Fanfics Brasil - Capítulo 8 Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA]

Fanfic: Destinado - As Memórias Secretas do Sr. Uckermann (Vondy) [TERMINADA] | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 8

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Cretino. Imbecil.
O que eu estava pensando quando deixei aquela maldita coisa dentro de casa, pondo em risco minha família? Qualquer um poderia ter encontrado. Qualquer um poderia ter acionado por engano. Qualquer desavisado poderia ter embarcado em uma viagem sem volta.
Maite. Por Deus, Maite!
— Christohper, do que você tá falando? — Dulce inquiriu.
Storm, ainda instável, ameaçou empinar outra vez. Entorpecido como estava, achei melhor descer e ajudar Dulce a desmontar.
Eu podia imaginar Maite indo até meu escritório para pegar o livro. Podia ver como estava perdida em pensamentos, irritada a ponto de não prestar atenção em quase nada. Então ela ouviria aquele som, que era difícil de ser ignorado. Seu rosto se retorceria, confuso, quando o zumbido se repetisse. Eu podia vislumbrá-la indo em direção ao ruído, o medo e a curiosidade duelando dentro de si. A curiosidade venceria. Ela teria resgatado o aparelho de dentro da gaveta.
Examinaria atentamente o objeto reluzente, com o coração disparado. Talvez o tenha girado nas mãos e, de alguma forma, acidentalmente fizera a coisa funcionar.
— Christopher, quer parar de andar de um lado para o outro e me contar o que está acontecendo? Por que você mencionou uma máquina do tempo?
Esfreguei a mão trêmula no rosto e tentei me manter no lugar.
— Porque a sua voltou, Dulce. O celular voltou.
— O quê?! — Ela deu um passo para trás, a mão buscando apoio,
empalidecendo. Eu me adiantei e a ajudei a se firmar.
— Eu o encontrei em sua mesa de cabeceira na noite passada.
Ela começou a tremer.
— T-tem certeza? Tem certeza que era ele? Tem certeza que não confundiu com aquele outro que tinha as fotos da Nina? Eu te mostrei esse, lembra?
— Eu queria muito acreditar que confundi os dois, mas não foi isso. — Minha voz falhou. — Era ele, Dulce. Prateado e reluzente. Zumbindo feito uma praga.
— Mas... mas por que ele teria voltado? Ela disse que era para sempre!
Era o que eu também pensava.
— Havia uma mensagem para você, mas eu não cheguei a ler. Nem saberia como fazer isso. Eu o escondi em meu escritório, e acredito que Maite o tenha descoberto.
— O quê?!
Ela estava pálida demais, e temi que desmaiasse ou passasse mal. Eu corria esse risco, já que meu estômago revirava, deixando-me nauseado e zonzo.
Buscando seus olhos, narrei a ela o que acontecera na noite passada, pouco depois de nos separarmos no corredor. Enquanto eu falava, imagens de Maite surgiram em minha mente. A bebê pequenina que nascera fora do tempo. Eu a odiei a princípio, quando meu pai disse que agora eu tinha uma irmã. Durante meses, mamãe não falava em outra coisa. Mas bastou um olhar para que eu sentisse aquela ligação de amor profundo pela criança. Daquele dia em diante, proteger Maite se tornou minha principal ocupação; deixá-la sempre feliz era uma
obrigação. Por isso, contar a minha irmã que nossa mãe havia morrido e, dez meses depois, que nosso pai se juntara a ela foi uma agonia. Tão pequena para já ter de lidar com tantas mortes. Ela ainda não superara a perda da mãe e se negara a acreditar que o pai havia partido também. Gritara até perder a voz.
Então se deixou cair no chão, aos soluços, em um abandono absoluto, espelhando meus próprios sentimentos. Abaixei-me e a abracei com força.
— O que será de nós agora, Christopher? — Seus braços finos se prenderam em minha cintura, a cabeça enterrada em meu peito.
— Eu cuidarei de você, Maite. Prometo. Papai me ensinou a ser um homem. E a partir de hoje eu sou o responsável por você. Sempre estarei aqui para você.
— Mas, Christopher, quem vai cuidar de você? — ela quis saber, aos soluços.
— Não preciso que ninguém cuide de mim.
E eu cuidei de nós dois. Fiz o melhor que pude e pensei que tivesse conseguido.
Realmente pensei. Mas, então, veio a noite passada e agora ela estava em um lugar onde eu não podia mais protegê-la.
— Você não pode estar falando sério, Christopher — disse Dulce. Tenho quase certeza de que ela conseguiu ouvir meu coração se partindo ao meio.
— Gostaria de não estar.
— Ai, meu Deus! Isso não pode ser verdade. — Ela levou as mãos à cabeça e começou a andar. — Tem certeza, Christopher? Tem certeza que não era uma cigarreira ou outra coisa?
