Fanfics Brasil - Meu amigo, meu amor... {terminada}

Fanfic: Meu amigo, meu amor... {terminada}


Capítulo: 23? Capítulo

354 visualizações Denunciar


Christopher sentou-se à pequena mesa circular no terraço do restaurante, à espera de Dulce.O dia de dezembro estava fresco, e seu primeiro impulso fora pedir uma mesa na área interna, mais aquecida. Mas então perguntara à anfitriã se havia espaço no terraço, ao sol, recordando que Dulce sempre preferia o ar livre.Satisfeito com a localização daquela mesa, pediu uma soda. Estava adiantado, sabia, mas aproveitaria o tempo extra para aplacar o mau humor.


Cutucou o gelo no copo com o canudo e viu o cubo submergir no líquido, voltando a aflorar. Repetiu o processo e franziu o cenho quando o cubo emergiu mais uma vez.Cubo idiota, pensou. Continuaria se esforçando para emergir, vez após outra, embora estivesse derretendo, cada vez menor. Não desistiria. Então, finalmente deixaria de existir, simplesmente desapareceria como se nunca tivesse estado lá. Todo aquele esforço, todo aquele trabalho, para nada. Puxou o canudo e o deixou na mesa. Também girou o pescoço, na esperança de relaxar os músculos.


Sentia-se como o cubo de gelo, percebeu, melancólico. Desgastava-se trabalhando muito em uma atividade física e mentalmente desgastante, empenhado em fazer sua empresa decolar. Esforçava-se para emergir, assim como o cubo de gelo.Mas um nó constante no estômago indicava que havia algo errado, algo estranho nesse seu novo empreendimento, que não o deixava se entusiasmar, ao contrário, provocava-lhe ansiedade quanto aos desafios que viriam. Suspirou, envolveu o copo com as mãos e fitou o cubo de gelo e o refrigerante.Se derretesse e simplesmente desaparecesse, teria importância?


Bem, sim, com certeza. Pertencia a um clã imenso que o amava, seria pai de uma garotinha em dois meses, tinha Dulce, sua melhor amiga, parte integral de sua vida e vice-versa, contratara pessoas que agora contavam com ele para o sustento e o desenvolvimento da carreira.Segurou o copo com mais força.Mas não bastava.Tudo parecia pouco diante das esperanças e sonhos que nutrira para sua vida.Aí estava a origem de seu descontentamento, a causa do aperto no estômago que parecia se agravar a cada dia.Buscava a aliança de ouro e faltava pouco para alcançá-la, pouco mesmo, mas simplesmente não podia pegá-la e tomar posse.


Maravilha, pensou, meneando a cabeça desgostoso. Passara de cubo de gelo a garoto em um desfile carnavalesco em busca do ouro.Mas não era uma criança. Era um homem. Era Christopher Uckermann que desejava com todas as forças se apaixonar, ter uma companheira na vida, uma alma gêmea com quem partilhar os bons e maus tempos. Queria um lar cheio de amor e alegria, cheio de crianças felizes brincando.Queria uma esposa, que se aninharia junto dele na cama a noite após terem feito amor e dormiria sobre seu travesseiro, para despertarem unidos no alvorecer.Queria isso tudo.Mas não tinha.Esvaziou o copo e pousou-o na mesa.


Tão perto, pensou ele. As peças estavam todas lá, espalhadas, mas, ao tentar montá-las, simplesmente não encaixavam. Quase, mas não o bastante. Não importava o quanto forçasse, simplesmente não era possível encaixá-las, porque havia uma leve diferença no corte.Sim, ia ser pai, e a perspectiva era aterradora, excitante e maravilhosa. Mas não estaria no quarto ao lado, pronto para acudir se o bebê chorasse à noite.Não, estaria no apartamento vizinho… sozinho… alheio às necessidades da filha.Não moraria em uma casa grande e ensolarada. Estava condenado a passar a existência em um conjunto de cômodos, com uma parede sólida separando-o da filha e sua mamãe.


