Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Quando ela ficou satisfeita com seu trabalho, ela tirou um prendedor de cabelo de seu pulso e empilhou seu sedoso cabelo castanho no topo de sua cabeça e torceu-o no lugar.

O comprimento do pescoço ficou exposto quando ela esticou, rolando a cabeça em um círculo com os olhos fechados. Ela completou o ato com um longo suspiro ofegante.

Sexy.

Lembrei-me de quando eu tinha esse efeito sobre ela com apenas um leve toque de meus lábios por sua garganta.

Porra, o que eu faria para poder passar meus lábios contra sua pele logo em seguida... Meu dia teria sido perfeito.

Instantaneamente, senti minha calça ficar um pouco mais apertada e eu precisava fazer alguma coisa para parar a minha ereção crescente, antes de voltar aos meus doze anos de idade, e me envergonhar.

— Quer beber algo antes de começarmos? — me forcei até ficar em pé e me afastei dela em direção a cozinha.

— Água seria ótimo. Eu exagerei na tequila na outra noite.

Olhando para trás, por cima do meu ombro, eu notei que ela estava movendo as imagens ao redor da mesa.

Ela deu um passo para trás com os dedos prensados na boca, obviamente tentando descobrir algo. Ela descalçou os chinelos de dedo e ficou à vontade, como ela fazia quando estávamos juntos. Ela não gostava de usar sapatos.

Sua mãe fazia piada sobre como ela gostava de ficar descalça até ela completar cinco anos. Ela brincava com ela dizendo que, se ela não queria usar roupas, eles teriam que levá-la ao jardim de infância pelada.

Aparentemente, essa tática de intimidação funcionou.

Usava roupas, mas ela ainda gostava de correr descalça como se ela pertencesse ao deserto.

Eu amava isso nela, que ela era tão despreocupada e sempre disposta a ir com o fluxo. Ela tinha um jeito calmante que fazia com que todos se sentissem em casa.

Eu ainda não podia acreditar que ela estava vendo um advogado.

Pelo que Christian tinha dito, o homem raramente ia a qualquer lugar sem usar um terno.

Será que ela relaxava com ele, ficava descalça quando estava perto dele?

Quando voltei com algumas garrafas de água, Any estava observando a sala, olhando ao redor, uma vez que era a primeira vez que ela estava aqui.

Eu não fiz uma grande aquisição até que eu terminei a primeira turnê. Antes disso, eu não precisava dele para ter a privacidade e segurança que fornecia.

— Você não fez nenhuma decoração chique hein? Este lugar parece um perpétuo apartamento de solteiro.

Bem, eu o chamo de minha caverna.

— Eu não fico muito tempo aqui, então é bom voltar para casa e ser capaz de relaxar, não preciso me preocupar em sujar a mobília se eu decidir colocar os meus pés sobre o sofá.

— Faz sentido. — disse ela, friamente. — Você nunca quer se estabelecer? Ou está fazendo isso permanente, se atracando a uma nova modelo ou atriz a cada semana?

Eu quase engasguei com o meu gole de água com aquilo.

— Você lê muitos tabloides Luz do sol.

— Eu não os leio. As manchetes saltam à minha frente quando eu vou ao supermercado. Se eu não precisasse de comida para sobreviver, gostaria de evitar as filas do caixa completamente.

Quando a conversa se tornou feia? Ela estava bem um minuto atrás.

— Primeiro, você quer matar sua melhor amiga e agora você prefere ter um transtorno alimentar do que ver o meu rosto em algumas histórias fictícias sobre mim em uma revista inútil?

O que aconteceu com a minha Luz do sol? As luzes se apagaram e ela escureceu de repente.

— Desculpe-me se eu estou aqui fazendo você se sentir infeliz, mas eu pensei que nós poderíamos nos controlar. Não podemos deixar nosso passado ficar no caminho deste casamento.

Ela acenou para mim como se eu não soubesse o que estava falando.

— Sinto muito. Isto — ela apontou para trás e entre nós. —, é estranho. É difícil. É... eu não sei. Um minuto eu estou bem e no próximo eu sou uma grande confusão. Então, vamos esquecer que eu estava sendo uma cadela por um minuto. — ela me ofereceu sua mão delicada. — Trégua?

Meu olhar caiu sobre a mão por um momento antes de eu pousar minha garrafa de água sobre a mesa mais próxima e pegá-la na minha.

— Você sabe que não está sendo fácil para mim também. Eu pensei que eu teria algum tempo para descobrir como eu poderia ser capaz de falar com você de novo. — eu me aproximei dela, nossas mãos ainda unidas. — Mas isso mudou. Temos sido pressionados, e nenhum de nós sabe como agir. A única coisa que posso fazer é ser honesto com você. E se eu estou sendo honesto, eu não poderia estar mais feliz por ter você em minha vida de novo, mesmo que apenas como um amigo.

Mas ela tinha que saber que eu queria mais. Como não poderia?

Eu podia lê-la como um livro, e eu sabia que ela estava tendo pensamentos sobre mim.

Ela não teria olhado para mim do jeito que ela olhava. Reagia ao meu toque do jeito que ela reagia, se ela não tivesse.

Eu estava totalmente fodido. Eu não tinha ideia de como eu conseguiria atravessar o resto da noite sem tocá-la. Sem segurá-la. Levaria cada pitada do meu auto-controle para lutar contra a vontade de segurar seu doce corpo sexy em meus braços e devorar cada polegada dela.

Se não fosse a pequena figura imaginária de Maite, com um halo ou chifres, sentada sobre o meu ombro, eu poderia fazer exatamente isso.

Em vez disso, eu deixei a palma suave escorregar por entre meus dedos, na esperança de que algum dia em breve eu serei capaz de seguir com meu plano.