Fanfics Brasil - Capitulo 2 - Christopher O Acordo - Vondy (Adaptada)

Fanfic: O Acordo - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 2 - Christopher

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CHRISTOPHER


 



Depois do grupo de estudos, entro na sala de estar e encontro meus colegas de
república caindo de bêbados. A mesinha de centro está lotada de latas de cerveja,
além de uma garrafa de Jack Daniel’s quase vazia que com certeza é do Logan,
porque ele é do tipo que acha que “cerveja é para os fracos”. Palavras dele, não
minhas.
Logan e Tucker estão jogando uma partida disputada de Ice Pro, os olhos fixos
na tela plana enquanto apertam furiosamente os controles. Ao notar minha
presença na porta, Logan se volta por um instante na minha direção, e essa
distração por uma fração de segundo lhe cobra o preço.
“Mandou bem, garoto!”, comemora Tuck, à medida que seu jogador de defesa
acerta um passe contra o goleiro de Logan, fazendo o placar acender.
“Ah, que merda!” Logan pausa o jogo e me lança um olhar furioso. “Porra, C.!
Acabei de levar um drible por sua causa.”
Não respondo, porque eu estou distraído — pelo amasso seminu acontecendo
no canto da sala. Dean se deu bem de novo. Descalço e sem camisa, está
esparramado na poltrona com uma loura só de sutiã preto de renda e shortinho,
montada em cima dele e se esfregando contra sua virilha.
Seus olhos azul-escuros me fitam por cima do ombro da menina, e Dean sorri
em minha direção. “Ucker! Onde você estava, cara?”, pergunta, com a voz
arrastada.
E, antes que eu possa responder ao seu questionamento embriagado, volta a
beijar a loura.
Por alguma razão, Dean gosta de dar amassos em todos os lugares, menos no
próprio quarto. É sério. É só dar as costas, e ele está se atracando com alguém. No
balcão da cozinha, no sofá da sala, na mesa de jantar — o cara já se deu bem em
todos os cantos da república que nós quatro dividimos. Ele pega todas e não está
nem aí.
Até aí, eu também não tenho do que reclamar. Não sou nenhum monge; Logan
e Tuck muito menos. O que posso fazer? Jogadores de hóquei têm um apetite
voraz. Quando não estamos no gelo, em geral estamos com uma gata ou duas. Ou
três, se seu nome for Tucker e estiver na festa de Réveillon do ano passado.
“Faz uma hora que estou te mandando mensagem, cara”, me avisa Logan.
Ele curva os enormes ombros para a frente e pega a garrafa de uísque da mesa
de centro. Logan é um brutamontes da linha de defesa, um dos melhores com
quem já joguei, e o melhor amigo que já tive. Seu primeiro nome é John, mas nós
o chamamos de Logan para diferenciá-lo de Tucker, que também se chama John.
Por sorte, Dean é só Dean, então não precisamos chamá-lo pelo gigantesco
sobrenome: Heyward-Di Laurentis.
“Sério, onde você se meteu?”, resmunga Logan.
“Grupo de estudos.” Pego uma Bud Light da mesa e abro a latinha. “Que história
é essa de surpresa?”
Sei o quão bêbado Logan está pela ortografia das suas mensagens. E, esta noite,
ele deve estar muito louco, porque tive que dar uma de Sherlock para decodificar
o que queria dizer. Suprz era “surpresa”. E cdvcp eu demorei um pouco mais para
entender, mas acho que era “cadê você, porra”. Em se tratando de Logan, quem
pode adivinhar?
De seu canto no sofá, ele abre um sorriso tão grande que me espanto de sua
mandíbula não se romper. Em seguida, aponta para o teto e diz: “Vai lá em cima
dar uma olhada”.
Aperto os olhos. “Por quê? Quem está lá?”
Logan prende o riso. “Se eu contar, não vai ser surpresa.”