Dulce. Sua melhor amiga, sua camarada, sua parceira, que empregara tempo e energia para ajudá-lo a colocar o novo escritório em ordem, tão animada com o empreendimento que seus olhos brilhavam sempre que lhe expunha os planos.Dulce. Amava-a. Mas, como ela mesma observara meses antes, não estava apaixonado por ela, nem ela estava apaixonada por ele.


Uma palavra tão simples, mas que fazia toda a diferença entre realidade e suas esperanças e sonhos para o futuro… perto, colado, mas não o bastante, era o cubo de gelo esforçando-se para emergir sem saber por quê. Uckermann, pensou ele, contenha-se. Supere. Siga em frente. As cartas foram distribuídas, sabia o que tinha nas mãos e o que não tinha.E, de algum modo, por sua causa, e também por Dulce e pelo bebê, tinha de fazer a jogada certa, tinha de encontrar um modo de superar aquela situação complicada e encontrar a felicidade que o sustentaria durante os anos seguintes. De algum modo.


Ergueu o olhar e viu Dulce no outro lado do terraço, à sua procura. Levantou-se e acenou, notando o sorriso em seu rosto ao acenar de volta e contornar as mesas para se juntar a ele.


Céus, como era linda! Era a mulher personificada, a essência da feminilidade. Dulce girava o corpo, a barriga anunciando ao mundo que carregava um milagre lá dentro. Um bebê. O bebê dele. A garotinha deles. A luz do sol no terraço derramava-se sobre ela como uma cascata dourada, refletindo-se nos cabelos vermelhos e na pele rosada. Ela mantinha a mão delicada sobre o ventre, protetora. Usava um vestido cor-de-rosa com pregas sob o busto. Linda. E estava tão contente em vê-la. Apressou-se para encontrá-la, querendo, precisando diminuir a distância entre eles. Estava ciente de que, a cada passo, o aperto no estômago diminuía, o bem-estar arrancando-lhe um sorriso espontâneo.


— Oi! — saudou Dulce. — Espero que não esteja esperando há muito. O trânsito estava horrível. Acho que a correria de Natal já começou. Christopher tomou-lhe o rosto.


— Dulce… — Pigarreou, presa de emoções estranhas. — Eu só quero lhe dizer que… que você é a mulher mais linda que já vi. Você é real, Dul. Sei que acha que está gorda e desajeitada e… mas não está. Você é única.


— Obrigada, Christopher — sussurrou ela. — Oh, sim, nem sei como agradecer, porque me sinto um balão, uma baleia, uma… estou bonita? Christopher beijou-a na testa.


— Você é bonita — afirmou. — Venha se sentar. Peguei uma mesa ao sol, mas, se sentir frio, avise e nos mudamos para dentro.


— Oh, não, está gostoso aqui fora. — Caminharam até a mesa. Christopher ajudou-a com a cadeira e então instalou-se diante dela. — O sol está ótimo. Você me conhece tão bem, Christopher. Sabia que eu preferiria almoçar fora, se possível, e esta mesa é perfeita. É como se o sol brilhasse para nós.


— É — concordou ele. — Mandei o sol brilhar.


— Oh, está bem — desdenhou ela, risonha.


— Quer um aperitivo de trivialidade, minha querida? — ofereceu Christopher.


— Sim, sim, sim — respondeu ela. — Andamos tão ocupados que faz séculos que não partilhamos uma trivialidade. Mas primeiro quero dizer que está arrasador de terno e gravata, senhor. Que compromisso teve para se vestir como adulto? — Christopher riu.


— Como adulto? Bom, consultei um gerente de banco para pleitear uma linha de crédito. Assim, poderei encomendar os computadores e softwares necessários.


— E? — Christopher estalou os dedos.


— Fácil. Assinei os papéis e está praticamente tudo certo.


— Oh, Christopher, isso é maravilhoso! — Dulce apoiou o queixo nas mãos. — É tão excitante. Nesse ritmo, seu bebê Uckermann Consultoria em Sistemas nascerá antes do meu bebê.


Christopher franziu o cenho.


