estão muito comprometidos, o coração sobrecarregado. Desconfio que ela tenha pegado a doença da senhora Herbert. Não há... mais nada a ser feito.
— Suma daqui! — Dei meia-volta e entrei no quarto, recostando-me à porta e fechando os olhos. Meus olhos pinicavam. A dor no centro do peito bloqueava a respiração. William não sabia o que estava falando. O maldito moleque não fazia ideia do que estava falando.
— Eu sinto muito, senhor Uckermann — sua voz abafada atravessou o painel, então ouvi seus passos se afastando.
— Christopher... — Dulce sussurrou da cama.
Abri os olhos, mas desejei fechá-los. Vê-la daquele jeito estava me matando. Eu tinha dificuldade para respirar, dificuldade para me manter de pé, pois meus joelhos fraquejavam. Entretanto, de alguma maneira, consegui chegar até a cama e me sentar a seu lado.
— Estou aqui, meu amor. — Peguei sua mão fria e a levei à boca.
— É muito chato ficar aqui neste quarto, sabia?
— O doutor Almeida está a caminho, recebi uma mensagem ainda agora. Deve chegar a qualquer hora amanhã e vai... — O quê? Fazer por ela o que não tinha sido capaz de fazer por meu pai? O que William não tinha sido capaz de fazer pela senhora Herbert?
— Estou com frio. — Ela se encolheu até se tornar uma bola.
Tão pequena. Tão frágil sobre aquele colchão.
Puxei o cobertor mais para cima. Meu dedo resvalou em sua bochecha. Ela ardia. Sua boca estava muito branca e seca, descamando onde havia mais volume em decorrência da alta temperatura. Os olhos enevoados não se fixavam em nada por mais de três segundos. Ela havia perdido peso, mal comera nos últimos dias, e o pouco que conseguira ingerir tinha botado para fora. Seu peito mal se movimentava com as curtas e custosas inspirações e expirações.
— Marina já comeu? — ela quis saber, umedecendo os lábios.
— Sim, Maite está com ela. — Peguei o copo de água sobre a mesa de cabeceira e levei a seus lábios, mas ela recusou.
— E você? Comeu alguma coisa?
— Claro — menti. — Acabei de fazer isso. E agora é a sua vez. — Pousei o copo na mesa e indiquei com a cabeça a bandeja que Madalena trouxera pouco antes de William bater à porta.
— Depois eu como. Meu estômago não tá legal agora.
— Dulce, se você não comer por bem, vai comer por mal. Você precisa estar forte para conseguir vencer esta maldita doença.
Um sorriso triste surgiu em seus lábios quando ela ergueu a mão que eu segurava para tocar meu queixo áspero com a barba de dois dias.
— Christopher, se eu não conseguir...
Fechei os olhos.
— Pare.
— Mas eu não posso! Se eu não conseguir...
— Não. — Eu me levantei da cama e comecei a andar pelo quarto. — Nem mais uma palavra, Dulce. Eu não quero ouvir.
Era como se eu tivesse voltado no tempo outra vez. De novo a mesma conversa, naquele mesmo quarto, mas dessa vez era cem vezes pior. Um milhão de vezes pior. Se meu coração já não estivesse reduzido a cacos e pó, teria se estilhaçado naquele instante. Não pude fazer nada quanto ao tremor que sacudiu meus ossos dentro da carne, como se eu fervilhasse, mas a sensação era fria e excruciante.
Eu queria gritar. Berrar a plenos pulmões até aquela dor passar. Gritar tão alto e tão forte que seria capaz de mudar o modo como o mundo girava. Gritar até me dissolver em apenas um eco que por fim se calaria, desaparecendo sem deixar vestígios.
— Você precisa me escutar, Christopher. Se eu não...
— Não. Você é quem deve me escutar! — Voltei para a cama e tomei seu rosto entre as mãos, chegando bem perto dela, para que assim seus olhos não pudessem fugir. — Não se atreva, Dulce. Não se atreva a desistir!
— Eu não estou desistindo, Christopher. Mas eu... ouvi você e o William conversando ainda agora.
— Não. — Fechei os olhos. — Não dê ouvidos a ele. Você vai ficar bem! Vai se curar e não vai a lugar alg... — Então me detive. Havia uma maneira de salvá-la!
— Vou mandar você de volta.
— Para onde? — ela perguntou, confusa.
— Para o seu tempo! Vou mandá-la de volta para o seu tempo! Os médicos de lá sabem como curá-la. Eles salvarão você!
Soltei o rosto de Dulce com cuidado e comecei a me levantar, mas sua mão fraca resvalou em meu antebraço, de modo que eu me detive.