— Diabos, Dulce! Você acha que eu me esqueceria daquela coisa? Dos ruídos que aquele objeto produz e que antecederam a sua partida? Ele me perseguiu em pesadelos durante meses! Mesmo depois de você ter voltado para mim, passei inúmeras noites acordado, temendo que ele voltasse e a levasse embora outra vez. Então, não, eu não o confundiria com uma cigarreira.
Ela enterrou o rosto nas mãos, sacudindo a cabeça.
— Desculpe. Me desculpe, Christopher. Eu só... não quero acreditar que a Maite...
Maldição. Estendi o braço e a puxei, prendendo-a em um abraço firme.
— Perdoe-me também.
Ela ergueu o rosto banhado de lágrimas. Tentei apagá-las com o polegar.
— O que faremos agora, Christopher? Temos que ir atrás dela!
O nó na garganta ameaçou me tirar todo o ar.
— E como faremos isso? Acredite, eu tentei descobrir uma maneira de ir para o seu tempo durante meses e nem cheguei perto de conseguir.
— Eu sei! — E se afastou para me encarar. — Mas a gente tem que fazer alguma... — Ela se deteve. Um pequeno vislumbre de esperança em seus olhos foi o que bastou para que eu colocasse toda aquela dor de lado e me concentrasse. Se havia uma chance de trazer Maite para casa, ainda que ínfima, eu me agarraria a ela com unhas e dentes.
Mas então Dulce disse:
— Preciso falar com a minha fada madrinha.
Esplêndido. Fadas madrinhas eram, certamente, algo muito simples de encontrar...
Ainda assim me ouvi perguntar:
— E sabe como fazer isso?
— Não. — Ela fungou, esfregando o nariz. — Nos contos de fadas não ensinam, e ela com certeza não me deu um cartão.
— Como conseguiu encontrá-la da outra vez?
— Ela me encontrou. Simplesmente apareceu do nada quando eu já tinha desistido. Não acredito que isso esteja acontecendo de novo, Christopher. Não é possível que isso esteja acontecendo de novo. Nossa vida estava tão tranquila, eu estava tão feliz e... — Ela parou por um instante, algo reluzindo em seus olhos. Não era uma coisa boa. — Você pensou que eu tinha mudado de ideia? Com relação a nós?
Reprimi um grunhido.
— Dulce, temos um problema maior no...
— Responda, Christopher! Você pensou, não é? — Ela cutucou meu peito com o indicador. — Foi por isso que ontem à noite me perguntou se eu estava feliz, não foi?
Meu rosto esquentou.
— Sim, Dulce. Eu pensei.
Ela fechou os olhos e sacudiu a cabeça, como se sentisse dor.
— Tudo isso é muito complicado para mim, meu amor — apressei-me em explicar. — Você tem uma fada madrinha que supostamente lhe dá o que você deseja. A maldita máquina retornou. O que mais eu poderia pensar?
Ela abriu os olhos e se aproximou, decidida. Ficou na pontinha dos pés, até seu rosto ficar quase na mesma altura do meu, então ergueu a mão, enroscando os dedos em meus cabelos, e me olhou com intensidade.
— Não sei o que dizer ou fazer para que você entenda que eu não desejo ir pra lugar nenhum onde você não esteja. Que eu nunca fui tão feliz quanto eu sou agora. Que eu amo você mais do que qualquer coisa no mundo.
Não fui capaz de reprimir um suspiro aliviado.
— Então por que aquela coisa voltou, Dulce?
— Não faço a menor ideia. Eu poderia ter... — Ela mordeu o lábio.
Toquei seu queixo e a obriguei a me encarar.
— Lido a mensagem para descobrir o que ele queria?
Ela fez que sim.
— Não, Dulce. Eu jamais permitiria que você chegasse tão perto daquela coisa outra vez. — Uma mecha de cabelo lhe açoitou o rosto. Eu a puxei para trás de sua orelha com delicadeza. — Às vezes fico velando seu sono, porque estou tão feliz que temo não merecer. E eu estava certo, de alguma maneira, pois a máquina do tempo voltou por você. Não sei como explicar, mas era como se eu esperasse que algo assim fosse acontecer. Desde o seu retorno, sempre temi que fosse temporário. Que em algum momento você seria arrancada da minha vida.
— E é exatamente isso o que vai acontecer — uma voz melodiosa soou atrás de nós.
Dulce e eu nos viramos no mesmo instante. Um segundo antes só havia nós dois e Storm naquele vasto gramado. Agora surgira uma terceira pessoa. Uma dama de cabelos cinzentos e roupas finas que pareciam feitas de névoa. Um anjo, eu teria pensado, se Dulce não tivesse começado a tremer violentamente. Suas pernas falharam e eu a amparei. E isso, mais que qualquer coisa, deixou clara a identidade daquela dama.
— Alguém precisa arrumar esta bagunça — completou ela.
A fada madrinha de Dulce.



