Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

No início, Any e eu estávamos nas nuvens com o meu sucesso. Quando eu vendi minha primeira música a Michael Buble, celebramos por dias.

Fomos a um restaurante chique, um onde eles nos trataram como merda porque éramos jovens e pobres. Até o momento que a nossa sobremesa veio para nós, Any estava farta com o serviço rude e pediu para falar com o gerente.

"— Eu notei que este é um restaurante sofisticado onde os preços são íngreme, mas eu agradeceria se o seu servidor nos tratasse com o respeito que nós merecemos. Afinal de contas, nós somos os únicos que estão jantando aqui e pagando por este bife caro e esse talo de brócolis. Assim, você pode por favor, perguntar ao seu gerente para parar de agir como se fôssemos indignos dele?"

Eu não podia acreditar que essas palavras saíram da boca do meu raio de sol. Mas ela disse que era a minha noite, e eu merecia ser tratado como um rei, e não como algum vagabundo fedorento.

As palavras dela, não minhas.

Pelo o resto da noite, o gerente cuidou de nós ele mesmo.

Naquele momento, eu achei que nada poderia nos separar.

Bem, até eu começar a agir como um idiota.

Pouco depois que vendi minha canção, eu comecei a receber chamadas para fazer shows específicos à noite, em que outros artistas e produtores poderiam ouvir minhas músicas ao vivo.

Estes eram diferentes dos discretos bares ou lojas de café que eu cantava no passado por diversão. Aqueles onde Any sentava no canto, e articulava com sua boca, as palavras de minhas canções, enquanto ela terminava um de seus trabalhos, ou fazia lições de casa.

De vez em quando ela tirava o olho de sua tarefa e sorria para mim. Esse pequeno gesto doce, fazia maravilhas para a minha música, me dando toda a inspiração que precisava, e eu derramava o meu coração nas minhas músicas.

Um compositor. Isso é tudo o que eu pensei que seria, e era assim que eu queria. Eu estava completamente honrado pela oportunidade de escrever para outros cantores. Isso era exatamente o que eu sonhei em fazer.

Mas em seguida, um produtor da Columbia Records foi a um show, e me chamou para falar sobre uma carreira solo.

Um artista solo? Não era nem mesmo algo que eu pensava ser possível, o que me levou muito tempo a meditar sobre a ideia.

Tínhamos terminado a faculdade. Eu obtive o meu diploma em negócios, enquanto Any obteve o dela em artes liberais. Ela continuaria na universidade, e eu não tinha tanta certeza do que viria para mim.

A oferta pareceu vir na hora certa, quando eu estava em um ponto da minha vida, onde eu tinha que decidir o que fazer a seguir.

E mais uma vez, Any estava bem ali comigo. Minha torcida e minha maior inspiração. Enquanto ela estava comigo, eu tinha muito material.

Observando-a comer cereais no café da manhã, poderia sair uma nova canção. Mesmo quando ela me deixava louco, deixando caixas vazias de cereal no armário, eu poderia riscar uma melodia.

Ela era o meu sol, meu tudo. Ela estava em cada canção que eu escrevi.

Agora, eu poderia ter me chutado.

Olhando para trás, eu sabia que eu a fazia sentir como se ela não valesse o meu tempo.

Uma vez que a tomada de meu primeiro álbum teve início, muitas vezes eu cancelei encontros. Eu não aparecia em sua casa à noite, quando eu disse que o faria, porque eu estava no meu estúdio, minha zona no estúdio, e não queria deixá-lo.

Quando nós saíamos, era como se eu não estivesse realmente lá. Se eu tivesse que adivinhar, eu tenho certeza que Any sentiu como se estivesse voando sozinha em algumas das partes.

Em vez de ter-me lá com ela, segurando sua mão, levando-a para fora na pista de dança, ou falar com os nossos amigos, passava a noite conversando com as pessoas sobre a minha música, e o que aconteceria em seguida. Para mim. Nunca para nós.

Eu tinha acabado de assumir que seria sempre um de nós.

No momento em que meu álbum foi lançado e eu estava prestes a sair em turnê, Any teve o suficiente.

Eu queria tanto que ela viesse comigo. Eu precisava que ela viesse comigo. Mas ela recusou.

Eu não a culpo. Eu tinha me tornado um idiota completo e, em vez de consertar, eu fiz o pior. Eu disse que, ou ela viria comigo, ou estava tudo acabado.

Bem, você pode muito bem querer colocar uma forquilha em mim.

Ela estava fora do meu alcance. E não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso.

Como diabos eu tinha deixado que nossa relação tivesse se perdido? Eu era um idiota.

Estou surpreso que ela aguentou por tanto tempo.

— Ainda tentando encontrar suas bolas para que possa voltar lá fora? — Maite nunca foi de se segurar.

Um sorriso brincou em meus lábios.

Ela sempre foi tão direta.

— Você sabe que eu te amo, certo?

Ela caminhou em sua cozinha, e inclinou-se para mim sobre o balcão.

— Claro que eu sei. O que há Poncho?

— Eu não sei se eu posso fazer isso. Christian pode ter que conseguir um novo padrinho.

Quanto mais eu pensava sobre o nosso passado, mais eu percebia que não era justo que eu apenas voltasse para a cidade e começasse a voltar a me inserir na vida de Any.

Ela tinha um namorado. Ele pode ser um instrumento nervoso, mas ele era o instrumento dela, e se ela não dissesse a ele para pegar a estrada, em seguida, quem era eu para ficar entre eles?

— Não é justo para Any eu ser jogado em sua vida novamente. Quando eu a vejo, eu quero dizer-lhe coisas. Eu quero alcançar e tocá-la, mas eu sei que não posso. Ou não deveria. Eu amo vocês, mas eu a amo mais. — eu levantei minhas mãos. — Sem ofensa. Mas você sabe o que quero dizer. Eu a amo mais do que eu me amo, e eu não quero machucá-la por estar aqui.

Maite levantou-se e caminhou lentamente para o meu lado do balcão.

Ela me deu um olhar de compreensão.

— Você sabe que eu te amo também, certo? — ela perguntou, franzindo a testa e balançando a cabeça de um lado para o outro.

Eu dei-lhe um aceno de cabeça.

— Bem, eu sinto a sua dor, amigo. Mas você vai ter que chupá-la. Você não irá a qualquer lugar. Christian e eu não queremos que você ou ela saiam. Então porra, cresça um pouco, leve a sua bunda de volta lá para fora, e ganhe de volta a sua menina. — ela me deu um tapa no lado da minha cabeça e saiu da cozinha.

Aquelas eram palavras de sabedoria?