— Não — sussurrou. — Não é assim, Christopher. A máquina do tempo só funciona quando quer, não quando nós queremos. E, mesmo que não fosse desse jeito, eu não iria. Aquele não é mais o meu tempo. O meu tempo é este, com você e a Marina. Não importa como ou quando essa jornada vai terminar, meu lugar é aqui.
Ao diabo com isso! Eu pegaria a máquina do tempo e a faria funcionar, de alguma maneira. Tinha de tentar. Tinha de levá-la para aquele mundo onde as doenças já não eram uma sentença de morte, onde os médicos operavam curas impossíveis todos os dias, graças a milagres vendidos em...
Meu olhar se fixou na cômoda repleta de vidros e potes.
— Meu bom Deus!
— O que foi? — Dulce perguntou naquela voz fraca.
Beijei sua mão antes de soltá-la e atravessei o quarto, buscando com dedos trêmulos dentre os frascos de cosméticos a caixinha que eu deixara sobre aquela cômoda dias antes. Mas não estava em nenhum lugar à vista.
— Po*rra!
Comecei a abrir as gavetas, vasculhando cada uma delas, derrubando roupas e pertences de Dulce em minha afobação. Meus dedos então tocaram o papel rígido e se fecharam ao redor da caixa.
Aquilo tinha de funcionar.
Rasguei a caixinha ao abri-la e ali dentro encontrei uma fileira de comprimidos púrpura em um encarte prateado. Mas como eu deveria proceder? Quantos daqueles comprimidos deveria dar a ela? Dois? Dez? Todos de uma vez?
Um pequeno pedaço de papel caiu a meus pés. Eu o peguei e, desfazendo as muitas dobras, encontrei uma espécie de livreto. Tentei firmar a mão, focar os olhos, mas via tudo borrado.
Voltei para a cama e beijei a testa de Dulce.
— Preciso ir até a sala, mas voltarei antes que sinta a minha falta.
— Isso não será possível. — Ela encostou dois dedos em minha garganta, fraca demais para enroscar os dedos na camisa, como costumava fazer.
Disparei pelo corredor, esbarrando em um aparador. O vaso sobre ele se sacudiu e encontrou o chão, cacos e flores se espalhando pelo assoalho polido.
Minha irmã estava na sala tentando distrair Marina com uma coleção de bonecas de pano em que minha filha parecia pouco interessada. E, graças aos céus, William ainda estava ali. Eu o encontrei na porta, o chapéu na mão, pronto para ir embora.
— Christopher — sobressaltou-se minha irmã, o rosto preocupado.
Balancei a cabeça. Não tinha tempo para explicar. Andei até William, até ficar a um braço de distância.
— Salve-a! — Estendi a ele a caixa do remédio de Rafael.
— O que é isso?
— Eu não faço a menor ideia. Mas pode salvá-la. Me ajude a descobrir como, por favor.
William a examinou por diversos ângulos, franzindo a testa.
— Senhor Uckermann, eu...
— Por favor! — Enfiei o livreto em sua mão.
William começou a ler, a mão inconscientemente procurando onde deixar o chapéu. Ele o pendurou em um guarda-chuva de Maite.
— Eu desconheço tudo isso. Não entendo metade do que diz — murmurou, sem erguer os olhos.
— Também não consegui entender. Mas deve haver algo que lhe soe familiar.
Apenas descubra como podemos tratá-la usando isto e me procure. — Guardei o remédio no bolso, mantendo a mão sobre ele enquanto retornava para o quarto.
Encontrei Dulce adormecida. Sem fazer barulho, sentei-me a seu lado, velando seu sono, rezando para que Willam descobrisse como aquele milagre poderia funcionar.
Não tardou para que houvesse uma batida na porta. Encontrei William boquiaberto,
parado em frente ao painel de madeira, o livreto ainda nas mãos.
— Onde o senhor encontrou isso?
— Descobriu como podemos tratá-la? — Isso era tudo o que importava.
— A principal recomendação é seguir a indicação do médico. — O rapaz endireitou os ombros ao perceber que não obteria uma resposta, assumindo uma postura profissional antes de entrar no aposento.
— E então? — Fechei a porta.
Ele balançou a cabeça.
— Eu não tenho ideia do que lhe dizer, senhor Uckermann. Muito pouco do que li neste folheto me é familiar.
Fechei os olhos, pressionando as têmporas com os punhos fechados. Por favor, por favor!, eu implorava em silêncio.
— Mas...
Abri os olhos no mesmo instante e o encarei.
— Encontrei algumas sugestões de tratamento. E também alertas sobre possíveis complicações derivadas do uso dessa substância. Não posso lhe garantir que isto vai salvá-la, da mesma maneira que não posso garantir que não vai matá-la mais depressa. Não é nada remotamente semelhante a qualquer coisa que eu já tenha visto.