— Ambos são nossos,Dul. A nova empresa, Uckermann… ambos são nossos. Sabe disso, não?


— Sim, está bem, Christopher — concordou Dulce. — Não queria preocupar você nem… Está se sentindo bem? Parece tão cansado. Acho que está se esforçando demais.


— Estou bem — assegurou ele. — Está preocupada comigo? Vamos nos concentrar em você e no pãozinho que leva aí.


— Você é tão importante quanto eu, Christopher — declarou Dulce. — É tão importante quanto o bebê. Estamos todos juntos nisso, como sabe. “Juntos”, pensou Christopher. Não, não o bastante. Perto, quase, mas não juntos.


— Bom, de volta à trivialidade. Senhora, sabia que o primeiro banheiro a parecer na televisão foi no seriado Leave it to Beaver?


— Está brincando? — indagou a garçonete, aproximando-se da mesa. — Eu adorava aquele seriado quando era criança. Deixava minha mãe maluca, porque dizia que ela devia cozinhar de vestido e colar de pérolas, como a mãe de Beaver. Primeiro banheiro na televisão, é? Incrível. Então! O que vão querer? Opa. Nem estão com os cardápios. Volto já.


A mulher afastou-se apressada. Dulce respirou fundo.


— Tenho de pedir algo totalmente sem sal — lembrou-se. — Annie está um pouco preocupada com minha pressão, com o inchaço nos pés e…


Interrompeu-se e tentou disfarçar a notícia:


— Oh, Christopher, não posso nem fazer compras de Natal, porque Annie disse que tenho de ficar com os pés erguidos e fazer as compras por catálogo. Talvez, mais tarde, recomende que trabalhe só meio período, mas ainda não é certo e… quando chego em casa, não devo cozinhar, nem fazer limpeza, nem lavar roupa. Devo ficar sentada com os pés erguidos e… estava lidando bem com tudo isso até chegar aqui, mas agora estou desabando… Oh, céus, Christopher, estou tão assustada com a possibilidade de algo acontecer ao nosso bebê!


Ele tomou as mãos de Dulce e inclinou-se em sua direção.


— Ouça — pediu, com o coração disparado. — Vai ficar tudo bem. Vamos seguir as instruções de Annie, fazer exatamente como ela disse. Estou arrasado por ver você tão aflita, tão assustada, Dul. Mas não está sozinha. Estou aqui com você e sempre estarei. Vamos superar tudo isso, você vai ver. Vamos superar… juntos.


— Eu sei. — Dulce sorriu fraco. — Sim… juntos. Vai ficar tudo bem… desde que estejamos juntos.



Onde estão minhas outras leitoras???


comentem e eu posto... besitos



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): aninhadyc

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Reta final da web... Dividi os últimos capítulos só pra deixar vcs mais anciosas ;) se tiver comentários posto mais um ainda hoje!!!     Christopher abriu a porta para sair, hesitou, entrou de novo e fechou a porta. Foi ao encontro de Dulce, sentada no sofá com os pés sobre a mesinha. — Tem certeza de que nã ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1333



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:55

    aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
    besosssssss

  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54

    aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
    besosssssss

  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54

    aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
    besosssssss

  • rss Postado em 09/03/2010 - 22:22:54

    aaaaaaaaaaaaamei o final desculpa não comentar muitomais ficou maraaaaaaaaaaaaa.
    besosssssss

  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:44

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:43

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • kahdarone Postado em 09/03/2010 - 22:05:43

    Aninha, acabeii de ler a Web agora. Ameii o final!
    beijos

  • girbd Postado em 09/03/2010 - 16:04:46

    Parabens
    pela web e pelo aniversario :P
    muito linda sua web eu ameiii
    e continue escrevendo WN tah.
    tchau

  • girbd Postado em 09/03/2010 - 16:04:45

    Parabens
    pela web e pelo aniversario :P
    muito linda sua web eu ameiii
    e continue escrevendo WN tah.
    tchau

  • aninhadyc Postado em 09/03/2010 - 14:56:00

    Kahdarone, obrigado!!!
    besitos!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais