Fanfics Brasil - Meu amigo, meu amor... {terminada}

Fanfic: Meu amigo, meu amor... {terminada}


Capítulo: 11? Capítulo

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Nas semanas seguintes, Dulce trabalhou muito na agência de turismo. Ao final de cada dia, chegava em casa exausta, mas sempre aguardando ansiosamente o telefonema de Christopher.


Ele estava fora da cidade havia dois meses quando Dulce voltou ao consultório de Annie. Após os exames rotineiros, teve de aguardar, pois a médica precisou atender a uma emergência noutra sala.


Dulce apertou um dedo na testa, como se desligasse um botão imaginário para se livrar da valsa de Strauss que ecoava em sua mente sem parar.


Considerando o empenho de Christopher em compreender todos os aspectos da gravidez, decidira cooperar e pegara emprestado alguns CDs dele, para tocar em alternância com os seus, de música country. .


Durante os telefonemas noturnos, Christopher exclamava de prazer ao ouvir suas músicas ao fundo, enquanto conversavam.


Um detalhe ínfimo, pensou Dulce, mas Christopher parecia deleitado com a inclusão de seus CDs nas horas de lazer dela e do bebê. Ele até admitiu que andava ouvindo música country em Tulsa, tanto que descobrira que as letras não falavam só de caminhonete, cerveja e mulheres ardentes. Havia várias canções bonitas, reconheceu ele, sobre amor verdadeiro e duradouro.


Andavam trocando trivialidades também pelo telefone. Ótimo material de ambas as partes, e ela avaliava que estavam empatados.


Christopher lhe contara que dois terços das berinjelas do mundo eram cultivadas em Nova Jersey.


Ela rebatera informando que nenhuma palavra em língua inglesa rimava com silver, purple, month ou orange.


Christopher contou que os gatos tinham trinta e dois músculos em cada orelha.


Ela o superara revelando que os peixinhos dourados tinham memória ativa de apenas três segundos.


E Christopher surpreendera afirmando que uma moeda de dez centavos tinha 118 sulcos na borda.


— Que divertido! — sussurrou Dulce, sorrindo sozinha na sala.


Sim, o concurso de trivialidades era ótimo. E pertencia a ela e Christopher, um jogo especial que travavam só entre eles. Mas havia muito mais acontecendo durante aqueles telefonemas noturnos. Sentia o coração disparar com a voz de Christopher. E, quando ele ria, arrepiava-se toda ao rico som masculino.


Suspirou.


Todas as noites, quando desligava o telefone, requeria-lhe esforço tirar a mão do aparelho e romper o contato com ele.


Oh, céus, sentia tanta saudade dele. Era uma emoção nova e assustadora porque, quando Christopher viajara das outras vezes, quase nem pensara nele. E agora? Queria Christopher ali, a seu lado, não a quilômetros de distância.


O que estava acontecendo? Atônita, levou as mãos ao rosto. O que significava aquilo tudo? Nunca se perdoaria se estivesse se apaixonando vagarosamente por Christopher Uckermann. E nunca conseguiria reparar o coração despedaçado por amar um homem que não a amava.


Não, não, não estava se apaixonando por Christopher.


Estava?


A porta da sala se abriu e Annie entrou, meneando a cabeça. Ocupou sua cadeira à mesa com um suspiro.


— Este é um daqueles dias — comentou, sem disfarçar o estresse. — Desculpe-me por fazê-la esperar.


— Sem problema — afirmou Dulce, aliviada por se afastar dos pensamentos inquietantes. — Uma das vantagens de ser gerente da agência de turismo Boa Viagem é que posso flexibilizar o horário quando preciso.


— Ótimo.


Dulce franziu o cenho.


— Claro, sou eu quem tem de resolver todos os problemas que aparecem também. As pessoas acham que, se grudarem em mim, conseguirei milagrosamente achar uma vaga em um cruzeiro, em um hotel que já está lotado. Mas gosto da minha carreira, o que é mais do que muita gente pode dizer.


— É verdade — afirmou Annie. — Eu também amo a minha escolha profissional, mas com certeza aprecio meus papéis de mãe e esposa também.


— Como está o Andy?


— Crescendo como mato! Até agora, nem sinal de efeito das drogas que a mãe natural tomava. Mas, se algo surgir no futuro, Poncho e eu saberemos como agir. —A médica fez pausa e fitou Dulce com atenção. — É maravilhoso ter um companheiro quando se está criando um filho, Dul. Contou ao pai do bebê?


— Sim, contei. — Dulce alisou a calça sobre o joelho e desviou o olhar. — Ele disse que devíamos nos casar, mas recusei.


— Por quê?


— Somos muito diferentes — explicou Dulce, fitando a amiga. — Ele é muito certinho, eu sou bagunceira. Nossos gostos são opostos em tudo, na música… Bem, não chego a odiar Strauss agora que ouvi algumas melodias, mas…


Continuou, distraída:


— Ele acha que uma casa deve ser administrada como… como eu faço na agência de turismo… organizada, eficiente… mas não consigo. Ele gosta da rotina de exercícios de Exército, eu sou mais do tipo sofá.


