Fanfics Brasil - Meu amigo, meu amor... {terminada}

Fanfic: Meu amigo, meu amor... {terminada}


Capítulo: 12? Capítulo

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Primasvondy: obrigada pelos comentários, só por isso vou postar três caps. hoje!!!


 


Naquela noite, recostada em travesseiros na cama, Dulce apertou o fone no ouvido enquanto Christopher desabafava, exagerava e praguejava:


— O camarada era um vigarista, sem dúvida! — avaliava ele. — Implantou seu sistema de computador, pegou o dinheiro e sumiu. A polícia está atrás dele, claro, porque esta não foi a única empresa em que ele atuou. Uma bagunça. O pior é que consertei o problema aqui, mas o espertinho implantou o sistema com duas inicializações. Uma aqui em Tulsa e uma conexão com o escritório em Dallas. Vou para o Texas amanhã cedo refazer tudo lá.


Dulce sentou-se na cama, tensa, e agarrou o telefone com mais força.


— Não vai voltar para casa?


— Não. — Christopher suspirou. — Tentei encaixar um pulo rápido em Ventura, mas não vai dar mesmo. O escritório de Dallas está parado, sem sistema. Tenho de ir para lá imediatamente.


— Oh. — Dulce baixou os ombros. — Bem, sim, claro, faz sentido… acho. Não, esqueça. Definitivamente faz sentido. É só que eu… Hesitou, confusa. Sentia saudade de Christopher e o queria ali, em casa, com ela… naquele instante. O mais estranho era que se tratava de uma saudade diferente da que experimentara antes, um sentimento com o qual começava a se acostumar. Não saberia apontar precisamente a diferença, mas definitivamente havia alguma. Era como se uma nuvem negra estacionasse sobre sua cabeça ao se dar conta de que Christopher não bateria três vezes na parede para anunciar sua chegada por… quem sabia quanto tempo?


— E só que você… o quê? — instigou ele.


— Oh, bem, nada. Lamento que esteja com tantos problemas, Christopher.


— Eu também. A única coisa boa é que já sei o que está errado no sistema e não devo levar tanto tempo em Dallas.


— Quanto tempo?


— Não sei dizer ao certo… talvez um mês, em vez dos dois que passei aqui.


— Mais um mês inteiro? — protestou Dulce, quase gritando. Bateu a mão livre na testa e abandonou-se sobre os travesseiros. — Ignore-me Christopher. Estou parecendo uma esposa ranzinza. Ele riu.


— Se se casasse comigo, teria todo o direito de reclamar, Dul.


— Não, obrigada. — Ela fez uma pausa. — Precisa desabafar mais sobre a situação aí? Não o estou apressando, só estava pensando se já terminou.


— Sim, vou fechar a boca — replicou Christopher. — Descarregar em você não vai mudar nada.


— Fico contente em ouvir.


— Eu sei, Dul, e estou agradecido. Então! Como vai você? E o bebê? Ora, espere um pouco. Você teve uma consulta com Annie hoje. Atualize-me. O que ela disse?


— Estou bem. O bebê também — resumiu Dulce. — Mas estou gorda, uma leitoa mesmo.Ele riu.


— Duvido, Dulce. Só está de três meses.


— Não estou brincando, Christopher. Não consigo mais fechar as saias e calças. Annie disse que aparentemente vou ser uma grávida do tipo que estufa logo. Todo mundo vai saber antes do que eu imaginava.


— Bem…


— Christopher, tenho de lhe contar e lamento muito mesmo… estava conversando, você sabe como eu fico às vezes, e dei dicas aqui e ali sem perceber, e Annie… Christopher, sua irmã descobriu que você é o pai deste bebê. Christopher permanecia em silêncio.


— Oh… Você está furioso, não está? Annie prometeu que não contaria a ninguém da família… que você… que nós… eu lamento tanto, tanto…


— Calma — pediu Christopher. — Calma, Dulce. Não estou zangado. Em absoluto. Por mim, todo o clã Uckermann podia ser avisado sobre o bebê agora mesmo.


Ela se sentou, tensa novamente.