“Por que estou com a sensação de que você está aprontando alguma coisa?”
“Nossa”, dispara Tucker. “Você tem sérios problemas de confiança, C.”
“Diz o idiota que colocou um guaxinim vivo no meu quarto no primeiro dia de
aula.”
Tucker sorri. “Ah, qual é, o Bandit era fofo pra caralho. Foi um presente de volta
às aulas.”
Mostro o dedo do meio. “Pois é, mas foi um inferno me livrar do seu presente.”
Faço uma cara feia para ele, porque ainda lembro que precisei chamar três
empresas de dedetização para tirar os rastros do bicho do quarto.
“Pelo amor de Deus”, resmungou Logan. “Custa ir lá em cima? Confia em mim,
você vai me agradecer.”
Os dois trocam um olhar cúmplice que reduz minhas suspeitas. Mais ou menos.
Quer dizer, não dá para baixar a guarda de vez; não com esses babacas por perto.
Pego mais duas latinhas e subo. Não costumo beber muito durante o
campeonato, mas o treinador deu uma semana de folga para as provas, e ainda
tenho dois dias de liberdade. Meus colegas de time, um bando de sortudos,
parecem não ter problema nenhum em virar doze cervejas e mesmo assim jogar
como profissionais no dia seguinte. Já eu? O menor porrezinho me deixa com
uma baita dor de cabeça na manhã seguinte, e pareço uma criança aprendendo a
usar o primeiro par de patins.
Quando estivermos de volta à rotina de treino seis dias por semana, meu
consumo de álcool vai voltar para o limite máximo de um por cinco. Uma cerveja
em véspera de treino, cinco depois de um jogo. Sem exceção.
A ideia é aproveitar ao máximo o tempo que me sobra.
Armado com minhas cervejas, subo até o meu quarto. A suíte presidencial. Pode
acreditar: eu usei mesmo o argumento de que “eu sou o capitão do time”, e, vai
por mim, valeu a pena. Banheira privativa, cara.
A porta está entreaberta, uma visão que me traz de volta todas as suspeitas. Olho
pelo vão com cuidado, para me certificar de que não tem um balde cheio de
sangue equilibrado lá no alto, em seguida, dou um empurrão de leve. A porta se
abre, e passo por ela, preparado para uma emboscada.
E caio feito um patinho.
Só que é mais uma emboscada visual, porque, puta merda, a menina sentada na
cama parece saída de um catálogo da Victoria’s Secret.
Bom, sou homem. Não sei o nome de metade das coisas que ela está usando.
Vejo renda, laços cor-de-rosa e muita pele de fora. E isso me deixa feliz.
“Você demorou.” Kendall abre um sorriso sensual que diz você está prestes a se dar
muito bem, garotão, e meu pau reage como era de se imaginar, ficando duro debaixo
do fecho da calça. “Ia esperar mais cinco minutos e desistir.”
“Então cheguei a tempo.” Meus olhos percorrem a lingerie digna de babar, e
pergunto, com a voz arrastada: “Ah, gata, isso tudo é só para mim?”.
Seus olhos azuis escurecem, sedutores. “Você sabe que sim, gostoso.”
Estou bem ciente de que soamos como personagens de um filme pornô dos
mais cafonas. Mas dá um desconto… quando um homem entra em seu quarto e
encontra uma mulher usando isso, fica disposto a reviver qualquer cena vulgar
que ela queira, até aquela em que ele finge ser o entregador de pizza batendo na
casa de uma coroa inteirona.
A primeira vez que Kendall e eu ficamos foi no verão, mais por conveniência do
que por qualquer outra coisa, porque nós dois passamos as férias na cidade.
Fomos a um bar umas duas vezes, uma coisa levou a outra, e, quando me dei
conta, estava pegando uma gostosa de fraternidade. Mas quando as aulas voltaram,
o negócio esfriou, e, fora umas mensagens safadas aqui e ali, não tinha visto
