Fanfics Brasil - Dia V Fenômenos Paranormais - Portiñón

Fanfic: Fenômenos Paranormais - Portiñón | Tema: Sobrenatural/Mistério e RBD/1D


Capítulo: Dia V

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Anahí agonizou por um tempo que pareceram horas, mas podiam ter sido minutos, até alguns segundos, a dor era tanta que não importava, mas aquilo finalmente parou uma hora.


Ela estava sozinha, assustada e com dor no escuro.


- Annie? – Era Nugget, ou melhor, Christopher. Estava confirmado, Anahí tinha sido torturada por horas, afinal Christopher só virava humano ás 3 da manhã.


- Vai embora, Christopher. – Anahí soluçou.


- A Dulce pode ser bem radical com visitantes. – O garoto suspirou.


Anahí se acalmou um pouco e se sentou na cama, a dor sumiu.


- Por que ela é assim? – Soluçou.


- Ela é um demônio, não tem sentimentos, ela só tem sentimentos quando... – Ele se interrompeu.


- Christopher... – Anahí o fuzilou com o olhar.


- Cinco e meia da manhã, todo dia, ela se torna humana de novo por uma hora. A alma humana dela era tão forte que nem os demônios conseguiram drenar tudo, então ela ainda é meio humana. Só aguento ela por causa disso. – Explicou.


- Foda-se, eu quero ir embora, Christopher. – Ela deitou a cabeça no ombro do garoto.


- Não tem saída, Anahí, eu sinto muito. – O garoto-gato suspirou.


- Tem que ter uma saída. – Ela sussurrou.


[...]


Angelique estava tão assustada quanto Anahí, ela queria ir embora, queria falar com Maite de novo, queria esclarecer as coisas.


A garota suspirou e se sentou no chão, mas algo embaixo da cama chamou a sua atenção.


Um pequeno caderno e um colar.


Ela reuniu o pouco de coragem que ainda lhe restava e pegou os objetos, primeiro abriu o colar e gelou.


Maite estava ali.


A morena arregalou os olhos e abriu o caderninho.


Pertence à: Maite Perroni Beorlegui


Hospital Psiquiátrico Saviñón, 1915


Julho de 1915


A garota sem olhos continua me machucando, esse lugar é o inferno. Eu não quero que ela me leve, eu não quero ser como ela, aquele olhar frio, aquele sorriso diabólico...


Eu não quero ficar presa a esse inferno.


Mas eu sinto que eu nunca vou sair daqui, eu simplesmente sou lésbica, não acredito que me internaram aqui por causa dessa bosta, eu queria ser hétero.


Maite.


Angelique estava atordoada, agora ela entendia. As roupas estranhas de Maite, as aparições súbitas, o fato de ela não saber o que é um celular, os toques frios...


- Oi. – Nesse momento, a morena apareceu, mas seu sorriso sumiu quando ela viu o caderninho nas mãos de Angelique.


- VOCÊ MENTIU PARA MIM! – Angelique gritou, enfurecida.


- Angelique... – Maite abaixou a cabeça.


- NÃO, MAITE, EU ESTAVA MORRENDO DE MEDO, ME ASSUSTANDO E QUERENDO IR EMBORA, E ERA VOCÊ NOS ASSOMBRANDO O TEMPO TODO?! – Ela rosnou.


- EU NÃO SOU A ÚNICA AQUI, EU SÓ FAÇO O QUE ELES MANDAM, PORRA, EU OS CONTRARIEI PELA PRIMEIRA VEZ POR SUA CAUSA! – Maite se desesperou.


- ELES QUEM?! – Gritou.


- Eu não posso te contar... – A morena abaixou a cabeça novamente.


- Vai embora, por favor. – Angelique segurou as lágrimas, ela se sentia enganada, magoada.


Maite simplesmente desapareceu no ar, deixando uma Angelique magoada ali.


- Não, espera. – Disse num fio de voz e Maite reapareceu.


- Eu quero chorar no ombro de alguém. – A menor soluçou.


Maite se aproximou e a abraçou, Angelique explodiu em lágrimas nos braços da pessoa que a magoou.


[...]


- ... E o lobo comeu as ovelhas do pastor mentiroso, fim. – Christopher terminou orgulhosamente de ler seu livro infantil para Anahí.


- Obrigada por ler para mim, Nugget. – Anahí enxugou uma lágrima e acariciou os cabelos do garoto.


- Sem problemas, e meu nome é Christopher. – O garoto sorriu.


- Para mim você é Nugget. – A menor mostrou a língua.


- Tá. – Ele cruzou os braços. – Eu tenho que ir, meu dever me chama, infelizmente. Mas lembre-se: Cinco da manhã, você vai ouvir um choro, confia em mim, a Dulce humana é bem mais legal que a Dulce demônia. – Christopher disse.


- Ok, vai lá servir a sua demônia filha da puta. – Anahí reclamou.


- É meu trabalho, se não fosse por ele eu não teria lido “Pedro e o Lobo” pra você. – Christopher lembrou e deu um abraço rápido na garota antes de se tornar gato novamente e sair.


Anahí se deitou e se lembrou da dor que havia sentido, se ela ia se encontrar com Dulce, ia ser pra chutar a cara dela.


[...]


- E desde então, eu me alimento de ratos e água do esgoto do porão. – Harry terminou de contar o que tinha acontecido com ele naqueles 12 meses, Louis estava de boca aberta.


- Isso é horrível. – O garoto suspirou.


- Tudo o que eu quero, é que esse lugar tenha uma saída. – Harry abraçou os joelhos e suspirou.


- Nós vamos encontrar uma saída. – Louis garantiu e passou seus braços lentamente pelos ombros do maior, com cuidado para não o assustar.


[...]


Alfonso tinha perdido sua vontade de filmar, ele estava assustado, ele queria ir para casa agora.


- Oi? – Um garoto alto apareceu na porta do seu quarto e ele gritou de susto, seus óculos caíram no chão.


- MAS QUE PORRA!? – O moreno gritou.


- Acho que você deixou isso cair, meu nome é Christopher. – Christopher entregou os óculos para o garoto.


- Como você chegou aqui? Que diabos você está fazendo aqui? – Alfonso se afastou.


– É uma história longa, e eu não estou afim de contar, eu só preciso de uma cama agora. – O menino-gato respondeu e se esparramou na cama de Alfonso.


- Folgado. – O garoto de óculos grunhiu.


- Eu sou um gato. – Christopher sorriu inocente.


- Além de folgado é convencido.


[...]


Então era isso, 5 da manhã, Anahí ia se encontrar com aquele demônio e chutar a cara dele.


No fundo, ela estava com medo, mas por outro lado, ela queria se vingar pela dor que ela havia sentido por horas graças aquela filha da puta revoltada.


Então, Anahí pegou sua lanterna e começou a andar pelos corredores, ignorando todos os barulhos que não fossem soluços. Ela estava cega e surda de ódio.


Finalmente, ela ouviu os lamentos. No quintal. De uma garota de cabelos vermelhos violentamente sob a luz da lua, ela se aproximou, a raiva foi tomando conta dela.


A garota que chorava se virou, seus olhos castanhos e avermelhados se encontraram com a imensidão azul de Anahí.


- Você tem noção da dor que eu senti?! – Anahí rosnou e bateu no rosto da garota, que simplesmente se enrolou mais.


- Eu sinto muito, eu sou um monstro. – A voz rouca soluçou.


- Não, você não sente, você não pode sentir! – A menor ralhou.


- Eu posso sentir quando me torno humana, e eu me sinto um lixo, eu odeio esse lugar, eu odeio me tornar humana. – Dulce sussurrou.


- Você tem pelo menos uma MÍNIMA noção da dor que eu senti?! – Anahí puxou a maior pela gola da blusa branca de lã que ela usava.