Meu bom Deus!
Relanceei Dulce, prostrada sobre o colchão. Seu peito mal se movia.
— Se não fizermos nada... — Minha voz falhou. Não consegui fazer a pergunta, mas William entendeu.
— Pouco tempo, senhor. Ela tem... pouco tempo. Se sobreviver a esta noite, será um milagre.
Meus olhos ainda estavam em minha mulher, adormecida na cama. Sua pele quase não oferecia contraste com a camisola e os lençóis brancos.
Encarei William.
— Me diga o que devo fazer.
— O senhor entende os riscos, senhor Uckermann? Entende que não há garantia de nada?
— Entendo. Mas se há uma chance de que ela... — Engoli em seco, o nó na boca do estômago se contraindo. — Me diga o que devo fazer, William.
Ele soltou um longo e ruidoso suspiro.
— Que Deus nos ajude...
Dessa vez eu concordava com ele.
William me disse que, segundo o livreto, eu deveria dar a ela apenas um comprimido por vez, a cada doze horas, e este começaria a funcionar em dois quartos de hora.
Acordei Dulce e a fiz engolir o remédio com um pouco de água. Ela pareceu confusa, e eu não tinha certeza se era por causa do sono, da febre ou da pneumonia. Então Williame eu ficamos ali. Eu, um olho em cada inspiração e expiração de Dulce e o outro no relógio. Já William se sentou na cadeira perto da porta, devorando o livreto novamente. E outra vez ainda.
— Penicilina... — ele murmurou.
Uma hora se passou sem mudança alguma, exceto que ela parecia pior. Então duas horas. Três. A temperatura de Dulce continuava alta, seus lábios entreabertos e descamados estavam acinzentados, o pulso fraco e mais rápido do que nunca.
Deus, não havia funcionado. Eu ia perdê-la.
Curvei-me sobre ela, fechando os olhos com força e tentando deter o tremor nos ombros, o embrulho no estômago, os soluços. Mas fui incapaz. Como poderia? A mulher que significava o mundo para mim estava partindo, e dessa vez não havia nada nem ninguém que pudesse trazê-la de volta.
Naquele instante, com o rosto molhado e o peito aberto e sangrando, também chorando, desejei que ela nunca tivesse voltado. Que jamais tivesse me escolhido. Que tivesse permanecido em seu tempo, onde havia meios de tratá-la quando adoecesse, tendo assim uma vida longa e feliz junto dos amigos que eu também aprendera a amar.
Uma batida no ombro me fez erguer a cabeça de leve.
— Não perca a fé, senhor Uckermann. — A voz de William soou muito longe. — Vou deixá-lo com sua esposa, mas estarei na sala. Se houver qualquer mudança, mande me chamar imediatamente.
Concordei e ele saiu — ou deve ter saído, não cheguei a olhar para me certificar.
Descalcei as botas, estiquei-me sobre o cobertor ao lado de Dulce e a abracei, pressionando o peito de encontro ao seu, como se o que havia ali dentro, sadio, de alguma maneira pudesse ajudar o dela, enfermo. A porta do quarto se abriu muitas vezes. Madalena, Gomes, minha irmã e até Cassandra vinham em busca de notícias. Não houve nenhuma.
Apertando-a com força, como se com isso eu pudesse mantê-la comigo para sempre, eu a segurei durante a noite toda. Eu a teria segurado por uma vida inteira. Mais tempo que isso até.
Um novo dia começou sem que eu percebesse. O sol brilhava e se infiltrava pela trama das cortinas, salpicando o quarto de pequenos pontos luminosos. Os pássaros cantavam ali perto. Era injusto, não combinava com o que estava acontecendo.
Por volta das dez da manhã, imaginei ter percebido uma pequena, ínfima melhora em seu pulso. O medo de ter esperança, de estar imaginando coisas, deixou-me mudo, paralisado por quase um quarto de hora. Tudo o que pude fazer foi observá-la atentamente, buscando qualquer sinal de que eu não estava fantasiando. Havia um pouco de cor em seus lábios. Nada comparado ao rosado escuro, quase rubro, tão característico deles, mas já não estavam cinzentos. Não muito. E cerca de meia hora depois, quando uma lágrima de suor brotou em sua testa, não pude mais conter a esperança que se infiltrou em meu peito. Sim, ela ainda queimava em febre, mas me pareceu menos quente então.
