Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Alfonso

Porra! Eu empurrei muito cedo.

Estávamos tendo um bom tempo, conversando como os outros. Se você não nos conhecesse, ou o nosso passado, você teria pensado que éramos um casal também. Ou, pelo menos, bons amigos.

Mas eu tinha que arruiná-lo...

— Bom trabalho, espertinho. — Christian me disse, me batendo na parte de trás. — Que diabos você disse?

Mostrei-lhe as duas garrafas que fizemos um para o outro.

Maite arrebatou-os para fora de suas mãos e leu as mensagens.

— Idiota! É muito cedo para este tipo de asneira. Ela estava flertando com você, não professando seu amor. Você deveria flertar de volta. Eu não posso acreditar que você escreve essas belas canções de amor, porque você não sabe nada sobre as mulheres.

Nada como um verdadeiro amigo para ser tão brutalmente honesto.

Maite saiu pisando duro pelo corredor, falando sozinha e agitando as mãos no ar.

Christian e eu observamos em silêncio, enquanto ela desaparecia na mesma direção que Any fugiu.

— Parecia uma boa ideia na hora. — eu enterrei meu rosto em minhas mãos.

Devo estar parecendo um burro na frente da família de Maite, mas não era como se eles não soubessem da situação.

Eu não precisava me preocupar com as opiniões deles nesse momento de qualquer maneira. Eu estava mais preocupado com Any.

— Vá com calma mano. — ele apertou meu ombro. — Eu sei o que você está fazendo e o tempo virá. Você precisa facilitar a vida dela. Isso não vai acontecer durante a noite.

Sim. Entendi. Porém, isso não me fez sentir melhor.

Eu estava morrendo de vontade de tocá-la durante toda a noite.

As colisões casuais de nossa cotovelos colocou o meu corpo em chamas. Quando seus dedos roçaram o meu, eu queria pegar a mão dela na minha e pressionar meus lábios para o interior do seu pequeno pulso, observando a propagação rosa do topo de seu pescoço até as bochechas.

Esse ponto sensível a excitava, a deixando saber que era apenas o começo da minha festa para ela. Ela adorava, e assim eu o fazia.

Só em pensar sozinho, tinha meus sentidos cheios com as memórias de seu doce perfume e curvas sensuais.

Devagar seria difícil, quando eu teria que vê-la muitas vezes durante as próximas quatro semanas.

Nós só ficamos no mesmo espaço um pouco mais de uma hora, e eu já tinha que lutar contra o impulso para dar o bote em cima dela. Para chegar de joelhos e implorar seu perdão.

Para fazer todas as coisas que eu disse que faria na canção.

"Nunca levá-la a concordar novamente. Prestar atenção às pequenas coisas que a faziam sorrir."

Mas acima de tudo, dar-lhe o meu tempo, a minha atenção para que ela soubesse que valeu a pena.

Que ela era tudo o que importava.

Eu desistiria da minha carreira em um piscar de olhos, apenas para tê-la de volta comigo. Minha música não tinha sentido sem ela ao meu lado.

Se meus parceiros de negócios me ouvissem dizer isso, eles provavelmente ririam de mim. Os caras me perguntariam se eu cortei minhas bolas e se cresceu uma vagina no lugar.

Me chamem de covarde, de tudo que você quiser, eu só preciso da minha menina de volta na minha vida.

O som da voz de Any me bateu com força no peito. Olhei por cima do ombro para o corredor onde ela caminhava em direção ao resto de nós.

Suas pálpebras estavam vermelhas, e seu nariz estava rosa. Me matou saber que eu tinha feito isso com ela.

Ela estava sorrindo, rindo e se divertindo e, por um movimento errado da minha parte, eu a fiz chorar.

Eu esperava que ela soubesse que eu não tive a intenção de machucá-la. Eu já fiz o suficiente disso no passado. Eu queria que fosse diferente.

Any abaixou para sentar-se ao meu lado. Surpreendentemente, ela bateu no meu joelho e me inclinei para perto.

Seu toque sacudiu meu corpo em alerta máximo, e minhas mãos coçaram para tocá-la de volta, sentir sua sedosa pele macia contra minhas palmas.

— Não se preocupe. Eu não irei para casa para cortar os pulsos ou qualquer coisa. Vê-lo e ficar tão perto... vai levar algum tempo para me acostumar.

A proximidade me deixou tão atordoado que eu mal podia respirar, muito menos pensar. Eu não conseguia parar de fechar ainda mais a distância entre nós.

Meu nariz encontrou o caminho através de seu comprido, cabelo ondulado.

Ela tem um cheiro tão delicioso, como morangos frescos e creme chantilly.

Aninhei perto do ouvido dela, meus lábios vibraram contra seu ouvido, quando eu sussurrei:

— Eu nunca vou me acostumar com isso. Estar ao seu lado é como um sonho que eu nunca quero acordar.

Antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa ou se afastasse de mim, eu me levantei e corri em direção à cozinha.

Eu sabia que não deveria ter dito isso, mas eu nunca fui de segurar meus sentimentos.

Me achei dizendo a Any como me sentia desde que eu tinha 16 anos de idade. Nada mudaria isso agora.

Pensamentos fugazes mantinham-se indo e vindo na minha cabeça. Meu coração bateu ferozmente no peito, enquanto pensava sobre o que eu disse e como isso pode tê-la afetado. Eu me perguntava o que ela estava pensando, como ela se sentia.

E então, eu pensei nas observações anteriores de Maite. E como Christian disse-me para ir devagar.

Porra!

Então, eu pensei sobre o nosso passado.

Nós fomos feitos um para o outro. Ela foi minha namorada há tanto tempo. Éramos jovens, mas eu sabia que a fazia feliz.

Até que eu assinei o contrato, de alguma forma.

Eu tinha que ser um idiota para não ver como a minha música ficou no caminho da nossa felicidade.