- N–Não, eu só sinto dor a essa hora. – A garota de olhos castanhos se encolheu mais.


”Ela é poderosa, deve saber o caminho de volta.” – Anahí pensou e sorriu com o pensamento. Sentou-se ao lado da demônio/humana.


- Uh, então, você vem sempre aqui? – Ela comentou.


– Eu estou PRESA aqui, acéfala! – Dulce rosnou e por um minuto Anahí viu fogo nos olhos da garota.


“Ok, Dulce demônia está de volta.” – Anahí pensou.


- Ai, desculpa. – Anahí reclamou.


- Essas estrelas me acalmam, sabe? Elas parecem ser as únicas coisas que mudam desde que eu fiquei presa aqui. – Dulce comentou.


- Estrelas me inspiram, eu gosto de pensar que elas são pequenas almas no céu. – Anahí concordou.


- Estrelas são almas livres. – A maior respondeu.


- Por que a sua alma não é livre? – A menor perguntou.


- Porque eles me prenderam aqui, agora nem alma eu tenho. – Deu de ombros.


- Eles?


- Eu realmente não posso falar sobre isso, você não estava irritada comigo? – Dulce se virou para a garota.


- Eu estou irritada com o seu lado demoníaco, não com você. – Anahí mentiu.


- Nesse caso, é bom não estar sozinha, a May está ocupada se apaixonando por uma desconhecida. Ela pode fazer isso, disso eu não tenho inveja. – Riu secamente.


- May?


- É, quando eu fui escolhida, eu matei a Maite e o espírito dela ficou preso junto comigo. Ela é minha companhia quando eu estou nesse estado, mas agora ela resolveu se apaixonar e o Christopher resolveu explorar. Eu estou sozinha. – Dulce explicou.


- Então, a Maite não é um demônio? – A maior perguntou.


- Nope, apenas uma alma que não encontrou a luz e ficou aqui comigo. – Dulce disse.


- Isso tudo é muito complicado, urg. – Anahí reclamou.


- Você acostuma. – Dulce deitou sua cabeça casualmente no ombro da garota.


“Que demônia folgada.” – Anahí pensou.


- Está com sono ou eu virei encosto mesmo? – A menor rosnou.


- Eu não sinto sono, é só uma mania minha, não me irrite, obrigada. – Dulce respondeu no mesmo tom ameaçador e foi suficiente para deixar a Anahí quieta .


O relógio de Anahí marcou 5:59, ela tinha demorado tempo considerável para encontrar a garota dos olhos castanhos.


- É melhor você ir. – Dulce disse, sentindo seus sentimentos drenarem.


- Cansou de mim? – A garota riu, sem perceber a hora.


- Eu vou arrancar a alma do seu peito se você não for embora agora! – Os olhos de Dulce ficaram negros e Anahí saiu correndo antes que ela realmente se machucasse.


 ************


Primeira interação Portiñón yaay! 



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Autor(a): portiñón_camren

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 19



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  • tainara_vondy Postado em 16/02/2018 - 08:50:45

    Posta mais

  • luh_perronita Postado em 25/01/2018 - 00:02:15

    to amando a fic, posta mais

  • lika_ Postado em 14/12/2017 - 15:29:33

    +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • lika_ Postado em 13/12/2017 - 07:30:25

    posta maissssssssssss

  • lika_ Postado em 05/12/2017 - 19:27:20

    Posta maisssss

  • tainara_vondy Postado em 04/12/2017 - 12:46:51

    Posta mais...

  • siempreportinon Postado em 04/12/2017 - 11:50:46

    Obaaaa! Que bom que agora tem tempo, vou até voltar a ler do início pra relembrar kkk

  • luh_perronita Postado em 22/09/2017 - 19:06:13

    Aaaah eu estava amando essa fic, q pena que parou de postar :(

  • laine Postado em 17/02/2017 - 15:58:58

    cade continua

  • luh_perronita Postado em 07/02/2017 - 22:04:32

    continua


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