Saí do quarto um tanto atrapalhado e tonto, correndo descalço pela casa. Acabei pisando nos cacos do vaso que eu quebrara na noite anterior e de que Madalena certamente ainda não se dera conta. Praguejei baixo e removi o estilhaço do pé, uma linha vermelha surgindo. Sangrei até a sala, onde William tinha um caderno
apoiado no braço do sofá, a outra mão segurando o livreto do remédio. Sua aparência amarrotada me disse que ele também não havia dormido.
Nossos olhares se cruzaram. Tentei dizer a ele alguma coisa, qualquer coisa, mas não pude. Então apenas tentei sorrir em meio à umidade que me brotou nos olhos. Lentamente, ele se levantou da poltrona, seus estudos esquecidos, a boca entreaberta em uma exclamação silenciosa.
Retornei para o quarto, mancando, deixando um rastro escarlate no assoalho que Madalena limpava com tanto esmero. William passou pela porta do quarto segundos depois de mim e se apressou em examinar Dulce. Seu semblante se iluminou ao notar as sutis mudanças que eu tinha percebido pouco antes. Ela acabou despertando durante o exame. Seu olhar ainda ligeiramente confuso, mas não mais embotado, fixou-se no meu.
— Oi. — Sua voz estava rouca.
— Oi. — Caí de joelhos ao lado da cama e peguei sua mão. Sua palma já não estava fria. Abaixei a cabeça e depositei um beijo ali. Seus dedos acariciaram minha bochecha úmida. Não havia força neles, mas a firmeza estava presente.
— Respire fundo, senhora Uckermann — pediu William.
— Tá. — Ela fez o que o médico ordenou enquanto ele prosseguia com o exame, mas seu rosto permaneceu voltado para o meu, a mão ainda em meu rosto.
Quando o esforço lhe pareceu demais e ela ameaçou deixá-la cair, eu a amparei, segurando sua palma de encontro a minha pele. Gostaria de ter me barbeado, pensei. Oferecer-lhe algo mais suave que este emaranhado de pelos ásperos.
— Deus todo-poderoso! — William exclamou baixinho.
Minha atenção se fixou nele imediatamente.
— Não posso garantir. — Ele guardou seu equipamento na maleta. — Mas arrisco dizer que, apesar de o estado da senhora Uckermann ainda inspirar cuidados, já não oferece perigo.
— Ah, meu bom Deus! — Isso teria me feito cair de joelhos se eu já não estivesse nessa posição. A esperança que crescia em meu peito se transformou em alívio e em uma espécie de gratidão tão profunda que fez lágrimas rolarem sem controle. Eu me curvei sobre ela, descansando a cabeça em seu peito e ouvindo o som mais lindo de todo o mundo: o pulsar de seu coração. Não me importei que William me visse chorar. Não me importei que Dulce me visse soluçar.
Quando se é agraciado com uma nova chance, tudo o que se pode fazer é dar vazão aos sentimentos que lhe obscurecem a alma e se sentir grato. Abençoado.
Seus dedos fracos se enroscaram em meus cabelos. Virei a cabeça e a fitei, embebendo-me com as sutis — e, de alguma maneira, monumentais — mudanças em sua aparência.
— Eu estou bem, Christopher.
Não, ela não estava.
Mas ficaria.
O roncar faminto de seu estômago ressoou pelo quarto, como se concordasse comigo.
— Com fome? — perguntei enquanto seus dedos percorriam minhas bochechas, tentando secá-las.
— Faminta. Será que você pode me arrumar alguma coisa bem gordurosa pra comer?
Fitei William.
— Eu recomendaria um caldo quente, para testar seu estômago — ele aconselhou.
Voltei a atenção para Dulce, afastando alguns fios de cabelo de seu rosto. As raízes começavam a ficar úmidas.
— Pedirei a Madalena que lhe prepare uma sopa, que tal?
— Na verdade, eu mesmo farei isso, senhor Uckermann. — William colocou a maleta sobre a cômoda. — O senhor não pode ficar andando desse jeito. Voltarei logo para cuidar do seu pé. — E deixou o quarto a passos rápidos.
— O que aconteceu com seus pés? — Dulce quis saber assim que ele fechou a porta.
— Pé, no singular. E não é nada com que deva se preocupar.
Suas sobrancelhas se abaixaram, o queixo se elevou um pouco daquela maneira petulante que eu amava tanto.
— Desembucha logo, Christopher, e não me obrigue a me levantar desta cama pra quebrar o seu nariz!
Minha gargalhada repercutiu por toda a casa, disso eu tinha certeza.
Então aproximei o rosto do dela até ficar a um suspiro de distância, perdendo-me em seus olhos castanhos.
— Isso, meu amor, seria a maior felicidade de todas. — E a beijei.



