Fanfic: Meu amigo, meu amor... {terminada}

Feliz dia da mulher para nós amigas!!!

Penúltimo capítulo:

Quatro horas depois, Christopher saía correndo do elevador na ala de maternidade do Hospital de Misericórdia direto para o balcão de informações. Tinha os cabelos desgrenhados e a camisa para fora da calça, aparecendo sob a jaqueta de inverno.

— Eu sou Dulce! — anunciou, sem fôlego. — Não, não é isso. Sou Christopher. Christopher Uckermann, e estou aqui. Consegui. Aluguei um jatinho e… Onde está Dulce? Preciso vê-la, estar com ela, avisá-la de que estou a seu lado e… Onde colocaram Dulce?

A enfermeira de plantão sorriu.

— Calma, papai, ou vai acabar em uma cama de hospital também. — Consultou o livro de registros. — Não tenho nenhuma Dulce Uckermann  neste andar.

— Não, não, é Dulce Saviñon. Minha irmã é a médica… Anahí Uckermann.

— Ah. Sim, Dulce Saviñon. Aqui está ela. — A enfermeira o encarou. — Fique ali na sala de espera, vou informar a dra. Uckermann de que está aqui.

— Mas… — Christopher respirou fundo. — Está bem, está bem, mas apresse-se, sim? Por favor!

— Sim, vou me apressar. — A enfermeira indicou a sala de espera. — Vá.

Christopher tomou o corredor resmungando. Entrou na sala e estacou tão de repente que quase capotou.

Estavam todos lá. Os Uckermann. Um representante de cada família, mais seus pais, tia Margaret e tio Robert.

Com o coração aos pulos no peito, meneou a cabeça, sem fala por um momento. A mãe se aproximou e o abraçou.

— Você conseguiu, querido. Isso é maravilhoso, e vai significar tanto para Dulce…

— Sabe de alguma coisa? — indagou Christopher. — O que está acontecendo? Como está Dulce? Ah, onde está Dulce? Raios, nunca devia tê-la deixado sozinha. Ela está tão assustada, tão… E o bebê… É tão cedo para Ângela nascer, mãe. Ela vai nascer pequena e…

— Calma, mano — recomendou Jack, aproximando-se. — Não vai ajudar Dulce se continuar nervoso assim. Annie esteve aqui e disse que a equipe especializada está em alerta para cuidar do bebê assim que nascer. O trabalho de parto está correndo sem complicações.

— Mas…

— Christopher Uckermann? — chamou a enfermeira da porta.

— Eu! — gritou ele, voltando-se.

A enfermeira estendeu uma capa verde.

— Não há tempo para vestir a roupa completa. Estenda os braços, vista isto e acompanhe-me à sala de parto. Faltam umas duas contrações para você se tornar pai.

— Oh, céus!

— Vá — incentivou Jack, dando-lhe um tapa nas costas.

Foi tudo muito rápido. Christopher mal se lembrava de ter vestido a capa verde e acompanhado a enfermeira apressado. Entraram em uma sala iluminada cheia de gente com roupa branca. Alguém lhe apertou o ombro, sentou-se numa banqueta e viu-se diante de Dulce.

— Dul?

Ela voltou a cabeça.

— Oh, Christopher… Oh, Christopher, você está aqui. — Ergueu uma mão, e ele a agarrou. — Estou tão contente em vê-lo. Não me deixe, Christopher, por favor.

— Nunca — afirmou ele, apertando a mão.

— Bem-vindo à festa, mano — saudou Annie, no comando do parto. — Quase chegou atrasado.

— Ohhh — gemeu Dulce, tentando se sentar. Christopher arregalou os olhos.

— Dul? O quê? Como?

— Apoie as costas dela, Christopher — instruiu Annie. — Muito bem, Dulce, está na hora. Empurre para mim agora, querida. Isso mesmo. Mais um pouco. Pronto… ela… está vindo. Isso!

Dali a um segundo, Annie pousava o bebê chorão no abdome de Dulce.

— Oh, Christopher… — chorava ao pegar uma das mãozinhas do bebê. — Olhe para ela. Ela está aqui. Nossa Ângela. Nosso milagre.

Christopher parecia espantado, com os olhos brilhantes de lágrimas.

— Nossa filha…

Um grupo de profissionais se aproximou e levou o bebê embora. Christopher ajudou Dulce a se deitar e enxugou-lhe as lágrimas.

— Ela é tão pequena — lamentou Dulce, insegura.— E veio tão cedo, Christopher e…

— Dois quilos, duzentos e noventa e sete gramas — informou alguém.

— Fantástico! — Annie contornou a mesa. — Você foi ótima, Dulce.

— E Ângela?

— Ela nasceu com bom peso — afirmou a médica — A preocupação são os pulmões, porque ela veio muito cedo. Os especialistas vão examiná-la da cabeça aos pés. Pela chegada barulhenta, diria que os pulmões funcionam bem, mas sempre é bom checar. Teremos um relatório completo em minutos.

— Quantos minutos? — indagou Christopher.

— Alguns — rebateu Annie, sorrindo. — Christopher, vá contar a novidade à família enquanto acabamos aqui. Depois poderá ver Dulce no quarto.

— Quanto tempo é alguns minutos? — repetiu ele, abobalhado.

— Saia daqui — ordenou Annie. — Dê um beijo em Dulce, agradeça-lhe a filha linda e vá.

Christopher beijou Dulce rapidamente nos lábios.

— Obrigado pela nossa filha linda e vá. — Meneou a cabeça. — Não me sinto muito bem…

— Mike! — chamou Annie. — Temos um pai apagando aqui.

Um auxiliar forte aproximou-se e amparou Christopher cambaleante. Pendurou-o nos ombros como um bombeiro e deixou a sala de parto.

— Christopher! — gritou Dulce.

Annie forçou-a a deitar-se novamente.

— Ele vai ficar bem, Dul. O maior problema será agüentar as gozações. O clã Uckermann não vai perdoar.

— Pobre Christopher… Annie, acha mesmo que Ângela está bem?

— Logo saberemos. Relaxe.

Annie afastou-se, e Dulce voltou a chorar.

— Mas quanto tempo é logo?

Último capítulo amanhã... não percam!!!