Kendall até hoje.
“Imaginei que você iria querer se divertir um pouco antes dos treinos
recomeçarem”, diz ela, os dedos de unhas feitas brincando com o pequeno laço
rosa no centro do sutiã.
“Acertou.”
Seus lábios se curvam num sorriso, e ela fica de joelhos. Cara, os peitos quase
pulam da coisa rendada que está usando. Ela me chama com o indicador. “Vem
cá.”
Não perco tempo e caminho a passos largos na direção dela. Porque… mais uma
vez… Sou homem.
“Acho que você está um pouco vestido demais”, observa. Em seguida, segura o
cós da minha calça jeans e abre o botão. Baixa o zíper, e, um segundo depois, meu
pau está em sua mão. Faz algumas semanas que não coloco roupa para lavar, por
isso não tenho usado cueca até ajeitar melhor minha vida, e, pela forma como os
olhos dela brilham, sei que gostou do que encontrou.
Quando me envolve com os dedos, deixo escapar um gemido da garganta. Isso.
Não tem nada melhor do que a sensação da mão de uma mulher em seu pau.
Não, minto. A língua de Kendall entra em jogo, e, puta merda, é muito melhor
do que a mão.
Uma hora depois, Kendall se aconchega em mim e deita a cabeça em meu peito.
Nossas roupas estão espalhadas pelo chão do quarto, junto com duas embalagens
vazias de camisinha e um tubinho de lubrificante que nem chegamos a usar.
Esse negócio de ficar abraçado me deixa apreensivo, mas não posso exatamente
expulsá-la de casa depois de todo o esforço que fez para me agradar.
E isso também me preocupa.
Mulheres não se enfeitam com lingerie cara para uma aventura de uma noite só,
não é? Eu diria que não, e as próximas palavras de Kendall confirmam meus
pensamentos incômodos.
“Senti sua falta, gato.”
A primeira coisa que me vem à cabeça é merda.
E a segunda, por quê?
Afinal, durante todo o tempo em que ficamos, Kendall não fez o menor esforço
para me conhecer. Quando não estávamos fazendo sexo, ela só falava dela própria
sem parar. É sério, acho que, desde que nos conhecemos, nunca fez uma pergunta
pessoal ao meu respeito.
“Hmm…” Tento encontrar as palavras, qualquer sequência que não consista em
também, senti, sua e falta. “Tenho andado meio ocupado. Sabe como é, as provas.”
“Claro. Somos da mesma faculdade. Também estava estudando.” Sua voz soa
ligeiramente mais ríspida. “Sentiu minha falta?”
Não acredito! Como responder a essa pergunta? Não vou mentir, porque isso só
lhe daria esperanças. Mas não posso ser um babaca e admitir que ela nem sequer
passou pela minha cabeça desde a última vez que a gente ficou.
Kendall senta na cama e franze a testa. “É uma pergunta que só dá para
responder com sim ou não, Christopher. Você. Sentiu. Minha. Falta?”
Meu olhar desvia para a janela. Isso aí, moro no segundo andar e estou
considerando saltar pela janela. Tamanho é o meu desespero para evitar essa
conversa.
Mas meu silêncio fala mais alto, e, de uma hora para a outra, Kendall pula da
cama, os cabelos louros voando em todas as direções, e junta suas coisas. “Ai, meu
Deus. Você é um babaca! Nem liga para mim não é, Christopher?”
Levanto e disparo em direção à minha calça jogada no chão. “Claro que ligo
para você”, protesto. “Mas…”
Ela veste a calcinha, irritada. “Mas o quê?”
“Mas achei que a gente estava na mesma. Não quero nada sério agora.” E lanço
um olhar furioso na direção dela. “Avisei isso desde o início.”
Sua expressão se suaviza, e Kendall morde o lábio. “Eu sei, mas… só achei que…”
Sei exatamente o que achou — que me apaixonaria perdidamente por ela, e que