— Não diga absurdos! Serão meses de especulação: "Por que não se casam?". Não. De jeito nenhum. Ninguém vai saber até eu não conseguir mais esconder minha condição. Prometa que não vai contar a nenhum Uckermann ainda, Christopher. Por favor, prometa.


— Está bem, está bem, não fique estressada, Dul. Mas quando eu voltar para casa, precisaremos conversar mais. Dulce estreitou o olhar.


— Sobre o quê?


— Prefiro esperar para falar, porque é realmente muito importante.


— Christopher, não é justo! Vou ficar aqui sentada, fervendo, maluca tentando descobrir o que se passa na sua cabeça. De tão preocupada, vou me esquecer de seguir o esquema de horários para tomar leite.


— Isso é chantagem, Dul.


— Se funcionar…


Christopher praguejou, e ela se encolheu.


— Está bem — concordou ele, finalmente. — Você ganhou, mas realmente preferia esperar e falar pessoalmente sobre isso. Dulce, apesar das longas horas de trabalho aqui, tive tempo para pensar, no meu quarto de hotel, à noite. Bastante tempo.


— E?


— Você está gerando um filho meu.


— Um filho nosso.


— Você entendeu. Bem, quero que nosso filho tenha o meu nome, que seja um Uckermann. Preciso que ele saiba que estou orgulhoso e feliz por ser seu pai, não quero que duvide jamais de que sempre o quis muito mesmo.


— Ohhh — entoou Dulce, com os olhos marejados. — Isso é tão meigo.


— Ouça, está bem?


— Sim. Desculpe-me.


— Sei que acha que não devemos nos casar, Dul, porque somos tão diferentes, e também porque você acha que amar, amor romântico, não fraternal, é o mais importante na hora de fazer os votos.


— Isso mesmo.


— Então, não sei o que dizer — prosseguiu Christopher. — Não posso pedir que dê a nossa filha o meu nome, como se você não existisse. A única solução, acho, seria ligar nossos sobrenomes, algo como "Garotinha” Saviñon-Uckermann.


— É muita coisa para uma criança aprender a soletrar na primeira série, Christopher — observou Dulce, amuada.


— Eu sei, mas é realmente importante para mim que ela tenha o meu nome… de algum modo. Promete pensar no assunto enquanto eu estiver fora, para discutirmos quando eu voltar?


— Está bem. Claro. Vou pensar bastante nisso. — Dulce fez uma pausa. — Christopher, por que fala do bebê como se fosse menina? Ele riu.


— Porque é menina, Dul, tenho certeza. Sou um Uckermann, lembra-se? Sabe a aposta que Christian faz toda vez que vai nascer um bebê? Ted Sharpe quebrou a seqüência invicta de Christian e, desde então, os papais sempre ganham. Quando o pai diz o sexo da criança, é batata.  O amigo de Jack, Brandon, do Arizona, disse que ele e a esposa, Andréa, teriam uma menina e… bingo… tiveram. Agora Jack disse que ele e Jennifer iam ter um menino… que deve chegar este mês, aliás. Acredite, Jennifer vai ter um menino. Concluiu: — Portanto, nós vamos ter uma menina, Dulce. Pode ir preparando tudo em cor-de-rosa.


Dulce pousou a mão no abdome levemente arredondado. — Uma filha — sussurrou, extasiada. — Uma garotinha preciosa. Você a torna tão real, Christopher.


— Ela é real, e é nossa, Dul festejou ele. — Ela é nossa filha, nosso milagre.


— Sim — sussurrou Dulce.


Um calor estranho parecia chegar pelos fios do telefone, aproximando-os, tornando o momento especial e significativo. Então, devagar, mas com certeza, o calor suave transformou-se em chama pulsante a gerar desejos e trazer lembranças sensuais do ato de amor que haviam partilhado tantas semanas antes.


— Dul, eu… — retomou Christopher, finalmente, rouco. Mas se deteve e pigarreou.


Dulce piscou e saiu do devaneio passional no qual flutuava.


— Sim, bem, é melhor que durma um pouco — aconselhou ele. — Telefono amanhã à noite, de Dallas. Lamento muito ter de ficar tanto tempo longe, Dulce. Gostaria de estar aí com você.


