Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Você me procurou?

Só a ideia puxou meu coração.

Alfonso deu de ombros novamente.

— Sim. Eu fiz. Eu sempre esperava que você viesse me ver. Estou feliz que você o fez. Isso significa muito para mim, Anahí.

Hum, oh. Ele me chamou de Anahí? Ele nunca me chamava de Anahí.

Ele estava ficando sério.

— Então o que você achou? Eu fiz você sentir orgulho?

Sentindo-me como uma fã de dezesseis anos de idade, meus olhos tornaram-se sonhadores e pegajosos por seu sincero interesse pelos meus pensamentos.

— O orgulho nem mesmo começou a encobri-lo. Você foi incrível.

Com isso, seus olhos encontraram os meus e o tempo parou quando nós olhamos um para o outro, ambos querendo dizer algo mais, mas com medo de estragar o momento.

Quando eu não aguentava mais, eu tive que quebrar o silêncio.

Me levantei para sair, antes que eu não pudesse mais me convencer a não saltar por todo o sofá em seu colo.

— Eu só vou ver a apresentação dos slides no jantar. Está ficando tarde. Vou arrumar minhas coisas e ir para casa.

— Não vá Luz do sol. Fique. Podemos assistir a um filme ou algo até que tenha terminado. Vou fazer pipoca.

Seu apelo inesperado era tão urgente, que quase enfraqueceu minha determinação.

Meu primeiro pensamento foi concordar. Eu teria gostado de ficar mais tempo e desfrutar mais tempo com Alfonso, mas eu já estava lá tempo suficiente.

O que vinha a seguir? Gostaríamos de relaxar com uma tigela entre nós, assistindo a um filme, e arriscar nossos dedos escovando-se uns contra os outros, enquanto pegávamos um pouco de pipoca?

Talvez fôssemos chegar mais perto, muito perto, e acabar na cama.

Depois de observá-lo terminar a última apresentação de slides e conversar com ele sobre a turnê, eu não acho que eu tenha o poder da vontade de dizer não, se ele tentasse alguma coisa. Eu derreteria nele como manteiga em um pedaço de torrada quente.

O tempo que eu passei com ele, segurando os meus pensamentos e minhas ações, tinha que terminar. Eu precisava ir antes que eu me metesse em encrencas.

— Alfonso, eu adoraria ficar, mas é tarde e eu estou exausta. Além disso, eu tenho que começar a trabalhar amanhã, e se eu não descansar um pouco, eu vou ser um urso na parte da manhã.

Uma carranca espalhou por seus doces lábios carnudos. E eu sabia mais do que nunca que eu precisava dar o fora de lá.

Seus lábios sempre foram a minha ruína. Bastava olhar para eles para me fazer querer chupá-los por dias.

— Ok, deixe-me ajudá-la a recolher suas coisas. — disse ele após uma longa pausa.

Depois de reunir fotos, cabos elétricos e dispositivos eletrônicos, fizemos o nosso caminho para o meu carro.

Alfonso levava minhas coisas. Ele não me permitiu levar nada, somente uma nova garrafa de água.

O porta-malas do meu Chevy Cruze abriu, e Alfonso depositou todas as minhas coisas dentro.

— Obrigado por ter vindo Luz do sol. Foi bom passar algum tempo com você. — ele abriu a lateral da porta do motorista e encostou-se nela. — Eu espero que você volte novamente.

Aproximando-me dele para que pudesse entrar no meu carro, eu disse:

— Maite tem muito mais para nós fazermos, então pode ser uma possibilidade.

— Posso ter seu telefone? — perguntou.

Eu o entreguei a ele, sem dúvida.

— Ok.

— Aqui está o meu número. Está escuro e você me conhece. Eu não vou ser capaz de dormir até eu saber que você chegou em casa com segurança. Me ligue. Ou me envie mensagens. Por favor. Só assim eu sei que você está bem. — depois que ele terminou de tocar na tela do meu telefone, ele estendeu-o para mim.

Estendi a mão para ele, mas ele não o soltou. Em vez disso, ele abaixou, deixando cair a cabeça contra a minha. Nossas testas se tocando. Nossos dedos se acariciavam enquanto segurávamos o telefone entre nós.

Nos olhamos dentro dos olhos. Mais uma vez.

Meus olhos vibraram, e me embalei nesse sentimento. O calor da sua presença tão perto de mim. O aroma de seu perfume e o sabor de sua respiração mentolada na minha pele.

Lentamente ele baixou a cabeça, o rosto escovou suavemente contra o meu.

Sem pensar muito, eu estendi a outra mão que estava vazia, e a coloquei em seu quadril, apertando-o, deixando-o saber o quanto eu o queria.

Antes de me entregar a algo mais, eu virei meu rosto no seu e pressionei meus lábios em sua bochecha. Os cantos de nossas bocas se tocaram, e era como se fogos de artifício acendessem por todo o meu corpo.

Eu não queria nada mais do que transformar isso em um abraço completo com um beijo, mas eu recuei pegando-o lambendo os lábios quando eu abri meus olhos.

Era isso. Eu precisava ir.

Eu deslizei para o banco do meu carro, murmurando:

— Boa noite, Alfonso. Eu vou deixar você saber assim que eu passar pela minha porta.

Porra! Por que eu cheguei tão perto dele? Eu mal podia colocar a chave na ignição, manuseando desastradamente como uma idiota. Eu era tão estúpida.

Mas Deus, isso foi tão bom.