o nosso caso se transformaria numa porcaria de Diário de uma paixão.
Sério, não sei por que me dou ao trabalho de explicar as regras do jogo. Por
experiência própria, mulher nenhuma entra numa relação sem compromisso
achando que vai continuar sem compromisso. Ela pode dizer que não, quem sabe
até se convencer de que topa esse negócio de sexo casual, mas, lá no fundo, torce e
reza para que a relação se transforme em algo mais profundo.
É aí que eu, o vilão em minha comédia romântica pessoal, entro em cena e
estouro a bolha de esperança, apesar de nunca ter escondido minhas intenções ou
a enganado, nem mesmo por um segundo.
“O hóquei é a minha vida”, digo, rispidamente. “Treino seis dias por semana,
jogo vinte partidas por ano… mais, se chegarmos às finais. Não tenho tempo para
uma namorada, Kendall. E você merece muito mais do que posso oferecer.”
A infelicidade turva seus olhos. “Não quero uma aventura casual atrás da outra.
Quero ser sua namorada.”
Mais um por quê? quase me salta pela boca, mas mordo a língua. Se ela tivesse
demonstrado qualquer interesse em mim fora do sentido carnal, poderia acreditar
nisso, mas como esse nunca foi o caso, chego a pensar que a única razão para
Kendall querer um relacionamento comigo é porque sou algum tipo de símbolo
de status para ela.
Engulo a frustração e ofereço outro pedido de desculpas desajeitado. “Sinto
muito. Mas é a minha palavra final.”
Enquanto abotoo a calça, ela se concentra em vestir suas roupas. Embora roupas
seja uma espécie de exagero — Kendall está só de lingerie e sobretudo. Isso
explica por que Logan e Tucker estavam rindo feito dois bobos quando entrei em
casa. Porque quando uma menina bate à sua porta de sobretudo, você sabe muito
bem o que tem debaixo dele.
“A gente não pode mais se ver”, anuncia ela, afinal, o olhar cruzando o meu. “Se
a gente continuar fazendo… isso… só vou ficar mais apegada.”
Não tenho como argumentar, então nem tento. “Mas pelo menos a gente se
divertiu, não foi?”
Depois de um instante de silêncio, ela sorri. “É, a gente se divertiu.”
Kendall se aproxima e fica na ponta dos pés para me beijar. Eu a beijo de volta,
mas não com a mesma paixão de antes. Mantenho a linha. E o respeito. O caso
acabou, e não vou mais dar esperanças.
“Dito isso…” Seus olhos brilham, travessos. “Se mudar de ideia sobre essa
história de namorada, é só me avisar.”
“Você vai ser a primeira a saber”, prometo.
“Ótimo.”
Ela estala um beijo em minha bochecha e sai pela porta, me deixando para trás,
bobo de ver o quão fácil foi tudo isso. Tinha me preparado para uma briga, mas,
fora a explosão inicial de raiva, Kendall aceitou a situação muito bem.
Se todas as mulheres fossem tão agradáveis quanto ela…
É isso aí, estou falando da tal Dulce.



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Autor(a): srta.uckermann

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • SweetPink ♡ Postado em 01/02/2017 - 12:07:10

    POR FAVOR CONTINUA LOGO!

  • SweetPink ♡ Postado em 01/02/2017 - 12:06:53

    Leitora nova e apaixonada!!!

  • candydm Postado em 01/02/2017 - 01:32:11

    Leitora nova, continua por favor, já estou amando!

  • tahhvondy Postado em 19/01/2017 - 16:57:43

    continua assim esta bom

  • minhavidavondy Postado em 18/01/2017 - 22:53:23

    Assim está ótimo

  • tahhvondy Postado em 17/01/2017 - 20:23:48

    continua amado

    • srta.uckermann Postado em 18/01/2017 - 20:43:40

      Continuando...


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