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Autor(a): Fer Linhares

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— Minha querida senhora Uckermann! Como é bom vê-la tão bem! — exclamou lady Romanov, inclinando-se sobre a balaustrada que separava o seu camarote do nosso, no grande teatro da cidade.Dulce se espantou com seu entusiasmo, olhou de relance para Maite e para mim, mas a cumprimentou com cortesia, assim como fizemos eu e minha irm& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • tahhvondy Postado em 14/02/2017 - 17:51:28

    nossa simplismente amei!cada um dos livros maravilhosos essa historia e incrível que não tem como não ser apaixonar por ela o amor deles e lindo o Christopher e mt fofo vou sentir saudades dessas confussões deles

  • GrazihUckermann Postado em 13/02/2017 - 19:10:55

    Eu AMEI! não sei qual dos livros foi o melhor. obrigada por postar essa história incrível, essa história é muito linda. Christopher é muito fofo <3 O amor deles é incrível. Quando ele a esqueceu ele se apaixonou por ela de novo, e eu tive que me segurar pra não chorar nessa parte s2 Fiquei feliz com o final da Madelena e do Seu gomes. Espero que tenha outro Baby vondy no livro da Maite, dessa vez tem que ser menino kkjk e não terá um nome melhor que Alexander para dar ao menino neh?? Estarei na próxima fanfic com você, comentando em todos os capitulos. Tchau. um diaa eu volto para ler de novo. (Acho que não demora muito, por amei a história e quero muito ler de novo) s2

  • tahhvondy Postado em 13/02/2017 - 10:57:28

    ai já ta acabando que triste mas ainda bem q vx consequiu baixa o da Maite

  • GrazihUckermann Postado em 10/02/2017 - 20:35:51

    Continuaaaaaaaaaaaaa! s2

  • tahhvondy Postado em 09/02/2017 - 11:28:34

    chequei continua por favor

  • GrazihUckermann Postado em 09/02/2017 - 09:49:37

    Continuaaaaa! s2

  • GrazihUckermann Postado em 07/02/2017 - 16:32:39

    FINALMENTE! CONTINUAAAAAAAAAAAAAA s2

  • GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:08:32

    T-T

  • GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:02:21

    Caraca essa confusão me deixou confusa kkkjk quando ele esquecer ela, ele meio que vai sumir?? vai aparecer no século dezenove como se nada tivesse acontecido?? é isso? não entendi kkkjk Continue mulher, não me deixe ansiosa! s2

  • GrazihUckermann Postado em 05/02/2017 - 22:21:37

    ai me deus!!!! CONTINUAAAAAA T-T


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