Fanfic: Meu amigo, meu amor... {terminada}
Minhas queridas me perdoem, eu disse que voltaria na terça, mas eu acabei ficando sem net e não deu pra postar.. mas agora vou compensar vcs com dois capítulos fresquinhos, e se tiver comentários até a noite eu posto mais um... bjus *
Dulce deteve-se diante do carrinho de compras e estendeu a mão esticada, como uma policial de trânsito impedindo o tráfego.
— Pare, Christopher! Não se atreva a colocar mais nada no carrinho. Comer por dois não implica comprar dois de cada produto. — Meneou a cabeça, mal controlando o riso.
Christopher contornou Dulce e equilibrou dois pacotes de brócolis congelados no topo da pilha de compras no carrinho.
— Pare de se objetar, isto é sério. Seus armários estão vazios, mamãe ganso, e eu não vou tomar o avião hoje à noite sem a certeza de que você e o bebê estão se alimentando adequadamente, enquanto eu me mato de trabalhar em Tulsa.
— Mas não precisamos disso tudo. Provavelmente, nem tenho espaço suficiente nos armários e geladeira para tanto.
— Não por isso. Você tem a chave do meu apartamento. Podemos estocar o excedente na minha cozinha, em último caso.
Dulce revirou os olhos.
Christopher pousou as mãos em seus ombros delicados.
— Quase não nos vimos durante a semana após a festa de casamento de Annie e Poncho, Dul. Sei que esta época é movimentada na agência de turismo, e desconfio que anda só beliscando em vez de se sentar e consumir uma refeição balanceada. Certo?
— Não sinto fome — justificou ela. — Esses enjôos que se manifestam a qualquer hora do dia não favorecem o apetite, sabe?
— Bem, de acordo com o material que Annie lhe deu, os enjôos devem parar logo.
— Eu só pedi para me ajudar a encontrar o manual — protestou Dulce. — Não precisava ler tudo.
— Mas li. Quero saber o que está acontecendo a cada momento. Você e o bebê não estão sozinhos, Dul. Quero que se lembre disso.
— Ohhh, que maravilha — desdenhou Dulce, de repente sentindo lágrimas nos olhos. Sacudiu a cabeça. — Pare, pare. Essa emoção por uma bobagem é tão ridícula…
— É enternecedora. — Christopher beijou-a na testa. — Vamos pagar as compras, depois eu guardo tudo no seu apartamento enquanto você descansa. Não quero que fique em pé o dia inteiro, você precisa relaxar.
— Pare de ser tão gentil — ralhou Dulce, fungando.— Vai me fazer chorar de novo.
— Pois chore — incentivou Christopher, empurrando o carrinho pelos corredores. — É efeito natural do aumento dos hormônios na gravidez. Provavelmente, seria prejudicial ao bebê se tentasse suprimir as emoções.
— Você é estranho, Christopher. — Dulce tratou de alcançá-lo. — Imagino que não saiba quanto tempo vai ficar em Tulsa.
— Não — respondeu Christopher, meneando a cabeça.
— Nunca sei quanto tempo vou demorar, mas prometo telefonar todas as noites enquanto estiver fora.
— Para quê?
— Para saber como você está. Também vou perguntar o que comeu no dia. Oh, e siga o esquema que deixei na porta da geladeira, para você não se esquecer de tomar leite. Isso é muito importante.
— Sim, senhor.
Christopher sorriu e pegou a fila diante de uma caixa registradora.
Olhe para toda essa comida, pensou Dulce, fitando o carrinho. Nunca comprava tanta variedade desde que passara a morar sozinha. Teria de se controlar para não virar uma leitoa.
Christopher lia as manchetes de vários tablóides nas estantes próximas.
Que homem maravilhoso, pensou ela. Tão preocupado e carinhoso. Sentia-se mimada e especial, em uma quebra de rotina. Era fácil se acostumar àquilo.
Não, não devia se iludir. Christopher agia daquela forma por causa do bebê, não por ela. Ele se concentrava no filho, não na mãe.
Ele sempre criticara sua falta de organização na cozinha, mas nunca a levara ao supermercado para corrigir a situação. Agora, assegurava-se de que o bebê seria nutrido adequadamente enquanto ele estivesse longe.
Suspirou.
Sentia-se estranha novamente, meio triste e… solitária. Não queria que Christopher fosse para Tulsa e permanecesse lá por tempo indeterminado. Claro, mal o vira naquela semana desde o casamento de Annie, mas sabia que ele estava ali, a uma batida na parede.
Meneou a cabeça, desgostosa.
Aquilo era loucura. Christopher viajava sempre e continuaria viajando. Estava acostumada a lhe dizer adeus e cuidar da própria vida, até ouvir as três batidas dele na parede anunciando que voltara.
Então, por que aquela melancolia à perspectiva de vê-lo partir naquela noite? Provavelmente, eram seus hormônios atuando outra vez, o que começava a irritar.
— Um cachorro de duas cabeças? — leu Christopher em voz alta, arrancando Dulce de seu devaneio. — Como as pessoas podem pagar por esses tablóides? Idiotas. — Olhou-a por sobre o ombro. — O que me faz lembrar, agora, que estamos conversando sobre leitura. Li um artigo que recomenda contar histórias ao bebê ainda na barriga. Você não tem nenhum dos clássicos, tem?
