Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Por que não? É bom o suficiente e não é como se houvesse outras como esta por aí.

Não por falta de tentativa da parte de Maite. Isso ficou claro, após os primeiros quinze minutos através das fotos que ela tinha de nós.

Não só para completar a tarefa em conjunto, mas para que nós pudéssemos fazer uma viagem pela estrada da memória.

Até que sua carreira decolasse, eu nunca teria imaginado minha vida sem ele. O que tínhamos poderia ter começado como amor de cachorrinho, mas a cada ano que passava, nos tornávamos mais e mais envolvidos.

Nós éramos melhores amigos. Nós compartilhamos tudo um com o outro. Nós realmente gostávamos de passar o tempo juntos. Nós nos contentávamos em roubar olhares para o outro, enquanto ele escrevia músicas e eu fazia a lição de casa.

Vasculhando as fotos, eu sorri por dentro.

Para cada quatro fotos da futura noiva e do noivo, havia também uma de mim e Alfonso. Algumas com o casal feliz, algumas com apenas nós dois.

— Eu digo para mantê-las. Estamos na festa de casamento. Você é o padrinho e eu a dama de honra. Claro que haveria fotos de nós quatro.

— Mas e o Michael? — ele perguntou, estremecendo com um patético cenho franzido e um curvar de sua boca. — Não vai parecer estranho para ele? Eu não gostaria de ver fotos da minha garota com outro homem.

Tente ser eu, para ver seu ex com as modelos da Victoria Secret's quando tudo o que você queria fazer era comprar leite e rosquinhas.

Eu não lhe disse isso.

— Michael não estará no jantar.

Alfonso não disse mais nada. Eu estava grata por ele deixar isso quieto.

Mais de uma hora depois, Alfonso e eu caímos em uma rotina. Eu usei o meu laptop para digitalizar as imagens e cortá-las, enquanto ele usava o laptop dele para soltar as imagens em um programa movie maker.

Felizmente, Alfonso sugeriu usarmos o Dropbox para compartilhar os arquivos entre os computadores, ou ficaríamos nisso até o dia seguinte para reuni-las.

— Tudo pronto. — eu disse a ele, desligando a tela do meu laptop. — Eu enviei a última.

— Ótimo, eu vejo a pequena roda girando. Os arquivos estão carregando aqui. — seus dedos bateram nas chaves, sua língua pulou para fora do lado de sua boca enquanto ele se concentrava no que estava fazendo. — Eu apenas tenho que finalizar a música e estamos bem.

Minhas costas doíam por ficar em pé perto da mesa de bilhar digitalizando as fotos, assim, eu sentei no sofá e puxei meus pés debaixo de mim.

Eu não pude deixar de permitir-me consumir a visão dele.

Ele estava usando óculos, e parecia adorável. Eu sorri, amando cada minuto que eu tive que passar olhando para ele.

Isso me lembrou de como eu gostava de vê-lo trabalhar quando estávamos juntos. Quando ele entrou em uma banda, foi incrível.

Era extraordinário quando ele passava seus pensamentos para o papel. Ele poderia fazer a coisas mais simples em torno dele, transformar-se em uma bela canção sobre se apaixonar, envelhecer, ou criar uma família.

O olhar que ele tinha nos olhos era genuíno, e era o mesmo olhar que ele tinha quando estava trabalhando em uma nova canção.

Eu esperava que Maite e Christian gostassem dos slides, porque Alfonso colocou seu coração em cada clique de seu mouse.

— Feito! — disse ele, empurrando seu computador fora de seu colo e pousando-o na mesa de café.

— Vamos vê-lo. — eu disse a ele, sentando-me com entusiasmo.

Ele franziu a testa.

— Desculpe-me, eu só apertei o botão para criar a imagem do filme. Ainda vai levar cerca de uma hora antes que possamos vê-lo.

Nós dois sempre fomos bons com tecnologia. Passamos um monte de tempo criando capas de CD's para alguns dos demos de Alfonso, não porque um demo precisava de um, mas porque nós pensávamos que era divertido.

Não me surpreende que fomos capazes de fazer este projeto com facilidade. Sempre trabalhamos bem juntos.

Oh! Acabamos. Eu sabia que era hora de ir, mas eu não queria que a noite terminasse.

Eu vi um vislumbre do que teria sido se eu ainda fizesse parte da vida de Alfonso. Como teria sido se estivéssemos juntos e precisássemos trabalhar em um projeto.

Nós ainda funcionávamos bem como uma equipe. Nós apenas precisávamos de tempo.

Houve tantas vezes quando eu segurei minha língua e não disse o que eu gostaria.

Eu queria chegar ao ponto onde eu pudesse deixá-la de fora, dizer o que vinha à minha mente, sem saber se arruinaria a possibilidade entre nós. Temos que chegar a esse ponto, certo?

— Então, como foi a última turnê? — perguntei.

Imaginei que minha boca não queria que a noite terminasse, porque parecia abrir e cuspir palavras sem o meu consentimento.

— Não tão boa quanto a penúltima, mas foi tudo bem. — disse ele, dando de ombros. — Quando você faz três turnês em três anos, os fãs são obrigados a ficar enjoados de você.

Eu ri com aquilo, revirando os olhos.

— Ok, certo. Os fãs gritavam seu nome e cantavam cada música tão alto quanto a primeira turnê. — minha mão subiu para cobrir minha boca.

Merda! Meu segredo foi revelado.

— Você foi me ver? — um sorriso doce saiu de seus lábios gostosos, e seu sorriso alcançou seus olhos.

Seu sorriso era verdadeiramente genuíno.

Deus, eu tinha perdido aquele sorriso.

— Sim, eu fui. Fui vê-lo no Nokia Theater quando você abriu para Bruno Mars em sua primeira turnê. Quando você virou manchete, eu fui vê-lo no Staples, e então eu o vi em Bank Arena da Citizen em Ontário na última turnê. Eu amo esse local. Os assentos da casa não eram ruins.

— Porque não me disse? Você sabe que poderia ter assentos na primeira fila, certo? — ele levantou uma sobrancelha.

— Quem disse que eu não o fiz? — eu brinquei com ele.

— Querida, se você tivesse em qualquer lugar das primeiras vinte linhas, gostaria de ter visto você. O Senhor sabe que eu tentei. — disse ele, tirando o chapéu de sua cabeça, e agitando a mão pelo cabelo bagunçado.

Ele tirou os óculos também, colocou-os ao lado dele no sofá. Então, ele colocou seu chapéu de volta. Desta vez, ele o virou para trás.

Minha primeira visão real de seus olhos à noite deixou-me em transe.

Como piscinas de águas esverdeadas, seus grandes olhos verdes e longos cílios me chamava, buscando mais.