Dulce continuou descrevendo:


— Além disso, ele quase nunca está em casa. Oh, está entusiasmado com o bebê, quer ser o melhor pai possível, mas viaja demais! Casar-me com ele não mudaria esse fato e até poderia destruir nossa amizade, que é muito importante para mim.


Empolgou-se:


— Ele tem sido muito atencioso mesmo a distância… Está em Tulsa no momento… e me telefona todas as noites para saber como estamos, eu e o bebê. De qualquer forma, ele não insistiu mais em casamento…


— Oh… céus… — interrompeu Annie, abismada. — É Christopher. O pai do seu bebê é meu irmão Christopher!


Dulce arregalou os olhos.


— Eu não disse isso, Annie. De onde tirou essa… idéia maluca?


— Valsas de Strauss. — A médica inclinou-se para a frente. — Certinho. Organizado. Tulsa. Viajando todo o tempo. Seu amigo.


— Oh. — Dulce mexeu-se desconfortável na cadeira. — Acho que me empolguei um pouco, não? Sim, bem… Annie, sabia que o olho das ostras é maior do que o cérebro delas? Gostou da trivialidade?


— É uma informação fascinante — reconheceu a amiga, estreitando o olhar. — Christopher conseguiu muitas trivialidades legais lá em Tulsa para continuar com esse jogo de vocês?


— Oh, sim, ele está empenhado e… Quer parar, Annie? — pediu Dulce. — Não é justo. Já foi agente do FBI em outra encarnação? Você me enganou e… Não, não é justo.


— Estou certa em afirmar que Christopher Uckermann é o pai do seu filho? — pressionou a médica.


Dulce suspirou.


— Sim, está. Isso simplesmente… aconteceu, só isso. Foi em uma noite… quando estávamos ambos vulneráveis, sentindo pena de nós mesmo porque não conseguíamos encontrar nossa alma gêmea, aquela pessoa que amaríamos e com quem passaríamos o resto da vida, e… concordamos, Christopher e eu, que isso nunca mais… se repetir, íamos esquecer o evento e continuar sendo bons amigos.


— Mas você engravidou naquela noite. Dulce assentiu, tentando controlar as lágrimas.


— E Christopher está feliz com tudo isso, com o bebê? Ele deu um passo à frente e a pediu em casamento?


— Sim, mas recusei pelos motivos que eu e minha grande boca já revelaram — resmungou Dulce. — Christopher e eu jamais sobreviveríamos juntos sob o mesmo teto. Eu preciso dele como meu melhor amigo, Annie. Não entende? Preciso que ele me apoie, sem restrições, como me apoiou naquele último ano e meio.


— Mas…


— Não, não tente me fazer mudar de idéia porque estará perdendo tempo — adiantou-se Dulce. — Christopher e eu seríamos um desastre completo como marido e mulher. Além disso, não o amo… do ponto de vista romântico, quero dizer. Eu o amo como amigo, camarada, parceiro.


Continuou, determinada.


— Não vou me casar com ninguém, a menos que seja minha alma gêmea. Pretendo amar meu marido de todo o meu coração, sabendo que ele corresponde da mesma forma. Casar-me com Christopher só por causa do bebê seria um erro terrível, e não vai acontecer.


— Está bem — concordou Annie. Dulce encarou-a desconfiada.


— Simplesmente… está bem? Não vai fazer um discurso de vinte minutos listando os motivos para eu me casar com seu irmão?


— Não. É evidente que já decidiu e pronto. — A amiga refletiu. — Agora, vamos ver como vai essa gravidez. — Concentrou-se no prontuário com as fichas médicas e exames. — Você disse que não tem mais enjôo, isso é bom.


— Estou devorando tudo o que vejo pela frente e até o que não apreciava parece delicioso — comentou Dulce. — Não vai dizer que seria melhor me casar com Christopher para o bebê ter o nome dele, ser legalmente um Uckermann?


— Não, não é da minha conta — declarou Annie. — Sua pressão está ótima, o peso também. É uma futura mamãe em forma.


— Estou gorda. Não consigo mais fechar minhas saias e calças. É normal estar tão gorda ainda no começo? E não vai observar que eu devia aceitar o que me é oferecido, que desposar meu melhor amigo é melhor do que nada, e que devia esquecer a ilusão de viver um conto de fadas?


— Não. Mas vou dizer que considero Poncho meu melhor amigo, assim como minha alma gêmea.


— Oh, céus! — Dulce ergueu as mãos. — Você parece Michael. Ele disse algo assim sobre Jenny. Nem eu nem Christopher entendemos. A categoria "melhor amigo" é totalmente diferente da categoria "amante", "alma gêmea", Annie. E como… maçãs e laranjas.