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Autor(a): Fer Linhares

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— Precisamos conversar — disse a recém-chegada.— Precisamos mesmo. — Percebi o esforço que Dulce fez para se recompor. Ela não estava nada contente por rever aquela mulher. Eu muito menos por conhecêla.— Sim, Dulce. Maite encontrou mesmo o celular — a mulher falou como se respondesse ao pensamento de mi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • tahhvondy Postado em 14/02/2017 - 17:51:28

    nossa simplismente amei!cada um dos livros maravilhosos essa historia e incrível que não tem como não ser apaixonar por ela o amor deles e lindo o Christopher e mt fofo vou sentir saudades dessas confussões deles

  • GrazihUckermann Postado em 13/02/2017 - 19:10:55

    Eu AMEI! não sei qual dos livros foi o melhor. obrigada por postar essa história incrível, essa história é muito linda. Christopher é muito fofo <3 O amor deles é incrível. Quando ele a esqueceu ele se apaixonou por ela de novo, e eu tive que me segurar pra não chorar nessa parte s2 Fiquei feliz com o final da Madelena e do Seu gomes. Espero que tenha outro Baby vondy no livro da Maite, dessa vez tem que ser menino kkjk e não terá um nome melhor que Alexander para dar ao menino neh?? Estarei na próxima fanfic com você, comentando em todos os capitulos. Tchau. um diaa eu volto para ler de novo. (Acho que não demora muito, por amei a história e quero muito ler de novo) s2

  • tahhvondy Postado em 13/02/2017 - 10:57:28

    ai já ta acabando que triste mas ainda bem q vx consequiu baixa o da Maite

  • GrazihUckermann Postado em 10/02/2017 - 20:35:51

    Continuaaaaaaaaaaaaa! s2

  • tahhvondy Postado em 09/02/2017 - 11:28:34

    chequei continua por favor

  • GrazihUckermann Postado em 09/02/2017 - 09:49:37

    Continuaaaaa! s2

  • GrazihUckermann Postado em 07/02/2017 - 16:32:39

    FINALMENTE! CONTINUAAAAAAAAAAAAAA s2

  • GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:08:32

    T-T

  • GrazihUckermann Postado em 06/02/2017 - 21:02:21

    Caraca essa confusão me deixou confusa kkkjk quando ele esquecer ela, ele meio que vai sumir?? vai aparecer no século dezenove como se nada tivesse acontecido?? é isso? não entendi kkkjk Continue mulher, não me deixe ansiosa! s2

  • GrazihUckermann Postado em 05/02/2017 - 22:21:37

    ai me deus!!!! CONTINUAAAAAA T-T


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