— Eu gostaria que estivesse aqui também, mas entendo que não pode. Sempre ficou fora por longos períodos e sempre ficará, acho. Tem de ser assim, por causa da sua carreira.


— Estive pensando nisso também, mas… Cuide-se, e da nossa filha. Boa noite, Dulce.


— Boa noite, Christopher.


Dulce desligou e fitou o aparelho por um longo tempo.


— Tenho saudade de você, Christopher — sussurrou, suspirando para aplacar as lágrimas. — E nem lhe contei sobre Winston Churchill.


Christopher sentou-se na beirada da cama do hotel, ainda com o telefone na mão. Não queria romper a ligação com Dulce, percebeu. Era como se tivesse partido de Ventura para nunca mais voltar. Nunca mais ver Dulce, nunca conhecer a filha de ambos, que crescia dentro dela. Os telefonemas noturnos não estavam adiantando, não bastavam. Precisava ver Dulce, abraçá-la, assegurar-se de que ela estava bem. Queria pousar a mão na barriga de leitoa, segundo ela, e estabelecer contato com a filhinha.


Com um suspiro doído, forçou-se a largar o telefone e estendeu-se na cama, apoiando a cabeça nas mãos entrelaçadas. Tinha de voltar para casa. Não importava que parecesse um garotinho birrento que fugira do acampamento de férias. Queria ir para casa… para Dulce. Também queria se casar com Dulce Saviñon, comprar uma casa que tornariam um lar, onde formariam uma família… mãe, pai e filha. Mas isso não ia acontecer, porque Dulce nunca concordaria em se casar com ele, porque não estavam apaixonados um pelo outro. — Ah, raios! — praguejou, e franziu o cenho enquanto fitava o teto. — Tudo é tão complicado.


Por que Dulce não via que o que tinham era especial, que ser amigos era importante e significava muito, mais do que muitas pessoas tinham? Claro, não andavam ofuscados de paixão um pelo outro, mas o que tinham era valioso, verdadeiro, e contava. Formariam uma frente única, pais dedicados à filha, que a criariam num lar cheio de alegria e brilho. Riu e meneou a cabeça. Seria um lar com a geladeira sempre vazia, porque Dulce não encontrava as listas de supermercado que elaborava.Mas, e daí? Ele podia se encarregar das compras e contratar uma empresa de limpeza para manter a ordem na casa. Até podia conviver com música country, desde que pudessem ouvir valsas de Strauss de vez em quando.


Raios, por que Dulce estava sendo tão difícil, tão… feminina, teimando em querer viver um conto de fadas? Pensando bem, como alguém sabia quando estava apaixonado? Que ingredientes deveriam ser misturados para que aquele tipo de amor surgisse? Dulce sabia? Ele sabia? Não, não fazia a mínima idéia. Cercavam-se de casais Uckermann apaixonados. O que eles tinham que faltava a ele e Dulce com seu amor de amigos? O que faltava para ele e Dulce transformarem a amizade em amor? Não imaginava. Só sabia, naquele quarto de hotel vazio e impessoal, que sentia falta de Dulce Saviñon, que precisava ver seu sorriso e seus olhos castanhos brilhantes.


Pela primeira vez em tantos anos viajando a trabalho, sentia-se sozinho. Queria ir para casa. Suspirando novamente, pousou os pés no chão, calçou os sapatos e foi tomar banho, preparando-se para outra longa noite de insônia, revirando-se na cama… e desejando…


Segue...



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Autor(a): aninhadyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1333



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  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:55

    aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
    besosssssss

  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54

    aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
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  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:44

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:43

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:43

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • girbd Postado em 09/03/2010 - 16:04:46

    Parabens
    pela web e pelo aniversario :P
    muito linda sua web eu ameiii
    e continue escrevendo WN tah.
    tchau

  • girbd Postado em 09/03/2010 - 16:04:45

    Parabens
    pela web e pelo aniversario :P
    muito linda sua web eu ameiii
    e continue escrevendo WN tah.
    tchau

  • aninhadyc Postado em 09/03/2010 - 14:56:00

    Kahdarone, obrigado!!!
    besitos!!!


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