Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo 6

Anahí

— Sala 18, aqui é srtª Portilla.

Minha turma tinha um olhar perverso enquanto eu tentava prestar atenção ao telefonema da diretoria.

— O quê? Você está brincando comigo?

— Não. — disse a secretária do diretor. — Se você gostaria de pedir para dispensá-lo, eu o farei, mas querida, se eu fosse você, eu o deixaria ter um crachá de visitante.

— Tudo bem. — eu disse a ela. — Mande-o entrar.

Alfonso estava a um passo de distância da loucura para ter vindo ao meu trabalho.

O que no mundo ele estava pensando?

Meus colegas não sabiam que eu o conhecia. Quando soubessem que ele estava lá, as pessoas virariam merda.

Eu não teria como manter algo como isso em segredo. Era uma escola pequena, e o boato espalhava mais rápido do que germes em uma placa de microscópio.

Voltando-me para os meus alunos ansiosos, eu tinha que pensar em algo rapidamente para mantê-los ocupados.

— Mudança de planos, todos. Retire seus livros de leitura independentes e leiam em silêncio por quinze minutos. Lembre-se, eu gostaria que vocês usassem suas notas todas as vezes que vocês sentirem qualquer tipo de emoção, enquanto vocês estiverem lendo. Os livros devem evocar sentimentos dentro de vocês. Se você não estiver sentindo isso, é necessário um livro diferente. Comecem!

Imediatamente, houve conversas e barulhos quando os meus alunos da sétima série abriram suas mochilas.

Por alguma razão desconhecida, essas crianças não tinham dominado a arte de fazer qualquer coisa sem abrir suas bocas.

Uma batida suave na porta não intimidou os meus alunos, mas assim que Alfonso entrou, o ruído morreu.

Meu olhar severo caiu sobre eles novamente.

Com um dedo apontado em suas direções, eu disse:

— Leiam.

No mesmo instante, eles estavam todos virados para a frente, os livros na mão, fingindo fazer como eu disse.

Como se eu não soubesse que eles estavam dando ao nosso visitante, uma olhada rápida.

Tomando-o pela manga, eu o conduzi para o canto da sala onde estava a minha mesa e...

— O que no mundo significa isso?

— Uau! Isso é outra coisa, Luz do sol. Eu não quero estar do outro lado desse olhar. — ele sacudiu suas sobrancelhas para mim e meus joelhos ficaram fracos.

Ele estendeu um maço de flores. Margaridas brancas e amarelas.

Minhas pernas balançaram ainda mais. Eu tive que colocar minha mão na mesa para me equilibrar.

— Elas são para você, Luz do sol.

Eu não as notei em suas mãos quando ele entrou.

Era tudo novo para mim, e isso estava me deixando muito nervosa.

— Obrigada, mas o que você está fazendo aqui?

Alfonso me deu aquele sorriso sexy. Eu queria que ele parasse de me transformar em uma pilha sentimental, especialmente na frente dos meus alunos.

— Eu estava fazendo compras, vi estas flores e pensei em você. Você me viu no meu trabalho muitas vezes. Eu pensei que seria legal ver você no seu. — ele puxou o boné fora de sua cabeça e passou os dedos através de seus cabelos bagunçados.

Porra! Eu sempre achei que ele ficava adorável com chapéu.

Suspiros repentinos desviaram nossa atenção na direção dos meus alunos.

— Puta merda, esse é Alfonso Herrera. — um dos meninos na parte de trás gritou.

Mirei na quarta fileira, cerrei os dentes.

— Cuidado com suas bocas.

Abigail, uma coisa tímida e doce levantou a mão.

— Sim Abbi?

— Srtª Portilla, ele é realmente Alfonso Herrera?

Eu chupei um gole de ar e exalei uma respiração longa e lenta. Então, fiz um gesto para Alfonso.

Ele começou, agora ele tinha que terminá-lo.

Alfonso colocou o boné de volta, desta vez para trás para que meus alunos pudessem ver seu rosto. Ele andou até Abigail e estendeu a mão.

— Oi Abbi. Eu sou Alfonso Herrera. — ela colocou a mãozinha trêmula na dele. — Prazer em conhecê-la.

A troca fez meu coração parar.

— Prazer em conhecê-lo também Sr. Herrera.

Ele deixou cair sua mão e acenou.

— Me chame de Alfonso.

Outra estudante levantou a mão e eu assenti.

— Srtª Portilla por que Alfonso Herrera está em nossa sala de aula?

Meus alunos tinham as antigas expressões de faróis de cervo em seus rostos, e a menina parecia que estava prestes a vomitar.

Novamente, eu esperei por Alfonso.

— Srtª Portilla e eu fomos à escola juntos. Nos conhecemos a maior parte da minha vida. Eu pensei que seria divertido ver como ela mudou. Além disso, eu queria dar-lhe algumas flores bonitas.

Mais mãos se levantaram.

Tenha bondade.