— É? — Annie ergueu o sobrolho.


— Sim, definitivamente — afirmou Dulce. — Veja, a questão é que não acredito que você ou Michael tenham tido um amigo de verdade… não como Christopher e eu somos.


— Ah.


— Se tivessem… entenderiam quando afirmo que não se pode comparar esse tipo de relacionamento com o tipo "felizes para sempre". Pronto. Isso explica tudo. Você e Michael estão falando por falta de experiência.


— Ah.


— Sim, verdade — tagarelava Dulce. — Christopher e eu… sendo amigos, percebe… sabemos do que estamos falando. Ponto final.


— Ah.


— Quer parar? — pediu Dulce, zangada. — Parece alguém em exame de garganta ou algo assim.


Annie riu.


— Ouvi cada palavra que disse, mas não declarei que concordava.


— Que seja. Annie, acha que o clã Uckermann, todos os "zilhões" de vocês, vai aceitar o bebê e o fato de Christopher e eu não nos casarmos? São tão convencionais, pessoas orientadas à família e… bem, eu me sentiria péssima se criasse um problema para Christopher. Ou para mim, pelo mesmo motivo. Adoro todos vocês.


— Dê-nos algum crédito, Dulce. Os Uckermann amam incondicionalmente. Ninguém vai julgá-los, e o bebê será recebido de braços abertos.


— Obrigada. — Dulce suspirou. — Acho que, quando Christopher telefonar hoje à noite, terei de revelar que estraguei tudo aqui.


— Ele telefona todas as noites de Tulsa?


— Telefona. Está trabalhando sete dias por semana para poder voltar o mais rápido possível e cuidar de mim e do bebê pessoalmente.


— O que só um grande amigo… como nunca tive… faria — analisou Annie, reprimindo o riso.


Dulce franziu o cenho.


— Podemos mudar de assunto e discutir por que estou engordando tão rápido?


— Cada mulher é diferente da outra, Dul. Já vi mulheres usando as mesmas roupas até dar à luz um bebê de nove meses. Outras? Bem, estufam, como se diz, bem cedo. Você não tem uma estrutura óssea grande… é magra, delicada, e provavelmente a gravidez vai aparecer mais cedo do que tarde.


— Bolas — resmungou Dulce. — Entendeu? Isso significa que eu e Christopher teremos de enfrentar o "por que vocês dois não se casam?" mais cedo do que tarde também. Ugh. Bem, pelo menos meus pais não estão dizendo que vão voltar logo da Grécia. Isso limita o estresse ao grupo Uckermann. — Revirou os olhos. — Todos os "zilhões" de vocês.


— Não se preocupe com a família — aconselhou Annie, levantando-se. — Quando você e Christopher decidirem fazer o anúncio, ficará surpresa com a acolhida que receberão. Confie em mim. Enquanto isso, seu segredo está a salvo comigo.


— É bom saber — afirmou Dulce, e levantou-se também.


— Dulce, deixe-me ver se entendi direito. Acredita que Michael e eu não sabemos do que estamos falando quando dizemos que uma alma gêmea é também o melhor amigo, porque nunca tivemos um amigo, exceto nossa alma gêmea. Certo?


— Bem, sim — confirmou Dulce, assentindo. — Isso resume bem a questão.


— Estabelecendo um paralelo… é como você e Christopher com as trivialidades. São especialistas porque estão concentrados naquele jogo juntos há mais de um 1 ano, sabem mais do que todo mundo. Certo?


— Sim, é uma boa comparação. A experiência é o melhor mestre, Annie.


— Entendi. —A médica dirigiu-se à porta. — Marque uma consulta para daqui a um mês. — Na soleira, voltou-se. — Ah, Dulce, sabia que Winston Churchill nasceu no toalete feminino durante um baile a que a mãe dele comparecera? Gostou da trivialidade, querida?


Dulce meneou a cabeça e tomou o corredor.


— O que eu acho… é que você me confundiu ainda mais, Anahí Uckermann Herrera — sussurrou consigo mesma. — E conseguiu fazer isso direitinho.



Comentem, plis!!!


Bjus*



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Autor(a): aninhadyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1333



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  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:55

    aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
    besosssssss

  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54

    aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
    besosssssss

  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54

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    besosssssss

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    besosssssss

  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:44

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:43

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:43

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • girbd Postado em 09/03/2010 - 16:04:46

    Parabens
    pela web e pelo aniversario :P
    muito linda sua web eu ameiii
    e continue escrevendo WN tah.
    tchau

  • girbd Postado em 09/03/2010 - 16:04:45

    Parabens
    pela web e pelo aniversario :P
    muito linda sua web eu ameiii
    e continue escrevendo WN tah.
    tchau

  • aninhadyc Postado em 09/03/2010 - 14:56:00

    Kahdarone, obrigado!!!
    besitos!!!


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