— Não — respondeu Dulce. — E pode esquecer. Não vou voltar para casa após um longo dia na agência de turismo e ler Guerra e Paz em voz alta!
— É, está bem — concordou Christopher, pensativo. — Podemos substituir por música clássica. Eu empresto meus CDs antes de sair para o aeroporto.
— Não — recusou Dulce, as mãos nos quadris. — Odeio esse tipo de música. As valsas são tão compridas que as pessoas podem desmaiar de cansaço se dançarem o número todo, e as marchas militares cansam até os soldados profissionais. Sou fã de música country, Christopher, e você sabe disso.
Christopher inclinou-se para bem junto dela.
— Meu filho não vai começar a vida acreditando que a felicidade é uma caminhonete, uma garrafa de cerveja e uma mulher ardente, Dul.
Ela riu.
— Esta é a conversa mais insana que já tive. Não há prova nenhuma de que ouvir certo tipo de música ou ler um material específico a um bebê na barriga faça alguma diferença.
— Oh, não sei — interveio uma mulher atrás deles na fila. — Quando estava grávida do meu primeiro filho, meu marido lia a seção policial do jornal para a minha barriga todas as noites. A criança ficou tão preocupada que teve cólicas durante os quatro primeiros meses.
Dulce e Christopher voltaram-se espantados.
— Estou brincando — adiantou a mulher. — Eu juro, inventei tudo. Vocês, são tão bonitinhos. Sabe, pais de primeira viagem, e eu não resisti. Relaxem e aproveitem o momento. Tenho quatro filhos, e eles sobrevivem a todos os erros. Acreditem, vocês vão cometer vários.
— Oh — lamuriou-se Dulce.
— O próximo — chamou a operadora de caixa. Christopher empurrou o carrinho e começou a descarregar as mercadorias.
Erros?, pensou Dulce, pousando uma lata de suco de laranja na esteira rolante. Seus pais haviam cometido erros ao criá-la? Se sim, não se lembrava de nenhum naquele instante. Bem, ao completar cinco anos, pedira um bolo em forma de hipopótamo, e eles lhe deram um em forma de dinossauro, mas não ficara traumatizada.
Erros? Ora, esse negócio de maternidade parecia complicado. E se cometesse um erro grave?
— Christopher?
— Hum? — atendeu ele, sem interromper a tarefa.
— Não sabemos nada sobre bebês — advertiu Dulce. — E se cometermos um erro grande ? Não acha assustador?
— Por que está sussurrando? — sussurrou Christopher.
— Porque não quero que ninguém na loja saiba que sou uma mãe potencialmente inadequada.
— Não fique estressada, Dul — aconselhou Christopher.
— Não faz bem para o bebê. Vamos nos sair bem. Lemos muito, faremos cursos, podemos pesquisar o clã Uckermann. Céus,há uma porção de crianças na família e são todas umas fofuras.
— Oh? E quando faremos tudo isso? — indagou Dulce. — Você nunca está em casa, lembra-se? Passa mais tempo fora a trabalho do que fica aqui.
— Sacolas de plástico ou cartucho de papel? — indagou a operadora de caixa.
— Papel — respondeu Dulce.
— Plástico — respondeu Christopher.
— Essa é uma decisão importante na vida de vocês? — ironizou a moça.
— Metade vai em sacola, metade em cartuchos — decidiu Christopher, rápido.
— Que seja — concordou a funcionária.
— Pare de se preocupar — aconselhou Christopher a Dulce. — Está cansada.
— Não estou cansada! — exclamou Dulce, arrependida ao se ver alvo de olhares. — Desisto. Preciso de uma soneca.
Christopher gabou-se:
— Vá por mim, Dul, estou entendendo como esse negócio de gravidez funciona.
Oh, sim, pensou Dulce, com um suspiro cansado. Definitivamente, acataria as diretrizes de Christopher, até entender melhor aquilo com que estava lidando. Afinal, os amigos serviam para estar presentes, para dar apoio emocional nos momentos de crise.
Continua...
Autor(a): aninhadyc
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Nas semanas seguintes, Dulce trabalhou muito na agência de turismo. Ao final de cada dia, chegava em casa exausta, mas sempre aguardando ansiosamente o telefonema de Christopher. Ele estava fora da cidade havia dois meses quando Dulce voltou ao consultório de Annie. Após os exames rotineiros, teve de aguardar, pois a médica precisou atender a uma ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1333
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rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:55
aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
besosssssss -
rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54
aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
besosssssss -
rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54
aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
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rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54
aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
besosssssss -
kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:44
Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
beijos -
kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:43
Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
beijos -
kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:43
Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
beijos -
girbd Postado em 09/03/2010 - 16:04:46
Parabens
pela web e pelo aniversario :P
muito linda sua web eu ameiii
e continue escrevendo WN tah.
tchau -
girbd Postado em 09/03/2010 - 16:04:45
Parabens
pela web e pelo aniversario :P
muito linda sua web eu ameiii
e continue escrevendo WN tah.
tchau -
aninhadyc Postado em 09/03/2010 - 14:56:00
Kahdarone, obrigado!!!
besitos!!!